Única região que prefere Bolsonaro, Lula cancela viagem à Santa Catarina

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Lula cancelou viagem à Santa Catarina, por segurança do líder e candidato do PT à Presidência dos riscos de bolsonaristas.

Foto: Ricardo Stuckert

Lula cancelou a sua viagem a Santa Catarina, que estava programada para esta quinta-feira (02). Entre os motivos, a segurança do líder e candidato do PT à Presidência, diante dos riscos de bolsonaristas.

Segundo a Folha, os atos dos aliados do atual mandatário são organizados com antecedência, colocando em risco a segurança de Lula. Como ocorreu no início do mês, em agenda em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Na cidade mineira, ainda no aeroporto, cerca de 10 bolsonaristas esperavam o ex-presidente para fazer atos contrários. Cerca de 40 ntegrantes do MST também estavam no local para apoiar Lula, mas foram alvos da mira de um policial militar, que apontou uma arma para o grupo.

Os apoiadores de Bolsonaro organizaram atos em lugares onde Lula iria percorrer, o que o obrigou a modificar o trajeto e agenda na cidade.

Nesta semana, Lula vai ao sul do país para cumprir a agenda da pré-candidatura à Presidência. O ex-presidente chegaria nesta quinta à Santa Catarina, mas já cancelou a visita.

Isso porque o evento ocorreria em um lugar aberto em Florianópolis, e a equipe de segurança do presidenciável recomendou a realização em um lugar fechado, para melhor controle. Como não foi possível encontrar um lugar fechado tão amplo, o evento foi cancelado.

Segundo pesquisa FSB/BTG divulgada ontem (30), Lula só tem menos votos do que Jair Bolsonaro em dois segmentos de eleitores: evangélicos e eleitores da região Sul do país. Entre evangélicos, 46% dizem votar em Bolsonaro e 35% em Lula. Na região sul, 45% preferem Bolsonaro e 34% Lula. Em todos os demais cenários e cortes de eleitores, Lula é o favorito.

Em Porto Alegre, um dos desejos de Lula era caminhar pelo centro da cidade, mas a ideia foi abortada pelo risco de pessoas jogarem objetos contra o candidato. Na capital do Rio Grande do Sul, o ato ocorrerá em um estádio fechado, com capacidade para 7 mil pessoas.

Ainda, a equipe de segurança da campanha tentará organizar um cordão de isolamento de 3 mil pessoas do lado de fora para proteger o evento. Haverá um controle do público participante, previamente cadastrado pelas delegações dos partidos, e ao entrar no estádio serão submetidos a detector de metal. Também será proibida a entrada de cartazes, porque podem ser usados para ferir militantes.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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