Washington Post: Ocidente pressiona Israel sobre provas de ação do Hamas no hospital Al-Shifa

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Segundo um diplomata europeu, citado pelo The Washington Post, o governo israelense esperava que o ataque produzisse provas contundentes

Com o colapso do Al-Shifa, o maior hospital de Gaza, o que restou de centros médicos em funcionamento foram ainda mais sobrecarregados. Foto: Reprodução/TV Al Jazeera

Israel estaria sob intensa pressão dos seus aliados ocidentais para provar as suas repetidas alegações de que o Hamas utiliza os hospitais da Faixa de Gaza, particularmente o maior deles, o Al-Shifa, como esconderijo onde também manteria armas militares pesadas. 

A afirmação propagada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) tem sido a principal justificativa de Tel Aviv para transformar centros médicos, incluindo ambulâncias e comboios, em alvos militares.

Segundo um diplomata europeu, citado nesta quinta-feira (16) anonimamente pelo The Washington Post, o governo israelense esperava que o ataque ao complexo hospitalar de Al-Shifa produzisse provas contundentes de uma atividade militar significativa por parte do Hamas.

Segundo a fonte do Post, a ausência de provas claras já levou os aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos (EUA), a aumentar a pressão sobre o governo do primeiro-ministro do Benjamin Netanyahu para aceitar uma pausa nos combates.

Entretanto, o comando militar confirmou nesta sexta-feira (17) que a entrada de um túnel, bem como armas pertencentes ao Hamas, foram encontradas na ala psiquiátrica do hospital. Antes informaram que também encontraram um centro de comando, equipamento militar e ativos tecnológicos no local.

Hamas nega veracidade 

Bassem Naim, membro do Hamas, alegou que as supostas provas apresentadas ontem pela IDF são “uma farsa” e afirmou que não descartam a possibilidade de o exército israelense ter levado as armas para o hospital. “O objetivo de Israel é pressionar os hospitais e o pessoal médico, para deslocar a população”, disse ele.

As autoridades palestinas relataram que, durante o ataque ao hospital, os israelenses cometeram “crimes de guerra” ao atirarem contra pessoas dentro do centro médico. Ressaltaram que o Exército israelense “executou muitas famílias que tentaram deixar o hospital Al Shifa, matando mais de 30 mártires”.

Com informações da Agência RT

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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