Fernando Horta
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Nem um passo atrás, por Fernando Horta

Nem um passo atrás

por Fernando Horta

Esta semana me chegou às mãos uma manifestação de uma professora argumentando que “As questões de gênero NÃO foram postas pelo comunismo e não foram centrais em NENHUM país que se disse socialista ou em grupos de esquerda. Esta é uma problemática trazida pelas mulheres, inclusive em crítica ao marxismo.”

Na semana passada um líder trabalhista afirmava que “o direito do trabalho, visto pelos trabalhistas, nada tem a ver com marxismo ou comunismo. Estamos bem longe desta gente (sic). Nossa discussão é pacífica, bem-intencionada e em defesa dos direitos do trabalhador”. Ainda, numa conversa com um membro do movimento negro ele me afirmou “O que eu sinto por ser negro nada tem a ver com classe ou discussão econômica. É outro lance. É uma coisa que nenhum proletário nunca vai saber e é por isto que não aceito proletário branco metendo colher na luta negra.”

Não vou entrar no mérito de cada uma das abordagens, elas contêm inúmeros erros empíricos e argumentos tautológicos, o ponto central é que todas estas manifestações – apesar de eu acreditar que foram feitas por pessoas muito engajadas – fortalecem os sistemas ideológicos que hoje estão comandando a guinada para a direita em todo mundo. No fundo, este neo-identitarismo radical além de uma ferramenta usada pela direita liberal, ainda flerta com princípios autoritários evidentes. Estas pessoas – mesmo que sem saber – contribuem para fortalecer a opressão contra si mesmas, e em nada fortalecem as lutas emancipatórias, apesar de piamente acreditarem que sim.

Mesmo que se discuta qual o caráter do século XXI, o trabalho ainda não deixou de ser ponto central da formação dos indivíduos e das sociedades. Não é o capitalismo, a tecnologia, os robôs, o “sistema” ou qualquer outro conceito intermediário que queiramos aqui colocar que produz algo. Continua sendo o ser humano e sua força de trabalho que impulsiona todo o resto. Para a imensa maioria das pessoas “não existe almoço grátis”. E esta frase, repetida por Milton Friedmann, esconde o fato de que para algumas pessoas não só existe almoço grátis, como também, sapato, roupa, carro, viagens, estudo e etc. já que nada disto vem de sua força de trabalho. Isto significa que, em pleno século XXI, com todas as críticas que se fez ao marxismo, continuamos às voltas com a centralidade social e econômica do trabalho e com a questão da desigualdade cada vez mais preponderante.

A realidade diária da imensa maioria das pessoas no planeta continua sendo alvo de toda a crítica marxista. O marxismo não está, nem nunca “saiu de moda”. Até porque “moda” é uma ideia superestrutural que visa dominação de classe. Se a realidade do século XX, e também do século XXI, não colocou a crítica marxista de lado, como e por quê as pessoas hoje estão fugindo do marxismo? Ora, não é segredo para ninguém a imensa campanha ocidental levada a cabo contra o marxismo durante o século XX. A demonização da URSS, a aproximação por retórica das figuras de Hitler e Stalin, a perseguição aos partidos comunistas em todo o mundo, a dissolução dos sindicatos e movimentos sociais de massa foram todos objetivos levados a cabo através de massivos investimentos em propaganda (e controle social físico) pelo mundo todo.

A construção desta narrativa – que em sua essência visa escamotear a ideia de que todos nós somos TRABALHADORES – levou anos para ser consolidada e muitos bilhões de dólares. Ela começa nos EUA logo após a segunda guerra com um programa imenso de financiamento do governo norte-americano para colocar “uma televisão em cada lar americano”. Em seguida vieram os “noticiários noturnos diários” e a partir daí toda sorte de ardis políticos, sociológicos, de marketing e etc. para afastar as massas daquelas ideias que lhes davam uma identidade e uma razão de luta. No Brasil, por exemplo, se criou todo um conjunto léxico para afastar a crítica marxista. Na década de 90 trabalhador virou “colaborador”, precarização do trabalho virou “flexibilização trabalhista”, desemprego virou “capacidade produtiva não empregada”, sindicatos viraram “vagabundos” e povo simplesmente não existe mais. Agora, temos as feministas, dividas por cor e por “local da fala”, os negros, as populações LGBTTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), os “acadêmicos”, os “profissionais liberais”, funcionários do estado, e etc. …

Todos separados. Todos supostamente com “pautas próprias”. E todos sendo confrontados diariamente em todas e quaisquer pautas separadamente.

Presenciei mulheres negras negando legitimidade a mulheres brancas por falta de “lugar da fala”. Presenciei líderes sindicais se recusando a ouvir acadêmicos de esquerda porque, segundo os sindicalistas, estes últimos “não trabalham”. Negros e brancos pobres discutindo quem é mais explorado e quem tem mais direito de se sentir “por baixo”. Nestas condições, não sei se todos estes grupos notaram, mas cada vez está pior ser mulher, negro, homossexual, trabalhador e etc … e não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Estas discussões não agregaram nada na luta de emancipação primordial que é aquele pelo sustento diário. Não há discussão sobre direitos de ninguém enquanto se morre de fome.

As linhas fascistas de argumentação afastaram os grupos marginalizados pelo capitalismo dizendo a eles que não são marginalizados pelo capitalismo. E enfrentam cada um destes grupos em separado. Não se consegue obter um efeito sinérgico de todas as lutas. Todos somos vencidos, cada grupo em seu “espaço de fala”. A mixórdia feita pelos fascistas apenas coloca o bloco político da direita coeso contra migalhas de pessoas distribuídas no espectro de luta. Se você reparar são sempre as mesmas pessoas, entoando as mesmas rezas e cânticos que agridem Butler, que votam pela criminalização do aborto, que defendem o policial que mata negros, que são contra os sindicatos e os funcionários públicos e que defendem o “Escola sem Partido”. São sempre os mesmos. Sempre a mesma curruela.

Agora, para fugirem dos ataques dos grupos fascistas, as pessoas fogem do marxismo “denunciando” o que acreditam serem fraquezas ou incongruências sua. Como já antes fizeram negando que são “trabalhadores”, depois denunciando os “vândalos” em manifestações, em seguida dizendo que as “discussões de classe” estão ultrapassadas. É o mesmo processo didático que tem nos levado a constantes derrotas. O caminho não é se afastar de Marx, mas tomar a Revolução para si. Se teve uma vitória inegável de Marx sobre Hegel foi o fato do primeiro mostrar claramente que não existe um “ser” distanciado de sua condição de subsistência.

Enquanto não houver igualdade material, toda e qualquer outra forma de igualdade é transitória e irreal. Enquanto não houver trabalho, terra e pão para todos os que precisam, “liberdade”, “identidade”, “subjetivação” são como o glacê em um bolo inexistente. É preciso retomar a unidade de ação, é preciso compreender que aquilo que nos une hoje é muito mais importante do que o que nos separa. Nenhuma vitória de pautas identitárias sobreviveu a qualquer crise econômica. Beauvoir avisava isto para as mulheres. Luther King, Gandhi e Nasser levaram a mesma ideia aos seus movimentos.

É verdade que a população negra é a que mais morre em ataques da polícia e com o maior número de encarceramentos sancionados pelo judiciário. É verdade que a população LGBTTT é a que mais sofre violências invisíveis, chacinas não contadas e preconceito “natural”. É verdade que as mulheres são o grupo mais atacado e desrespeitado em toda a história da humanidade. Pode ser verdade que um trabalhador branco sofra menos que uma trabalhadora negra. Mas esta discussão, sobre quem está mais abaixo da linha da humanidade não contribui em nada para a sua emancipação. Só há uma categoria que une a todos nós no mesmo lado da luta. Somos todos trabalhadores. Somos todos proletários.

Ser proletário não me desconstrói. Ser proletário não me diminui. Ser proletário não me torna invisível. Muito pelo contrário, é através da luta material do proletariado, dos trabalhadores, que se vai obter espaço par que as lutas identitárias ganhem força e visibilidade. Foi assim em todas as revoluções de esquerda. E só nelas. A História está ao nosso lado.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

8 Comentários

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  1. Análise correta. É preciso

    Análise correta. É preciso dar ênfase ao que nos une, aos de baixo, no caso, e não ao que nos divide. Aliás, as questões identitárias citadas, quando colocadas dentro do universo mais amplo das demandas sociais, não nos divide. Ganham força. É possível e necessário lutar por demandas trabalhistas, por exemplo, e entre essas incluir a pauta de grupos que sofrem maior discriminação. Quando essas pautas legítimas de grupos e movimentos ganham aparência de antagonismo às lutas mais gerais contra a exploração do capital, aí sim, elas dividem, e reforçam a dominação do capital.

    Tem sido em grande parte o caso da questão do meio ambiente, apropriada facilmente por forças e pessoas de direita e de esquerda. Isoladamente do contexto social e até nacional a questão ecológica serve aos interesses do império, que pratica uma coisa lá, e financia outra coisa aqui.

    Tudo o que os donos do PIB querem é que estejamos divididos, pois facilita a dominação deles, que são minoria ínfima, mas que têm o poder de lobotomizar cérebros e cooptar aliados no seio do proletariado. A esquerda no passado, e agora também, cometeu muitos erros, mas pelo menos no discurso formal sempre defendeu a unidade dos de baixo como ponto central. Resta agora quebrar e superar as práticas autoritárias e reprodutoras daqueles que dizem combater, e que engessam a teoria emancipatória. Neste caso, a radicalização do discurso da unidade dos de baixo passa também pela percepção de que os de baixo estejam realmente se sentindo incluídos, não como massa de manobra de direções, mas como protagonistas da sua história; atores diferentes, mas iguais no essencial.

  2. Juntos somos invencíveis

    As lutas emancipatórias específicas (negros, mulheres, LGBT) são necessárias e devem ser apoiadas, pois significam uma revolta contra a dominação.

    No entanto, esses valorosos combatentes (negros, mulheres, LGBT) precisam ter clareza de que suas situações sociais  específicas são manifestações de uma dominação mais geral, que abrange a todos. Inferiorizar o ser humano por ser negro ou mulher é um modo de fragilizar para mais facilmente dominar, domesticar e explorar.

    A sociedade será mais feliz quando juntos eliminarmos a ínfima minoria de parasitas sociais. 

  3. As conhecidas divisões de esquerda e dos negam a esquerda

    Fico preocupada com tanto comunitarismo da parte daqueles que deveriam lutar juntos. Esta claro que ha aqueles que na Historia sofreram mais que outros, no entanto no momento deveriamos estar todos na mesma luta contra a precariedade que se abatera fortemente sobre os trabalhadores proximamente.Todas as lutas das minorias passam por ai. Trump, Temer e outros são a revanche dos homens brancos e conservadores contra certo empoderamento de minorias e de governos com ênfase no social. E é preciso que os “homens brancos de esquerda” não esqueçam que apos batalha vencida, de que negros, mulheres, LGBTs, todos fazem parte da luta para que se avance na direção de uma sociedade equânime e precisam ter suas lutas reconhecidas.

  4. A solução não é a realização do proletariado, mas sua abolição

    Caro Horta,

    O marxismo tradicional que sustenta suas ideias, que critica o capitalismo a partir do trabalho e que vê o proletariado como sujeito revolucionário, não explica o mundo de hoje. Isto porque o trabalho está ficando obsoleto para a produção de riqueza material (embora seja a única fonte de valor, a riqueza capitalista).

    As máquinas (o capital fixo) estão substituindo os trabalhadores cada vez mais. Como Marx previu, aliás. E isto só é ruim no contexto capitalista, pois gera desemprego e subemprego estrutural, como já está acontecento em escala mundial. Em consequência, há uma montanha de gente supérflua socialmente, pois no capitalismo só existe quem trabalha, ganha e gasta/consome.

    Mas num regime comunista, não precisar trabalhar ou trabalhar muito pouco é ótimo. Sobra tempo par sermos mais humanos. Por isso, a crítica ao capitalismo não deve ser feita a partir do trabalho, mas contra o trabalho e seu irmão siamês, o valor.

    A emancipação do capitalismo não se dará pela tomada dos meios de produção pelo proletariado: isto só vai resultar, como já resultou, em capitalismo de Estado, como foi a URSS. 

    A emancipação do capitalismo se dará pela abolição trabalho (e, consequentemente, do proletariado), seguida da reorganização dos meios de produção, de forma não capitalista, para que o pouco trabalho (tripalium – instrumento de tortura romano) que reste aos humanos, seja repartido entre as pessoas, para que estas tenham o máximo de tempo livre para se desenvolverem como seres humanos.

    A dominação fundamental do capital não é a de uma classe sobre a outra (que também existe), mas sim a dominação abstrata do capital (sujeito automático) sobre as passoas.

  5. Por que?

    A análise é muito interessante e bem feita. 

    Mas acho que a origem da divergência reside em algumas questões: primeiro, existe uma idéia, a meu ver, responsável por parte da briga fratricida, de que deve existir um único fio condutor principal das lutas por emancipação e igualdade quando na verdade somos seres em ação simultânea e não alternada – sou mulher, branca, pobre, periférica, cristã-peregrina, de esquerda, heterocisgênero e palmeirense (hahaha), entre outras qualidades e defeitos, e não acho que devo “desligar” uma das condições para exercer a outra, e acho também que não é assim que a vida acontece.

    Óbvio que depende das circunstâncias que uma ou outra “qualidade”, diretamente implicada naquelas, assuma o controle momentâneo mas não anula ou diminui as coadjuvantes temporárias, porque estão interligadas e se condicionam necessariamente. Talvez tenha sido esse o início da contenda, porque se estabelece uma condição a ser resolvida primeiro e acima das outras para que só então as que restam, numa hierarquia de prioridade fixa que deveria ser dialética, mútua e solidariamente “empoderante”, sejam tratadas. Eu pessoalmente acho que é possível e impositivo que se faça o combate simultâneo e imbricado, como aliás é como as situações se dão na vida real.

    E a segunda questão tem a ver com uma impressão de que existe um campo delimitado da esquerda, que não comporta que todas as lutas sejam feitas dessa maneira dialética, compartilhada e simultânea, impondo a hierarquia patriarcalmente. 

    É como a história do bolo que precisa crescer para ser dividido, quando na verdade o bolo já está fermentado e transborda mas não se permite mudar as regras da sua repartição. Na economia, a riqueza produzida é sem par na história da humanidade mas ficamos discutindo o cobertor curto com o canto da sereia da austeridade ao invés de atacar os motivos porque apenas a menor parte dele está disponível para distribuição. De algum modo, o autor fala desse aspecto ao descrever o ataque em bloco da direita, que não apenas avança unida mas ocupa cada vez mais espaço conjuntamente. Estes, acho que são os pontos principais: primeiro, a esquerda precisa sair do gueto e da bolha, ampliar seu espaço de discussão e presença social, e segundo, fazer a discussão e a proposta de abordagem de todas as desigualdades possíveis e das condições que as possibilitam, que é sua marca distintiva em relação à direita, e fazê-lo em todos os campos da vida social e econômica, simultaneamente. 

    A segmentação e a hierarquização têm sua importância e justificativa mas não deve se sobrepor à unicidade resultante da conjugação das diversidades próprias da vida, e esta conjugação deve ser o núcleo da convergência e não as necessidades isoladas e hierarquizadas. A esquerda precisa substituir o espírito patriarcal autoritário pelo espírito familiar fraterno. A avalache do retrocesso não é resultado apenas do demérito próprio da direita mas fundamentalmente consequência da desarticulação da esquerda em sua essência ao não saber lidar com essa fratura conceitual entre a materialidade e a subjetividade, e por ter paralisado a discussão de suas contradições e dilemas até onde ela já parecia madura, o combate à desigualdade econômica. 

    Para que os discursos e práticas da esquerda (e da direita) possam superar seus dilemas e contradições internos e a disputa avançar no que importa, é necessário considerar as transversalidades das duas pautas colocadas quase sempre como oposicionistas ou hierarquizadas, a questão material-econômica e a das identidades: por exemplo, o deputado federal Jean Wyllys, na vanguarda de muitos debates decisivos porque coloca a experiência vivida em pé de igualdade com a reflexão teórica, já falou didaticamente sobre a aparente divergência entre as materialidades da vida e as identidades subjetivas e suas reais imbricações nas situações da vida como se ela se dá, ao responder sobre sua compreensão de não representar todos os LGBTQs; segundo ele, porque a questão da representação, além de incompleta por natureza, é vazada por outras combinações de condições e condicionantes (o vídeo fala por si; a entrevista toda é recomendada mas o trecho específico é a partir dos minutos 21:34). 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=PwM-kUoAxh8&vl=pt%5D

    Um caso muito ilustrativo disso é o do documentário “She’s beautiful when she’s angry”, sobre os movimentos feministas nos EUA, que mostra com sensibilidade e clareza essas dificuldades e dilemas, ao acompanhar como foi preciso ampliar o espaço e diversificar as discussões para tentar dar conta da complexidade das situações historicamente colocadas. O melhor do documentário é esse pano de fundo, a questão da disputa por liderança, a restrição do discurso quando uniformizado e como condições específicas, quando ocupavam seu próprio espaço – sem ofuscações mútuas – faziam a questão feminista ficar de frente, internamente, com suas próprias discriminações e limitações, com impacto no movimento como um todo e nas próprias reflexões pessoais de cada liderança ou representante. 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=6sUsLn7v_wI%5D

    Em suma, não é OU mas E, o espaço físico e simbólico tem que ser ampliado e compartilhado no combate à desigualdade e na defesa de que cada ser humano possa ocupar seu espaço e tempo para desenvolvimento de suas potencialidades e da sua complexidade irredutível. 

    P.S. Essa discussão também ocorre no resto do mundo, e há uma entrevista do professor Michael Sandel em que ele fala do tema com a capacidade de síntese dos bons professores, ao contrapor uma tese similar de um escritor americano. 

    [video:https://tvo.org/video/programs/the-agenda-with-steve-paikin/the-failure-of-liberal-politics%5D

     

    “Quem não se movimenta não sente as amarras que o prendem.” Rosa Luxemburgo 

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=n_566nyHw48%5D

     

    SP, 10/11/2017 – 16:31

     

     

  6. Apropriação da subjetividade humana
    Não sou economista, costumo fazer análises de um ponto de vista cultural, buscando as interfaces com outros campos de conhecimento. Nesse sentido, acredito que o Wilton Cardoso Moreira chama de dominação abstrata do capital sobre as pessoas é o que vem sendo chamado de captura ou apropriação da subjetividade humana, como diz o economista Marcio Pochman (não conheço, apenas o leio de vez em quando na Rede Brasil Atual)

    “Os controles impostos aos empregados externamente pelo controle de capazes, gerentes, supervisores, entre outros no interior do local de trabalho tornam-se cada vez mais obsoletos. A introjeção dos controles no interior dos indivíduos pela apropriação da subjetividade ofusca a luta de classes a partir do próprio local de trabalho”

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2017/10/luta-de-classes-em-cenario-pos-industrial

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