Privatizações vão continuar, “não adianta fazer greve”, declara Tarcísio

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Governador de São Paulo também classificou a greve do funcionalismo como política e "ilegal"

Tarcísio de Freitas (Foto: Isadora de Leão Moreira/ Governo do Estado de São Paulo).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na manhã desta terça-feira (28), que as propostas de privatização irão continuar, independente dos protestos do funcionalismo público do estado. 

As desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós vamos continuar tocando porque nós dissemos que faríamos isso. E a operação da Sabesp vai acontecer ano que vem, podem ter certeza disso”, declarou o político, em pronunciamento à imprensa. 

Trabalhadores de diversas categorias, incluindo professores estaduais, funcionários do Metrô, CPTM, Sabesp e Fundação Casa iniciaram os protestos à 0h de hoje. Esta é a terceira paralisação só esse ano e deve durar 24 horas.

Em nota conjunta, as entidades cobram diálogo com governo sobre os temas, como a “reestatização dos serviços públicos privatizados”, o fim das terceirizações e a reintegração de metroviários que foram demitidos após a última greve da categoria em outubro. 

Não adianta fazer greve, não tem o que ser negociado, não tem acordo, o governo vai continuar a fazer desestatizações e eles vão continuar discordando“, acrescentou o governador. 

Tarcísio também classificou a greve como política e “ilegal”. Segundo ele, um comunicado foi enviado aos funcionários determinando que 80% da operação no Metrô e CPTM fosse cumprida. A gestão estadual afirmou que irá penalizar os grevistas.

Estamos trabalhando para minimizar os impactos de mais uma greve ilegal e abusiva que tenta colocar a população refém de uma pauta política e corporativista. Uma minoria que não se constrange em impor prejuízo e sofrimento a milhares de trabalhadores por puro oportunismo. Não é só egoísmo, é irresponsabilidade e crueldade com quem depende do transporte público“, escreveu o governador, nas redes sociais. 

Justiça 

A Justiça do Trabalho determinou que 85% dos trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô deverão operar nos horários de pico:

  • Das 4h às 10h e das 16h às 21h na CPTM
  • Das 6h às 9h e das 16h às 18h no Metrô

Já nos outros horários, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou a operação de 65% nos serviços da CPTM e 60% no Metrô.

No caso de descumprimento, as multas previstas são de R$ 600 mil para os sindicatos dos ferroviários e R$ 700 mil para o dos metroviários.

A Justiça também se manifestou contra as catracas livres, alegando alto risco de tumultos nas estações.

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