PT entra com ação contra Moro por atentado ao patrimônio público e perseguição a desafetos políticos

Processo movido pelos deputados Rui Falcão, Natália Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta pede “reparação e ressarcimento ao erário público, por suas condutas atentatórias ao patrimônio e à moralidade administrativa”

O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Deputados do PT ingressaram nesta quarta-feira (27/4) com uma ação popular na Justiça Federal contra Sergio Moro (União Brasil-SP ou PR?), por supostos crimes que ele teria cometido durante seus tempos como juiz federal – antes de assumir como ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro.

A ação foi impulsionada pelos parlamentares Rui Falcão (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN), José Guimarães (PT-CE) e Paulo Pimenta (PT-RS). Eles acusam o agora político de manter “condutas atentatórias ao patrimônio e à moralidade administrativa, as quais tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional”.

Entre os argumentos que sustentam a acusação está o fato de que, segundo os acusadores, Moro “utilizou-se de sua posição de magistrado para perseguir seus desafetos políticos e abusar da autoridade que gozava para impulsionar um verdadeiro projeto pessoal, trazendo prejuízos de toda sorte ao país. O conflito de interesses foi a marca de sua atuação pública ao longo dos últimos anos”.

Na nota à imprensa em que difunde a informação sobre a ação iniciada nesta quarta, o PT afirma que “é chegada a hora de Moro reparar a sociedade por suas condutas”.

“O ex-juiz e ex-ministro obteve vantagens econômicas e políticas, como consequência de produzir um cenário de desestruturação econômica de altíssimo custo social em nosso país”, continua o documento.

A ação também conta com o apoio de diversos juristas, entre os quais está Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas. Segundo ele, “a pretexto de combater a corrupção Moro corrompeu nosso sistema de justiça e deixou no país um rastro luminoso de destruição e de miséria… com milhares de desempregos e prejuízos incalculáveis. Deve, portanto, responder pelos crimes que cometeu à frente da Lava Jato”.

Além de Marco Aurélio, a ação popular também é assinada pelos advogados: Carol Proner, Lênio Luiz Streck, Fabiano da Silva Santos, Weida Zancaner, Pedro Estevam Serrano, Gisele Guimarães Cittadino, Juvelino Strozake, Luciano Rollo Duarte, Larissa Ramina Reinaldo Santos de Almeida, Maíra Calidone Recchia Bayod, Álvaro Luiz Travassos de Azevedo Gonzaga, Marco Antônio Riechelmann Júnior, Luis Henrique Pichini Santos, Lucas Bortolozzo Clemente, Matheus Rodrigues Correa da Silva e Alfredo Ermírio de Araújo Andrade.

Redação

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