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Em sua coluna n'”O Globo” de hoje, Noblat põe as cartas na mesa. O título é “Dilma tem razão”. Noblat concordando com alguma coisa dita por Dilma? Só se for para puxar o tapete em grande estilo. E, de fato, é o que se vê na conclusão do texto.
Noblat começa ironizando o comício da Cinelândia na sexta-feira passada (16/7), o qual, segundo ele, “passará a História como o Comício dos Mil”. Depois, fala do esforço que Lula tem feito eleger sua candidata, inclusive citando quantas vezes o nome “Dilma” foi repetido por ele em discursos: 94 vezes, somente em março – segundo Noblat, “mais do que Deus (47)”.
Em abril, por força da legislação eleitoral, continua ele, Lula “calou-se”. Mas voltou a falar Dilma “seis vezes” em maio e “ganhou mais quatro multas”. Segundo Noblat, “de presidente da República passou a cabo eleitoral”.
Noblat lembra então que um discurso de Dilma faz parte de um kit “produzido e distribuído pelo governo com materiais de defesa do voto em mulheres”. E, didaticamente, informa que um senador e uma deputada federal pelo Amapá – marido e mulher – foram cassados “sob a acusação de compra de votos – a R$ 26, cada um”.
Noblat, portanto, concorda com Dilma quando ela disse que “não se pode na vida ter dois pesos e duas medidas”.
“Ela tem razão”, conclui Noblat.
Touché?
Noblat não falou nada sobre os vídeos de propaganda da SABESP, veiculados nacionalmente desde 2008. Se isso não for abuso de poder econômico…
A senha para o golpe está dado: “Honduras”.
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