Jornal GGN – Nythalmar Dias Ferreira Filho, jovem advogado do Rio de Janeiro denunciado à OAB por ter cooptado clientes de outras bancas, disse à Conjur que sua ascensão é fruto de seu trabalho e que não há “monopólio” no mercado. “Todos podem brilhar.”
O portal divulgou na terça (26) que o Tribunal de Ética da OAB vai investigar a conduta de Nythalmar, que é acusado de vender “proximidade” com o juiz Marcelo Bretas e a força-tarefa do Ministério Público. Há relatos de que ele teria oferecido facilidades para fechar acordos de colaboração.
“Chega a ser compreensível a inconformidade de alguns escritórios tradicionais, face aos êxitos alcançados por um jovem advogado, o que prova e incentiva aos novos Advogados, de que não há monopólio no mercado. Todos podem brilhar”, escreveu.
Na reclamação feita à OAB, a banca Luchione afirma que “há rumores no meio da advocacia criminal que na ilegal cooptação estaria inclusive sendo aventada a possível ‘aproximação’ com o juiz e promotores da força tarefa da Lava-Jato, no sentido de alcançar seus objetivos”.
Nythalmar, com pouca experiência em advocacia criminal, conseguiu arrematar clientes como Fernando Cavendish e Pedro Corrêa, antes defendidos por bancas renomadas.
“Além destes três fatos envolvendo clientes da Luchione Advogados, a denúncia diz que há outras bancas que confirmam a conduta de Nythalmar. (…) um dos advogados chegou até a expedir notificação extrajudicial pedindo que Nythalmar deixasse de fazer qualquer contato com seu cliente”, frisa a Conjur.
Em nota, o jovem advogado disse que “nunca cooptou clientes de outros advogados, preza pela ética e boas práticas, o que será devidamente provado na esfera competente.”
O advogado ainda enviou à Conjur um e-mail que supostamente prova que ele foi procurado por um dos clientes da Lechione primeiro. Na mensagem, o investigado teria dito que estava preocupado com a denúncia da Lava Jato e que seu pai teria achado Nythalmar “brilhante”.
O caso de Nythalmar reacende o debate sobre a indústria da delação premiada. Leia mais aqui.
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Só trapaça.
Esta operacao lava jato, de tanto que é usada para gerar receita e enriquecer atores no meio jurídico, já perdeu quase totalmente a credibilidade.
O problema não é o brilho, mas o método.
O advogado tem “múnus público” para defender os interesses dos seus clientes em juízo e fora dele.
Mas dentre as prerrogativas do advogado não está a de fazer parte de uma quadrilha de procuradores e juízes que distribuem seletivamente prêmios e castigos por razões políticas e/ou ideológicas.
Quando naufraga no Código Penal, a conduta do profissional do advogado não é mais protegida pelo Estatuto da OAB.
Um advogado seduzido pelo brilho pode acabar tendo uma vida opaca prisão.
Como já disse uma vez: bandido bom é bandido rico e o crime só não compensa para a vítima(com exceções, como a da petrobrás, por exemplo)