Opinião – Ideologia da crise

Milhares de jovens espanhóis indignados com os rumos do país em Madrid: movimento 15-M

Quem achava que a história tinha acabado, que não se viveriam mais tempos de amor e revolução, enganou-se redondamente. Estaríamos na era pós-tudo, reino da ambiguidade generalizada e da dissolução dos sujeitos, capturados num tempo morto. Mas não. Vivemos tempos incríveis. Revoluções, revoltas, tumultos pipocam no norte da África, na Espanha, na Itália, na Grécia, na Islândia, no Reino Unido, no Oriente Médio, no Chile. 2011 abriu o novo século com um torvelinho de eventos que, mais do que demonstrar que o possível não era impossível, prova que o impossível acontece. E isso muda a percepção das coisas, inaugura um novo modo de viver e de sentir, e contagia as multidões globalmente. 

Ao mesmo passo, muitos falam em crise do capitalismo. Estaríamos num repeteco docrack da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. A bolha especulativa estourou, o crédito voltou ao pó, o sistema financeiro colapsou. Essa crise teria irrompido com ossubprimes dos EUA, no segundo semestre de 2008. E daí por diante, contaminou o resto do mundo, produzindo recessão, desemprego, falta de perspectiva, instabilidade econômica e política. As palavras de ordem passaram a ser austeridade e intervenção. Os governos adotaram medidas genuinamente socialistas, ou seja, socializaram o prejuízo. Dívidas foram resgatadas. Cortes foram aplicados nas políticas sociais: saúde, educação, cultura. 

Primeiro como tragédia, agora como farsa. Os personagens desta trama são mesmo farsescos. Perderam o pudor. Berlusconi parece saído do filme Saló, de Pasolini, com seus aristocratas e orgias com menores…

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Redação

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