O ano da vergonha, por Eric Nepomuceno

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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https://www.youtube.com/watch?v=cIX81GPvKzs width:700 height:394

Por Eric Nepomuceno

Do Nocaute

2017 acabou de nascer e nasceu com uma precocidade impressionante. Nesses poucos dias são muitos os indícios de que este será o ano da vergonha.

Eu não vou falar de massacres de presídios, não vou falar do horror que são essas casas dos mortos, eu não vou falar desse sacripanta que ocupa o Ministério de Justiça, que além de inoperante, além de inepto é mentiroso.

E também não vou falar desse autonomeado pastor Waldemiro, Waldemiro Santiago. De uma tal igreja mundial, essas coisas que eles inventam. Esse camarada levou facadas – deve ter sido a primeira vez. Mas não é que esse camarada pede a 8.000 pessoas, que cada uma delas doe mil reais para uma tal rádio, uma televisão dele? Quer dizer, é uma vergonha, um camarada extorquir pessoas pedindo dinheiro para ter um veículo para extorquir mais pobres. Não vamos falar disso.

Eu também não vou falar de um Major Olímpio, deputado de São Paulo, que eu fico me perguntando como é que os outros deputados, seus pares, não cassam o mandato desse defensor de chacina por conduta indecorosa no plenário.

Também não vou falar mais do governo.

Eu quero mencionar aqui do que eu quero falar – é de uma vergonha inacreditável, incrível.

O mais parcial, o mais politizado dos magistrados brasileiros, Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral viaja a Portugal acompanhando Michel Temer que ele vai julgar.

Quer dizer, se ele realmente quisesse prestar homenagens a um democrata chamado Mário Soares, ele podia ter ido em avião de carreira.

Eu tô aliás esperando que apareça uma foto do Gilmar Mendes no velório do Mário Soares. Parece que ele não foi visto por lá.

O que que ele foi fazer em Portugal? O que que ele foi fazer com o Ilegítimo em Portugal?

Como é que ele vai julgar o caroneiro dele?

2017 promete. Promete ser o ano da vergonha.

Será? Eu acho que sim.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. 2017 será o ano dos suspeitos…

    suspeitos ou vítimas do desespero dos verdadeiros bandidos

    será o ano deles terem acesso ao capital de todas as nossas instituições de políticas públicas

  2. 2017 será o ano dos suspeitos…

    suspeitos ou vítimas do desespero dos verdadeiros bandidos

    será o ano deles terem acesso ao capital de todas as nossas instituições de políticas públicas

  3. DITADURA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

    A liberdade de expressão nas mãos dos golpistas da grande imprensa é uma bomba atômica por sua grande amplitude de repercursão/divulgação. A liberdade de expressão nas mãos dos adversários é uma bombinha de festa junina por falta de amplitude nas repercursões/divulgações. Mas o pior é que os adversários são tudo cagão e não dizem o que tem que ser dito.

  4. Socooorrooo!!
    Por Favor. ..
    Socooorrooo!!
    Por Favor. .. alguém desligue o Plim Plim porque já não sabemos mais a diferença entre o cinismo das novelas da televisão e a triste realidade tupiniquim!!
    é muita lavagem cerebral.. . bandido vira mocinho e vice-versa!
    e esse bando de amiguinhos engravatados e de toga que fazem parte de alguma ordem secreta satânica destruindo o país e o Plim Plim aplaudindo e o povo. .. o povo coitado, vendo novela e bebendo cerveja transgênica!
    Alguém puxe a descarga desse país por favor! !!
    e leve junto os “ingênuos” esquerdistas que deixaram este golpe demoníaco ser tramado a olhos vistos de todos! do mundo todo! !
    intervenção alienígena já!
    salvem o brazzzil zz z

  5. Impeachment de Gilmar

    Renan fez outro desserviço ao país (o primeiro foi não rejeitar o golpe contra Dilma) ao engavetar os dois pedidos de impeachment de Gilmar.

     

  6. Ilegítimos

    Ilegítimos. Porque esse Ministro, se fosse em um país honesto, onde o Judiciário também fosse digno desse nome, já teria sido banido do STF, há muito. Tal como o Moro, simplesmente pela indistinta parcialidade.

    Vergonha, vergonha, vergonha, bradava o jornalista para muito menos.

    Que país é esse que essa corja está nos fazendo, que país é esse sem Justiça, sem perplexidade, sem coragem, sem atitude?

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