O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse em entrevista exclusiva à TVGGN que o arcabouço fiscal aprovado pelos deputados federais é o “texto possível”, ou seja, é a proposta que encontrou o equilíbrio para ser aprovada, independentemente das críticas.
“Digamos que é o texto possível, porque nem é o que a direita queria e nem o que a esquerda queria.”
– José Guimarães, deputado federal e líder do governo Lula
O texto foi aprovado na terça-feira (23) com 347 votos favoráveis e foi encaminhado ao Senado Federal.
Na entrevista ao jornalista Luis Nassif, Guimarães falou sobre a articulação do governo Lula para aprovar o arcabouço fiscal apresentado pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Diálogo do governo com o Congresso
Guimarães destacou a fragilidade do presidencialismo de coalizão. Sem a maioria no Congresso, ele admitiu é preciso abrir concessões para conquistar vitórias possíveis, como no caso do arcabouço.
“Nós ganhamos nas urnas, mas não ganhamos maioria no Congresso, e para governar nós precisamos de maioria. Porque essa é a regra o Brasil hoje, o funcionamento é o presidencialismo de coalizão”.
– José Guimarães, líder do PT na Câmara
Se tratando do relacionamento entre governo e Congresso, Guimarães vê o saldo positivo até aqui, com exceção do decreto do saneamento, quando o Congresso suspendeu a decisão do presidente Lula.
Os próximos passos do governo
Guimarães ressaltou na entrevista ao Nassif quais são os próximos projetos de interesse do governo Lula.
A etapa atual requeria a aprovação do arcabouço fiscal para retomar a confiança e garantir novos investimentos no Brasil. A partir disso, o governo Lula focará na reforma tributária e, no segundo semestre, na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024.
Segundo Guimarães, a aprovação dessas matérias, juntamente com a PEC da Transição – aprovada ainda no final de 2022 – é o conjunto de medidas que tornará possível o funcionamento econômico do país.
Assista ao trecho da entrevista:
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