Em pronunciamento em rede nacional feito na noite desta sexta-feira, 21, às 21 horas, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que está disposta a receber os líderes das manifestações pacíficas que foram feitas no país nas últimas semanas, e anunciou três pontos que pretende discutir com eles e com dirigentes de outros poderes, para atender às reivindicações dos manifestantes: elaboração de um Plano Nacional de Mobilidade urbana que privilegie o transporte coletivo; destinação de 100% dos royalties da exploração de petróleo para a educação; e trazer, de imediato, milhares de médicos do exterior para o SUS para ampliar o atendimento da rede pública de saúde.
A presidenta ressaltou que está acompanhando as manifestações que ocorrem pelo país e que isso mostra a força da democracia no Brasil. Se essa força for aproveitada, será possível que o país avance em segmentos que ainda não avançou. “Tenho a obrigação de ouvir a voz das ruas e dialogar com todos os segmentos. O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático e justo. Não é fácil chegar aonde chegamos. Precisamos fortalecer isso”, ressalta.
A presidente disse ainda que os manifestantes têm direito de lutar por qualidade de vida e defender com paixão suas ideias e propostas de forma pacífica e ordeira. Mas condenou atos de violência cometidos durante as manifestações e afirmou que as forças de segurança têm o dever de impedi-los com firmeza. “O governo não pode aceitar que uma minoria ataque o patrimônio. Essa violência não pode manchar um Brasil político e democrático”, disse. E garantiu que “todo órgão de segurança pública tem o dever de coibir o vandalismo. Nós vamos continuar mantendo a ordem”.
Foi notório que as manifestações que ocorreram durante essa semana ganharam prioridade nacional e, segundo a presidente, é preciso aproveitar esse vigor para promover mais mudanças ainda. “Minha geração lutou muito para que a voz das ruas fosse ouvida e ela precisa ser ouvida e respeitada. Não pode ser confundida com violentos, pois a voz da rua é pacífica”, reitera.
Outro ponto que a presidente abordou é a construção de uma “ampla e profunda” da reforma política que amplie a participação popular. “Temos de fazer um esforço para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais abrangente sobre seus representantes”, ressalta.
Ela lembrou a Lei de Acesso à Informação, que foi sancionada em seu governo e deve ser ampliada. “Esse é um poderoso instrumento para fiscalizar o uso do dinheiro público”.
Copa
Sobre o financiamento dos estádios para a Copa do Mundo, ela apontou que o dinheiro do Governo Federal que foi gasto com as arenas é fruto de financiamentos que serão devidamente pago pelas empresas concessionárias da sua exploração. “Não permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal”, ressalta.
Ela pediu que os atletas e turistas que estão no país para a Copa das Confederações sejam bem recebidos, assim como os jogadores brasileiros foram quando disputaram a mesma competição em outros países. “O Brasil é o único país que participou de todas as copas sempre foi recebido com respeito, carinho e alegria é assim que devemos tratar nossos hóspedes. Esporte é símbolo de convivência pacífica”, finalizou.
Veja íntegra do discurso de Dilma no Blog do Planalto
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Um desabafo preocupado
Ainda
Um desabafo preocupado
Ainda que não se tenha falado sobre o tema neste momento, eu não li, é necessário e urgente que a Dilma invista fortemente em nossas forças armadas. O inimigo maior, o de sempre e de todos no mundo, vem de fora, sorrateiramente, com táticas requentadas e melhoradas, atacando pela mídia, que é sua cabeça de praia. Criam problemas no mundo, vampirizam as economias, invadem países virtual e remotamente, além de invadi-los com drones e mercenários. Aproveitam-se das vulnerabilidades dos outros para desmoralizá-los, sugarem em veias que eles abrem ideologicamente, criando inimigos internos para representá-los.
Algum tempo atrás o Santayana chamou a atenção para a importância de nossas defesas, desenvolvimento de tecnologias próprias. Isto e nossa educação é que garantirão nossa soberania. Não ter a bomba é não ter como se defender sem se abaixar. Em algum momento o Brasil terá que rever constitucionalmente o direito de desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos, mas que garantam sua defesa. Esta investida de guerra que vem da mídia estrangeira, braço da industria do poder e das armas não cessará. Nossa política de defesa externa deve trabalhar alinhada com a diplomacia e muito espertamente num mundo cheios de blefes e simulações das santísssmas trindades (o triângulo da guerra).
Espero que nossa presidenta Dilma nos permita sejamos confundidos pela mídia sobre o que é democracia e sua irmã gêmea, a soberania. Nossa democracia é suprapartidária, mas os que a defendem apartidariamente corroem nossa soberania. O momento no mundo é delicado. A crise capitalista vai resolver como em outros momentos, vai para a guerra de grilagem.
Precisamos fortalecer cada vez mais os laços com nossos irmãos da América Latina, pois o triângulo da guerra já tem suas bandeiras fincadas em alguns dos países (Colômbia, Honduras, Paraguai e Chile). O Brasil é um exemplo de força para nossos irmãos e não podemos permitir que a ditademocracia, um simulacro de liberdade, invada nossa casa.