CNBB condena interferência religiosa na livre escolha eleitoral das pessoas

Um outro patamar: A condenação oportuna da CNBB

A CNBB emitiu uma nota a imprensa, que se lê abaixo neste post, afirmando, categoricamente, que não apóia qualquer candidato a presidência e que crê que a escolha das pessoas sobre as eleições é um direito exercido com liberdade e de acordo com a própria consciência de cada um.

Defende que a sua colaboração se dá em “orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”.
Condena aqueles que fazem uso do nome da CNBB para apontar certas preferências políticas aos fiéis católicos.

Creio ser esse um momento oportuno para, em nome da democracia, preservar o debate político eleitoral e, do mesmo modo, preservar a imagem da instituição católica.
Percebe-se, infelizmente, nas últimas semanas uma guinada radical de grupos conservadores religiosos, aliados aos grupos políticos que se identificam, em uma campanha centrada em temas delicados à sociedade, na firme tentativa de alijar qualquer outro tema importante do debate.
Eleger temas como o aborto e os direitos civis de homossexuais como centrais, apenas para disseminar a desinformação, o preconceito, a mentira e o ódio, não constrói bases sólidas para o embate permanente da sociedade acerca desses temas.  Configura apenas o oportunismo eleitoral no propósito de amedrontar a sociedade e angariar votos desorientados.
Retirar do centro as questões sociais e econômicas só interessa àqueles que pretendem igualar seus capitais políticos frente ao eleitorado em temas, muito importantes também, mas sob uma ótica desfigurada e, por demais conservadora.
A sociedade precisará debater essas questões com serenidade e em condições propícias para buscar o avanço, longe do fundamentalismo religioso imposto por grupos ligados a oposição.

E a questão que fica: como se comportará a Igreja Católica, no todo e em parte, no maior feriado religioso do país? A CNBB será ouvida e terá conseguido arrefecer os ânimos de alguns de seus religiosos?  Aquém das respostas que poderão surgir, a posição da CNBB foi feliz.
Nesse sentido é preciso que as instituições religiosas se manifestem, tal como faz a CNBB em nome da Igreja Católica, e incisivamente condenem a tentativa perigosa de setores religiosos ultraconservadores de turvar o processo eleitoral, calcado, tão somente, em boataria sobre questões muito sensíveis a sociedade brasileira.

 
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