Bolsonaro já deu início ao golpe, segundo Bernardo Mello Franco

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Com apoio de parte dos militares, presidente dá continuidade a plano que defendeu publicamente ainda em 1999

(FOTO: MARCOS CORRÊA/PR)

O presidente Jair Bolsonaro ficou conhecido como defensor da tortura e da ditadura, e nunca se sentiu obrigado a mudar – uma vez que foi eleito para sucessivos mandatos na Câmara dos Deputados com o voto dos militares.

Em artigo publicado no jornal O Globo, o jornalista Bernardo Mello Franco lembra uma entrevista concedida por Bolsonaro em seu terceiro mandato como deputado, quando afirmou que “daria o golpe no mesmo dia” em que chegasse ao Planalto.

“Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada”, disse o presidente na mesma entrevista, onde também defendeu que o país precisava de uma guerra civil.

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Na mesma época, Bolsonaro apareceu na mídia não só defendendo o fechamento do Congresso Nacional como o fuzilamento do então presidente, Fernando Henrique Cardoso.

Anos depois, a mesma democracia que Bolsonaro criticou o colocou no poder. Desde então, seu governo como presidente tem sido marcado por ataques às instituições e campanhas contra o sistema eleitoral.

As pesquisas apontam a derrota de Bolsonaro pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro, e as conspirações contra as urnas eletrônicas passaram a ter o apoio público da ala bolsonarista das Forças Armadas.

Como lembra Mello Franco, Bolsonaro já deu início ao golpe que sempre pregou. “O capitão já deixou claro que só aceitará o resultado em caso de vitória. Se for derrotado, fará o possível para tumultuar o país e impedir a posse do sucessor”.

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Tatiane Correia

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