Toffoli pede perdão a Lula por ter impedido ida a velório do seu irmão

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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O episódio ocorreu durante a terceira cerimônia de diplomação para Presidente da República, na última segunda-feira (12)

Foto: Glenio Dettmar/CNJ

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um pedido de perdão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, sobre uma decisão que impediu o petista de comparecer ao velório de seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, quando estava preso em Curitiba. 

O episódio ocorreu durante a terceira cerimônia de diplomação para Presidente da República, na última segunda-feira (12), informou a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. 

Na ocasião, Toffoli se aproximou de Lula e relembrou o caso, pedindo perdão pela decisão. “O senhor tinha direito de ir ao velório”, disse o decano. “Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”, continuou.

Vavá morreu em janeiro de 2019, vítima de câncer. Na época, a defesa de Lula pediu autorização à Justiça para que o petista pudesse se reunir com familiares para a despedida, em São Bernardo do Campo (SP). 

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Juízes de instâncias inferiores negaram o pedido. A Polícia Federal (PF) também se manifestou contra e o caso foi parar na Suprema Corte. 

Foi então que Toffoli concedeu o direito de Lula se encontrar com a família em uma unidade militar em São Paulo, com a possibilidade de o corpo de Vavá ser levado até ele.

Lula recusou e já manifestou a diversos interlocutores que guarda mágoa da decisão.

Além disso, após a decisão de Toffoli, um diálogo entre procuradores da Lava Jato, divulgado pela Vaza Jato, deu novos contornos ao episódio.

Ao comentar o pedido de Lula, o procurador Januario Paludo, afirmou que “o safado só queria ir passear”, mesmo diante de um colega, o procurador Diogo Castor ponderar que “todos presos em regime fechado tem este direito”.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

5 Comentários

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  1. Perdoar é um dever cristão e uma virtude divina. Porém, o ato de desculpar é uma decisão humana e pessoal, ainda que o perdão já tenha sido concedido. Em minha avaliação, um ministro da mais alta corte, independente do flagrante direito que o réu possui, tem discernimento suficiente para separar um diteito legal e humanitário, de um ato de intolerância abusiva que encontra simpatia nos poderosos desafetos de um réu indefeso e vítima de alto grau de preconceito.

  2. O ministro do stfezinho foi covarde. como sempre.
    Agora vem pedir perdão em uma das maiores sacanagens já feitas ao PRESIDENTE LULA.
    Perto do LULA, todos aqueles que o perseguiram durante mais de uma década parecem todos micróbios insignificantes.

  3. O que Toffoli fez a Lula naquela oportunidade é imperdoável. Se tivesse vergonha na cara esse miniministro do STF não constrangiria a vítima do abuso pedindo perdão.

  4. 1) O Janu é um ser menor (inferior, diria amiga minha).
    2) Se o Toffoli pediu esse perdão na presença de terceiros pra mim já soa como absurdo. Se assim não foi, resta a possibildade dele ter informado à jornalista o ocorrido. Aí nem absurdo é mais, é surreal.

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