Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Obviedades e revolucionários de redes sociais, por Rui Daher

Bobo da Corte

Por Rui Daher

Escrevo direto, sem antes passar ou salvar no Word. Desculpem-me, pois, algum erro.

1º causo: Escrevi dois textos publicados em CartaCapital e aqui reproduzidos em 28 de março e 4 de abril. O primeiro, “Agricultura sob Temer: alimentos mais caros, exportações em apuros”. O segundo, “A cegueira sobre o óbvio: soberania alimentar está em risco”.

Pouca bola dada ou comentários contrários, como sempre. Alguns agressivos, quando postados no Facebook.

Folha de São Paulo, hoje, na seção “vai e vem das commodities”, matéria de Mauro Zafalon, aponta: “Guerra comercial faz da soja brasileira a mais cara do mundo”.

Como dizia o sábio cronista social Ibrahim Sued e o “Pasquim” replicava, “Sorry, periferia”, eu venho avisando.

2º causo: Depois de ter ido a São Sebastião da Grama/SP para estar presente no funeral de um amigo e colaborador a quem muito estimava (escreverei sobre o tema) e passar pela fábrica para ajudar na contagem de estoques (não esperava chegar aos 73 fazendo isso), voltava pela Rodovia Castello Branco/SP e, como de costume lá parei para um bolinho de bacalhau e uma taça de vinho, ou duas, pois não sou eu que venho dirigindo, mas sim minha sócia e companheira de viagens.

Não acompanhava o julgamento. Sabia qual seria o resultado com rosas e skinheads a votarem.

Nisso, começo a ouvir arrulhos vindos de mesa com senhoras e senhores: “é ladrão mesmo, tem que ir preso, se derem o habeas corpus vai-se generalizar o crime do colarinho branco, certos estão o Moro e os militares”. E assim por diante, burrices e preconceitos piores.

Retirei-me, só queria paz, mas não sem antes passar pela mesa pornô-verbal e dizer o que pensava deles. Então, só queria guerra. A amiga me repreendeu quando eu já me preparava para arrebentar a garrafa de azeite português (caro) na cabeça de um gajo.

Pensei: até quando seremos apenas revolucionários de redes sociais? Continuaremos sendo bobos da Corte?

 

 

 

 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

9 Comentários

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  1. Sobre quedas, estagnações, golpes…

    Suas considerações me levaram a estas charges, ambientadas na China sob ataques de abutres do apagar das luzes do século XIX. Não sei porque, mas eu acho a cara do Brasil de 2013 pra cá.

  2. O povo pobre, sem pão,

    O povo pobre, sem pão, sem informação, sem estudo e sem liderença na comunidade, não tem por onde iniciar uma rebelião. A classe média à esquerda talvez se mobilize se começar a faltar o pão. Já enfrentei coxinhas em balcão de padaria e em casa de amigos (coxinhas), mas será que isso é suficiente ?  Quantos estarão dispostos a enfrentar um batalhão nazista da PM ?  

  3. O povo pobre, sem pão,

    O povo pobre, sem pão, sem informação, sem estudo e sem liderença na comunidade, não tem por onde iniciar uma rebelião. A classe média à esquerda talvez se mobilize se começar a faltar o pão. Já enfrentei coxinhas em balcão de padaria e em casa de amigos (coxinhas), mas será que isso é suficiente ?  Quantos estarão dispostos a enfrentar um batalhão nazista da PM ?  

  4. O povo pobre, sem pão,

    O povo pobre, sem pão, sem informação, sem estudo e sem liderença na comunidade, não tem por onde iniciar uma rebelião. A classe média à esquerda talvez se mobilize se começar a faltar o pão. Já enfrentei coxinhas em balcão de padaria e em casa de amigos (coxinhas), mas será que isso é suficiente ?  Quantos estarão dispostos a enfrentar um batalhão nazista da PM ?  

  5. O povo pobre, sem pão,

    O povo pobre, sem pão, educação, informação e liderença na comunidade, não tem por onde iniciar uma rebelião. A classe média à esquerda talvez ultrapasse o discurso das redes sociais se começar a faltar o pão. Já enfrentei coxinhas em balcão de padaria e nas mesas de conhecidos coxinhas, mas será que isso é suficiente ? Quantos estarão dispostos a enfrentar um batalão nazista da PM ?

  6. TEMOS QUE LUTAR MESMO!

    Penso que temos que lutar mesmo.

    Porém, não irei buscar, seja verbal ou corporal, luta com imbecis, alienados e totalmente  manipulados pela Rede Joseph Goebbels e seus partícipes. Já iniciei, há tempo, meu enfrentamento, meu combate, desligando os canais da rede televisiva manipuladora, não só a Joseph Goebbels, mas todas as cumplices e partícipes, inclusive jornais e revistas, que todos conhecemos. 

    Agora, vou partir para desligar-me completamente de tv paga, em virtude de apoio a movimento a favor do golpe e da votação contrária ao HC de Lula.

    Fico com o UHF, com seu conversor, de graça, assistindo alguns canais, como, v. gratia, por influência do amigo Rai, a Tv Aparecida, muita música sertaneja e lindas palavras cristãs.

    Perco os jogos do Timão, mas o que fazer? Nós corinthianos estamos, inclusive muito deles, esquecendo-se de um grande torcedor, o Lula e que este é o time do povo, povo que está hoje sendo totalmente oprimido por um governo ilegítimo, lá colocado, máxime pela mídia.

    Vou colocar a Internet na TV e aí posso assistir a tudo que gosto, sem passar dissabores.

    Verei quais empresas, v. gratia, patrocinam os jornais e tvs políticos, manipuladores deste País, e irei começar a fazer uma “greve” contra a aquisição de seus produtos. Pedirei a toda a minha família e aos meus amigos.

    Por que não iniciarmos uma campanha pela redes sociais, neste sentido?

    Temos que colocar no chão, no desastre financeiro, estes grupos, inclusive multinacionais, que estão lutando para vender nosso País, pretendendo retirar-lhe a soberania,  tudo a pretexto de seus interesses financeiros, lucros, sem nunca pensar em nossos irmãos brasileiros. 

    E temos que começar a lutar pelos votos em favor daqueles que, de fato, irão estar ao lado do povo, legislando e administrando em busca de uma  sociedade mais homogênea, com melhores condições de vida e desenvolvimento, com Educação de qualidade, Saúde, Assistência Social, políticas públicas que levem a todos os brasileiros as riquezas deste nosso País, que não pode continuar a ser privilégio de poucos. 

    Temos que conversar com todos os amigos e pessoas acessíveis, demonstrando quem foram aqueles que traíram nosso povo, máxime os seu direitos, votando a favor de retirada de dinheiro público na Educação, na Saúde e na Ação Social e acabando, principalmente com os direitos trabalhistas. Ainda, temos que mostrar a todos, que pudermos, pois a mídia não o fará, quais foram aqueles que apoiaram a venda de nossos bens soberanos, que estão cada vez mais alienados em um leilão sem precedentes em nosso história, de forma a levar, sem dúvida,  nosso País à condição de colônia, sem poder algum de decisão, dentro de nosso território.

    Parabéns por nos brindar com mais um texto de excelência.  

    Adoro tudo que você escreve, porque, acima de tudo, sai de seu coração e é totalmente fiel aos seus maravilhosos pensamentos.

     

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