Jair Bolsonaro não deve voltar ao Brasil no final de março e estaria planejando uma viagem a Europa para se encontrar com lideranças da extrema-direita.
Bolsonaro havia prometido a apoiadores, em evento na semana passada, que retornaria ao Brasil ainda neste mês. Mas os planos parecem ter mudado. É o que indica um despacho publicado publicado pelo governo, no qual autoriza três servidores a viajarem até os Estados Unidos para acompanhar o ex-presidente em agendas no país.
Por lei, ex-presidentes da República têm direito vitalício para manter 4 servidores de segurança e de apoio pessoal, 2 servidores de cargos de comissão, 2 motoristas e 2 veículos.
Na decisão publicada nesta terça (21), o governo comunica que 3 funcionários irão aos Estados Unidos para “prestar assessoria, segurança e apoio” a Bolsonaro nas cidades de Orlando, Flórida e Jacksonville, nos EUA, entre os dias 28 de março e 15 de abril. A informação foi divulgada pelo Uol.
Os deslocamentos desses servidores são pagos com dinheiro público. Conforme mostrou o GGN aqui, até fevereiro deste ano, o ex-mandatário havia gasto quase meio milhão de reais para manter 5 assessores nos Estados Unidos, incuindo passagens, hospedagem, combustível, alimentação, etc.
Tour à Europa com lideranças da extrema-direita
Ainda, de acordo com o jornal português Correio da Manhã, Bolsonaro irá também a Lisboa, Portugal, para um encontro de lideranças da extrema-direita mundial, tendo também como convidados a francesa Marine Le Pen, o espanhol Santiago Abascal e o italiano Matteo Salvini.
O jornal informa ainda que a ideia partiu do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, com assessores do ex-mandatário contatando representantes do partido português Chega!, de extrema-direita. Os assessores informaram que Bolsonaro passaria por Madri (Espanha) e Roma (Itália) antes de chegar a Portugal.
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Países com forte tradição democrática como Estados Unidos, Inglaterra, França e Itália têm sido palco de uma ativa movimentação de setores da extrema-direita. Creio ser necessária maior vigilância de políticos democráticos para se contrapor à radicalização da extrema-direita como aconteceu no Brasil. Até hoje não está muito claro quem sustenta do ponto de vista econômico este movimento que ameaça a democracia na Europa e no continente americano. No tempo da “Guerra Fria” as tentativas de setores da esquerda, mesmo moderados, de formar um governo, eram desbaratadas. O estrago que a eextrema-direita provoca nos regimes democráticos, é muito mais trágico. E a reação dos políticos e dos empresários tem sido muito tímida e às vezes até compactuam com estas forças altamente perigosas para o mundo democrático. Faço este alerta. Acorda Mundo!