Mobilidade urbana e direitos humanos

Do blog O Mundo em Movimento

Transportes podem enfrentar problemas de direitos humanos

de Joel Leite

Bill Ford, presidente da Ford, acha que a mobilidade precisa ser repensada para o mundo evitar o “engarrafamento global”.

O presidente da Ford, Bill Ford, quer repensar o desenvolvimento dos veículos porque acredita que o transporte do futuro poderá desencadear problemas de direitos humanos na sociedade.

As previsões dão conta de que em menos de 40 anos – por volta de 2050 – o mundo deverá ter nove bilhões de habitantes e quatro bilhões de veículos rodando nas ruas, isto é: quatro vezes mais do que o bilhão de veículos que transitam atualmente pelo planeta.

O dirigente acha que diante desses números astronômicos, supõe-se que as dificuldades começam a aparecer e poderão se converter em problemas de direitos humanos.

Um exemplo de situações de risco causadas pelo grande número de veículos foi a situação criada com os enormes congestionamentos que causaram problemas durante semanas com milhares de chineses na autopista que liga Pequim ao Tibet, em 2010.

Para Bill Ford este engarrafamento é apenas a ponta do iceberg do que podemos nos deparar no futuro. Ele acha que o sistema de transporte precisa ser repensando para o mundo evitar o provável “engarrafamento global”.

O presidente da Ford diz que, diante disso, a indústria tem que estar disposta a aceitar outras formas de transporte que não as tradicionais.

Bill Ford, bisneto do fundador da empresa, fez essas declarações durante a conferência Go Futher with Ford, com a participação de especialistas do setor, desenhistas, estudiosos e meios de comunicação para tratar das tendências do futuro do mundo automobilístico.

Ford, que foi classificado como “comunista verde” quando chegou à Ford há 30 anos, revelou que muitas vezes pensou em jogar a toalha e deixar a empresa pela resistência que encontrou em aceitar políticas mais ambientalistas.

Luis Nassif

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