Terrorismo de Roberto Jefferson é “resultado de tudo que é plantado por Bolsonaro”, diz Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Lula diz que episódio envergonha o País e questiona relação de Roberto Jefferson com policial que negociou redenção

O ex-presidente Lula comentou nesta segunda (24) o ataque armado que Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB e aliado de Jair Bolsonaro (PL), efetuou contra três agentes da Polícia Federal que tentavam cumprir uma ordem judicial expedida pelo Supremo Tribunal Federal contra o petebista.

Por descumprir as condicionantes da prisão domiciliar, usando a internet para dar entrevistas e publicar vídeos com ataques a ministros do STF e do TSE, Jefferson foi devolvido ao presídio comum, mas resistiu ao cumprimento da medida, que também envolvia busca e apreensão em sua casa.

No domingo, o bolsonarista radical resolveu disparar dezenas de tiros de fuzil contra os policiais, além de explodir uma granada perto da viatura. O caso virou o grande assunto nacional e abalou mais um pouco a campanha de reeleição de Bolsonaro, que mente que nunca teve relações com Jefferson.

Em coletiva de imprensa em São Paulo, Lula disse que o episódio envergonha o País, questionou onde Jefferson comprou o armamento encontrado em sua casa, disse que o atentado é produto do que Bolsonaro planta no Brasil e ainda apelou para que a sociedade brasileira devolva o País à normalidade retirando o extremismo de direita do poder.

“Ele é resultado de tudo que é plantado por Bolsonaro nesse País”, disparou Lula.

“É a fotografia, o resultado do que acontece no governo Bolsonaro. Resultado de muitas mentiras. O comportamento dele [Roberto Jefferson] não é comportamento de um cidadão normal e o presidente da República fica muito preocupado, dá entrevista dizendo que nunca viu Roberto Jefferson, mas nós sabemos que até o Padre [Kelmon, aliado de Jefferson] foi levado como laranja para ajudar Bolsonaro no debate [na TV].”

“Espero que seja ensinamento para a sociedade brasileira perceber que é preciso esse País voltar a ser democrático. Precisamos restabelecer a normalidade com certa urgência”, disse Lula.

O ex-presidente também questionou a relação de Roberto Jefferson com os policiais que foram negociar sua rendição após ele ter aberto fogo contra colegas que ficaram feridos.

“O que aconteceu ontem envergonha um pouco o nosso País. Não sei qual a relação de amizade do policial com Roberto Jefferson, porque pareciam dois amigos. E Bolsonaro queria mandar caravana de ministros para resolver um problema de ordem judicial. Acho triste.”

Assista:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Dicordo de Lula, quanto ao comportamento do Policial, pois o mais importante foi o resultado, dado que o episódio não forneceu ao bolsonarismo a figura de um mártir nem pretexto para invocação da GLO

  2. Se os Bolsofascistas tão alvejando a polícia federal, imagina o que não farão com um pé de chinelo como eu.
    Vade retro, hordas bolsofascistas. Voltem para os esgotos de onde vocês nunca deveriam ter saído.

  3. Bolsonaro afirmou em entrevista não ter visto “nada contundente” nas denúncias que foram apresentadas contra Pedro Guimarães.

    Ora, de um $ujeito que diz que pintou um clima com adolescentes de 13 e 14 anos e que afirma que mulher muito feia e que não faz o gênero dele não merece ser estuprada, não se poderia esperar coisa diferente.

    “Vamos tirar a faixa desse presidente que desrespeita e tira a voz de todas nós, mulheres”, disse Simone Tebet

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