Para PSOL, Dilma sancionou “lei da mordaça” e excluiu partido dos debates na TV

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Ex-candidatos do PSOL reagiram à decisão de Dilma Rousseff (PT) em sancionar a minirreforma política aprovada pela Câmara há algumas semanas sem veto à regra que restringe a participação de legendas menores em debates televisivos. Pelo texto aprovado pela presidente, apenas partidos com ao menos 9 deputados federais eleitos têm direito a espaço nos debates. Dessa maneira, o PSOL, que possui bancada com cinco deputados federais e 10 estaduais, será prejudicado.

Em sua página oficial no Facebook, a ex-presidenciável Luciana Genro afirmou que Dilma sancionou a “lei da morçada”, uma “lei reacionária votada pela Câmara dos Deputados cujo objetivo é excluir o PSOL dos debates de TV durante as campanhas eleitorais”. Assim, a presidente “entra para a história como um governo que atacou os direitos políticos da esquerda socialista. Mostra assim que seu governo responde aos interesses das burguesia, mais especificamente aos interesses da Rede Globo e da fração mais corrupta do PMDB organizada em torno de Eduardo Cunha”, disparou.

Cientes de que a derrota estava a caminho, o PSOL buscou lideranças do PSDB e do PT para tentar conquistar os votos necessários para impedir essas novas restrições ainda na fase de tramitação do projeto no Legislativo. Luciana Genro foi recebido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que prometeu ajudar pressionando a bancada de senadores tucanos. Mas a última análise da proposta foi aprovada na Câmara.

Dessa maneira, o artigo 46 da Lei de Eleições ficou assim: “Independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei, é facultada a transmissão por emissora de rádio ou televisão de debates sobre as eleições majoritária ou proporcional, sendo assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação superior a nove Deputados”.

Gilberto Maringoni, ex-candidato ao governo de São Paulo, afirmou nas redes sociais que a “contrarreforma política mantém o caráter elitista do sistema eleitoral brasileiro”. Ele também revelou que o ex-presidente Lula não recebeu o PSOL. A lengenda tentou pedir que Dilma vetasse a norma. “O PSOL procurou falar com Lula, para que ele tentasse convencer a mandatária a não assinar esse esbulho. Ele protelou, protelou e não recebeu o partido. Não respeitam a democracia.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

23 Comentários

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    1. Esquerda que não seja socialista não existe, porém …

      Esquerda que não seja socialista não existe, porém esquerda não marxista existe sim.

      Aliança Liberal, algumas vezes coloca algumas provocações que mostram o teu desconhecimento da história e da realidade política internacional.

      Existe no mundo dezenas de partidos socialistas não marxistas.

    2. vai estudar o que é ‘aliança de esquerda’.

      Já ouviu falar do anarquismo?? Seu nivel de conhecimento da politica é realmente espantoso….

      Alguns nomes para voce estudar: Malatesta, Emma Goldman, Kropotkin, Bakhuni.

       

  1. Francamente…. Na TV,

    Francamente…. Na TV, Luciana Genro só não é irrelevante quando se propõe a ser humilhada pelo Danilo Gentili.

    Vai quebrar coquinho Luciana, quem sabe assim você cresce e aparece como a Marina Silva.

    Ha, ha, ha…

    1. Não seja idiota Fábio. A

      Não seja idiota Fábio. A esquerda podia mostrar mais inteligência. Infelizmente vocês não estão só destruindo o PT, estão destruindo a própria esquerda. 

      1. Quando o governo do PT acabar

        Quando o governo do PT acabar – e vai acabar mais cedo ou mais tarde – vão pedir penico para a esquerda, isso os que não se locupletarem com a direita que não se disfarça de esquerda ou com a que se disfarça de ‘nova politica’ (já tem gente do PT pulando na rede..). Imagino como serão ‘recebidos’…

  2. Essa senhora deve agradecer

    Essa senhora deve agradecer isso a ela mesma e sua esquerda débil. Não foi  essa senhora e seu partidinho de aluguel da direita que proporcionou esse congresso? Vá catar coquinhos, senhora desiquilibrada. Junte-se a do avião sem dono, da adoradoda do cunha e do renan, a oportunista que,  no mensalão, adorava aparecer sentado no colo e de beijos com ninguem mesnos que o maior coronel nordestino! Mulheres oportunistas que apenas envergonharam e ajudaram a  enfraqueceram a esquerda. Esse senhora NUNCA foi de esquerda, ela é qualquer coisa onde possa berrar sua doentia utopia. Nunca realizou nada que ajudasse esse país e sua democracia. Porra loca! Desculpe, mas to com nojo de tanta falsidade, mediocrudade, de traidores desse meu país.

  3. O recém-criado “Rede

    O recém-criado “Rede Sustentabilidade”, encabeçado pela não-esquerdista e não-direitista, mas “sustentabilista e progressista” – segundo palavras da própria  Marina Silva – só terá nove cadeiras na Câmara Federal se conseguir contrabandear dos partidos existentes, deputados que se elegeram por outros partidos, como o PT e o próprio PSOL. Será essa a razão do frenesi e pula-pula de parlamentares para o novo partido da ambientalista parceira do Itaú?

    A presidente deveria vetar trecho da lei que restringe a participação de partidos pequenos nos debates televisivos. No mérito, concordo com Luciana Genro. Mas o que o PSOL, a ex-candidata do partido à presidência da república e os líderes desse partido estão sentindo na carne é o preço do ressentimento e da acidez da crítica que passaram a fazer, após se tornarem dissidentes do PT e formar o partido de extrema-esquerda, que sabemos ser inviável para a conquista de executivos estaduais e federal. Se não ganharem musculatura e conseguirem representação parlamentar significativa, PSOL e PSTU terão vida curta.

    1. Ói, ói,
      Defensor de partido

      Ói, ói,

      Defensor de partido parceiro do Bradesco, cujo até um “foncionário” o banco lhe cedeu, acusando partido adversário de ser parceiro do Itaú.

      É muita desavergonhação na cara.

       

      1. Um pouco de educação e bom

        Um pouco de educação e bom senso são necessários aos que pretendem debater algum tema. Sempre fui e sou defensor de partidos, de idéias, de projetos políticos, de ideologia. A Política, como a própria etimologia da palavra demonstra, significa “habilidade para negociar e harmonizar interesses diferentes”. É por essa e outras razões que a prática política sempre apresenta algumas contradições.

        Se você é um sujeito bem informado, que lê, estuda e compreende as ciências humanas (dentre elas a Sociologia, a História e a Política) deve saber que boa parte dos que ocuparam ministérios da área econômica (Fazenda e Planejamento, principalmente) trabalhava na área financeira. Só pra exemplificar: Pedro Malan, Delfim Neto, Mailson da Nóbrega, Mário Henrique Simonsen trabalharam no setor financeiro. Portanto não é novidade que executivo de banco seja convidado para o Ministério da Fazenda.

        Se você lê com atenção os que comentários escrevo, já deve ter observado mais de uma vez que sou um dos mais ferrenhos críticos da equipe econômica do governo Dilma (ministros Joaquim Levy, da Fazenda, Nelson Barbosa, do Planejamento e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini). Mais de uma vez sentenciei que a presidente já deveria ter demitido todos eles. Considero incompatível com o programa de governo apresentado pela então candidata – e pelo Partido dos Trabalhadores – a indicação de uma equipe econômica que representa o neoliberalismo mercadista. Portanto sua crítica agressiva a meu comentário denota uma das duas coisas: 

        1ª) ignorância: se você não lê as críticas que faço ao governo e à equipe econômica (e se critico o governo, a crítica também é extensiva ao partido pelo qual a presidente – que ocupa o governo – se elegeu);

        2ª) má-fé: se você lê e acompanha meus comentários e mesmo assim, por falta de argumento, prefere adjetivar os que escrevem comentários com os quais você não concorda.

        É preciso usar a racionalidade, o equilíbrio e o bom senso. E ter respeito pelo outro, mesmo que dele se discorde. Se você discorda do comentário, critique o comentário e as idéias nele expressas. Não sou eu o objeto da discussão. A outros leitores não interessa o que você pensa sobre mim. Jamais escrevi um texto desrespeitoso, com expressões chulas ou adjetivos desqualificadores da cidadã Marina Silva. Faço críticas à figura pública dela, às declarações públicas que ela faz, à atuação pública dela, às incoerências e inconsistências que vejo nela, ao oportunismo que percebo em algumas decisões políticas tomadas pela ex-senadora. Você e eu temos o direito de criticar pessoas públicas, mas nenhum de nós tem o direito de ofender outro leitor ou debatedor de cujas idéias e convicções políticas discordemos.

         

  4. Ué , vai reclamar com o pessoal da oposição

    Não foi ela que esses dias atrás foi abraçar o FHC e sua turma? Esse pessoal tá muito oportunista. Se junta à oposição para ferrar o governo , e agora que foi aprovado um projeto que a oposição gosta ela joga a culpa no Governo.

    Vai cobrar essa sua derrota junto à oposição que você tanto gosta

  5. Pois eu acho que o debate

    Pois eu acho que o debate mesmo se dá é na rede e nos blogs independentes. Assisti poucos debates nas últimas eleições. O nível estava muito ruim. Quem tiver idéias comece agora a debater seu programa. É daqui que pode sair coisa boa, não mídia corporativa caindo de podre. E daqui que os partidos e candidatos convencerão os eleitores a doar para suas campanhas. E os blogs que preparem seus especialistas e convidados para analisar as propostas. Está aberta a temporada eleitoral de 2016 e pré-eleitoral de 2018.

    1. Comentário atilado e sábio.

      Comentário atilado e sábio. Sepultada a manobra de Eduardo Cunha para encher as burras dos políticos da estirpe dele, partidos e candidatos deverão se voltar ao povo, aos eleitores. E o debate democrático não ocorrerá na TV ou no Rádio, mas nos blogs independentes.

  6. Ah dá umm tempo !
    Esses

    Ah dá umm tempo !

    Esses partidos de esquerdas ficam detonando o governo e turbinando a direita.

    Esses bobocas não percebem que se o governo cair, cai toda a esquerda.

    Sai fora !

  7. basta fazer o que Golbery e

    basta fazer o que Golbery e turma sempre  sonhou: todo que se diz esquerda  ir para o petismo, pois se assim for, esse não  precisará mais de juntar com corrupto para ganha eleição.

  8. Voltar a militancia de base

    Não sou a favor obviamente da ausencia dos partidos com pouca ou nenhuma representação parlamentar nos debates. Mas isso pode levar a que uma grande parte da esquerda abandone certas táticas. Não acho que se deva abandonar a tática parlamentar, mas acho que ela não deve ser um fetiche para os partidos de esquerda. Quando isso acontece, o que é meio – as eleições, o parlamento – se torna fim. As bases são abandonadas e os partidos se tornam partidos de gabinete. Em boa parte isso foi o que aconteceu com o PT. E o PSOL corre também esse risco. A esquerda sempre teve que lidar com adversidades, e é preciso ter flexibilidade de táticas e transformar adversidades em ganhos. Talvez, a maior dificuldade em adotar a tática parlamentar possa ser uma oportunidade para boa parte da esquerda voltar ao trabalho de militancia junto as bases – que sem ter direção ( no sentido de para onde ir)  acabam indo para o desepero, a apatia e movimentos populista de direita -, em lugar de privilegiar as negociações de gabinete e a tela da Globo.

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