Carlos Bolsonaro é alvo da PF em nova fase de operação sobre “Abin paralela”

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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12 dias antes de morrer, Bebianno apontou o filho "02" de Bolsonaro como interlocutor do plano de criar o grupo de espionagem ilegal no governo

Foto: Alan Santos/PR

A Polícia Federal deflagrou uma nova operação, na manhã desta segunda-feira (29), sobre o uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PF) para monitorar adversários políticos. O vereador Carlos Bolsonaro é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão. 

Segundo a PF, a nova fase da investigação mira o “núcleo político” do ex-chefe do órgão, Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ou seja, pessoas que receberam informações da “Abin paralela” à época em que as possíveis  irregularidades eram cometidas, além de aliados de Ramagem no atual mandato como deputado federal.

A suspeita é de que Carlos, o filho “02” de Jair Bolsonaro, teria recebido esses “materiais” obtidos ilegalmente pela Abin. Seus assessores também são alvos da busca e apreensão de hoje, autorizada na sua residência e também na Câmara Municipal do Rio.

Próximos, Carlos chegou a ser anunciado como o gestor de comunicações de Ramagem para a candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.

As revelações de Bebianno, 12 dias antes de morrer

Em março de 2020, o então secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, revelou numa entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que Carlos seria o interlocutor do plano de criar o grupo de espionagem ilegal no governo. A revelação foi feita 12 dias antes de Bebianno morrer de um ataque cardíaco.

“Um belo dia, o Carlos me aparece com o nome de um delegado federal e três agentes que seriam uma ‘Abin paralela’, porque não confiava na Abin. O General Heleno foi chamado, ficou preocupado com aquilo, mas General Heleno não é de confronto. O assunto acabou ali com o General Santos Cruz e comigo. Nós aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma, porque muito pior que gabinete do ódio, aquilo seria também motivo para impeachment. Eu saí e não sei se aquilo foi instalado ou não“, contou Bebianno.

Operação Vigilância Aproximada

Na última quinta (25), Ramagem e mais 20 pessoas foram alvos de buscas pelo suposto esquema, que usou ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial para espionar autoridades e beneficiar os membros do clã Bolsonaro e interferir nas investigações da PF.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. Ao que parece alguém avisou os Bolsonaro e eles se escafederam do local onde foi realizada a busca e apreensão. Tem rato bolsonazista na PF.

  2. Certeza q usaram sistemas quânticos comentavamoso nome do.Bolso na internet seja em site ultra comentado ou mequetrefe e não sei.como.apatecia já “alguém “rebatendo sempre com msgs bem parecidas tipo padrão até após Lula ganhar tinha muita distribuição de vídeos fake contra ele,isso só diminuiu com a ação do.Moraes pois se assustaram e viram q não será bom para os negócios só q a luta pelo.poder e influencia não vai.imoedir q as bigtechs conrinuem os processos numa espécie de suicídio como no.caso da tvs brasileiras será preciso pegar as conexões intencionais destes processos como deverá ser no.caso Moro.tb,na internet precisa anaisar os volumes de tráfego anormais de uma hora pra outra só assim talvez conseguirá impedir algo na internet!!! Obs:Sem mais

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