O fator Mercadante em um Ministério que só diz sim

Em um dos penúltimos tiroteios contra Dilma Rousseff, uma das frases mais repetidas no Palácio do Planalto era: “Ah, se tivéssemos dez Mercadantes”. O único Ministro que ousava falar – e Dilma admitia ouvir – era Mercadante. Tornou-se o conselheiro ideal para as tormentas.

Esse respeito de Dilma por Mercadante fê-lo passar pelo Ministério da Educação e da Ciência a Tecnologia até aportar no cargo correto: Ministro-Chefe da Casa Civil.

Sua principal característica é o preparo para o contemporâneo, discernimento para entender os movimentos modernizadores da sociedade brasileira. Esse conhecimento foi útil para preservar os avanços da gestão Fernando Haddad no MEC e dar continuidade às políticas do MCT.

Mas faltavam-lhe alguns atributos para dar conta do recado.

O primeiro, é o de não ser um formulador de políticas, ou seja, não tem a paciência de pegar uma ideia, desenvolver, definir etapas e atribuições.

O segundo atributo decorre de seu estilo superior para tratar com interlocutores, que equivaleria (baseando-me em uma medida universal) a, digamos, 85% do estilo José Serra.

Na Casa Civil, o jogo é outro, não apenas cuidar das atribuições do cargo mas ser o interlocutor ideal para Dilma.

***

A presidente é uma pessoa de fortes convicções sobre temas que domina e também sobre temas que não conhece.

Tem algumas características que, somadas, podem levar a desastres ou a rupturas modernizantes: é extremamente teimosa; e é racional, isto é, aberta a raciocínios fundamentados e informações inteligentes. Quando a teimosia está a serviço de uma boa ideia, promove mudanças.

O problema é que, no exercício da Presidência, além de conviver com uma multiplicidade infinita de questões, não sobra tempo para aprofundar em nenhum tema e não há interlocutores capazes de trazer ideias frescas e planos elaborados. Dilma escolheu um exército formado, na maioria, pelos chamados “sim, senhora”.

É esse vácuo que foi ocupado por Mercadante, ao substituir Gleise Hoffmann.

Mercadante trouxe o século 21 à Casa Civil.

Coube a ele, desde dezembro, somar-se a Gilberto Carvalho no convencimento de Dilma, sobre a importância de regulamentar os sistemas de participação popular no governo. Não se tratava de aparelhamento, chavismo e outras bobagens, mas de instrumentos de consulta adotados por todos os países civilizados e todas as grandes empresas modernas.

Só no final de abril a presidente convenceu-se. Comprou a ideia, captou perfeitamente a importância do modelo e, aí, a teimosia passa a ser virtude: incumbiu Mercadante de articular sua aprovação junto ao Congresso e anunciou que não arredará pé.

***

Foi o primeiro sinal de mudança do estilo da primeira gestão. Avançará em outros? Não se sabe.

Não bastará substituir o Secretário do Tesouro Arno Agustin, nem ao menos o Ministro da Fazenda Guido Mantega, para sinalizar para uma mudança virtuosa na política econômica. Se optar pela ortodoxia inercial tipo Antonio Pallocci-Henrique Meirelles, será pior ainda.

Espera-se que a experiência de Mercadante ajude na melhor escolha, um Ministro da Fazenda que saiba trazer ideias claras à Presidente e tenha o desprendimento de dizer não, quando necessário.

Luis Nassif

37 Comentários

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  1. Essa celeuma em torno e

    Essa celeuma em torno e regulamentar a participação popular no governo é um gasto inútil de energia. Dilma só optou por isso por sua queda eleitoral. E se ela for reeleita – o que é o mais provável quando se olha o que há de opção – uma das primeiras coisas será deixar de lado esse projeto, pois vai contra a sua própria essência = ser centralizadora. 

    O que nos resta é torcer para que o estilo Dilma, nos próximos 4 anos, não faça muito estragos ao país, principalmente no campo econômico, em que ela terá que desarmar várias armadilhas que ela mesma preparou para ela mesma. 

    Mas isso é um teste bom para o país. A força de um país se mede não só pelo quanto os seus melhores líderes consegue modernizá-lo, mas também o quanto resiste às bobagens de seus líderes mais fracos.

    1. joel,
      Você queimará a língua,

      joel,

      Você queimará a língua, o decreto só não vingará em caso de uma união nacional contra o dito cujo, união  que eu não entendo como provável em função de conflitos de interesses.

      Sobre a tal queda nas pesquisas, analise sem ouvir a opinião do JN, FSP, a revista, InfoMoney, etc…, não fique de passageiro nesta história da carochinha. Até agora , TODAS as pesquisas  mostram não existir qualquer possibilidade para dúvida, é 1º turno, e espero que assim continue.

      DRousseff nunca esteve no comando da política econômica, apenas fez o que lhe cabia, acompanhar os movimentos do FED dia e noite. Se você não sabe, somente 3% dos brazucas tem ações em bolsa de valores, os bancos e fundos de pensão daqui não ultrapassam os 30% do movimento diário, a maior parte é de estrangeiros.

      RDousseff é centralizadora, e 30 dos 39 ministros são frouxos, quem está mais errado, o que você faria no lugar dela ?

      Aquela composição é fruto deste nosso triste modelo de alianças, com deus e o demo prá ver se consegue governar. 

       

  2. Medo que irrita

    Nassif,

    Parece ser senso comum este medo, quase pavor, que todos sentem em relação a DRousseff, e se o fulano tem medo é porque é fraco, deveria estar em outro lugar, quem sabe lendo prá cego.

    São 39, dos quais mais de 30 deles não conseguem compreender que estão ali para buscar alternativas que possam aprimorar a rotina dos brasileiros, não passam de uns medíocres.

    Quanto a DRousseff, o seu único equívoco seria o de ter escolhido aquela turma de frouxos por ter convicção de que não passam de “neguinho sim sinhô”. Não sei se existem nove com disposição prá abrir a boca na hora certa, sendo o vice-presidente bastante educado um deles.

    Aloizio Mercadante nunca foi de ter medo de nada, como deputado federal e economista teve o desprendimento suficiente para nadar contra a maré algumas vezes- foi o único a apoiar a essência da proposta inicial de Zélia Cardoso de Mello, e também foi quem mostrou didaticamente, provou por a + b para todos aqueles parlamentares inertes a roubalheira de mais de 10 bi de dólares em um único dia, executada por dez ou doze bancos internacionais, ambas as situações foram televisionadas, ou seja, estão gravadas. 

    No CN , são poucos os parlamentares capazes de fazer contraponto a qualquer um, nem mesmo ao vento, mas quase todos os tais poucos não podem ser considerados como confiáveis. A casa de mãe joana está cada vez mais casa de mãe joana.

  3. As críticas a Dilma são


    As críticas a Dilma são pertinentes. Mas ela não tem esse  poder todo de fazer as rupturas de que o Brasil precisa. Olha o papel da mídia? Olha o que está fazendo o Congresso e a mídia em relação à participação popular?Às vezes leio aqui e em outros espaços da internet, críticas ao fato de que Lula e Dilma não fizeram isto ou aquilo, como se eles tivessem um poder sobrenatural para romper as oligarquias que travam qualquer forma de debate político ou ação modernizante do Estado brasileiro. Nós temos uma elite política, econômica e até a cultural burra, iletrada e mesquinha. A Globo foi considerada a empresa com maior poder do mundo pelo Economist; queremos uma lei de democratização da mídia, mas isso esbarra nesse poderio e em grupos de congressistas que têm poder de decidir matérias no Congresso, grupos esses que estão em conluio com essa mesma Globo.  Tudo bem que Lula e Dilma foram eleitos com a maioria dos votos, mas votar em candidato no Brasil não significa adesão do eleitor à plataforma desse candidato. Na hora do apoio às medidas, as pessoas seguem o efeito manada produzido pela mídia ou pelo oportunismos de políticos (o que dá no mesmo) e as coisas empacatam. O que dizer,por exemplo, de São Paulo, a vanguarda do atraso? Até mesmo oposição de esquerda no Brasil é autofágica, fisiológica.  Há que se destacar a incompetência atávica do PT em se comunicar com a massa. Junte todo esse caldeirão e vê-se que Lula e Dilma foram eleitos, mas  não tiveram de fato poder.

  4. Creio que Gleisi Hoffmann (e

    Creio que Gleisi Hoffmann (e não Gleize) foi excepcional. Só faltou a Dilma deixar Gleisi mais livre para articular. Essa centralização de Dilma que a afasta da base da esquerda.

    1. Como é que é?

      Gleisi Hoffman foi uma ministra muito ruim, sabe de nada ou não é do ramo.

      Dilma cometeu um crime em tirar-la do Senado (onde ela estava indo bem).

      E ainda tem o seu marido, capaz de tirar votos dela.

  5. Quer dizer que do Mercadante

    Quer dizer que do Mercadante o governo só a quer confimação verbal e escrita ( sim,sim/não, não).

     

  6. O Aécio também tem um projeto

    O Aécio também tem um projeto de participação “popular” na sua gaveta. Só não diz que é o “povo” dele e não o “povo” do PT….

  7. Bem, pelo menos parece que o

    Bem, pelo menos parece que o segundo escalão do Palácio do Planalto foi bem escolhido (“Ah, se tivéssemos dez Mercadantes”). Agora só falta a Dilma combinar com o PMDB e outros partidos da base e escalar um ministério classe A.

  8. SERPRO Um exemplo da Inercia que tomou conta do governo

    Em junho de 2013 nossa família foi agraciada com a aprovação, em 1º lugar, de um ente querido no concurso do Serpro. A felicidade foi geral, pois havia 3 anos que estivera afastada de suas atividades profissionais para desempenhar o papel mais importante de sua vida: a maternidade. Profissional, dedicada, com boa formação e experiência prévia no setor público estava empolgada com a aprovação e o retorno as suas atividades profissionais,e como  a família havia aumentado e com ela os custos,a volta ao trabalho também seria um reforço ao orçamento.

    Pois bem, em julho de 2013 o concurso é homologado e o diretor presidente do Serpro vai a público e noticia que a partir de Setembro as contratações seriam efetivadas. Um pouco depois do pronunciamento é anunciado um corte no orçamento da União. A partir daí as informações prestadas pelo Serpro são incertas. O que fora alegria, tornara-se incerteza. Em Dezembro de 2013 a empresa começa a realizar aditamento de vagas, segundo eles em áreas de atividade fim, ou seja diante de um planejamento estratégico de se dar inveja passa-se a contratar excedentes em algumas áreas. Como podem acrescentar vagas em determinadas áreas, sem ao menos cumprirem ao chamamento das vagas, nas diversas áreas, que estavam destinadas no edital do concurso e que no meu entendimento tinham aprovação orçamentária previa para isso?

    Esse expediente pode até ser legal, a luz da administração pública, só que é  imoral e demonstra uma ineficiência absurda. Se havia a necessidade de mais vagas em algumas áreas, a determinação de necessidade foi realizada de forma equivocada e se não havia necessidade de vagas em outras áreas também não deveriam ser contempladas no edital. Pois é o que a empresa transparece quando há exatos 12 meses não realiza o chamamento dos candidatos que concorreram para apenas 1 vaga em diferentes áreas.

    Recentemente um famoso ancora de uma dessas rádios que tocam notícias e que em  20 minutos tudo pode mudar disse que esses candidatos a cargos públicos só se preocupam com os salários e não com a atividade que exercem ou exercerão, pois bem gostaria de ressaltar que o nosso entendimento é bem diferente desse cidadão e sabemos muito bem o papel de um ente público, sua importância para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e a urgência  do país em serviços públicos mais eficientes e efetivos.

    Decisões governamentais macroeconômicas como a anunciada recentemente com mais um corte no orçamento afetam diretamente a vida de cidadãos como exposto acima, embora agradem e muito o “senhor mercado”.

    Recentemente questionada se o contingenciamento de despesas impactaria a realização de concursos públicos, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, afirmou que o governo está avaliando a questão. Ela disse, no entanto, que o último ano de governo “não é ano para fazer concurso público”. (Fonte: Estadão (Economia e Negócios)).

    Há nesse exato momento uma série de concursos federais em andamento e provavelmente os candidatos passarão por um desgaste semelhante ao vivido em minha família.

    Em um recente pronunciamento de um líder do governo foi dito que : “Existe uma ofensiva de interesses econômicos, na mídia, para fazer o governo mudar a sua política econômica, sempre propagando notícias pessimistas. E isso influencia a população. Acho que a maior causa da pequena queda na pesquisa é um noticiário violentamente pessimista contra o governo, que acaba repercutindo no humor da população. É uma ofensiva de forças econômicas que querem mudar políticas do governo e se esforçam para ter um clima pessimista.”

    http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1570874-petista-culpa-midia-por-queda-na-popularidade-de-dilma

    Analisando o seu discurso diria que a política econômica já foi mudada e quem ecoa esse pessimismo é o próprio governo; se influenciado ou não pela mídia convém outra análise.

  9. Conversei com o Mercadante uma única vêz

    Conversei sobre especulação do Dólar, numa das muitas vêzes que nossa moeda esteve sob ataque, foi em um evento no clube  Portuários aqui em Santos, a Dilma era à época pré candidata incerta do Lula, que participou do evento. Não achei o Mercadante tão bem informado assim, nem capaz de rebater de pronto idéias mais sofisticadas, mas pode ter sido uma primeira impressão e ele não me conhece, assim, lhe dou o benefício da dúvida.

    Já a Dilma, mesmo depois de quase quatro anos na Presidência, parece que não se deu conta que não governará com a atual estrutura de governo.

    A reforma ministerial,  com 14 pastas e 72 secretarias lhe daria chance de produzir resultados que hoje só se veem na China.

    Governo é muita coisa junta e não dupla caipira, é uma sinfônica que têm de tocar em harmonia, equilibrio e produzir resultados, muitos resultados, muitos mais do que se apresentam hoje.

    Tomara que o Mercadante convença a Dilma a reformar o Estado e implantar um sistema de gestão realmente eficiente, econômico e transparente neste governo mesmo, quanto antes, melhor.

  10. O Poste, a Luz e os Mourões de Concreto

    Lula acaba de dizer que estas eleições ficarão para história como as mais acirradas de todos os tempos. O que será que isto significa? Que o PosTe Dilma vai ganhar fácil? Creio que não. Há uma enorme chance dela perder no 2º turno pela união de Aécio e Eduardo, porque Marina não vai aprovar e vai sair para tentar “costurar sua rede”. Ah sim, porque haverá segundo turno, não tenham dúvida disto. Então será que a “Luz” Mercadante vai brilhar na condução das articulações? Duvido muito. Ele foi o responsável pelo dossie dos aloprados contra o Serra e é um sujeito arrogante e prepotente, muito parecido com o próprio Serra (nisto você acertou Nassif). Ele não é bem visto nem por seus pares, porque pela cultura e conhecimento acumulado não dá ouvidos a base tacanha e medíocre de seu partido, muito menos as esquerdas reacionárias que o veêm como um “menino mimado”. Os “Mourões de Concreto”, os ministros, não estão lá para outra coisa que não seja lucrar com seus cargos e ajudar seus partidos e partidários. Ilude-se que acha que algum dos ministros de Dilma se incomodam com os graves problemas do Brasil. É só olhar para Martaxa e vem sua inércia e por ai estender para os demais. Quando Dilma assinou o decreto demonstrou que se lixa para democracia e empurra goela abaixo uma decisão estritamente legislativa para acalmar as esquedas reacionárias ligados aos partidos nanicos como PC do B, PSTU, PCO, que são eles que promovem todo tipo de manifestação violenta a contragosto de grande parte dos petistas, porque isto tem provocado a revolta da maioria silenciosa que a cada dia declara que não vai votar no PT. O Sr. Nassif não é inocente e portanto sua alegação de que este decreto não é um aparelhamento é no mínimo um “passa moloque” nos seus leitores. Calma ai companheiro. Nós somos brasileiros do verde e do amarelo e não do vermelho gosmento. Este decreto coloca o Congresso Nacional de joelhos e diz sim, com clareza, que os movimentos sociais deverão ser ouvidos e tomarão decisões conjuntas com os congressitas. Ora meu caro, que elegeu estes senhores? Isto assemelha-se muito claramente aos movimentos Soviets criados na ditadura comunista Russa ou não? Sr. Nassif não ouse desafiar a inteligência de seus leitores, muitos de nós não concordam com o neoliberalismo, nem compactua com o capitalismo selvagem e as oligarquias dominantes, mas longe, muito longe disso estamos dispostos a colocar o Brasil de joelhos para grupelhos esquerdistas na tentativa de comunizar o Brasil. Alto lá. Somos patriotas e nacionalistas e não iremos admitir a supresão da democracia por ideologias importadas para sufocar a liberdade. O PosTe Dilma está comendo pelas beiradas e ninguém é bobo de não enxergar isto. 

      1. Parabens Barbosa pelo ótimo

        Parabens Barbosa pelo ótimo comentário. Parabens ao Nassif por manter esse espaço democrático. Eu que discordo muito mais do que concordo com o Nassif ainda acredito na boa fé dele exatamente por permitir o contraponto. Agora, Nassif, sinceramente as vezes voce parece a Hora do Brasil. 

  11. Mercadante papo furado

    Procuro tentar entender seus elogios a Mercadante, mas para uma pessoa como ministro da Educação que fechaduas  universidades coloca milhares de universitários a deriva com uma transferencia assistida capenga, possa chegar a Casa Civil. A conclusão é uma só. OS GOVERNANTES BRASILEIROS DESDE A EPOCA DO MARECHAL RONDON SO MANTEN ESTE BRASIL NO BURACO QUE SE ENCONTRA. Não importa qual partido esta no poder, todos são mal gestores, legislativo, judiciario, executivo todos tem interesse comun, todos estão em conluio. Esta historia é antiga e não vejo uma luz no fim do tunel, eu vejo é o trem dos partidos politicos com os bolsos abertos vindo em minha direção.

  12. Participação popular

    É triste acreditar que, em pleno século XXI, e com um governo dominado pelas empresas tradicionais de sempre e com pessoas ganhando muito dinheiro, se pense em comunismo, União Soviética etc e tal. É de uma indulgência mental/intelectual gritante. Coisa típica da tradicional família cristã/branca/escravista,……………..  

  13. Meu voto

    Meu voto é da dilma porque ela até agora não tem concorrente a altura se ela for ruim os adiverasarios são pecimos o que vejo nos contrarios quase sempre radicais são coisas tão irracionais que não me deixa outra alternativa, um bom exemplo do que digo é o Eduardo que até pouco tempo era do governo agora por progetos pessoais é contra.

  14. Nem um nem outro

    Nem concordo com a idéia do Decreto (e parece que a maioria do Congresso também…) nem com a análise da gestão Palloci, a única que de fato realizou as micro reformas infraconstitucionais do período petista.

  15. Se a Dilma ou o Mercadante

    Se a Dilma ou o Mercadante quisessem realmente ficarem realmente bem informados, bastaria ler assiduamente o blog do Nassif.

    1. “seu” Frias

      Mercadante é aquele que, quando da morte do patriarca da Folha de São Paulo, teceu loas lacrimosas ao “seu” Frias, dizendo que não acreditava que a Folha tivesse oferecido suas caminhonetes para a repressão. Só que os testemunhos dizem que sim, que a Folha apoiou a ditadura (“ditabranda”, segundo o jornal) inclusive com suas caminhontes, que eram usadas para transportar presos politicos e cadáveres de presos políticos.

      Então, Mercadante é um tucano provisoriamente filiado ao PT.

      1. A escravagista elite

        A escravagista elite paulista, exceções de praxe, é tucana desde os tempos de João Ramalho, Locatelli. Pouco importam os rótulos. Ela inventou Amador Bueno como forma de se entregar à Espanha e se desvencilhar da ideia de Brasil; ela criou o PRP e deu golpe no Imperador D. Pedro II, quando esse a contrariou fazendo a última libertação de escravos do mundo; ela criou a UDN e foi à guerra quando descobriu que Vargas queria criar um país, ela aplaudiu e promoveu torturas, massacres e mortes… no regime de 1964; e agora recriou a UDN na figura do PSDB, pra fustigar Lula e o PT. Falei Lula e o PT; não Suplicy, Mercadante, Vaccareza, Cardozo grão-tucanos do PT.

         

      2. Peça de ficção

        Matéria a ser publicada em algum dia de dezembro de 2014:

        “O presidente eleito, Aécio Neves, tem demonstrado muita habilidade política. Passado pouco mais de um mês da consagradora vitória no segundo turno, já conseguiu a garantia de apoio da maioria dos partidos da coligação da derrotada Dilma Rousseff. Os únicos que ficaram de fora foram PT e PC do B.

        Em visita ao Instituto Lula, saiu do encontro com o ex-presidente petista com a garantia de uma oposição construtiva e civilizada. Aécio minimizou as queixas de Fernando Henrique Cardoso por não ter visitado o instituto que recebe o seu nome: ‘o presidente Fernando Henrique sabe que não preciso visitar o instituto dele, pois estive ou falei diretamente com ele praticamente todos os dias desde o início da campanha’, lembrou.

        Fernando Henrique Cardoso não tem escondido a decepção com Aécio, após ter vazado um dos “sonhos secretos” do mineiro. Mantido oculto pelo presidente eleito durante muito tempo, seu maior desejo é atrair algum petista histórico para o seu governo. Emissários tucanos foram instruídos a procurar os ex-ministros Paulo Bernardo e Aloizio Mercadante.

        Após encontros, Bernardo foi descartado. Liderança tucana que pediu para não ser identificada chegou a afirmar: ‘Bernardo é uma ótima pessoa, muito amigo nosso, temos muitíssimas coisas em comum, mas é, com todo respeito, incompetente demais – até mesmo para um governo tucano’, disse, levando os interlocutores à gargalhada, inclusive os repórteres a quem se dirigia.

        Nada foi falado em relação a Aloizio Mercadante. Mas todos se lembram que, já na noite da vitória de Aécio, por iniciativa própria o ministro procurou jornalistas para congratular-se com o presidente eleito e colocar o governo à disposição para fazer uma transição tranquila. Interpretada como uma medida do governo Dilma, somente uma semana depois ficou-se sabendo que Mercadante o fizera sem o aval da presidente.

        Embora mantenha firme o compromisso de diminuir pela metade os ministérios até o final de seu mandato, Aécio Neves não descarta, num primeiro momento, criar uma nova pasta para acomodar o “petista histórico” que pretende atrair para seu governo. A medida se faz necessária porque, além de ter de acomodar aliados de primeira hora, para garantir a governabilidade o presidente eleito fechou acordos com os partidos que conseguiu atrair no pós-eleição, incluindo nas negociações a oferta de ministérios.”

        Esta é uma obra de ficção. E desejamos, sinceramente, que continue sendo, apesar dos “mercadores” e “mercadantes” da vida.

  16. Lula teve que ir buscar

    Lula teve que ir buscar candidato que prestasse na Amazônia para SP exatamente pelo fato desse e nenhum outro do petisnio paulista servir de porcaria nenhuma.

  17. Caro Nacif, é uma grande
    Caro Nacif, é uma grande bobagem esses conselhos serão aparelhados pelo cumpinchas dos PT, por favor use seu conhecimento para defender coisa que preste. Abs

    1. O sujeito…

      Está lá, em destaque, no alto da coluna, Luís Nassif. Aí o expert, ou conselheiro em Administração Pública Federal, escreve: Luís “Nacif”. É “phoda”, com “ph”, mesmo, à antiga!

  18. O segundo atributo decorre de

    O segundo atributo decorre de seu estilo superior para tratar com interlocutores, que equivaleria (baseando-me em uma medida universal) a, digamos, 85% do estilo José Serra.

    Brilhante definição: por convívio familiar e conhece-lo desde os anos 70 na Unicamp, sempre o avaliei com as definições descritas, mas essa definição da aarogância 85% de Serra é brilhante e insuperável por todos os adjetivos que já ouvi dele.

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