Bolsonaro evitou greves porque “aparelhou o movimento de caminhoneiros”, diz Janones ao GGN. Assista

Tarcísio de Freitas, hoje candidato ao governo de São Paulo, era o "testa de ferro" de Bolsonaro nas negociações com os caminhoneiros

Foto: Agência Câmara

O deputado federal e candidato à reeleição André Janones, do Avante, disse em entrevista ao GGN que Jair Bolsonaro foi poupado de paralisações de caminhoneiros durante seu governo, mesmo diante dos sucessivos aumentos no preço do diesel pela Petrobras, porque o movimento foi controlado e manipulado por agentes políticos. Entre eles, o ministro da Infraestrutura e candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo Janones, que foi o porta-voz nos protestos de 2018, os caminhoneiros que conseguem mobilizar atos e paralisar as principais rodovias do País são ligados a associações e grandes empresas. Esse nicho em particular teria sido “aparalherado” pelo governo Bolsonaro, que conseguiu, dessa forma, limpar as ruas durante todo o mandato. A ala de caminhoneiros autônomos não tem força nem costuma se articular sozinha.

“Quando a gente fala de caminhoneiros, é bom a gente não misturar. Existem duas alas: os caminhoneiros de fato, os autônomos, que não são vinculados a nenhuma associação. Eles são brasileiros buscando melhorias para suas condições de vida e para a categoria, relacionadas ao preço do frete. E tem uma segunda ala, que é a ala da politicagem, a ala que foi aparelhada pelo governo Bolsonaro através do ministro Tarcísio, que sempre foi o testa de ferro. Ele ficava na linha de frente fazendo negociações – levava algum benefício em troca de abafar qualquer possibilidade de movimento como o de 2018 nas ruas. Eles iam lá e abafavam. Isso aconteceu em 2019, 2020 e 2021.”

Eleito deputado, Janones se afastou do movimento de caminhoneiros, mas afirma que o governo evitou novas paralisação nos últimos anos justamente porque “Bolsonaro aparelhou o movimento de caminhoneiros”.

“Esse pessoal que eu disse que protesta de forma legítima, eles não têm um comando centralizado, então eles ficam muito a mercê dos direcionamento desses outros que foram comprados pelo governo Jair Bolsonaro.”

De olho na reeleição, Bolsonaro deu um jeito de aprovar um benefício de R$ 2 mil para caminhoneiros e taxistas. Mas para Janones, o valor provavelmente não vai gerar o efeito eleitoral desejado. A ala que “se vendeu” continua com Bolsonaro independente de qualquer benesse. Já a” outra ala, que é a aula dos trabalhadores legítimos, estão muito conscientes de que isso foi uma medida eleitoreira para tentar manipular o voto deles. Não acredito que vão conseguir.”

Assista a entrevista completa:

Colaborou Ícaro Brum, estagiário em Jornalismo do Jornal GGN e TVGGN

Redação

1 Comentário

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  1. Aparelhou não meus caros colegas, caminhoneiros são subornaveis e traidores,matam até a mãe deles pelo mito,pois sempre lembrem do líder do movimento dos capimnhoneiros arregando as calças pro ministro do mito.

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