Bolívia pedirá extradição de senador asilado em embaixada do Brasil

Jornal GGN – A condenação de um ano, pelo crime de corrupção, do senador boliviano Róger Pinto, refugiado na embaixada brasileira em La Paz, poderá anular o pedido de asilo do político ao governo brasileiro. A  partir da leitura da íntegra da sentença contra o senador, o Ministério Público boliviano iniciará os trâmites para a sua extradição.

“Com uma sentença condenatória por corrupção considero que não há fundamento para nenhum asilo, pelo que deve ser feito o trâmite de extradição, se ele está na Embaixada do Brasil”, afirmou o fiscal general do Estado, Ramiro Guerrero.

O chefe da bancada do Movimiento Al Socialismo (MAS) no Senado, Eugenio Rojas, e o fiscal Guerrero, concordaram que a sentença de um ano por corrupção cometidos por Pinto é muito branda.

“Um ano de prisão para Róger Pinto é muito pouco, é uma falta de respeito à Justiça e ao Estado”, reclamou o senador Rojas ao jornal La Razón, pedindo para que as autoridades apelem da sentença. Apesar da reclamação sobre o tempo de sentença, Guerrero destacou que a Justiça boliviana já conta com uma sentença condenatória contra o senador.

Ao discordar de Guerrero, a ministra de Justiça, Cecilia Ayllón, assegurou que neste caso não se aplica um pedido de extradição porque o senador opositor não está sendo perseguido. “Não se pode pedir (a extradição) porque ele (Róger Pinto) é um cidadão livre que, por vontade própria, está neste momento abrigado na embaixada. Ele foi e se refugiou definitivamente e se não sai é porque não quer sair, porque ninguém o persegue”, afirmou Ayllón em coletiva de imprensa.

Na segunda-feira (24) o Tribunal de 1° Instância de Pando condenou o senador d Róger Pinto, atualmente exilado na Embaixada do Brasil em La Paz, a um ano de prisão, ao declará-lo culpado de três delitos. O senador ainda pode apelar da sentença, inclusive levar o caso à Corte Suprema de Justiça. Familiares do senador esperam que o governo brasileiro ainda considere o asilo.

Redação

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