Bolsonaro evita polêmica e não pretende convocar embaixador iraniano

Chancelaria persa convocou representante brasileiro na última semana, e pediu explicações sobre posicionamento em ataque que vitimou o general Qassem Soleimani

Jornal GGN – Depois de a chancelaria do Irã ter convocado uma representante da embaixada brasileira pedindo explicações sobre a posição do Ministério das Relações Exteriores, o presidente Jair Bolsonaro preferiu evitar polêmicas e não pretende retribuir convocação.

Em entrevista, o presidente brasileiro negou que vai retribuir o gesto, e voltou a dizer que repudia o terrorismo no mundo e essa seguirá sendo a posição do Executivo.

Na última sexta-feira (03/01), o Itamaraty divulgou uma nota de alinhamento com a ação militar ocorrida a mando dos Estados Unidos em aeroporto em Bagdá, que acabou por matar o general iraniano Qassem Soleimani. O texto ainda sinalizou que o Brasil está “igualmente” pronto a participar de esforços que evitem uma “escalada de conflitos” neste momento.

Na segunda-feira, Bolsonaro disse que a ideia de ajuda é no sentido de extraditar suspeitos ou condenados por atos de terrorismo aos seus respectivos países de origem. Contudo, o posicionamento brasileiro trouxe desconforto ao Irã, que convocou o embaixador do Brasil no país, Rodrigo Azeredo – a embaixada foi representada pela encarregada de negócios Maria Cristina Lopes. Na diplomacia, tal iniciativa é vista como repreensão.

“Informamos que a Encarregada de Negócios do Brasil em Teerã, assim como representantes de países que se manifestaram sobre os acontecimentos em Bagdá, foram convocados pela chancelaria iraniana”, informou o Itamaraty, em nota, sem detalhar que outras Nações tiveram seus representantes convocados.

Bolsonaro ressaltou que a ideia é manter boas relações com o Irã e negou retaliações, mas disse que vai consultar primeiro o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Na última semana, o governo do Irã convocou o embaixador da Suíça, que representa os interesses norte-americanos no país, a se explicar a respeito das ameaças que o presidente Donald Trump fez após o ataque ao Iraque.

(com informações do jornal Correio Braziliense e da Agência Brasil)

Redação

1 Comentário

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  1. O que o Bolsonaro acha dos vazamentos, inclusive de petróleo no Oceano Atlântico:

    “O que a gente mais quer é que seja esclarecido o mais rápido possível, sejam apuradas as responsabilidades, se é minha, do meu filho se é do Queiroz, ou de ninguém, porque, afinal de contas, o Queiroz não estava sendo investigado, foi um vazamento que houve ali. Não sou contra vazamento, não, tem que vazar tudo mesmo, nem devia ter nada reservado, botar tudo pra fora e chegar à conclusão.”

    E o Fau Terrorista, o que diz dos vazamentos?

    “Achavam que fui muito estúpido pra não cobrir o rosto e não alterar a voz, mas fui conectado o suficiente pra ser avisado do mandado a tempo de viajar pra fora do país”.

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