Previdência Social tem déficit de R$ 5 bilhões em novembro

Jornal GGN – A Previdência Social apresentou um déficit de R$ 4.983,8 milhões em novembro, conforme divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da Previdência Social (MPS). Este resultado é 12,3% menor em relação a novembro de 2012 e foi devido a uma arrecadação de R$ 25,674 bilhões e despesa com pagamento de benefícios de R$ 30,658 bilhões. Estes resultados incluem tanto o setor urbano (empregados, domésticos, contribuintes individuais, facultativos) quanto o setor rural (empregados rurais, trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, pescador artesanal e índio que exerce atividade rural).

No acumulado do ano até novembro a Previdência tem déficit de R$ 56,307 bilhões, resultado da diferença entre uma arrecadação de R$ 270,044 bilhões e R$ 326,351 bilhões de despesas. O déficit teve um aumento de 9,9% em relação ao acumulado de janeiro a novembro de 2012.

O setor urbano registrou superávit de R$ 2,4 bilhões no mês de novembro e representa o novo superávit no ano; resultado de uma arrecadação de R$ 25,2 bilhões, a melhor da série histórica e uma despesa com pagamento de R$ 22,8 bilhões. No acumulado do ano até novembro o superávit do setor é de R$12,9 bilhões.

Enquanto isso, o setor rural teve déficit de R$ 7,4 bilhões, 4,4% superior à necessidade de financiamento registrada em novembro do ano passado. Isso porque a arrecadação do setor rural foi de R$ 499,3 milhões em novembro e a despesa com pagamento de benefícios foi de R$ 7,9 bilhões; um aumento de 4% em relação a novembro de 2012. Segundo a Previdência Social, “o crescimento na despesa pode ser explicado pelo último pagamento da metade do 13º salário dos beneficiários com renda mensal de até um salário mínimo. O gasto adicional foi de R$ 1,5 bilhão na clientela rural”.

Quanto aos benefícios, a Previdência pagou 31,053 milhões de benefícios em novembro, um aumento de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Deste resultado 17,5 milhões são de aposentadorias.

O valor médio destes benefícios pagos foi de R$1.004,01, entre janeiro e novembro de 2013. Houve crescimento do ticket médio de 16,8% em relação ao mesmo período de 2006. Entretanto, 69,3% dos benefícios pagos em novembro de 2013 tinham valor de até um salário mínimo.

Redação

2 Comentários

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  1. Acho que até é justa a ideia

    Acho que até é justa a ideia de separar a previdência social da assistência social, mas para isso temos que ter separação de fato. O que eu chamo de fato? Vamos separar recursos e fontes de financiamento. Sendo a previdência urbana superavitária (coisa recente), que ela comece a acumular recursos para o futuro: causando aumento de benefícios ou redução da contribuição.

    Para a previdência rural (ou assistência social), que se defina os critérios mais claramente e principalmente qual a fonte de custeio. Dessa forma fica claro quem está pagando essa conta e qual o seu montante. Enquanto isso não acontece, a previdência continuará sendo classificada como deficitária e continuará sendo um dos principais gastos do país. Isso porque ainda temos um nível de renda baixo. Esse tema tem que ser tratado com muito mais seriedade, ou senão a próxima geração pouco poderá esperar.

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