Para entender o crescimento, queda e novo crescimento do PT, por Alexandre Tambelli

Para entender o crescimento, queda e novo crescimento do PT

por Alexandre Tambelli

Lendo o texto Rezaram a missa sem o corpo presente do Fernando Horta resolvi fazer uma análise histórica colocando em contraposição à narrativa do real (os fatos concretos dos governos petistas e da realidade) X a narrativa virtual da velha mídia oligopólica (Globo, Veja, Folha, Estadão, Band, Jovem Pan, Zero Hora/RBS e poucas mais)  e seus fatos fabricados.

Coloco aqui:

Penso eu que uma análise histórica do crescimento, queda e novo crescimento do apoio social e da representação efetiva do PT nos parlamentos e governos municipais, estaduais e federais parta de um Sistema de análise de pesos e contrapesos de narrativas: virtual da velha mídia e a do PT no Poder (a realidade concreta); mais ilustrativo Sistema de análise para mim, e, talvez, sem a necessidade de uma compilação de base estatística de aumento e decréscimo de votos, militantes e parlamentares/governantes eleitos pelo partido.

A disputa por narrativas do Brasil, a virtual da velha mídia e a do mundo concreto dos governos petistas pelos fatos do cotidiano são centrais para crescimento, queda e crescimento da intenção de voto no PT.

O PT cresceu em 2002 certamente porque os tempos de FHC no Governo e o auge do neoliberalismo de então propiciaram uma conjuntura econômica e social favorável à vitória de Lula, para além da velha mídia.

Lembram-se, por exemplo, da manchete de Jornal dos 50 milhões de famintos no Brasil e das reportagens no JN sobre a pobreza no Brasil, uma edição que durou alguns dias? Sem contar todas as manchetes, que de modo algum seriam possíveis de ser negligenciadas dos aumentos seguidos dos combustíveis, do pires na mão no FMI e as quebras da economia brasileira, do desemprego recorde, etc.

A realidade concreta se sobrepôs ao interesse do andar de cima e de uma tentativa de narrar que o candidato ideal para modifica-la seria o candidato do partido de FHC. Ou seja, Lula pôde surfar no mundo real para além da velha mídia e de José Serra, o candidato do stablishment.

A discussão da ascensão ou queda do PT se dá continuadamente e tem respaldo na narrativa mais forte do momento vivido, que pode ser a realidade virtual fabricada pelo Sistema mercado + Império ancorada na velha mídia oligopólica ou nos fatos reais.

Em 2005 surgia o fabricado “Mensalão”, quase Lula caiu. Lula com faro político se aliou no Congresso de parlamentares a procura de protagonismo político, teve apoio significativo de sindicalistas e movimentos sociais em defesa de sua manutenção e cresceu em popularidade, não caiu e decolou.

Ajudada por 2006 e o tal do dossiê dos aloprados que se produziu às vésperas da eleição e tomou o lugar do acidente aéreo da GOL no noticiário, pasmem! a narrativa midiática cresce. Morrem mais de centena de pessoas num desastre aéreo e se dá destaque a uma foto de uma montanha de dinheiro que nunca foi provada a origem.  Vencia, em primeiro turno, de certa forma, a narrativa da velha mídia, por conta de seu oligopólio da informação no país. Alckmin teve muitos votos a mais a partir do dossiê e rendeu segundo turno.

Lula foi para o segundo turno com Alckmin e inteligentemente desenharam a campanha com o fantasma das privatizações, relembrando FHC. O que aconteceu? A narrativa do real e do PT e seus marqueteiros suplantaram o dossiê dos aloprados e Lula se fez Presidente novamente inaugurando um fenômeno impensado, Alckmin, já não escudado pela narrativa virtual da velha mídia (horário eleitoral e debates aparecem) diminuiu sua votação em relação ao primeiro turno. Não adiantou vir uniformizado de defensor das empresas públicas, lembram-se do macacão e do boné com os logos da Caixa, BB e da Petrobrás?

Lula tinha consigo uma vantagem, a capacidade inata de ser um gênio da comunicação, de ser, certamente, o maior Orador Político da História brasileira, e vencia a batalha do virtual versus o real, que era o PSDB privatista, da fome dos tempos de FHC e de não defensor do Estado como fomentador de políticas sociais para a população de baixa renda do Brasil. Lula que já estava realizando programas sociais de inclusão exitosos como o Bolsa Família e o Luz Para Todos e revitalizando e dando novo protagonismo aos bancos públicos e a Petrobrás. Além de ter dobrado o PIB anual em dólares em 4 anos, dentre outras realizações expressivas. 

Adiantemos no tempo.  

2008 e a crise dos bancos mundiais, o crash do Sistema Financeiro em Wall Street foi uma nova disputa de narrativa.

Uma crise lá no centro do Sistema evoluía para uma tentativa de dizer que Lula era incompetente porque não tomava as medidas certas para uma crise mundial, Serra e seus discursos de contenção de despesas e arrocho, em muito parecidos com os de hoje para empresários e banqueiros, se lembram?

Lula fez o contrário do que sugeriam os homens do mercado e a velha mídia brasileira aliada da banca.

Lula mandou o povo consumir e fez o BB e outros bancos públicos gerarem crédito mais barato para a população, entre outras medidas.

Uma simples aparição na TV e reverteu a narrativa virtual de que era só na base do arrocho, da austeridade que sairíamos daquela crise de 2008.

2009 o que aconteceu? O PIB teve crescimento de quase 8%.

Continuamos no processo de pesos e contrapesos. Realidade virtual (narrativa oligopólica virtual) X realidade concreta. Lula neste período venceria a batalha da comunicação com êxito.

2010 ao término do seu mandato em 31 de dezembro tinha 87% de popularidade. Não havia realidade virtual e velha mídia para derrotá-lo.

Entramos na campanha eleitoral de 2010 com a máxima de que sem Lula o PT perderia a Eleição.

Lembram-se que o Presidente do IBOPE, o Montenegro, disse, no começo de 2010 ainda, que o Serra já tinha ganhado a Eleição, porque aparecia sempre com mais de 30% de votos nas pesquisas eleitorais muito antes da Eleição  acontecer? Dilma era uma ilustre desconhecida, que depois virou o “poste de Lula”.

Quem poderia ir contra o PT de Lula naquele ano? Ninguém em sã consciência. A Política de alianças com o PT não seria difícil. Entremos sempre na discussão do horário eleitoral, dos apoios de partidos políticos, dessa engrenagem viciada do tempo de TV. O PT em alta e o PMDB não precisaria estar muito receoso de estar ao seu lado como vice na chapa nem outros partidos de direita existentes na campanha de 2010. Dilma chegou candidata com o tempo de TV de quase 11 minutos contra 7 minutos de José Serra.

O “poste de Lula” venceu. Façamos uma ponderação aqui. Lula terminou seu governo com 87% de aprovação, o que não significou a vitória de Dilma no primeiro turno. Por isto a sempre necessária observação da concomitância das narrativas virtual e real e suas consequências. A velha mídia consegue minimizar resultado eleitoral previsto para ser mais expressivo em favor do PT do que foi e levou a Eleição para o segundo turno na radicalização jornalística pró-Serra. 

Três fatos marcantes daquela eleição e que precisam ser elencados para uma análise que nos leve a entender os mecanismos seguros de uma primeira campanha com força de divisão social do País entre petistas e anti-petistas:

1) A contratação de Serra do Guru indiano, já falecido, para sua campanha, o mesmo da campanha republicana contra OBAMA nos EUA em 2008 e que fazia uma “corrente do mal”, via internet, onde as pessoas se cadastravam para se aliar a campanha do Serra deixando seu e-mail num site estranho, que era da campanha, mas sem campanha. E o que acontecia com a sua adesão ao site do Serra informando seu e-mail, a “corrente do mal” invadia sua caixa de correio e você recebia e-mails apócrifos associando o PT ao Foro de São Paulo, dizendo que se o PT ganhar ia mandar o MST invadir fazendas e residências privadas Brasil afora, que o bolivarianismo chavista é quem iria comandar a presidência pós-Lula, a ameaça comunista nunca esteve tão próxima, que Lula perdera um dedo para ter uma aposentadoria precoce, etc. As classes média e médio-alta tradicionais adentraram nessa “corrente do mal”, ancoradas no mundo real com a narrativa Veja de comunicação e em 2010 se proliferou a “corrente do mal”, o que tornou a campanha de 2010 na do medo da “invasão comunista do foro de São Paulo”. A Veja tem uma penetração social grande neste período nos estratos médios da população, não podemos esquecer este fato.

2) Concomitante a este fato Serra adentraria na seara da campanha moralista do Aborto com a ajuda do Bispo, já falecido, de Guarulhos. Uma campanha recheada de factoides, desde a ficha falsa da Dilma, passando pela facciosa quebra de sigilo bancário da filha Verônica, passando pela bolinha de papel e outras barbaridades mais.

3) E precisamos relatar, ainda, que Serra se fez candidato na aparência inicial, não anti-Lula, e sim, amigo dele. Ele deixou de ser o Serra para ser apenas o Zé amigo de Lula e sua favela fake.

Imaginemos que o mesmo Serra e sua mídia anti-petista do “Mensalão de 2005”, “dos aloprados de 2006”, “que dava receitas para o crash de 2008 achincalhando Lula e o Governo petista”, em 2010, adotou uma campanha do Zé amigo do Lula, tentando abocanhar o eleitorado na base do diversionismo e não dando certo a estratégia passou ao movimento moralista e terminando no movimento golpista da mentira televisionada da bolinha de papel.

Mesmo com toda essa narrativa diversionista midiática Dilma venceu.

Novamente a disputa realidade virtual e a realidade concreta deu vez e voz ao PT.

Fique claro que a ausência de meios de comunicação de esquerda, efetivamente colocados ao lado dos da direita e extrema-direita dificulta a narrativa da realidade a se contrapor ao discurso midiático anti-petista e diário. O PT estava forte ainda, mas desde a campanha moralista de Serra e a presença do Guru indiano não se têm mais a chance de uma racionalidade tal, capaz de frear os instintos mais ligados ao ódio e a ausência de mínima reflexão, ancorado na realidade concreta apenas.

O processo de produção do eleitor se desvencilhou de uma realidade concreta e adentrou numa narrativa virtual, que aos poucos funcionaria como divisionista e, que com o aprimoramento das redes sociais de peso, como o Facebook, foi capaz de dividir a sociedade em fraturas inconciliáveis, o que diminuiria a possibilidade de uma narrativa midiática e de redes sociais com seus textos apócrifos não ser comprada como “real” por parcelas inteiras da sociedade.

Vem 2012 e as eleições municipais + o “Mensalão”, aqui o jogo de pesos e contrapesos se intensifica. A narrativa midiática do “Mensalão” quer vingar, definitivamente, sobre a realidade, porém, a realidade concreta vence a narrativa da velha mídia mais uma vez.

2012 a base aliada do PT consegue 80% dos cargos em disputa nas eleições municipais. O “Mensalão” não influenciou nas eleições daquele ano. A economia tinha seu boom e estava alcançando seu auge de inclusão, ascensão e consumo social. O “Mensalão” não poderia competir com a realidade concreta dos shoppings, aeroportos lotados, viagens e compras no exterior em cifras astronômicas. Lembram-se da informação que os EUA até pensavam e retirar a necessidade de visto dos brasileiros para adentrarem em território americano?

É preciso ponderar que os filiados ao PT cresciam ali, também, porque o “Mensalão”, nunca provado, angariou uma militância nova, advinda da indignação com o julgamento via “Teoria do Domínio do Fato” e do voto do “não tenho provas, mas o condeno porque a literatura jurídica me permite”. Muita militância nova adentrou ao partido a partir do “Mensalão”; o julgamento do “mensalão” associado da campanha eleitoral foi gritante, coincidiam datas eleitorais com condenações de petistas, se lembram? Só que o mundo real era imbatível, e as classes média e médio-alta tradicionais, apesar de já estarem, em sua grande maioria, do outro lado do rubicão e sem chances de volta não eram capazes de vencer no grito o PT.

Só lembrando que 2012 continuou com a campanha eleitoral moralista de Serra, agora municipalizada para a cidade de São Paulo e o kit gay, nacionalizada via velha mídia, obviamente. Ajuda este moralismo a criar um divisionismo social e um clima de ódio social, aqui escudado, não mais na presença de um Bispo católico, mas de representantes neopentecostais como Silas Malafaia. 

Depois em 2013 petistas eram presos e condenados a pagar multas em datas especiais, comemorativas de fatos históricos da nossa História. Retificando o texto do Fernando. Não foi em 2014 que se fizeram as “vaquinhas” para os petistas. Foi em 2013.

Como o julgamento do “Mensalão” não surtiu o efeito da derrocada do PT e aliados eleitorais em 2012 se aproveitou um fato marcante de 2013 para outra tentativa nesta direção de “acabar” com o PT.

Foi através das Jornadas de Junho e os 20 centavos da passagem de ônibus, federalizando uma manifestação de cunho local (São Paulo) para uma insatisfação generalizada de um País, o que não poderia ser verdade com a alta popularidade de Dilma.

Ali a narrativa midiática venceu a narrativa do real, os pesos e medidas do pêndulo bandearam do mundo real para a narrativa virtual da velha mídia. Talvez, por inabilidade de Dilma, que diferentemente de Lula em 2008 não teve a capacidade de comandar uma campanha definitiva para aprofundar as transformações sociais, econômicas e políticas necessárias para o Brasil estar imune aos golpes. Dilma não é o “Animal Político” Lula: o grande Orador e capaz de convencimento da população em um simples discurso de alguns minutos.

Precisamos de um estudo mais aprofundado desta discussão dos caminhos traçados por Dilma, seu Governo e o PT e se faltaram meios de comunicação de esquerda fortes para comprar esta briga de frente sobre a narrativa das Jornadas de Junho de 2013. Dilma perdia ali parte da popularidade de seu Governo.

Um exemplo da inabilidade do Governo Dilma em 2013 foi a discussão preparatória para a Lava-Jato e a compra da Refinaria de Passadena situada na rica Califórnia, nos Estados Unidos. Lembrando que venceu a narrativa virtual de que a compra foi equivocada e um erro da Petrobrás, de Dilma e que havia trazido prejuízos para os cofres públicos. A velha mídia aliada de Moro e do Sistema mercado e Império viram ali uma porta para adentrar de cara numa Operação que pudesse tirar o PT do comando do Governo Federal, iria nascer a Lava-Jato.

2014 vêm com o Não vai ter Copa, a Lava-Jato e a Eleição presidencial, aqui se mostra como enfraquecia a narrativa do real versus a narrativa virtual da velha mídia.

O que nos mostra uma situação em que o pleno emprego e o boom do consumo se desenhariam como uma catástrofe.

Dilma venceu pelo recall das políticas sociais em uma eleição apertada. O anti-petismo e a campanha do ódio e da irracionalidade, centrada unicamente no moralismo da corrupção quase colocaram Aécio no Poder. No Congresso se deu a vitória da narrativa da velha mídia com a eleição de um Congresso conservador, de todo modo, não ideológico, mas anti-petista de carteirinha. 

No momento eleitoral de 2014 o PT diminuiu de tamanho.

Imaginemos a Lava-Jato e sua dobradinha com a mídia oligopólica colocando o PT como a “encarnação do demônio”, o partido mais corrupto do mundo, este fato gerou a situação de dissociação plena entre o voto no Executivo e o voto no Legislativo, pois, não se tinha nenhum contraponto em mídias de grande audiência a esta narrativa virtual da destruição da Petrobrás, sequestrada pela Lava-Jato, e se tornou hegemônica a narrativa virtual: – Dilma e Lula sabiam de tudo. Até envenenaram o Youssef no dia da eleição, se lembram? Votos contrários ao PT proliferaram em 2014. 

É importante lembrar que o Congresso nascido da Eleição via narrativa da Lava-Jato propiciou a deflagração do Golpe de Estado, que se anunciava como restaurador da moralidade e do crescimento econômico com geração de empregos, economia em recessão desde o surgimento da Lava-Jato e sua ação de destruição dos setores produtivos e seus respectivos empregos na Petrobrás, na Engenharia Pesada, na Indústria Naval, no Setor de Óleo e Gás e na Indústria de Defesa, em recessão, também, pelo fator Levy, pela a não-aceitação da derrota por Aécio e pelas pautas bombas do Congresso comandado por Cunha, o que inviabilizaram o segundo mandato de Dilma. 

Acontece que o Golpe de Estado via impeachment no parlamento (com a alegação fabricada via TCU das “pedaladas fiscais”e solidificada a narrativa das “pedaladas” no noticiário da velha mídia) assumindo Temer e Meirelles e a tal da “Ponte para o futuro” não trouxe a realidade desejada e narrada pela velha mídia como certa de um tempo de nova bonança.

A realidade virtual da velha mídia foi sendo aos poucos questionada e contrastada com a realidade concreta existente até o primeiro mandato de Dilma.

A realidade virtual da velha mídia em nada foi capaz de se assemelhar aos tempos áureos de Lula e Dilma, tempos de bonança da população (tempos do emprego, do salário anualmente crescendo acima da inflação, do consumo, da  inclusão e ascensão social, do ensino universitário, etc.) com o PT no Governo Federal.

Aos poucos houve o desnudamento do Golpe, dos propósitos mais visíveis do mesmo: as reformas neoliberais da previdência e do trabalho e quem são os verdadeiros corruptos. 

Temer com seu desgoverno chega ao menor índice de popularidade de um Presidente brasileiro até hoje e a velha mídia e sua narrativa foram perdendo espaço, novamente, para a realidade concreta e com a memória popular sendo reativada a força do PT, Lula e Dilma cresce de novo. 

O PT dobra de tamanho de 2014 para 2017, conquistaria, se tivéssemos eleições hoje, 1 em cada 5 eleitores segundo o Datafolha de junho deste ano, ele não acabou como sempre quiseram narrar os meios de comunicação oligopolizados e capitaneados pela Rede Globo, Veja & Cia.

Entender os pesos e contrapesos dos momentos históricos nos levam a entender a realidade em cada momento da trajetória do PT, dentro e fora do Governo Federal.

Se tivéssemos uma organização social capaz de ser imune à narrativa única dos meios de comunicação brasileiros, talvez, a narrativa real se sobrepusesse no tempo integral: de 2002 até hoje, e não teríamos o Golpe nem o caos do Governo Temer.

O PT cresce quando a realidade concreta adentra na vida dos brasileiros pela consciência da população e decresce quando a narrativa midiática se sobrepõe aos fatos reais e deixa meio imóvel a racionalidade dos indivíduos.

Importa pouco a narrativa do PT acabou. Ela não se produz na realidade, se produz no desejo da realidade ser a melhor para quem narra com quase exclusividade a realidade no Brasil, a velha mídia, em favor do Mercado e dos EUA, seus patrocinadores principais.

Acontece que a realidade concreta teima em aparecer, pois, ela é real, e a falsa narrativa da velha mídia decai, porque ela é virtual.

Esquerda e Direita para além do PT vivem neste pêndulo da narrativa real e da narrativa midiática. O PT cresce novamente porque o real lhe dá novo fôlego.

O pêndulo da balança vira para a Esquerda novamente. E o PT e Lula crescem nas intenções de voto.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. muito bom!

    Apenas uma imprecisão: Passadena California, não. 

    Refinaria de Pasadena (Pasadena Refining System Inc. – PRSI) é uma refinaria localizada na cidade de Pasadena, no estado estadunidense do Texas,

    A única força capaz de enfrentar a realidade virtual do PLIMPIG, seria uma união dos blogueiros independentes, com pauta  e inteligência comum compartilhada.

  2. Os “coxinhas” ajudam a refundação do “povo brasileiro”.

    Há um aspecto que todos estão desprezando, a influência da saída para as ruas dos “coxinhas”.

    Na época do início da era do poder do PT no Brasil, a imagem de Lula era forte, porém a identificação de grande parte da população brasileira com o PT era fraca, o partido era mais sustentado por uma base sindicalizada que aos poucos foi perdendo força pelas diversas manobras da direita, as falsas centrais, os falsos candidatos de centro-esquerda e outras narrativas.

    Porém todas estas narrativas serviam somente para dissociar os vínculos da maioria da população com o Partido dos Trabalhadores, porém o que faltava na “recriação do povo brasileiro”, não como uma entidade neutra que somasse a todos, mas sim como uma entidade surgida de baixo para cima que de forma hegemônica ocupasse seu lugar na política brasileira.

    As mobilizações da esquerda eram fracas e tímidas, entretanto neste momento ocupam o espaço da mídia mobilizações dos famosos “coxinhas”. Totalmente minoritários em termos de composição social, os coxinhas assumiram uma posição teoricamente de maioria, que nunca foram, estas mobilizações com babás carregando os carrinhos com os filhos da Oligarquia, começou a criar um processo de nós versus eles, ou seja, o povo versus a oligarquia.

    Não precisou muito tempo para o povo identificar com clareza que havia dois lados, um da Oligarquia que ficava apoiada nos esquemas políticos dos partidos de direita, mas nunca mostravam a cara, e o povo apoiado por um partido e com um líder carismático e claro.

    O que desperta esta consciência de divisão entre povo e Oligarquia são exatamente as manifestações promovidas pela direita, e para piorar tudo, a luta entre as diversas divisões da Oligarquia desnuda por completo o quadro partidário brasileiro, que começa a identificar que o eles é composto pelos oligarcas e seus políticos e partidos associados.

    A divisão entre povo e oligarquia quebra o discurso liberal de monopólio do discurso econômico, mostrando que entro o nós e o eles há uma diferença entre a necessidade de supra estruturas. O discurso nós (povo) e eles (oligarcas) é de assimilação mais fácil do que os antigos discursos da esquerda de proletariado versus capitalistas-burguesia, pois nele pode se enquadrar desde o operário fabril (que seria o objeto principal da esquerda tradicional) até os micro e pequenos empresários que se veem como joguetes do grande capital.

  3. A realidade virtual da velha

    A realidade virtual da velha mídia venceu com ajuda da própria Dilma. Fritar ovo em programa mequetrefe da Globo, aparecer toda sorridente numa entrevista-reportagem do Fantástico avalizou as mentiradas da mídia.

    Sem contar a balela do controle remoto, e os elogios ao Seo Frias pelo Mercadante.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador