Dividido, PSDB anuncia apoio à candidatura de Simone Tebet nas eleições de 2022

PSDB decidiu apoiar a candidatura de Simone Tebet para presidente da República. Os tucanos devem indicam um vice para compor a chapa com o MDB

A senadora Simone Tebet, candidata à presidência da República em 2022. Foto: Agência Senado
A senadora Simone Tebet, candidata à presidência da República em 2022 pelo MDB. Foto: Agência Senado

O diretório nacional do PSDB anunciou na tarde desta quinta-feira (9) o apoio oficial à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à presidência da República nas eleições de 2022. Em nota divulgada nas redes sociais, o partido diz que está “firme e convicto na construção de uma alternativa a Lula e Bolsonaro”. Na prática, a legenda encaminha apoio à candidata da “terceira via”, mas está rachado.

Em alguns estados, o PSDB tende a se alinhar ao bolsonarismo ou lulismo de forma pragmática. Uma aliança pitoresca que está em discussão, por exemplo, seria entre Marcelo Freixo (PSB) e Cláudio Castro (PSDB), para disputar o governo do Rio de Janeiro. Freixo seria o candidato apoiado por Lula na disputa local.

Na grande mídia, analistas políticos chamaram a aliança entre PSDB e MDB de casamento de aparências e afirmam que Tebet viverá o fenômeno conhecido na ciência política como “cristianismo” – quando um candidato entra numa disputa para perder, já rifado pelo próprio partido.

VICE PARA TEBET

O PSDB deverá indicar um candidato a vice-presidente para a chapa liderada por Tebet. O favorito é o senador Tasso Jereissati, mas há uma ala do tucanato que ainda pressionado para emplacar Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul.

PESQUISAS

Simone Tebet apareceu na última pesquisa Datafolha com 2% das intenções de voto. A candidatura única de terceira via não decolou nem mesmo com a saída de Sergio Moro (União Brasil) e João Doria (PSDB), que não tinha hegemonia no partido para ser candidato a presidente, apesar de ter vencido as prévias.

Nas redes sociais, Tebet publicou uma mensagem destacando o caráter da aliança e citando o passado de união entre tucanos e emedebistas. “Este é um reencontro do centro democrático não agendado pela história, mas exigido por ela. No passado, democracia, cidadania, justiça social. Hoje, pelos mesmos valores e com a mesma urgência, unimos forças por um Brasil sem fome e sem miséria. Sabemos da responsabilidade. Estamos prontos”, apontou.

Recomendado:

O Jornal GGN prepara um novo documentário. Vamos investigar os esquemas da ultradireita mundial, dos militares e outros grupos de sustenção do bolsonarismo. Apoie o projeto em catarse.me/jornalggn

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador