BNDES pode ser proibido de financiar projetos no exterior

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Proposta que proíbe o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de financiar projetos e obras de engenharia e infraestrutura em outros países ou conceder crédito a governos estrangeiros pode ser votada pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) na quarta-feira (8).

A proibição que poderá ser imposta ao BNDES foi sugerida pelo relator da proposta (PLS 145/2015), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). O texto original, de Ronaldo Caiado (DEM-GO), determina apenas que o banco deverá direcionar, obrigatoriamente, 35% de recursos a taxas subsidiadas para projetos que beneficiem as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Davi Alcolumbre alega que os países costumeiramente beneficiados com recursos do BNDES, como Cuba e Venezuela, têm passado por recorrentes problemas de escassez de divisas, o que torna esses financiamentos de elevado risco. Além disso, o senador argumenta que o papel do banco é promover o desenvolvimento do Brasil.

“Isso [financiar projetos em outros países] acaba por desvirtuar o papel da agência, de fomentar o investimento no país e reduzir as carências domésticas de financiamento de longo prazo”, frisou.

Na reunião, marcada para começar às 9h, também pode ser votado o PLS 66/2014, do senador Paulo Bauer (PSDB-SC). A proposta extingue o limite não-edificável uniforme e pré-determinado de 15 metros de cada lado em rodovias e ferrovias, e passa a fixá-lo de acordo com cada situação. A altura das edificações nessas áreas seria igualmente definida conforme as características locais.

A CDR ainda deve discutir e votar emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2016.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

10 Comentários

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  1. Será que em algum país do

    Será que em algum país do mundo tem uma direita tão imprestável quanto na América Latina, inclusive o Brasil?

  2. Além do absurdo que é impedir

    Além do absurdo que é impedir que o BNDES financie obras realizadas por empresas brasileiras no exterior, gerando empregos aqui no Brasil, e divisas para o País, vemos os parlamentares golpistas, oportunistas e entreguistas enfiarem penduricalhos, descaracterizando o projeto original, que já era ruim. E sobre esse PLS 66/2014 é pura manobra, sob encomenda daqueles que ganham com a especulação imobiliária, às margens das rodovias; esse senador tucano de SC age como Eduardo Cunha relação aos planos de saúde e outros financiadores de sua campanha. 

  3. O FINANCIAMENTO BNDES NO EXTERIOR GERA SUPERÁVIT E EMPREGOS

    A direita reacionária não perde a oportunidade para fustigar obras na Venezuela e Cuba, que foram financiadas pelo BNDES. Esquecem do Peru, do Uruguai, de Angola. A questão não pode ser política.

    Ora, obras no Caribe e na América Latina, inclusive África, é o filão dos EEUU, Espanha, China. O Brasil está nessa, com  uma boa participação, no entanto, muito aquém dos financiamentos da Espanha e China, aquela com 40 bilhões de dólares, esta com 35% bilhões de dólares e o Brasil com 5,5 bilhões de dólares.  Há que se acrescentar que estes números são de 2013, quando o financiamento do BNDES aqui no Brasil foi de  82 bilhões de dólares. Ora, transformar a questão em política, vedando o financiamento de empresas brasileiras no exterior é fechar empregos aqui no País e fazê-lo atrasar no seu PIB.

    É bom que saibam que cada 100 milhões de dólares investidos, no exterior, geram ou mantém aqui 19 mil empregos. Ajuda, ainda, na obtenção de superávit,  ou seja, só o grupo de serviços de engenharia obteve um superávit de 3,5 bilhões de dólares em 2013.

    Precisamos, na verdade, investir e muito no setor pois está nos levando a melhoria do País diante da economia mundial, levando-nos a um impacto positivo.Os negócios movimentam uma cadeia vasta de 2.000 empresas nacionais, onde 76% são micro e pequenas empresas. Estas conclusões foram extraídas do excelente artigo publicado em Carta Capital, sob o título Por que financeira obras no exterior é bom.

    Há muitos outros argumentos. Mas o importante é que o caminho é correto, de forma a ampliar a presença brasileira na economia mundial.

    É uma pena que políticos brasileiros estão, atualmente, empenhado em derrubar a nossa economia, fazer desabar nossas empresas, fechar empregos, provocando o caos financeiro e o desemprego, tudo como tempero para derrubar um governo. Uma traição sem limites. Logo quem? O DEM.

     

  4. Estupidez

    Nassif,

    35% de recursos (quais ?), ainda por cima a taxas subsidiadas, para a festança nas tres regiões.

    Será que o tal V.EXcia. não sabe a destinação dos recursos ao porto de Mariel, em Cuba ? Reconheço que a estupidez humana não oferece limite, e o senador do Amapá apenas confirma o meu raciocínio.  

    O que esperar de um Congresso Nacional como este, repleto de ratazanas por todos os lados ?

     

  5. Que direita obtusa! Em todo o

    Que direita obtusa! Em todo o lugar do mundo, ter bancos fortes que financiem as exportações de capital é o segredo de uma internacionalização bem-sucedida, capaz de garantir mercados para a capacidade excedente da indústria!

  6. É o cúmulo do vira-latismo

    Só mesmo uma mente (ou será uma cabeça a procura de um cérebro) para pensar tão mesquinhamente assim (que tal parar de financiar grandes plantadores de soja que toda vez que cai o preço transferem o prejuízo para o governo, privatizam o lucro e socializam o prejuízo).

    Querem eles sim POLITIZAR IDEOLÓGICAMENTE as ações do BNDES (um retorno ao MACARTISMO, que nem mesmo os SEUS PATRÕES DE HOJE aplicam).

    Nunca vim uma OPOSIÇÃO TÃO CONTRA OS INTERESSES ESTRATÉGICOS DO PAÍS como esta CAMBADA QUE ESTÁ AÍ.

    TODOS PAÍSES de economia forte e que precisam expandir suas empresa no exterior, têm em seus BANCOS DE DESENVOLVIMENTO a fonte de financiamento para vincular a exportação de produtos e serviços nacionais.

    Até onde a estupidez e descontrução dos interesses nacionais vai chegar com este mau caratismo em curso.

    Que base têm eles para afirmar que estes países não irão pagar? E como a EMBRAER vai ser competitiva pra exporta seus aviões, como nossa empresas vão se interncionalizar? Agem com TOTAL MÁ FÉ por uma busca mesquinha pelo poder, sem se importar com  Brasil. Devem lembrar que são mortais, eles passam e resta o consolo que ficarão no ostracismo dos vendilhões da pátria e dos interesses nacionais.

    Desculpem o desabafo mas não dá para se conter frente a tamanho vera-latismo e ataque aos interesses nacionais.

    Querem ver o Brasil pequeno como suas mentes, sem expressão e projeção internacional (como a repórter da Globo, que devem idolatrar e que tomou uma chinelada do Obama).

  7. Jumentalidade inutil

       Mais uma “manobrinha” que uma inutil comissão do congresso, que tenta legislar alem de suas prerrogativas, apenas com o intuito de “aparecer” na midia, tipo as viagens imbecilóides, cometidas pelo “lider” da CREDN a Venezuela.

        Um PLS significa o que ?  NADA , é algo que talvez, será enviado a Mesa do Senado, para quem sabe, algum dia, ser colocado em votação, que no caso especifico, terá que ser remetido pela Mesa, a varias outras comissões, antes de ser colocado em plenário.

         Na real: São dois ruralistas querendo mais crédito para suas areas eleitorais, para seus currais – tanto normais como figurados -, é como o outro PLS do PSDB/SC , outra inutilidade que o Sr. Bauer prometeu para seus eleitores.

  8. O incrível é que tudo que é

    O incrível é que tudo que é lesivo ao país, ao meio ambiênte e ao bem estar da população, torna-se matéria para projetos dos facistas no congresso. E pior é a consequente aprovação do “bando do congresso”..

    Parodiando Churchill.. ” Nunca poucos fazem tão mal a muitos”

  9. Perdendo as esperanças no Brasil

     

    Nunca ví tanta burrice num lugar só. Quando um banco nacional financia um empreendimento de uma empresa nacional em outro país, isso é muito bom.

    Aqui no Brasil as antas da oposição capitaneadas pelo PIG, querem criminalizar a exportação de serviços.

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