Jornal GGN – Com menos transparência, institutos ligados a partidos políticos receberam verbas bilionárias de recursos públicos, que – diferente das siglas – não são divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Levantamento feito pelo Estadão mostrou que instituto ligado ao PSL obteve um aumento de 1.228% de verba após a vitória de Jair Bolsonaro.
Trata-se da Fundação Abraham Lincoln, que em 2017 recebia R$ 1,8 milhão, o que correspondia a 22% da cota do fundo partidário do PSL. Agora chamando-se Índigo (Instituto Inovação e Governança), o instituto recebeu no ano passado R$ 23,9 milhões.
Ao ser questionado pela reportagem, o instituto não detalhou os serviços prestados com estes recursos: “Nos anos de 2019 e 2020 foram realizados investimentos na sua área-fim com o desenvolvimento de projetos, especialmente aqueles voltados à área de transferência de conhecimentos.”
Por lei, todos os partidos políticos precisam ter fundações para o repasse de, pelo menos, 20% dos recursos do Fundo Partidário, com o objetivo educativo e de políticas públicas. Neste ano, segundo o TSE, 39% das despesas dos partidos foram para essas instituições, mas três deles receberam mais da metade do orçamento partidário: o PSL, PP e PSC.
Pelos cálculos do Estadão, nos últimos dois anos seriam possível financiar inteira a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, por exemplo, com os R$ 414 milhões que foram destinados às fundações.
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