Os fatos reais e os fantasmas da economia

Há dois fenômenos impedindo avaliações mais isentas da economia. O primeiro, a guerra política das empresas de mídia do eixo Rio-São Paulo, cujo maior sacrificado foi a notícia. O segundo, a consolidação das redes sociais como centros preferenciais da disputa política.

Hoje em dia, locais como Facebook, Twitter e demais redes sociais abriram espaço para uma radicalização inédita, envolvendo portais, blogs e sites em geral, tornando difícil a consolidação da espaço de mediação – nos quais o jornalismo pudesse cumprir melhor sua missão.

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Aliás, a explosão midiática, com a Internet, TVs a cabo (especialmente nos EUA) e outras formas de comunicação, criou uma barafunda informacional. Na maioria das vezes, os consumidores de notícias não escolhem os veículos que entreguem a melhor informação, mas aqueles que tragam notícias com as quais eles concordem, o chamado exercício de pregar para convertidos.

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O ponto central de confusão é que a maior parte da manipulação não se dá no vazio, mas superdimensionando fatos concretos. O contraponto deve ser o devido dimensionamento do problema, não a sua negação.

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Dito isso, vamos a alguns dos pontos centrais de exploração de fatos:

Inflação – há bons problemas estruturais, de melhoria de renda pressionando os serviços. Nada que indique a inflação saindo de controle. E maus problemas conjunturais, com a compressão das tarifas públicas – especialmente dos combustíveis – com implicações negativas sobre o caixa da Petrobras, biocombustíveis e outros, em um momento em que ela demanda muitos recursos para investimentos.

Contas públicas – há problemas de contabilização, com o rescaldo da tal “contabilidade criativa” do Tesouro e um enorme burburinho em torno das agências de risco e o suposto rebaixamento da nota brasileira. Há muito mais fumaça do que fogo. Primeiro, porque as agências estão vendo de modo mais otimista os últimos sinais do governo, preparam-se para um 2014 sem grandes novidades, mas sem grandes loucuras, e um 2015 de ajustamento. Mesmo que houvesse um rebaixamento, o impacto sobre o mercado de taxas já foi antecipado nos últimos meses.

Concessões e gestão pública – foi um duro aprendizado, que poderia ter sido abreviado se houvesse mais planejamento da parte do governo. Mas acertou-se a mão com os últimos leilões. Houve o custo do atraso, mas já foram feitas correções de rumo relevantes, como a criação da EPL (Empresa de Planejamento e Logística) visando planejar o setor a médio prazo. A saída da Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann (que deverá concorrer ao governo do Paraná) e sua substituição por Aloizio Mercadante poderá trazer um componente de conhecimento e bom senso que faltou na fase anterior. Restam muitos problemas, como aquele criado no sistema elétrico, com a supressão intempestiva de fundos do setor, deixando um vácuo. Há problemas concretos no modo de gestão de Dilma que não foram resolvidos.

Câmbio comprimido – além de compressão das tarifas públicas, há a nítida compressão do câmbio, com problemas nas contas externas, administráveis do curto médio, mas inadministráveis no médio. Em algum momento do futuro haverá ajuste controlado ou não. Nada que ameace diretamente 2014.

Luis Nassif

83 Comentários

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  1. Os Fatos Reais & os Fantasmas.

    Nenhum comentario. Só um. rsrs. Me sinto aliviado quando entro nesse Portal & mais bem informado & esclarecido quando me vou.

    1. Absurdo

      Rui, o link que você citou de Clóvis Rossi está na mesma linha do de Janio de Freitas; “A campanha da moda

      O absurdo do que a grande mídia fez durante todo o ano passado, começa a ser desmontado pelos seus próprios jornalistas.

      É a “campanha da moda”,

      E que, algumas vezes, este maravilhoso blog, cai na tentação.

      O sedutor e dominante…

      mainstream

  2. A mídia perdeu de novo, a bola continua com a esquerda

    Estou ansiosa para ver como os candidatos do PT e PCdoB se comportarão nessa campanha, quem primeiro abraçou as reformas foram eles

    Definitivamente essa eleição será diferente de todas e ouvir o candidato à Camara e ao Senado falando de novo paradigma que crescer e avançar na reestruturação do poder será um prazer imenso.

    Tem gente que já tateando nessa linha…

    http://jogodopoderparana.com.br/2014/01/erundina-propoe-mudar-competencia-composicao-stf.html

    …Erundina está seguindo o caminho contrário ao do presidente do partido que não  quer a REFORMA. Lógico que aqui ela nem toca nas palavras  REFORMA DO JUDICIÁRIO, isso contrariaria o DUDU TRAÍRA, mas já é um começo.

    Não vejo Dilma com nenhuma dificuldade, ela tem muito a mostrar de realizações e quando se sentir confortável em algum momento falará dessas coisas. Os adversários de Dilma e dos governadores de esquerda estão com medo pois o discurso da reforma será a tonica para os representates no CONGRESSO e esse discurso reformista quem tem é a esquerda.

    Esse ano será memorável, e como se viu o terrorismo economico já gastou suas ultimas tentativas com a inflação do tomate.

    1. Comentário

      Utopia, é gozado, esta turma de esquerda é toda gozada.

      O PCdoB e PT iniciaram a REFORMA só se for aquela de aparelhar o estado e enfiar dinheiro no bolso.

      É só ver os indicadores, educação piorou, saude piorou, segurança piorou, dorgas piorou, armas piorou. renda per capita na mesma.

      Querem fazer uma aposta se as familias que recebem os programas sociais (bolsas) não pudessem votar o resultdo não seria para PT ou PCdoB e outros mais.

      O grande problema da esquerda como disse Tatcher é que um dia o dinheiro dos outros acaba…

       

  3. Há quem considere que 

    Há quem considere que  verdade é algo relativo,

    que depende do ângulo de visão de quem observa, analisa, ou comenta.

    As linhas editorias dos meios de comunicação definem este ângulo.

    Inflação.  A grande mídia veio massacrando o governo alegando o seu descontrole, quando qualquer analista iria observar que (mês a mês) que os índices estavam equivalentes ao de anos anteriores. O comentarista foo apresentou este gráfico em algumas de suas participações aqui no blog. Portanto, nunca houve sequer indícios de que a inflação estivesse descontrolada.

    Contas públicas. Sempre os mesmos bombardeios e ao final chega -se à conclusão de que, como diz Nassif  “Há muito mais fumaça do que fogo”

    Concessões. Os processos de concessões eram feitos de uma forma e o governo do PT as modificou radicalmente, e trazendo muito mais vantagens para o país e sua população. As exigências de contra partida foram muito maiores. Necessário, por óbvio, um período de “adaptação”.

    Gestão pública. Um governo que pega o país completamente desarrumado, desestruturado, com enormes dívidas, dependente do FMI, crise energética com apagão e que realiza em uma década a ampliação do fornecimento de energia com a inauguração de várias hidrelétricas em regiões complicadíssimas que motivaram muitas ações judiciais e do ministério público. Era o primeiro passo para o crescimento; energia. Paralelamente a inauguração de várias escolas técnicas, primordiais para mão de obra específica, criação de várias UFs e ampliação do número de vagas. Reativação do modal ferroviário, imprescindível para alavancar o desenvolvimento principalmente em regiões mais remotas, pobres e carentes. Concessões vitoriosas em todas as estradas, portos e aeroportos. Partilha vitoriosa no pré-sal, fonte definitiva de riqueza. Portanto, criticar a gestão do PT não se sustenta.

    Essa são leituras de mesmos fatos com visões diferentes.

    A grande mídia relatava a ineficiência do modelo de concessões, bombardeando diariamente em matérias de ângulo editorial, o que criava incertezas e insuflava os pretendentes às concessões exigir mais vantagens do governo, que fizeram atrasar o processo.  A grande mídia falou durante todo o ano que a inflação estava descontrolada e que fugiria da meta.

    Os resultados estão aí,  vitórias para o Brasil.

    Isso é linha editorial, a escolha clara de um lado como ponto base, ponto de partida, para as análises e informações passadas aos seus leitores.

    Por isso, como diz Nassif,

    “O ponto central de confusão é que a maior parte da manipulação não se dá no vazio, mas superdimensionando fatos concretos. O contraponto deve ser o devido dimensionamento do problema, não a sua negação.”

    E então, concluo, afirmando que o blog em alguns momentos cruciais, ao não fazer a negação de fatos concretos superdimensionados elaborados pela grande imprensa, não fez o devido dimensionamento, e assim falhou como contraponto.

  4. Terrorismo midiático não tem base fática nenhuma

    Inflação – A inflação está ampla, geral e irrestritamente controlada no Brasil. Está dentro das metas há 10 anos consecutivos e a média nos 11 anos de governos do PT é de 5,8% ao ano, menor do que a média de 9,1% ao ano verificada nos desgovernos de FHC. Mais do que isto, a trajetória da inflação no governo Dilma é DESCENDENTE (2011, 6,50% – 2012, 5,84% e 2013, 5,73%).

     

    Contas Públicas – O Brasil é um dos países mais saudáveis do globo terrestre em matéria de contas públicas. Depois da irresponsabilidade fiscal amazonica dos neoliberais governos tucanos, que elevaram a DLSP (Dívida Líquida do Setor Público) de 30 para 56% do PIB (entre 1994 e 2002), os governos do PT diminuiram a dívida para os atuais 34% do PIB. A gritaria se dá por conta da queda no percentual atual do superávit primário, que é menos da metade do superávit primário existente no primeiro mandato de Lula. Esta queda é uma excelente notícia, menos para a banca, os agiotas e o setor financeiro. Que se lasquem! A queda no índice do superávit primário acontece também em função das medidas anti-cíclicas empreendidas desde o ano de 2009.

     

    Concessões e Gestão Pública – As concessões do governo federal tem sido um sucesso retumbante. O novo modelo soterrou a antiga Privataria Tucana e o governo apenas se ‘atrapalhou’ quando tentou, digamos assim, ‘tabelar’ a margem de retorno dos concessionários, o que já foi revisto. Em matéria de gestão pública basta apresentar o PAC e o RDC, estes são dois cases de inovação e de sucesso nesta área.

     

    Câmbio Comprimido – Dilma Rousseff vem imprimindo uma benéfica e gradual desvalorização cambial desde o primeiro minuto de seu governo. Vejamos:

     

    -janeiro de 2011, R$ 1,65 por dólar;

    -janeiro de 2012, R$ 1,86 por dólar;

    -janeiro de 2013, R$ 2,04 por dólar;

    -janeiro de 2014, R$ 2,39 por dólar.

     

    Há quem diga que o dólar pode chegar a 2,70 ou em 2,80 reais por dólar no início de 2015, o que seria uma ótima notícia, desde que mantida a meta de inflação.

  5. Quando François Maurice
    Quando François Maurice Adrien Marie Mitterrand   era Presidente da França  e o Brasil afundava num ciclo interminável de endividamento externo, inflação alta fora de controle combinada com estagnação econômica que produzia desemprego e redução salarial (e, por decorrência, do consumo, comércio e produção de bens), um ex-Ministro da economia da Ditadura disse num programa de entrevista (o Roda Viva se não me engano), que “não existe niguém melhor do que um governante de esquerda para colocar em ordem a situação econômica de um país falido”. As palavras de Delfin Neto não foram exatamente estas, mas minhas palavras expressam exatamente o sentido da comunicação dele. Na época fiquei bastante intrigado com as palavras de Delfin Neto, pois como todo brasileiro e trabalhador eu o odiava pelo que ele representava e tinha feito. Era fácil culpar os tecnocratas da Ditadura por todas as cagadas cometidas pelo regime odioso. Décadas se passaram desde o fim da Ditadura e das pitonísicas palavras de Delfin Neto naquela entrevista. Os fatos confirmaram que ele estava absolutamente certo. Apenas os governos de esquerda (Lula/Dilma) foram capazes de colocar em ordem a economia brasileira. Isto não é apenas um fato, é “o fato” do qual deriva o desespero político da oposição. A verdade é que a oposição não tem o que oferecer ao povo brasileiro porque lhe falta o principal (uma verdadeira crise econômica que empurre milhões de brasileiros para o desemprego e para o desespero). A bem da verdade o povo brasileiro ainda é capaz de comparar a situação presente (razoável, boa e muito boa para a maioria da população) com a situação desesperadora da década de 1980.  A vitória de Dilma está assegurada, exceto se ela mesma meter os pés pelas mãos e conseguir destruir em alguns meses o que foi construído em uma década. 

      1. FHC pelo que sei apenas de

        FHC pelo que sei apenas de apropriou do Plano Real com a permissão de Itamar Franco, presidente que reuniu uma equipe de especialistas para criar o plano (FHC não fazia parte desta equipe, pois ele não é economista). Não só isto, além de se apropriar do Plano Real, FHC o detonou no segundo mandato realizando uma maxi desvalorização da moeda, aumentando assustadoramente os juros e endividando o Brasil de maneira desemfreada. 

      2. Engano seu, companheiro.

        Engano seu, companheiro. Neste blog, pelo menos, todos sabem que o plano é do Itamar. As ações corretivas posteriores, essas sim são do sapo barbudo e de seu poste.

  6. terrorismo midiático

    Caro Nassif

    O seu texto procura uma avaliação isenta da “barafunda” etc, todavia, pontualmente, não concordo com o “pregar para convertidos”. Vejo de outra forma a função da ‘blogosfera’.

    Aqueles que buscam isenção, os progressistas, certamente não a encontrarão na mídia corporativa (financiada em larga escala com dinheiro público, SEM LICITAÇÃO de qualquer tipo), que se porta como “partido político” de oposição a governos trabalhistas, qualquer contraponto ao discurso ideológico do patronato; aos interesses do capital. Em verdade, os meios de comunicação de massa são o que sempre foram: arautos do grande capital.

    Nesse aspecto, a internet tornou-se conveniente áquele grupo considerável de cidadãos-eleitores, que não dá crédito (muitos nunca deram!) aos barões da imprensa, na busca do contraponto. E, note bem: pelos resultados políticos, houve sucesso, na medida em que as armações, preparadas pelos reacionários encastelados nas redações da mídia corporativa, vêm sendo prontamente desmascaradas.

    Por isso, a máfia dos jornalões tenta enquadrar a rede com algum marco regulatório draconiano, enquento eles mesmo repelem qualquer regulação para seus negócios com a acusação de ‘censura’; ou usam seu último bastião ideológico, um judiciário absurdamente reacionário, para intimidar àqueles que não seguem sua ‘cartilha’.

    Não tenho dúvida de afirmar que, hoje, o maior erro do governo trabalhista do PT é sustentar financeiramente, com dinheiro público, esses grupos econômicos, passando aos seus eleitores uma sensação de frustração que pode ter conseqüências eleitorais no futuro.

    Em relação ao atual momento econômico, do país, o único foco de instabilidade está na atuação desses grupos que buscam a desestabilização.

    Atuam como aqueles bandidos arruaceiros que gritam em coro -“fogo!”- num cinema lotado para, depois da tragédia, pilhar os mortos e feridos fingindo ajudá-los.

    A esse grupo junta-se outro: aqueles tipos conhecidos em São Paulo, na r. 25 de março, Ladeira Porto Geral e cercanias que batem a carteira do cidadão e correm a gritar -“pega ladrão!”- como se outro o fizesse.

    A blogosfera está a desmascarar esses patifes apátridas.

     

  7. O sonho.

    Prezados e prezadas.

    Cada um tem total e pleno direito de imaginar sua área de atuação como melhor lhe apraz. Este é um traço humano.

    Mas muito me deixa preocupado que um jornalista do quilate do Senhor Nassif ainda acredite que seja possível ao jornalismo atuar como mediador do trânsito de informações, atuando de forma “isenta”.

    Alguém ainda acredita que o narrador (jornalista) contará a história (o fato) sem pretensões de transformar o objeto (a realidade)?

    Bom, como eu disse, cada um com sua crença, e de certo modo, ela (a crença) que dá certa coesão social e na vida das pessoas.

    Vamos destacar o que lemos:

    “Hoje em dia, locais como Facebook, Twitter e demais redes sociais abriram espaço para uma radicalização inédita, envolvendo portais, blogs e sites em geral, tornando difícil a consolidação da espaço de mediação – nos quais o jornalismo pudesse cumprir melhor sua missão.(…)”

    Comentário: Esta pretensão do jornalismo de se apresentar como mediador privilegiado sobre outras formas de disseminação de informação é engraçada, ainda mais quando a principal ferramenta que o jornalismo mediador usava para fazê-lo (quase sempre de forma unilateral) era o monopólio do fato. Então, o problema não é da “quantidade” de pólos de disseminação de informação ou a “natureza” anárquica destes pólos, mas sim a incapacidade do jornalismo de lidar com um ambiente onde ele não é “A” referência.

    ***

    “Aliás, a explosão midiática, com a Internet, TVs a cabo (especialmente nos EUA) e outras formas de comunicação, criou uma barafunda informacional. Na maioria das vezes, os consumidores de notícias não escolhem os veículos que entreguem a melhor informação, mas aqueles que tragam notícias com as quais eles concordem, o chamado exercício de pregar para convertidos.”

    Comentário: Aqui mais presunção do jornalismo em classificar a si mesmo como fonte de “melhor informação”. Outra é apontar a incapacidade do consumidor de escolher apenas porque não escolheu o que julgam “melhor informação”.

    ***

    O ponto central de confusão é que a maior parte da manipulação não se dá no vazio, mas superdimensionando fatos concretos. O contraponto deve ser o devido dimensionamento do problema, não a sua negação.

    Comentário: Aqui outra do jornalismo: determinar a forma do contraponto. Ora, se algum fato não corresponde a realidade deverá ser negado. Outra questão é que determinados problemas, superdimensionados, servem apenas para criar realidades que caibam interesses de quem lucram com elas, logo, também devem ser negadas, ao menos como veículos destas manipulações.

    Na outra parte do texto

    (…)Primeiro, porque as agências estão vendo de modo mais otimista os últimos sinais do governo,(…)”

    Comentário: Como diria Luiz Gonzaga Belluzo, este pessoas das agências ainda está solto?

    Como retirar qualquer núcleo de informação destes proxenetas do rentismo? É isto que um bom jornalismo financeiro pode nos oferecer no lugar da barafunda da internet?

    É um ótimo debate este proposto pelo Senhor Nassif. 

    Mas comecemos pelo entendimento que as diversas e múltiplas formas de se comunicar hoje disponíveis, apenas estão exacerbando facetas que eram restritas ao jornalismo industrial: manipulação, mentira, partidarização, moralismo, hipocrisia, etc.

    Um admirável mundo novo, não?

    1. Informação é diferente de propaganda.

      Obelix,

      reconheço que este ponto, a neutralidade, é de difícil solução, mas a discussão é antiga. Embora a neutralidade seja “sempre penúltima”, o jornalismo tem regras que permitem a quem informa e a quem é informado compreenderem o conteúdo dos fatos e das versões. Uma coisa é o trabalho, o esforço para atingir a objetividade dos fatos (a discussão sobre o diploma não é em torno disso?), outra é a fácil renúncia a qualquer esforço e ainda assim dizer que está fazendo jornalismo.

      Sim, trata-se de uma dimensão ética, que como todas as demais profissões, aliás, deve ser incorporada. Fazem juramento pra isso!

      As profissões trazem consigo um conteúdo de reconhecimento por parte dos demais membros da sociedade. Enquanto o padeiro faz pão, o motorista dirige, o engenheiro constrói, etc. alguém responde por noticiar os fatos que “interessam” a coletividade. Esta credibilidade foi conquistada por muitas e muitas gerações e, agora, vem sendo dilapidada em prejuízo não somente dos profissionais, mas da sociedade.

      Uma coisa é o dever de informar, outra coisa é a propaganda política. Esta tem hora e local para ser efetuada.

      A questão é: os integrantes da situação não vão questionar na justiça eleitoral essa propaganda fora de hora, não? A oposição questionou até o vestido vermelho de Dilma! Para quê esse pessoal do PT, principalmente, paga advogado?

      1. Lucinei,
        Dentro da

        Lucinei,

        Dentro da perspectiva tratada por mim, a dimensão ética incorporada tem pesos e medidas diferentes, e você as colocou como coisas que são parecidas e que se expressam de forma parecida.

        Padeiro faz pão, engenheiro faz engenheria, são bens tangíveis, onde a margem de interferência do ethos individual no produto acabado é pequena, e sempre delimitada por padrões mais estáveis, e menos subjetivos.

        A noção de que existe alguém que noticiará fatos que “interessam” a coletividade é uma construção seminal para o capitalismo no controle do seu ativo mais precioso na luta hegemônica pelo controle ideológico das classes: a informação.

        Sua descrição sobre regras que permitem a compreensão de fatos e suas versões desconsidera algo chave: a escolha por quais fatos são interessantes ou não! E esta escolha não está ao alcance de qualquer lógica ou ética individual em um mundo empresarial midiático. Esta é uma decisão corporativa que obedece aos arranjos corporativos e da disputa pelo poder (mudar e moldar a realidade).

        Em suma: o padeiro, a partir de suas éticas pessoais, pode fazer um pão melhor ou pior.

        O jornalista não faz algo melhor ou pior, faz algo que é falso ou verdadeiro, e mais, que serve a este ou aquele interesse. E sempre altera a realidade que ele diz querer retratar.

        Este “dever de informar” é só um mito, sinto muito, aliás, mais um dos que construiram a indústria de notícias.

        Quanto ao PT e sua forma de combater os descalabros da mídia, eu creio que se trate de um tática (não sei se a mais correta, mas uma tática):

        Se ganhamos quase tudo que concorremos, ainda com este assédio brutal da mídia, para que contestar e dar a eles a única ferramente que não podem usar: a de vítima?

        Por questões culturais, o eleitorado brasileiro detesta que aquele que considera mais forte passe a massacrar o que enxerga como mais fraco. E neste jogo, o eleitorado ainda enxerga o governo como vítima da mídia, o que não é mentira.

        Mas se o governo passa a ofensiva, inverte os sinais.

        1. Olá, Obelix,
          quero crer que

          Olá, Obelix,

          quero crer que entendi seu ponto de vista.

          Não leve a mal se eu insistir que, embora eu não me iluda quanto ao caráter “classista” da comunicação social – eu até diria “estamental” – o que estaamos presenciando escapa às regras até da profissão de jornalismo nos moldes em que foram definidas no interior das sociedades capitalistas! Não é uma luta contra os “inimigos do capitalismo” que vemos no jornalismo atual. É uma disputa pura e simplesmente eleitoral! Proteger amigos e perseguir inimigos!

          Tratar o PT, por exemplo, como um partido revolucionário sempre foi errado desde a fundação deste. Sobretudo atualmente! Mas, é óbvio, a oposição é livre para fazer o que quiser, desde que dentro das regras e de acordo com elas.

          O que – observando formigas, rsrs – me impressiona é ver o PT, que surgiu com o propósito de “adquirir e exercer” o poder “por dentro” das regras”. não usar estas mesmas regras que o adversários usam – citei a juistiça eleitoral, tão conservadora quanto a imprensa – para fazê-la “trabalhar” no seu limite e evidenciar o que está em jogo no jogo de intereesses que é a política.

          Não entendo que mover uma ação na justiça eleitoral seja “se fazer de vítima”. Ao contrário, seria bem ilustrador e informativo das “contradições” da disputa pelo poder. Afinal, o judiciário é ator ou observador do jogo?

          Não acho que se deva mover as instituições somente na perspectiva de se obter uma vitória imediata; deve-se fazê-lo para se evidenciar o sentido de seu funcionamento.

           

          1. Não se bate em cachorro morto.

            Lucinei,

            A percepção de parte do eleitorado sobre conflitos jurídicos propostos por partidos que estão no governo é sempre a de ataque.

            A mesma coisa do governo em relação a mídia, se forem utilizar os pouquíssimos meios formais de regulação e fiscalização.

            Gostemos ou não, como ensina nossa melhor Sociologia (Sérgio B de Hollanda), esta é a nossa tendência a sublimação dos conflitos que se enraizou em instituições e modos de agir (informais).

            O brasileiro admira mais posturas como esta do governo em relação a mídia, de deixá-la falando sozinha, e os resultados, pelo menos até agora, ratificam esta percepção.

            E esta tática se relaciona a outra percepção do público: Que rejeita esta desesperada partidarização anti-governo, ou pró tucana.

            Como o governo não se mexe (nem o PT), eles precisam gritar cada vez mais alto, e com isto afastam todos que não sejam os “convertidos”.

            A mídia hoje tem algum poder destrutivo, mas não elege nem um vereador. E isto considerando o seu peso relativo em 1989, por exemplo, é muita coisa.

            Mas este não é um fenômeno brasileiro localizado, é mundial, e se manifesta pela murdochinização da notícia, processo que teve início lá na década de 80, quando Tatcher e Reagan assumiram o poder. É claro que em cada país, de acordo com as estruturas normativas de cada um e o perfil de cada sociedade, estas mudanças se deram de maneira específica.

            Veja que nós não discordamos em muita coisa.

            Um abraço.

             

  8. Ignorância

    Não se discute no Brasil o que pode realmente tirar a sociedade deste enrosco.

    Na minha humilde opinião, a China com seu Yuan nos mostrou o caminho das pedras, agora por aqui querem reiventar a roda, aja!

    1. O que é bom para a China…

      Prezado, ao contrário do que pensávamos antes” O que é bom para os E.U.A, é bom para o Brasil” o fenômeno que aconteceu na China, com o Yuan, necessariamente não seria o caminho a seguirmos, dadas as diferenças entre as duas nações, e não me venha com aquela velha lenga-lenga de Tarot, Astrologia, etc,etc…

      Cada realidade é diferente da outra.

      1. Caro Raí

        Uma política monetária autocne é o que diferencia a China dos outros tigres asiáticos.

        Um dinheiro que beneficie o povo e a nação e sirva ao Estado brasileiro é condição “sine qua non” para corrigir distorções históricas e crescentes dentro do Brasil.

        Mas não fique só na negativa e em muxoxos, colabore com algo que seja diferente e tenha o condão de mudar velhos e insoluveis problemas na nossa administração.

  9. mídia

    Nassif, existem movimentos na sociedade que afetam todo o comportamento de povos e nações!

    1. A política armamentista dos EUA, país hegemônico e imperialista, induz todos os outros grandes e pequenos a gastarem fortunas em ter e manter um potencial de defesa e também de ataque, a supostas intervenções militares, daí gastos monumentais, que deveriam ser carreados para acabar com a fome, dar educação, saúde e segurança interna.

    Cria no espírito das pessoas o instinto de oposição e de guerra!

     

    2. A mídia, de um modo geral, é absolutamente necessária na sociedade moderna, mas tomou o rumo da mistificação e da mentira. Braço do poder econômico, deforma a informação, distorce as análises, é hoje um cancro, no Brasil e no mundo.

    Este comportamento está sendo passado para a grande conquista que foi a internet, pois a cada ação, surge uma reação igual e contrária. As pessoas passaram a ser mais violentas pois são massacradas pela violência da mídia empresarial.

    3. O capitalismo, que hoje domina o mundo, que busca o lucro sempre maior, a qualquer custo, é por tese um regime econômico corrupto.

    As empresas são corruptas, a política é corrupta, e as pessoas também estão ficando corruptas, estão perdendo o limite para ganhar mais, daí o aumento da violência na sociedade.

    Amigo, não vejo jeito de resolver, se não partir dos que podem mais, mas aí, é querer muito!

  10. Quando o Nassif diz que as

    Quando o Nassif diz que as pessoas assistem canais que tragam notícias com as quais concordam nós, que não concordamos com as teses neo-liberais da elite brasileira, ficamos sem canal de tv. Todos os canais brasileiros e seus jornalistas puxa saco dos patrões abominam os governos petistas e escondem as falcatruas dos peessedebistas. Só nos sobrou a internet e assistir a Globonews pois é deste canal que vem o discurso para manipular a classe média. 

    Na questão da Petrobrás, porque eu nunca vejo uma análise a partir do fato de que o petróleo é uma riqueza nacional e portanto deve ser usado para manter o bem estar da população e que a política correta é vender os combustíveis com preços que mantenham a inflação sob controle?

    No resto até as pedras sabem que o mote oposicionista da imprensa para a próxima eleição será a economia. Tentaram com o mensalão acreditando que o homem comum brasileiro é idiota ao ponto de achar que a corrupção nasceu com o PT  e se deram mal. Vão se dar mal de novo visto que o discurso que defendem é para a elite e o povão não está nem aí para esse discurso.

     

     

    1. Detalhe:

       

      Olá,

       

      Quero comentar apenas esta frase da equilibrada opinião da Vera:

      “Todos os canais brasileiros e seus jornalistas puxa saco dos patrões abominam os governos petistas e escondem as falcatruas dos peessedebistas”

       

      Pois é colega,

       

      Já estãao sendo consumidos 10 anos de poder, de verbas, de martketing, de financiamento público federal pesado nestas mídias “inimigas” do PT, de Lula e Dilma,  e nenhuma mente, nenhum pensador, nenhum idealista, nenhum articulador, dentro deste governo, pensou sequer promover, ajudar, incentivar, um grande jornal, uma grande revista, um grande canal de TV, uma grande rede de rádio.

      A TV Record até que tem uns socialistas, simpáticos ao atual governo, em seus jornais e entrevistas, todavia no horário que mais comunica com a grande massa, eles são deixados de lado. Aliás, nos causa repulsa esta associação de esquerdistas com  um canal de TV mantido por arrecadação enganosa dos dízimos dos fieis. Pragmatismo pior do que abraçar Sarney, Renan,Barbalho e Collor.

      Mas… se Lula não quer estes… a direita quer. Então,  que sirvam aos interesses do Brasil, ainda que parcialmente, e não aos interesses de e uma minoria elitista, entregadora, explorradara e perversa.

      Nos semanários, temos a Carta Capital, porém seu teor culto, é reservado aos cultos, aos ideologistas, aos convertidos,. O povoão não entende aquela linguagem, entende a Veja. Temos tambem a ISTOE. Esta atira para tudo que é lado e isto é bom para nossa democracia, pois assim como o Nassif já falou aqui, o bom jornalismo é aquele que elogia quando necessário e também critica quando necessário. Isto o próprio Nassif faz.

      Só nos resta a internet. Só nos resta alguns heróis anônimos e privados da internet, pessoas que colocam seus nomes e seu sangue no jogo, pois os políticos, os que estão no poder, os de esquerda, nem inernet sabem utiilizar, dela não tiram proveitos.  São fraquinhos., não se atentaram para a rede ainda.

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      1. perfeita a sua análise

        Sua análise é perfeita.

        Infelizmente, a comunicação do governo é pessima. O PT e seus aliados não se interessaram em promover, ajudar a fundar emissora de tv, jornal, revista que poderiam mostrar o outro lado da moeda.

        Toda a mídia, com raras exceções e mesmo nelas – o entendimento é que deva haver a imparcialiadade,no que concordo – todas as demais fazem a notícia do que jeito que eles querem, levando a opinião pública a erros atrás de erros.

        Tenho receio desta eleição, pois, ao que me parece, a classe média, houve com muito mais dinheiro no bolso, não reconhece que os esforços do atual governo vieram beneficiá-la e querem mais, sem pensarem no que vem por aí  ocupar o poder e dar as rédeas em nossa Nação, ou seja, nos conservadores e donos das maiores fortunas, banqueiros, que, é claro, irão sempre lutar pelos seus interesses e dane-se o povo.

        Estou, infelizmente, pessimista. Isto é o resultado da péssima qualidade de comunicação do governo.

        Veja o caso da AP 470, as palavras mensalão, mensaleiros, e outras são usadas diariamente, e diariamente há manchetes, chamamentos sempre para o mesmo assunto, o que não deixa o povo pensar nos demais escândalos financeiros, envolvendo, inclusive, a oposição. Para a classe média, não digo isto ainda para as classes c e d, o governo é o ladrão do povo e deve ser derrotado. É o que constato na minha vivência, no meu dia-a-dia.

    2. pra vc ter uma ideia..

      Vera pra vc ter uma idéia do cerco midático contra Dilma e seu Governo nas TVs,uma verdadeira Omertá,  dia desses assistindo um programa esportivo uma das poucas coisas que vejo na tv o ex jogador Neto e comentarista da Band soltou essa pérola: ” o Lewandovski ( jogador da Alemanha) é um craque vai jogar muito na Copa  esse aí é o bom não é do outro que estou falando se referindo ao Juiz do STF..sem Ley dos Médios qualquer Governo será refém dessa máfia..

    3. Petrobrás

      Vera Lucia,

      Também tinha a sua opinião sobre a Petrobrás e sobre os principios de ética.

      Mas vendo os fatos nos ultimos 20 anos e lendo muito e tendo vivido todo o regime militar e parte antes dele chego a algumas conclusões diferentes da sua.

      Se algo pode ficar pior na mão de demagogos populistas tende a ficar.

      Leia o livro do Tuma, pura verdade frente a n fatos dos ultimos 8 anos, dolar em cueca, aloprados, todos pra montagem de noticias falsas.

      A tese de honestidade do pt foi por agua baixo, o mensalão foi marco histórico na corrupção. Isto pela forma como foi concebido nunca antes imaginada.

      Petróleo, Petrobrás, leia como era a situação desde a criação da Petrobrás nos ano 50 até 1990, todo o monopólio, a ineficiencia dela em explorar, todas as negociações de 90 a 95 para abrir o mercado, e de 95 a 98 para aprovar a Lei que abriu o mercado. Para os ptistas, todos contrarios a abertura, alardeavam a morte da Petrobrás. Quanto atraso, perda de tempo, nas economias mais evoluidas é isto que foi feito, exemplo Noruega e sua estatal concorrendo livremente e sendo exemplo de eficiencia.

      Por uma decada de 98 a 2008, a Petrobrás cresceu como nunca,  passou a operar em 22 paises.

      E agora, Vera, como ela esta? Dilapidada pela incopetencia, de 44.000 funcionários em 2002 passou para mais de 80.000 em 2013, dando prejuizos e produção caindo. provou-se de 98 a 2008 que só a Petrobrás não tem dinheiro nem cerebros nem gestão para sózinha explorar e produzir no Brasil. Apenas 6% ou menos da bacia sedimentar brasileira é conhecida.

      E agora com a incerteza do pré sal, frente as mudanças na area, ficou pior ainda. Enquanto o petroleo do pre sal esta lá não vale nada para nós. Voce sabia que pela lei vigente em 2007, campos lucrativos 50% era do Brasil (25% da união e 25% dos estados e municipios produtores), em 2007 a 2009 sem opções no mercado, se tivessemos feito uns 10 leilões de area, já estaríamos tirando bilhões do pré-sal, os investimentos teriam sido de centenas de bilhões, a economia teria outra cara em 2010 a 2013. Quanto custou isto para nossos filhos e netos? Quantos empregos deixaram de serem gerados? Quanto dinheiro saiu do Brail por isto?

      Infelizmente ou felizmente já nem sei, pior que a corrupção exemplar do mensalão é aincompetencia. 

       

       

    4. Petrobras e preço de combustíveis

      Prezada Vera,

      Se a Petrobras fosse totalmente estatal, ela poderia, por critério governamental, assumir prejuízo eterno na produção de petróleo e venda subsidiada de combustíveis, com o objetivo de combater a inflação. Bem, eterno é exagero, basta vermos o que está acontecendo com a PDVSA na Venezuela.

      Como o Brasil é pobre, a Petrobras necessita de capital, que obteve emitindo ações, inclusive no última captação após a descoberta do pré-sal. Os compradores foram tungados, porque os preços das ações só despencam, com a influência nefasta do governo. A dívida da Petrobras só cresce, aumentando sua taxa de risco, que implica em aumento da taxa de juros de sua dívida.

      Espero ter esclarecido o motivo das críticas aos preços controlados: o petróleo é uma riqueza nacional, mas a empresa que o explora não pode dar prejuízo e quebrar, sob pena de todos, sejam funcionários, investidores e a população brasileira, saírem prejudicados.

    5. Aos olhos de Nassif, o governo fez os grandes problemas pequenos

       

      Vera Lucia Venturini (quinta-feira, 09/01/2014 às 10:46),

      Não vejo motivos para preocupação com o viés anti-governo da mídia. É até bom que a mídia seja assim. Primeiro porque o viés da mídia anti-PT torna a mídia mais atuante e obriga o governo a reagir o que pode trazer resultados benéficos para o país e para o próprio governo.. E segundo porque o viés da mídia anti-PT a obriga a se manter contra o governo quando o PT for oposição.

      E há dois pontos a ser considerado pelos que assistem a grande mídia que reduzem a importância do viés da grande mídia contra o governo do PT. Um é que a grande mídia atinge a população é com as novelas e não com o noticiário. E o segundo aspecto é o fato de que para quem interessa pela notícia o que é mais importante para o entendimento dela – a notícia – é o conhecimento da ideologia de quem faz o repasse da a notícia. E o conhecimento da ideologia é um longo aprendizado. Então com um filtro é mais fácil entender um locutor bem pago pela direita, mas há muito tempo está presente na grande mídia do que um novato da esquerda.

      Além disso, às vezes a notícia ruim volta contra a própria mídia, principalmente quando o futuro parece melhor do que ele foi anunciado. As vezes até parece que a mídia trabalha em favor do governo. É difícil de aceitar essa idéia da mídia favorável ao governante de plantão mesmo ele sendo do PT, mas não se esqueça que os dois maiores financiadores da mídia qualquer que seja ela são os bancos e o governo.

      E penso que deveríamos ser mais crítico é em relação aos artigos de Luis Nassif. Ele é uma voz da esquerda e trata os assuntos de modo semelhante a grande mídia. Neste post “Os fatos reais e os fantasmas da economia” de quinta-feira, 09/01/2014 às 07:32, ele omite os mesmos fatos que a grande mídia omite.

      Seja, por exemplo, o assunto da inflação que acaba sendo um assunto a que você faz referência no seu comentário. Vou transcrever a parte do texto de Luis Nassif que fala sobre a inflação. Lá ele diz:

      “ . . . há bons problemas estruturais, de melhoria de renda pressionando os serviços. Nada que indique a inflação saindo de controle. E maus problemas conjunturais, com a compressão das tarifas públicas – especialmente dos combustíveis – com implicações negativas sobre o caixa da Petrobras, biocombustíveis e outros, em um momento em que ela demanda muitos recursos para investimentos”.

      Há um elogio e uma crítica. Na crítica ele não explica que o problema conjuntural – a compressão das tarifas públicas – foi o modo encontrado pelo governo para que a inflação não saísse de controle exigindo taxas de juros maiores em um modelo em que se tinham os bons problemas estruturais. É claro que foi um modelo que prejudicou a Petrobras, mas em benefício do Brasil. E se se considera os ajustes de preços como algo necessário e correto de ser feito, o modelo adotado no governo de Dilma Roussef foi mais elogiáve do que o modelo adotado no governo de Lula quando não houve aumento de preços.

      Além disso, Luis Nassif passa batido em três ponto importantes quando se fala em inflação recente no Brasil. Primeiro há o problema antigo da grande quantidade da dívida de curto prazo que sempre que o juro cai pressiona a inflação pelo excesso de liquidez que a dívida de curto prazo gera. A dívida de curto prazo elevada foi um dos grandes problemas causados pelo Plano Real. Se o Plano Real fosse um plano econômico que buscasse reduzir a inflação no longo prazo, a dívida de curto prazo seria mínima. Como o Plano Real foi um plano para acabar com a inflação de uma vez em época de eleição para eleger um candidato que nunca fora presidente de um grêmio recreativo na juventude época em que as pessoas desenvolvem capacidade de tomada de decisão e depois o Plano Real foi esticado para aprovar a Emenda da Reeleição e depois foi esticado para garantir a reeleição, então, a dívida de curto prazo só fez aumentar e ela pressiona fortemente a inflação, a menos que se mantenham os juros mais alto do que a inflação.

      O segundo problema foi a seca no oeste americano no segundo semestre de 2012 que repercutiu nos preços de commodities e aumentou a inflação no Brasil em 2012, talvez em 0,5 ponto percentual (É chute meu, mas imagino que seja algo em torno disso) e talvez também tenha tido efeito direto na inflação no início do ano de 2013. Além disso, o aumento de 0,5 ponto percentual na inflação de 2012, acarretou por indexação algo como um aumento de uns 0,2 pontos percentuais na inflação de 2013.

      E o terceiro problema que Luis Nassif omitiu foi a correção do câmbio que o governo vem fazendo desde o início do governo. O comentarista Ale ARO em comentário enviado quinta-feira, 09/01/2014 às 12:49, apresenta um gráfico mostrando como o câmbio valorizou durante o governo de Lula e o quanto difícil tem sido estancar esta tendência e fazer o percurso inverso. O governo estancou a valorização do real e tem feito a desvalorização dentro da possibilidade e como conseqüência a pressão sobre a inflação é maior. Tratar sobre a inflação no governo Dilma Rousseff sem abordar essas questões é um desserviço ao processo de esclarecimento e de entendimento da nossa realidade seja essa omissão feita pela grande mídia seja feita pelos blogueiros de direita ou de esquerda. De qualquer modo, independentemente de quem se omite, grande parte da população em razão da omissão não terá a informação, mas se a tivesse pouco uso faria dela.

      Por isso tudo eu não vejo razão para se preocupar com o comportamento da grande mídia. Para quem está do lado do governo a preocupação deve ser com a inflação e com a geração de emprego. Se a taxa de inflação estiver caindo e se a taxa de geração de emprego for suficiente para não aumentar o desemprego, o viés ante governo da grande mídia pode até ter efeitos positivos para o governo.

      Para mim, o mais preocupante é uma frase como a que transcrevo a seguir tirada da parte do post que Luis Nassif intitulou “Concessões e gestão pública”. Diz ele lá:

      “foi um duro aprendizado, que poderia ter sido abreviado se houvesse mais planejamento da parte do governo”.

      Em que país do mundo há mais planejamento? Na China? Suponhamos que sim e suponhamos que na China a imprensa fosse livre. Nesse caso o que impediria um crítico do governo escrever uma frase assim? A frase é de certo modo um truísmo. Existe a crença de que se se há mais planejamento, o aprendizado é mais rápido. É um truísmo, mas pode ser uma mistificação. Pode ser que mais planejamento não leva a um aprendizado mais rápido (Sem contar a questão do custo benefício). Só que se for uma mistificação se trata de uma mistificação que jamais poderá ser provada. Enfim, trata-se de uma frase que pode ficar dependurada diante do móvel em que se escreve um texto qualquer. A qualquer momento que interessar ao escrevinhador, ele poderá lançar mão da frase.

      E há outro momento pueril no texto. Diz Luis Nassif quando ele trata sobre as concessões e gestão pública:

      “Houve o custo do atraso, mas já foram feitas correções de rumo relevantes, como a criação da EPL (Empresa de Planejamento e Logística) visando planejar o setor a médio prazo. A saída da Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann (que deverá concorrer ao governo do Paraná) e sua substituição por Aloizio Mercadante poderá trazer um componente de conhecimento e bom senso que faltou na fase anterior”.

      Então em uma fase anterior faltou um componente de conhecimento e bom senso, mas foram feitas correções de rumo relevantes. Enfim, o problema já está resolvido, mas a substituição da Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann por Aloizio Mercadante poderá resolver novamente o problema.

      Eu considero que como um país continental e pobre e em grande parte inviável para uma grande agropecuária de produção competitiva (Nordeste, inclusive norte de Minas e Amazonia), e com uma moeda extremamente valorizada que nos dá uma condição de riqueza maior do que a que deveríamos ter e com uma acentuada desigualdade social e espacial e com uma desigualdade educacional que raias a perversão, e adotando um regime democrático, os problemas do Brasil são muitos maiores do que como Luis Nassif e a grande mídia os pintam. E o governo tem sido muito competente para os fazer aos olhos do povo e de Luis Nassif tão pequenos e tendo a grande mídia como opositora.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 09/01/2014

      1. A escamoteação da tragédia anunciada

        Primeiro um elogio ao excelente e longo, porém não enfadonho, arrazoado do Cléver, conciso, substântivo e preciso.

        Segundo, vou na mesma linha de argumentos e conclusões dele, e concedamos muitos outros que vêm alertando para a tempestade perfeita que se forma na linha de visibilidade do horizonte do Brasil, a situação contábil e administrativa do país é muito mais preocupante do que nos querem fazer crer o governo, com suas acalmadas aos “nervozinhos” e a mídia que serve, como bem disse o comentarista, principalmente a dois senhores – O Governo e a Banca.

        Como ambos têm todos os interesses de esticar a situação atual o máximo possível, a possibilidade da dura realidade econômica e administrativa do Brasil ter sido escamoteada e falsificada beira os 100%, ao povo sobra muito pouco a fazer, infelizmente.

  11. Jânio de Freitas na folha 9/1

    Difícil acreditar que é na mesma folha que emprega Azevedo e sua trupe.

     

    JANIO DE FREITAS

    A campanha da moda

    Todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%

    Quem não discute gosto anda na moda, que é um modo de não ter gosto (próprio, ao menos). Até por solidariedade aos raros que não se entregam à moda eleitoreira de dizer que 2013 foi um horror brasileiro e 2014 será ainda pior, proponho uns poucos dados para variar.

    Com franqueza, mais do que a solidariedade, que tem motivo recente, é uma velha convicção o que vê importância em tais dados. Um exemplo ligeiro: todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%. Menor que o da admirada Alemanha. Em referência ao mesmo novembro (últimos dados disponíveis a respeito), vimos as manchetes consagradoras “EUA têm o menor desemprego em 5 anos: cai de 7,3% para 7%”. O índice brasileiro, o menor já registrado aqui, excelência no mundo, não mereceu manchetes, ficou só em uns títulos e textos mixurucas.

    Mas o índice não pode ser positivo: “O índice caiu porque mais pessoas deixaram de procurar emprego”. Se mais desempregados conseguiam emprego, como provava o índice antes rondando entre 5,6% e 5,2%, restariam, forçosamente, menos ou mais desempregados procurando emprego? PIB horrível, falta de ajuste fiscal, baixa taxa de investimentos, poucas privatizações, coitado do país. E, no entanto, além do emprego, aumento da média salarial, a ponto de criar este retrato do empresariado de São Paulo: a média salarial no Rio ultrapassou a dos paulistas.

    A propósito: com as alterações do Bolsa Família pelo Brasil sem Miséria, retiraram-se 22 milhões de pessoas da faixa dita de pobreza extrema. Com o Minha Casa, Minha Vida, já passam de 1 milhão as moradias entregues, e mais umas 400 mil avançam para a conclusão neste ano. A cinco pessoas por família, são 7 milhões de beneficiados com um teto decente, água e saneamento.

    Sobre dados assim e 2014, escreve o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale: “Infelizmente, veremos mais promessas de ampliação do Bolsa Família e do salário mínimo, que, no frigir dos ovos, é o que tende a reeleger a presidente”. Da qual, aliás, acha que em 2014 “deverá se apequenar ainda mais”. Da mesma linhagem de economistas –a que domina nos meios de comunicação–, Alexandre Schwartsman dá à política que produziu aqueles resultados o qualificativo de “aposta fracassada”, porque só deu em “piora fiscal, descaso com a inflação e intervenção indiscriminada, predominando a ideologia onde deveria governar o pragmatismo”.

    “Infelizmente” e “aposta fracassada” para quem? Para os 22 milhões que saíram da pobreza extrema, os 7 milhões que receberam ou receberão um teto em futuro próximo, os milhões que obtiveram emprego, os milhões ainda mais numerosos que tiveram melhoria salarial?

    E, claro, ideologia existe só no que se volta para os problemas e possíveis soluções sociais. Quem se põe de costas para o que não interesse à elite financeira e ao poder econômico, não o faz por ideologia, não. Por esporte, talvez.

    Foi a esse esporte, quando praticado orquestradamente nos meios de comunicação, que Dilma Rousseff se referiu como uma “guerra psicológica”, e gerou equívocos críticos. Não se trata de “expressão antidemocrática”, nem própria dos tempos da ditadura. É a denominação, técnica ou científica, como queiram, de métodos de hostilidade não militares, diferentes das campanhas por não serem declarados em sua motivação e seus fins, e buscando enfraquecer o adversário por variados tipos de desgaste.

    Não é o caso da pregação tão óbvia no seu propósito de prejudicar eleitoralmente Dilma Rousseff. E prática tão evidente que, já no início de artigo na Folha, o empresário Pedro Luiz Passos definiu-a como “o negativismo que permeia as análises sobre a economia brasileira, em contraste com a percepção de bem-estar especialmente da base da pirâmide de renda”. Ou seja, há um negativismo, intenção de concentrar-se no negativo, real ou manipulado, e a desconsideração do que deu à “base da pirâmide” social alguma percepção de bem-estar.

    O elemento essencial na existência de uma nação é o povo. Não é o território, não é o Estado, ambos inexistentes em várias formas de nação ao longo da história e ainda no presente (os curdos, diversos povos nômades, povos indígenas). O PIB e os ajustes feitos ou reivindicados nunca fizeram nada pelos brasileiros que são chamados de povo. A cliente do PIB, dos gastos governamentais baixos e dos juros bem altos são os que compõem a mínima minoria dos que só precisam, para manter o país, do povo.

     

  12. Entra ano, sai ano e…

    Desde o 1º ano desta adm.popular, que os analistas economicos enxergam(e tentam “vender”estas visões)o apocalípse, na próxima esquina, e os fatos desmentem-os continuamente, porem mesmo assim, e com a economia nacional navegando em águas calmas e sem nenhuma nuvem negra no horizonte, 9 em cada 10 analistas, não acreditam na continuidade desta bonança, sequer para mais um ano, e amedrontam aos menos esclarecidos e “vacinados” contra esta tese ameaçadora de economês.

    Assim como o Nassif admite, no parágrafo final do comentário, nada a assustar, pelo menos em 2014, e se tudo caminhar como preconiza-se, com a reeleição da Pres. Dilma, e a continuidade desta política economica, ora praticada, nem nos próximos 4 anos.

  13. Em resumo: há coisas sendo

    Em resumo: há coisas sendo feitas e coisas ainda por fazer, mas não há nada que justifique as teses transloucadas que anunciam “um fim do mundo”. É apenas desejo de quem nãotem proposta e sonha com um 2014 ruim para pavimentar seu caminho até a campanha eleitoral.

    Mas já sonharam com as mesmas desgraças em 2010, 2011, 2012… 

    Aliás, já notaram que a Crise Mundial iniciada em 2008 passa tão ao largo do Brasil que nem é ao menos citada quando analisam nossa economia? É como se não existisse ou estivesse descolada das decisões do governo federal.

    Na época de FHC até a possibilidade de uma crise externa era usada para justificar medidas transloucadas.

    Esse pessoal da oposição precisa trabalhar e estudar muito para propor coisa nova e não ficar torcendo para que aquilo que está sendo feito dê errado de qualquer jeito.

    1. Meu Deus, o próprio Mantega

      Meu Deus, o próprio Mantega já falou que o cenário externo está prejudicando o Brasil e você vem dizer que a crise externa iniciada em 2008 passa ao largo do Brasil?

      1. João Bernardo, leia direito o

        João Bernardo, percbi que não deixei claro: não sou eu, mas A IMPRENSA que desvincula a crise mundial das atitudes do governo e números da economia. POR EXEMPLO: diz que a produção industrial caiu e que a dívida pública aumentou sem mencionar o que a crise externa tem a ver com isso. Entendeu?

      2. Se você é assalariado,
        Se você é assalariado, procure calcular quanto teve de ganho real no período de 1900 e não sei das quantas e o período de 2003 a 2013. Analise reflita e tente retornar a miséria.

      3. pib
        Se você é assalariado, procure calcular quanto teve de ganho real no período de 1900 e não sei das quantas e o período de 2003 a 2013. Analise reflita e tente retornar a miséria.

  14. O fato desse ano virá de

    O fato desse ano virá de fora. A UE no melhor dos mundos vai cescer apenas 0,5%. Os EUA, com sua QE de 75B POR MÊS começará a apertar a meados do ano a frouxíssima politica monetária. Em Fevereiro terão a Janet Yellen em vez do helicóptero Bernanke no comando do Fed. As taxas de juros lá estão subindo, comprimidas pelos “esforços” do Fed, mas estão subindo. Isto provocará, no melhor dos mundos, turbulências no mercado financeiro. No pior, um novo crash. Vamos com o melhor dos mundos, deixemos o crash para os paranóicos.

    O Brasil depende do fluxo de dinheiro extrangeiro para fechar suas contas. Gasta mais do que ganha. Voltou a depender de lá fora. Por mais dívida quitada com o FMI (que era uma merreca na época que foi quitada, mas teve seu efeito moral inquestionável).

     

    A nota das agências (que pra mim não valem nada, mas pro mercado valem sim, mal que nos pese) se o governo tiver que utilizar reservas para cobrir rombos, vai ser ameaçada. Lembro pra turma ufanista que quando foi outorgada, a felicidade do governo foi uma só.

    Disse Lula na época: “Aproveito este momento para reconhecer o grande trabalho que vocês vêm fazendo por nosso país. O Brasil precisa da Bovespa e a Bovespa precisa do Brasil. Eu tenho certeza de que é possível conciliar o progresso do mercado financeiro com a melhora na vida de todos os brasileiros”

    O presidente Lula estava certo. Fora as manipulações mundiais que acontecem nas bolsas (vindas principalmente dos governos e bcs), a bolsa é o ambiente natural para as empresas captarem recursos para investir na produção. É para isso que existem as bolsas de valores no mundo inteiro. Um mercado bursátil saudável é resultado de uma economia saudável. Hoje o mundo vive num clima de permanente intervenção no mercado bursátil, tentando manter os preços dos ativos para dar sustentabilidade ao crédito e a atividade econômica.

    Esse é o gráfico do índice Bovespa no primeiro mandato do presidente Lula

    Esse é o gráfico do índice Bovespa no primeiro mandato da presidente Dilma

     

    É evidente que algo está errado com a economia. Por isso a oposição bate nessa tecla. O problema é que bate errado! Como por aí lí, a “saudável correção no câmbio” executada pelo governo Dilma é irrisória. Vejam a trajetória do dólar desde 2003, e a atual “saudável correção” de rumo (destacada no retângulo). 

    Ninguém, nem governo, nem oposição, vão dar destaque a política monetária. Ninguém, nem governo nem oposição, vão querer inovar nesse quesito. O mundo se viu inundado de dólares tirados do ar puro, e bovinamente, o Brasil aceitou esse jogo. As tentativas do Mantega de aumentar o IOF deram em nada. O país entrou em déficit pesado, tirando a capacidade de gerar poupança própria. Depende do ar que chega de fora. E esse ar pode ser cortado a qualquer hora.

    Esse é o maior desafío do governo Dilma. Reverter esse quadro de dependência do investimento extrangeiro para fechar as contas. Dinamizar a economia (não abrí-la ainda mais como propõe o FHC, isso é suicida) com um câmbio muito mais alto (a inflação não é problema aqui, já descascaram esse abacaxí em todos os posts). E ser muito mais heterodoxo no manejo do dinheiro público. O governo segue amarrado no velho axioma neoliberal, mal que pese aos ufanistas de plantão, do superávit primário, da responsabilidade fiscal. O país se liberou da dívida externa. Tem 370B em reservas. A divida foi nacionalizada. Basta o Tesouro imprimir que a dívida fica quitada. Que raios de superávit necessário é esse? Faltam esgotos, metrôs, portos, ferrovías, presídios, urbanização de favelas, e precisamos de superávit? De manter a dívida/ PIB (que é interna, repito!) em patamares “civilizados”? De que civilização falam, se os EUA tem 100% do PIB em dívida e segue aumentando? A dívida pública é estoque de poupança para quem a compra. O Brasil precisa abaixar os juros, aumentar a dívida pública e alocar esse recurso em infraestrutura de forma maciça. Desvalorizar o dólar para recuperar a saúde das contas externas, para segurar nossos turistas aqui, e atrair turistas de fora (que aumentam nossa poupança). E seguir em frente, com mais ousadia, com menos medrosidade. A imprensa vai chiar, sempre chiou. A oposição vai bradar, sempre bradou. Mas o país vai muito mais rápidamente sair do marasmo, crescer vigorosamente, aumentar ainda mais a participação dos trabalhadores no bolo da riqueza. Assim como vai, está fazendo o caldo gordo para qualquer discursinho a rebouco de problemas externos colar numa população que se mostrou insatisfeita com a falta de mobilidade, de segurança, com maus serviços públicos, com pedágios altos e impostos idem. Dilma tem que mostrar mais ousadia. Acredito que o movimento iniciado pelo PT há 12 anos ainda tem muito para dar ao Brasil, já que é innegável: depois de 30 anos de marcha ré, não é em 12 que o Brasil vai recuperar o tempo perdido e sentar as bases para o futuro venturoso que merece.

     

    1. Ale, gostei muito do texto!

      Gosto de quem pense “out of the box” (sei lá como se fala isso em português!).

      Uma dúvida: sua curva de cambio foi deflacionada pelo IGP?

      Tenho falado aqui sempre que cambio desvalorizado até uma faixa que dê competitividade para produção local com o menor efeito sobre o poder de consumo interno, é a saída para dar novo dinamismo para o pais.

      Obrigado pela paciência de escrever um comentário tão comprido.

    2. Ale, gostei muito do texto!

      Gosto de quem pense “out of the box” (sei lá como se fala isso em português!).

      Uma dúvida: sua curva de cambio foi deflacionada pelo IGP?

      Tenho falado aqui sempre que cambio desvalorizado até uma faixa que dê competitividade para produção local com o menor efeito sobre o poder de consumo interno, é a saída para dar novo dinamismo para o pais.

      Obrigado pela paciência de escrever um comentário tão comprido.

    3. Ótimo! Alguém que traz

      Ótimo! Alguém que traz números e os analisa!

      1. O pessoal acredita que o FED não vai exagerar na subida dos seus juros e avaliam que só a perspectiva de aumento já fez a maior parte do estrago previsto. Em 2014 será só a confirmação do que todo mundo já espera dos EUA.

      2. As agências precisam de uma piora na avaliação dos riscos até agora apontados antes de rebaixar o Brasil. Elas sabem que não haverá nenhum choque econômico (seria o primeiro desde 1999), ajuste ou mudança de rumo. As variáveis estão postas e seus limites até agora conhecidos. Não é o melhor dos mundos, mas é uma situação estável e confiável.

      Na minha opinião, se fosse para baixar a nota já teriam baixado. Não tem porque ficar cozinhando seus investidores num quadro que não mudará até 2015. Então as agências tem um certo otimismo com o Brasil.

      3. A Bolsa está perdendo no governo Dilma, mas é porque a perspectiva de retorno é mais longinqua. Todo mundo espera a recuperação dos EUA (e da Europa) e o Brasil de fato não virou nenhuma “galinha dos ovos de ouro” para o investidor. O governo fez o possível para atrair investimentos e não conseguiu por erro próprio e agora tem que esperar que o capital fique motivado por algum fato concreto para voltar com força. E isso não vai acontecer tão cedo.

      O parágrafo final é o mais esclarecedor. Parabéns! Pena que suas sugestões não tem a mínima chance de serem usadas.

  15. Os fatos reais e os fantasmas da economia, por Fernando Brito

    A “contabilidade criativa” do jornalismo-catástrofe “pagou mico” no Valor
     

    restos

    O jornal Valor deu ontem manchete, que você vê acima, sobre uma suposta manobra fiscal para elevar artificialmente o superávit primário.

    O Governo teria postergado despesas, incluindo-as em “restos a pagar”, para terminar o ano com mais caixa e mostrar aos “nervosinhos” que praticava uma austeridade que não seria verdade.

    Hoje, o Valor teve de pagar e assinar recibo do “mico”.

    Os restos a pagar ficaram num valor que, embora maior que 2012, é menor que o da grande maioria dos (muitos) anos anteriores).

    Foi, como é feito todo o ano, feito o cancelamento  de R$ 17,8 bilhões dos “restos a pagar” , a maior parte de despesas empenhadas mas não processadas, ou seja, não realizadas, por qualquer motivo.

    Porque emprenhadas? Porque o empenho é obrigatório, no governo, para você sequer pensar em gastar algo, mesmo que desista de faze-lo.

    Isso é normal, legal é compulsório. Aliás, não inscrever despesa em restos a pagar e não cancelar o indevido são considerados crimes administrativos, punidos em lei.

    Apenas para o leitor e a leitora terem uma ideia: em 2002, último ano do governo Fernando Henrique, foram inscritos R$ 25 bilhões em restos a pagar.Em valores corrigidos, os mesmos R$ 50 bi do ano passado, mesmo com um orçamento muito maior, em termos reais.

    E foram cancelados, a seguir, R$ 6,6 bi, 90% disso em despesas não-processadas. Ou algo como R$ 13 bi, em valor corrigido.

    Os dados são do especialista em contabilidade pública, professor Maurício Corrêa da Silva, publicados na Revista Contabilidade & Finanças de janeiro-abril de 2007 e a correção é pelo IGP-DI, por conta do Tijolaço.

    O governo Dilma não apenas não está ampliando estes restos, num semi-calote, como revalidou para pagamento, em 2011, pelo Decreto 7.468, todos as inscrições de 2007, 2008 e 2009, no valor de cerca de R$ 10 bilhões, que estavam para caducar e, portanto, serem anuladas como divida.

    E isso com critérios exclusivos para aquilo que de fato tinha sido efetuado.

    Porque é claro que se faz acertos contábeis de final de ano na administração – pública ou privada – com gente correndo para não deixar de empenhar despesa para “não perder orçamento”.

    Eu mesmo  cansei de fazer cara de paisagem para servidor ou dirigente que vinha de empenho na mão – agora é no  ”token” de computador – nos últimos dias do ano.

    O Valor “micou”,  não apenas porque este é um assunto desconhecido para qualquer jornalista – ou qualquer pessoa não afeita à contabilidade pública – mas porque seguiu a manada do “descalabro das contas públicas” que se tornou o jornalismo econômico brasileiro.

    Como o papel aceita tudo, eles vão continuar fazendo isso.

    E a gente vai atrás, de pazinha e vassoura, limpando.

  16. Estranho

       Acho interessante o quanto os brasileiros sabem de tudo um pouco, ou acham que sabem.

       Os tais números: Se eu escrever aqui que o número 2 é 3, alguns poderão até concordar, é sério e outros vão com certeza discordar.

       Pq falo nos números? Pq apresentar números de forma crua, escrever apenas e no final dizer que está tudo sob controle, é muito fácil, pois apesar do brasileiro achar “que sabe tudo” na verdade não sabe nada e esta é a verdade.

       Vamos a prática: Vc acredita mesmo que a taxa de desemprego, medido só em algumas capitais, é mesmo de 4,6% da população economicamente ativa? Vc sabia que quem ganha bolsa família e quem está no serviço militar obrigatório (mais de 100 mil jovens) são considerados empregados?

       Vc acredita que a inflação esta mesmo entre 4 e 5%…É esse mesmo valor a cada mês no supermercado? vc tem certeza disso.

       Vc tem certeza que a crise economica mundial passa ao largo do Brasil? Ué, não entendi. Se passa ao largo, pq as exportações cairam? Pq as importações aumentaram? Pq nossa competitividade quebrou? Pq a taxa de juros de nosso páis é astronômica?

       Se está tudo tão bem quanto vários aqui acreditam, pq os restos a pagar (aquilo que o governo comprou em 2013 e não pagou e passou para 2014) teve um aumento astrônomico? aqui tenho a resposta: gastou mais do que tinha em caixa e para não passar no vermelho empurrou para 2014 e vcs sabiam que até o dinheiro da Operação PIPA, distribuição de água no sertão passou em restos a pagar e que os pipeiros não recebem a dois meses? Claro que vcs não sabem, pois o amigo Nassif não vai te contar isso.

       Disseram que tudo de ruim foi contado em 2010, 2011, 2012 e 2013 e nada passou de especulação. Vc acredita mesmo nisso? Claro, no conforto de minha casa, de meu emprego e as custas de gastos vultuosos do governo para te manter desinformado é fácil e mais fácil ainda quando apresento números pra uma população empregada desinformado. Alias, as notas de nossos alunos em matemática reforçam essa idéia…SOMOS MUITO BONS DE NÚMEROS.

       Para finalizar um número verdadeiro: 60% das famílias brasileiras está endividada e mais de 40% dessas está com mais de 3 meses de atraso. Quer um exemplo desses números? A queda nas vendas de final de ano. As famílias estão gastando menos para tentar, veja, tentar conter o  endividamento.

       Não sou partidário de ninguém, mas como quem vive a realidade eu digo que existem os que aumentam (mas não inventam) e aqueles que mentem, inflam números, usam da ignorância popular dos números para mostrar o mar de rosas…que na verdade não existe.

       Agora, eu posso ser um exagerado…é…quem sabe. saudações

  17. Não me considero tão bem

    Não me considero tão bem informado quanto inúmeros comentaristas daqui do blogue. Mas sempre que se discute a manipulação e o investimento da mídia no pessimismo, surgem vários comentários criticando a “doação” de dinheiro público a esses mesmos orgãos de mídia.

    Não tenho conhecimento de todo o espectro da publicidade do governo e só estou comentando através da minha observação do impacto que vejo nas pessoas.

    Essa campanha com o mote “O Brasil é um dos países com maior número de grandes obras em andamento do mundo”, na minha opinião muito bem elaborada em termos audiovisuais, tem causado uma impressão positiva em muitas pessoas ditas conservadoras, atraves das imagens de um Brasil grande e empreendedor. Veiculada no horário nobre, junto ao jornal nacional e as novelas, por isso cara, faz um contraponto ao pessimismo da mídia. O mesmo com as da Petrobras mostrando os investimentos milhonários, a criação de empregos e a segurança energética.

    Vejo pessoas que odeiam o PT e adoram falar mal da Dilma ficarem sem argumentos diante das imagens de obras e investimentos gigantes realizados. Eu observo o olhar das pessoas. Tem um coronel aqui que chega a engolir seco. Teve um coxinha que passou o fim de ano aqui em casa que ficava balbuciando, mas o Lula…, o mensalão…

    Sem querer entrar no mérito da questão, é só minha observação.

  18. FANTASMAS DA ECONOMIA

    Por favor, me desculpem, mas só não encherga quem não quer:

    à exatos 10 anos que estamos vendo que:

    1)  Petrobras esta descapitalizada, sem reserva para qualquer tipo de investimento

    2)  Vejam as contas do INSS, quanto aumentou o déficit

    3)  Pagaram ou melhor pagamos o FMI, pois bem a divida publica quanto aumentou ???

    4)  Quanto nestes 10 anos foi gasto com PROPAGANDA DO GOVERNO ou melhor do

    Partido dos Trabalhadores. Neste sentido é só olhar quando a Presidenta da Republica fala

                                                       nem ao menos colocam a Brazão da Republica, e via de regra

                                                       esta vestida de vermelho, para que fique bem claro que é um

                                                       membro do Partido ( companheira ) e não uma chefe de Governo.

     

    E o que dizer da correpção, sera que esta tambem não aumentou ??????????

     

    1. Ó Mário, por favor!

      Mas que barafunda é essa, meu amigo? PETROBRAS descapitalizada? Onde? Ela revelou o Pré-Sal, ou melhor, revelou que sob 3 mil metros de camada de sal duro há enormes jazidas de petróleo, que não foram localizadas antes porque FHC ia vender a PETROBRAS fatiada. Você é que precisa responder quem pagou os SETECENTOS mil reais que custaram a mudança de nome para PetroBrax. A mudança estrutural para unidades de negócio revelou a clara intenção de vender a companhia. Não foi feito porque no horizonte haveria as eleições de 2002, que o PSDB já sabia que seriam muito difíceis para o partido. Quem fez m… no poder, agora encha a boca e engula a porcaria que fez. O povo não votaria em Lula nunca. Só votou porque FHC foi o PIOR presidente da História, pior mesmo que o Marechal Dutra. Compare, por favor, nos orçamentos federais 1995/2002 e 2003/2013 quem gastou quanto em publicidade e propaganda. Nesse quesito, os tucanos deram um banho em desperdício de dinheiro público. Aliás, frise-se, não foi desperdício, foi roubo mesmo. Além disso, meu caro, quando digitar, ou use a famosa tecla F7 (correção ortográfica em programas Windows) ou use o bom e velho dicionário. “Brasão” é com “s” e não tem nada a ver com “Brazil”, como vocês tucanos gostam de grafar. Um grande abraço e parabéns pela coragem de expor tanta ignorância em público.

      1. Que absurdo, quem pos este

        Que absurdo, quem pos este gráfico só ve uma coisa, leia mais sobre Petroleo e o mercado brasileiro.

        O grande crescimento da Petrobras se du a partir de 1998 com a abertura e os leilões.

        E foi em frente com a lei que permitia livre concorrencia e consorcio.

        Quando os leilões pararam em 2007 e 2008 por ordem do Lula e PT começaram os problemas, com o fechamento do mercado Brasileiro em 2010 ferrou tudo, fomos para trás, a Colombia em 2002 segui o modelo braileriro de livre concorrencia e já duplicou a Produção, sua estatal é modelo, nós voltamos pra trás por um fanatismo inútil.

        A petrobrás e o governo não terão folego para transformar o Petróleo, não só o Pre sal em riqueza que as gerações futuras precisam e mais emprego e investimentos, jogaram 12 anos de crescimento do setor no lixo, leiam as mudanças da Lei a criação da PetroSal (ou Petrosauro) o prejuizo para os estados e municipios produtores na participação especial, leiam sobre o ultimo e unico leilão do Presal em 6 anos, só um grupo, sem nenhum  interesse das gigantes do setor, devido as regras e a incopetencia das mudanças.

    2. O cara implica até com a

      O cara implica até com a roupa da presidenta! É demonstração cabal que não tem crítica nenhuma para fazer que preste: “não fica bem numa Chefe de Governo”.

      Vamos ver o saldo da Petrobrás à 14 anos e comparar com hoje. Eu não sei pra onde vai esse dinheiro todo…

       

  19. Nada explica nada

    Acho interessante esta briga com os números e tentativas de tapar o sol com a peneira. De concreto mesmo temos um volume imenso de dolares saindo do país, Precisa desenhar?

  20. Informação.

    Sempre uso o blog como ponto mais confiável de informação. Dito isso, o clima está pesado, a muita desinformação, torcida política etc. Bom tirando a espuma, se Dilma ganhar eu espero um governo mais assertivo, os demais candidatos se ganharem será um desastre, o pouco que ganhamos perderemos.Sempre uso o blog como ponto mais confiável de informação. Dito isso, o clima está pesado, a muita desinformação, torcida política etc. Bom tirando a espuma, se Dilma ganhar eu espero um governo mais assertivo, os demais candidatos se ganharem será um desastre, o pouco que ganhamos perderemos.

  21. O pior dos piores.

    Do ponto de vista econômico, Dutra, Collor e FHC foram os piores presidentes da História. Mas FHC conseguiu ser pior do que Collor e Dutra juntos. Pior por quê? Manifestação de ódio pessoal? Não! Os números falam por si. As metas de inflação foram utilizadas em cinco anos de sua administração. Em dois, a inflação real foi o dobro da meta, na terceira, ficou abaixo do teto da meta e só em duas ficou próxima do centro da meta, graças a um arrocho salarial sem precedentes, mesmo comparando com o Regime Militar. No governo Lula/Dilma NUNCA a inflação bateu o teto da meta.

    FHC deixou US$ 16 bilhões em caixa, quantia essa que sequer pagava o papel higiênico que ele consumia no palácio. Hoje temos quase US$ 400 bilhões, e se o dólar teve importante subida, fez parte do plano econômico do governo, para tentar dar um gás à industria nacional, já que até aquela famosa forjaria do RS está produzindo facas e tesouras na China. O dólar à base de R$ 2,40 foi planejado, não foi a fuga desesperada de 2002, quando bateu R$ 3,99.

    A renda média do brasileiro aumentou bastante e a distância entre os mais ricos e os mais pobres diminuiu. O SM ronda os trezendos dólares, no governo FHC o sonho do PT era elevá-lo a US$ 100, o que jamais aconteceu. Eu atravessava a Dutra toda a semana, pagando o pedágio mais caro do mundo para uma rodovia de terceira classe, apenas duas faixas de rolamento em cada sentido e assim mesmo, havia buracos. Odiei o apagão de 2001, que aconteceu não por culpa exclusiva da seca, mas sim pela falta de planejamento, já que no Sul do país havia energia sobrando mas não havia interligação. FHC achava que privatizando tudo, a construção de linhas de transmissão se daria por geração espontânea.

    Eram todos idiotas naquele governo? Por favor, não. Tinham lá suas competências. Professores de Economia da PUC-Rio, que sobreviviam com aquele salário que todos conhecem, hoje são diretores de bancos, criadores de cavalos de raça no exterior e um deles comprou as operações do McDonald’s na América do Sul pela módica quantia de US$ 1,2 bilhões. Professores da COPPEAd da UFRJ, com currículos muito mais brilhantes, mal conseguem trocar de carro a cada cinco anos. A direita domina nossa internet porque tem mais dinheiro. Muita gente paga com dinheiro “}não contabilizado” como certos sujeitos aqui do blog, manifestam-se diuturnamente repetindo as bobagens da Revista do Esgoto, do Valor Econômico, da Folha/Estadão. E têm por trás de si instituições poderosas como toda a mídia, o judiciário, as procuradorias, os tribunais de contas, os capitãos do mato e os tolos. Miríade deles.

     

    1. FHC o pior economicamente

      Ora, meu caro Ptista fanatico. Veja os numeros mundiais na era FHC, com varias crises mundiais e com várias reformas em andamento o Brasil cresceu acima da média munidal.

      Na era Lula, sem crises, o Brasil cresceu abaixo da média mundial.

      Hoje na era Dilma crescemos 2 anos abaixo de novo da media mundial e perdemos para quase todos na America Latina, incrivel, perdemos em crescimento para Bolivia e Peru, sem falar nos outros.

      A incopetencia é total, só maqueiam os números, ou como explicar que temos o mernor desemprego do mundo, mas damos bolsa familia para 40% da população que não trabalha, isto equivale a dizer que estatisticamente 40% da população ativa não trabalha vive do Bolsa, pior alguns economistas dizem que de cada 5 da população economicamente ativa 2 trabalham e 3 vivem dos bolsas.

      Assim é fácil comprar voto.

        1. quem vivenciou a tragédia FHC…

          sabe muito bem o que é enriquecimento de alguns com juros nas alturas o não tem nada a ver com crescimento do país

      1. Há o analfabetismo funcional,

        Há o analfabetismo funcional, mas também existe um analfabetismo mais refinado, de outro nível. Que tal analfabetismo superior?

      2. Em 2008 o mundo teve a maior

        Em 2008 o mundo teve a maior crise econômica dos ultimos  80 anos, e o FHC foi firme pra não deixar atingir o Brasil. Já o Lula quebrava o país com crise da Indonésia, do México, do Burundi.

        Ou não. O FHC quebrava, e o Lula trabalhou corretamente?

  22. Eu não acredito em informação
    Eu não acredito em informação isenta nem em público que busca a verdade seja qual for. A mídia diz exatamente isso. Não concedo a ninguém essa primazia do isentismo. Esse discurso é a negação dos novos tempos da comunicação e está fadado ao fracasso. Cada vez mais, a informação deixa de ter pedigree

  23. pais rico

    o Brasil é pais rico! tem farra do boi o ano todo!

    e pode se dar ao luxo de gerar emprego na ….Coreia. (lindo povo o coreano)

    apesar de rico, o Brasil não fabrica automóveis. alem de não termos nenhuma fabrica genuinamente nacional, o que as montadoras alienígenas montam aqui são c-a-r-r-o-ç-a-s.

    não servem nem para carro funcional de funcionários públicos!

    não acredita? leia no limpinho: http://limpinhoecheiroso.com/

    pergunto: será que todos os juizes escolheram a cor “branco coxinha”? (vermelho comunista acho que não vai ter nenhum.)

    Depois do aumento de salários, STF compra carros de R$130,7 mil para ministros

    08/01/2014

    Hyundai Motor America

    Austeridade (sic): O STF pagará R$130 mil por carro.

    Dyelle Menezes e Thaís Betat, via Contas Abertas

    No último dia de 2013 o Supremo Tribunal Federal (STF) preocupou-se com o conforto dos ministros. No apagar das luzes do ano passado, o Tribunal empenhou R$914,9 mil para a compra de sete carros do modelo Azera, da marca Hyundai. Cada veículo custará R$130,7 mil aos cofres públicos. Os automóveis irão atender os ministros em deslocamentos em Brasília.

    Segundo a assessoria de imprensa do STF, a aquisição dos veículos seria para a renovação parcial da frota, realizada rotineiramente com base em análise de custos. “Quando os veículos atingem um determinado tempo de uso a manutenção fica mais cara e a renovação é alternativa mais eficiente”, explica. A resposta obtida pelo Contas Abertas não informou o ano e a quilometragem da frota antiga de veículos do STF.

    Os carros são do tipo sedan grande e possuem capacidade para cinco passageiros, incluindo o motorista. Os modelos são de quatro portas e da cor preta. Os bancos dos veículos são de couro na cor preta ou cinza, com regulagem eletrônica de altura, ar condicionado, controle eletrônico de temperatura, visor digital, airbags e câmbio automático.

    Os detalhes mais luxuosos dos automóveis ficam por conta da central multimídia integrada em painel touch screen, em que disponibiliza navegador GPS, bluetooth com viva voz para telefone celular, além de entradas USB. A novas aquisições do STF possuem garantia de três anos.

    Confira aqui as notas de empenho

    Ao todo, o STF é composto por 11 ministros. Em 2013, as decisões dos ministros em relação ao julgamento do caso do mensalão foram acompanhadas de perto pela sociedade. Dentre as principais atribuições da Corte está a de julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.

    Outros carros

    A renovação da frota de veículos do STF parece ter sido recorrente no ano passado. Como o Contas Abertas noticiou na época, no final de outubro o Tribunal reservou R$600 mil para a aquisição de 14 automóveis. Segundo a assessoria da Corte, a compra se deveu à necessidade de renovação periódica da frota para transporte de servidores e materiais em razão de conveniência de serviço.

    O veículo mais caro adquirido à época foi o modelo 408 Allure, da Peugeot, ao custo unitário de R$60 mil. O carro possui quatro portas, motor 2.0 e é do tipo Sedan. Serão comprados três desses automóveis, no valor total de R$180 mil. Outros R$210 mil foram destinados a aquisição de cinco veículos do modelo Spin LT, da Chevrolet. Os carros possuem motor 1.8 flex e já são do ano 2014. Cada veículo custou R$42 mil aos cofres públicos.

    ***

    Leia também:

    Ministros do STF começam ano com aumento de salário, que agora é de R$29.462,25

  24. Prezado Nassif
    A realidade da

    Prezado Nassif

    A realidade da corrosão das Economias da AL E SUAS FORÇAS ARMADAS  (inspiradas em Wall sStreet -Washington!)  :

    “mas a corrupção dos Kirchner é muito maior, segundo se sabe na Argentina, eles não se limitam a cobrar comissão, querem ser socios das empreas que tem negocios com o Governo”-(ANDRE ARAÚJO-COMENTARISTA DO BLOG ) , (ESPECIALMENTE NA ÁREA DE DEFESA!).

  25. Direita volver!

    Quem acompanha este blog desde sempre não teve dificuldade em constatar que o Nassif sempre manteve-se em “linha reta”, mantendo-se equidistante das posições mais extremadas, como se estivesse tentando agradar a gregos e troianos.

    Mas ultimamente tem feito um esforço para manobrar o blog para a direita.

    Só que os comentaristas não estão deixando-o à vontade para fazer esta manobra.

  26. Prezado Nassif
    Mas certamente

    Prezado Nassif

    Mas certamente os governos Petistas foram os únicos que tiveram a devida atenção para a recomposição salariais mínimas para  os funcionários públicos civis  e Trabalhadores Sindicalizados .Os quais sempre foram  tratados como “Buchas de canhão” salariais por outros governantes(PSDB-PMDB-FHC1&2) .E Política é Política , não total racionalidade econômica.

    1. Infantilidade do PT

      Distribuiu benesses com o chapéu alheio, agora terá de arcar com a responsabilidade de devolver à realidade da pobreza dilacerante do Brasil grande parcela da população que acostumou-se a ser mimada, com aumentos salariais sem contrapardidas e extipêndios públicos recebidos de forma graciosa.

      Acostumar com o bom é mole, ganhar dinheiro sem fazer esforço também, mas, dinheiro não dá em árvore, agora que a fonte secou o povo está se endividando, mas quando a dívida for impagável ai quero ver que cascata que o PT vai lançar para fazer o povo voltar a uma situação muito pior do que estava, pois não só não terá dinheiro, mas estará endividado até o último fio de cabelo.

      A solução será o PT sair do poder, na boa ou não e lançar a culpa da tragédia no sucessor.

      O PSB, com seu plano de governo irá tentar reverter a catastrófe anunciada acima, tarefa hercúlea, mas factível.

      1. Parabéns, Alexandre

         

        Você sabe criar direitinho um discurso de terror, exatamente esse que o post do Nassif critica. Já tentou emprego na grande mídia? Você tem futuro, viu? Continue following the money, following the power. Quem sabe um dia não chegue lá? 

  27. há que se falar do que o povo sabe da economia…

    se passei a poder comprar tudo o que sempre desejei intensamente, a economia vai muito bem, obrigado

     

    é assim que a grande maioria pensa, que tudo mais, incluindo bolsa, é cassino para especuladores

    1. Economia popular

      Exato, a decisão de gastar do povo é irracional e cooptada pela publicidade veiculada pela mídia.

      Em todos os lugares do mundo, talvez a Suiça seja a excessão,  ocorre a mesma coisa.

      Resumindo : DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL!

      1. Alexandre

         

        Você é mesmo um poço de contradições. Aqui você critica a “publicidade veiculada pela mídia”, mas continua com sua frase “Follow the money, follow the power”.

        “Em todos os lugares do mundo, talvez a Suiça seja a excessão, ocorre a mesma coisa.” Pois é, porque todo mundo “Follow the money, follow the power”.

  28. Prezado Nassif
    É simplesmente

    Prezado Nassif

    É simplesmente odiosa esta discussão retrógrada da época deVice Reis que se instaura NESTE PERÍODO PRÉ ELEITORAL  .È claro que se governar um País não exigir-se a sensibilidade Política PARA com o Eleitorado , COM AS DEVIDAS MODERAÇÕES COM O CAIXA DA NAÇÃO, bastaria colocar uma Troika do Mantega , Delfim Netto e a Diretoria do City Bank !. u implantar o sistema de partido único -comunismo .Mas as coisas não são assim nas Sociedadas Não Comunistas !. .Felizmente . E certamente o Brasil precisa de um Norte apropriado ao seu futuro, frente aos novos fatos globais pós 2008 e  que não comporta radicalismos e roubalheiras acintosas com o ..BNDeS, BB, Petrobrás (fundo Gávea?) , Eletrobrás , , etc…..E o problema não são salários minimamente dignos pagos no funcionalismo público civil federal (ou mesmo estadual e municipal) . MAS SIM ,A EXIGÊNCIA DA PRODUTIVIDADE REAL E EFETIVA dos funcionários públicos civis  NA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ESTADO . E NÃO A FALSIDADE IDEOLÓGICA PARA O COMETIMENTO DO PECULATO SISTÊMICO  QUE SE INSTAURA  NA NAÇÃOE A REVELIA DOS GOVERNOS  (E A DECISÃO DO STF SOBRE A LEGALIDADE DA DIVISÃO IGUALITÁRIA DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO  ??). ATÉ QUANDO ESTA IGNOMINIOSA PROCRASTINAÇÃO ILEGAL E CRIMINOSA ?.

  29. Mais problemas

    Existem mais problemas que os listados

    As agências reguladoras nao cumprem suas funçoes. Os regulados cooptam as agências e o consumidor paga o pato

    Os serviços públicos privatizados (notadamente as rodovias pedagiadas) nao representam diminuiçao da carta tributária (por ex do IPVA que supostamente serve para manter as estradas). Ou seja, há uma elevaçao da carga tributária sem a melhoria do serviço de uma forma geral.

    Esse aliás é um problema recorrente, pagamos mais por serviços privados (plano de saúde, educação, segurança) porque o serviço público tem qualidade mais baixa. E onde o serviço público tem mais qualidade (ex: universidades federais), quem entra é quem pode pagar educaçao básica de qualidade

    Justiça nao funciona. Ou melhor, só funciona em favor dos poderosos, que conseguem 2 HCs em 48x (um deles sem dar entrada nas instancias iniciais), ou ligados a governadores do PSDB. Enquanto o ser normal perde tudo esperando “o tempo da justiça”

    Esse por sinal ao meu ver é o maior problema. Antes de uma reforma politica o que o Brasil precisa é uma reforma da justiça, tornando-a celere e que resolva os conflitos, e nao que os empurre com a barriga até o lado fraco desistir.

  30. Nassif,
    Desinformação existe

    Nassif,

    Desinformação existe dos dois lados, e não de um só

    Em relação às contas públicas, você está minimizando o problema. A contabilidade criativa é sintoma, e não causa, do problema. E sintoma do governo do improviso, da falta de responsabilidade e de transparência.

    O fato é que dos 75 bilhões de superavit,  35 bilhões vieram de receitas atípicas (Libra e Refis) e talvez mais 20 bilhoes de manobra com o RAP (restos a pagar) 

    Há diversos questionamento sobre as contas públicas, especialmente da falta de transparência. Hoje, efeitvavemente, ninguém sabe direito quanto o governo está gastanto com subsídios e subvençoes, quais setores estão sendo beneficiados, quais os objetivos disso e resultados alcançados. 

    A política funcionamento efetivamente, um determinado grupo de interesse (poderoso) marca uma audiência com o ministro, barganha alguma coisa em troca de não demitir empregados (um blefe) e leva. Não há transparência e não são todos os grupos que tem acesso a tipo de expediente. 

    O fato é, o governo não faz ideia de como fechar a conta esse ano. O Arsenal da contabilidade criativa está se esgontando. Tentou repassar o emprestimo da caixa para o Eletrobras arcar com a RGR, e não deu. Tentou adiantar recebíveis futuros de ITAIPU, e não deu, e por aí vai

     

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