A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas aprovou em votação simbólica, na manhã desta quinta-feira (24), a reconvocação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.
A reconvocação de Cid foi sugerida pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O tenente-coronel prestou um primeiro depoimento à CPMI no dia 11 de julho. Ele, porém, ficou em silêncio.
Na ocasião, Cid foi questionado, principalmente, sobre as mensagens encontradas em seu celular com teor golpista. Após isso, Polícia Federal (PF) também apontou seu envolvimento na venda ilegal de presentes de luxos oficiais.
A data do novo depoimento ainda não foi marcada. Caso queira ficar em silêncio, Cid precisará acionar mais uma vez o Supremo Tribunal Federal (STF).
Hoje (24), Cid também presta depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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Quebras de sigilo
Além da reconvocação de Cid, a CPMI também aprovou a quebra de sigilos de outros três militares ligados à Ajudância de Ordens da Presidência da República na gestão Bolsonaro. São eles:
- Coronel Marcelo de Costa Câmara
- Tenente Osmar Crivelatti
- Sargento Luis Marcos dos Reis, que é ouvido pela comissão nesta quinta.
Carla Zambelli
A CPMI ainda aprovou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto.
Em depoimento ao colegiado, o hacker afirmou que a parlamentar teria pago R$ 40 mil para que ele invadir sistemas eletrônicos da Justiça.
Além disso, Delgatti confirmou que a deputado teria intermediado um encontro com o ex-presidente Bolsonaro, em que foi discutido a execução de plano golpista.
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