Fake news rendem até R$ 1 milhão a bolsonaristas, diz jornal

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Propagação de notícias falsas e conspirações sobre eleições rendem visualizações e dividendos a militantes, segundo levantamento

MARCELLO CASAL JR / AGÊNCIA BRASIL

A disseminação de notícias falsas e de conspirações relacionadas à realização das eleições tem gerado dividendos de até R$ 1 milhão para a militância bolsonarista.

Canais com posicionamento alinhado ao presidente Jair Bolsonaro faturaram entre R$ 68 mil e R$ 1,09 milhão com a reprodução de 1.960 vídeos no YouTube, que renderam 57,9 milhões de visualizações. Os dados são de levantamento conjunto elaborado entre o jornal O Globo e as consultorias Novelo Data e Bites.

Embora o YouTube não divulgue dados sobre remuneração, empresas que analisam redes sociais estimam um pagamento entre US$ 0,25 e US$ 4 para cada mil visualizações.

O foco da militância consiste em jogar suspeitas tanto no sistema eleitoral como nas pesquisas de intenção de voto (que bolsonaristas dizem ser fraudadas para confirmar a vitória dos adversários), a partir de teses que descontextualizam o noticiário de forma recorrente.

Três dos vídeos mais populares foram feitos em 2018, ano em que Bolsonaro venceu a eleição presidencial, e tinham como tema questionamentos às urnas eletrônicas.

A circulação dos conteúdos conspiratórios avançou ao lado da ofensiva presidencial, e o resultado pode ser visto em 2020, ano das eleições municipais, quando 197 vídeos questionando as eleições foram veiculados.

O total explodiu em 2021, quando a proposta de voto impresso foi derrotada na Câmara dos Deputados: 1212 vídeos em circulação questionavam a idoneidade do pleito brasileiro. Em 2022, 128 vídeos que colocavam a eleição em xeque estavam no ar até a última quinta-feira.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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