Jornal GGN – O embate travado entre os Bolsonaro e Sergio Moro em torno da Polícia Federal tem nome e sobrenome: Marielle Franco e as milícias do Rio de Janeiro.
Segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, Moro não tem se poupado em comentar, em “conversas reservadas”, que sabe que os dois temas são muito “sensíveis” à família presidencial.
O ex-juiz já mandou avisar que se Bolsonaro esvaziar o Ministério da Justiça, e entregar o controle da PF para o aliado Alberto Fraga, um pedido de demissão pode ocorrer.
Fraga, cotado para assumir o Ministério da Segurança Pública e herdar a Polícia Federal, “não hesitaria em rifar o delegado” Marcelo Valeixo, hoje diretor-geral da corporação.
Bolsonaro já tentou trocar o comando da PF, mas Moro “bateu o pé” e não deixou.
“Um novo chefe da PF teria influência direta sobre as investigações que envolvem o caso Marielle Franco e a atuação das milícias no Rio. São dois temas sensíveis à família presidencial, como Moro faz questão de lembrar em conversas reservadas”, escreveu o jornalista de O Globo, nesta sexta (24).
O embate, portanto, vai além dos interesses eleitorais de Bolsonaro.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Moro com suas relações “extrabrazilians” (state e deep state inclusive), seu comando sobre a PF, suas relações com o MP e com a mÍRdia, que não investiga mas espiona, como detetives de casos conjugais, onde só interessa o lado contratante, certamente já tem munição suficiente para detonar o chefe, que sabe disso.
Portanto, o que resta é um acordo de “lealdade mútua”…
Enquanto (puder) durar.