Israel estaria sob intensa pressão dos seus aliados ocidentais para provar as suas repetidas alegações de que o Hamas utiliza os hospitais da Faixa de Gaza, particularmente o maior deles, o Al-Shifa, como esconderijo onde também manteria armas militares pesadas.
A afirmação propagada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) tem sido a principal justificativa de Tel Aviv para transformar centros médicos, incluindo ambulâncias e comboios, em alvos militares.
Segundo um diplomata europeu, citado nesta quinta-feira (16) anonimamente pelo The Washington Post, o governo israelense esperava que o ataque ao complexo hospitalar de Al-Shifa produzisse provas contundentes de uma atividade militar significativa por parte do Hamas.
Segundo a fonte do Post, a ausência de provas claras já levou os aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos (EUA), a aumentar a pressão sobre o governo do primeiro-ministro do Benjamin Netanyahu para aceitar uma pausa nos combates.
Entretanto, o comando militar confirmou nesta sexta-feira (17) que a entrada de um túnel, bem como armas pertencentes ao Hamas, foram encontradas na ala psiquiátrica do hospital. Antes informaram que também encontraram um centro de comando, equipamento militar e ativos tecnológicos no local.
Hamas nega veracidade
Bassem Naim, membro do Hamas, alegou que as supostas provas apresentadas ontem pela IDF são “uma farsa” e afirmou que não descartam a possibilidade de o exército israelense ter levado as armas para o hospital. “O objetivo de Israel é pressionar os hospitais e o pessoal médico, para deslocar a população”, disse ele.
As autoridades palestinas relataram que, durante o ataque ao hospital, os israelenses cometeram “crimes de guerra” ao atirarem contra pessoas dentro do centro médico. Ressaltaram que o Exército israelense “executou muitas famílias que tentaram deixar o hospital Al Shifa, matando mais de 30 mártires”.
Com informações da Agência RT
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