O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), já começou a atuar para manter o controle do chamado orçamento secreto independentemente de quem for o próximo presidente.
O plano envolve a manobra de cerca de R$ 19 bilhões para emendas parlamentares, em um plano para manter o controle dos recursos mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições de outubro.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo mostra que os líderes da Câmara querem colocar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 ou em resolução do Congresso uma regra onde o relator da LDO e o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) assinem as indicações das emendas.
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Tal movimento se explica: o responsável por carimbar as emendas de 2023 será o senador Marcelo Castro (MDB), aliado de Lula, enquanto o deputado Celso Sabino (União) vai comandar a CMO e foi escolhido a dedo por Lira. Já o relator da LDO será o senador governista Marcos do Val (Podemos).
Um dos objetivos de Lira é garantir que o esquema vigente seja mantido mesmo que o presidente Jair Bolsonaro não seja reeleito ou que o deputado alagonano não seja reeleito para comandar a Câmara.
E um dos pontos que Lira tem defendido em sua campanha de reeleição tem sido justamente a liberação desse dinheiro.
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