A diplomacia brasileira no caso do Paraguai

De um diplomata se espera, diplomacia… Nem todos pensam assim, alguns preferem um imperialismo descarado. 

Ora, a atitude tomada pela diplomacia brasileira , se mostra tremendamente mais eficiente. Mesmo quando encarados sob a ótica da defesa dos interesses nacionais.

Vamos ver o caso da Venezuela, tão emblematico e usado como argumento frequente para criticar a posição brasileira. Abaixo segue um trecho de artigo publicado no Valor, a integra pode ser consultada aqui.

O argumento comercial é citado com frequência no governo e tem defensores também na academia, como a coordenadora do Observatório Político Sul-Americano (Opsa) do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Maria Regina Soares de Lima. Em depoimento recente ao Senado, após observar que a maior integração com a Venezuela começou nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, com interligação elétrica e rodoviária, ela lembrou que o comércio com os venezuelanos cresceu 858% entre 1999 e 2008, quando chegou a US$ 4,6 bilhões. 

Cai por terra o argumento da defesa dos interesses nacionais, ao menos aquele que exige atos que demonstrem de forma espetaculosa, a liderança do Brasil na América do Sul. A frequente e insistentemente “declarada paixão da esquerda” por Chaves deveria ser revista após a divulgação recente pelo Wiki da fala de Amorim: “Chávez mais late do que morde”

É natural que todos aqueles pouco afeitos ao regime democrático misturem num mesmo saco Venezuela, Cuba e Coréia do Norte. Para comprovar suas teses vale qualquer manipulação. Assistimos no caso paraguaio, o coroamento da política de discrição da nossa diplomacia. A diplomacia brasileira tem lutado por um consenso do Direito a ser estabelecido e implementado nos países da América do Sul. Ainda há uma voz resistente a isto no interior dos poderes legislativo, judiciário e parte da população brasileira. Falta aplicar parte deste consenso no nosso próprio país. A multilateralidade é um ingrediente essencial para que isto aconteça.  

 

A rota do convívio respeitoso, da busca de solução negociada, do papel assumido de maneira discreta e sem declarações bombásticas e populistas colocam o país numa situação de real liderança. Esta é a posição dos que acreditam que o sucesso brasileiro depende do igual desenvolvimento regional de seus vizinhos. Golpes “24 horas” não se encaixam na busca deste consenso.

Luis Nassif

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