CoronaVac será prejudicada e ficará restrita a crianças, determina Ministério da Saúde

A vacina CoronaVac será prejudicada pela decisão do governo Bolsonaro de acabar com o estado de emergência sanitária da Covid-19 no país

Ministro Marcelo Queiroga – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A vacina CoronaVac será prejudicada pela decisão do governo Bolsonaro de acabar com o estado de emergência sanitária da Covid-19 no país. Aprovada para uso emergencial, o imunizante seria automaticamente interrompido. O governo pede, agora, à Anvisa que o seu uso fique restrito às crianças.

A CoronaVac foi a primeira vacina produzida no Brasil, pelo Instituto Butantan, com material e tecnologia enviados pela China e incentivado pelo governo do estado de São Paulo. Inicialmente menosprezada pelo governo Bolsonaro, o imunizante obteve reconhecimento internacional de qualidade e segurança contra o avanço da Covid-19 em pacientes.

Outras vacinas não produzidas no Brasil, por outro lado, foram privilegiadas pelo governo Bolsonaro, como é o caso da Pfizer, Janssen e AstraZeneca. Os três imunizantes, inclusive, obtiveram o registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), enquanto que a CoronaVac obteve somente o uso emergencial.

Com a decisão do governo de derrubar o estado de emergência sanitária no país, o uso da CoronaVac ficaria, automaticamente, impedido. “Vamos ter que interromper a vacinação com a CoronaVac”, havia dito o secretário-executivo do Comitê Científico de São Paulo, João Gabbardo, em entrevista à CBN nesta segunda (18).

“Como não tem registro definitivo, o uso dela está amparado na regulamentação da Anvisa que permite seu uso em caráter emergencial. Então, certamente, a Anvisa deverá rever agora esse processo e se posicionar em relação a isso. Nós imaginamos que tenhamos o bom senso da Anvisa para que a vacina possa continuar sendo usada regularmente”, continuou.

Entretanto, contrariando a expectativa do comitê científico, o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro decidiu pedir à Anvisa que autorize o uso definitivo da CoronaVac, mas restrito a crianças e adolescentes de 5 a 18 anos.

Dessa forma, a produção do imunizante chinês no Instituto Butantan ficaria prejudicado. A pasta já fez o pedido à Agência, conforme informou o próprio ministro Marcelo Queiroga, na manhã de hoje (18).

Contrariando resultados internacionais já publicados, o ministro disse não haver “evidências científicas suficientes” para que a CoronaVac tenha o registro definitivo. Mas, em sua opinião, “eu penso e é um consenso em países que tem agências regulatórias do porte da Anvisa, ele não é usado para o esquema vacinal primário”.

Diversos países utilizam a CoronaVac como imunizante das duas primeiras doses contra a Covid-19.

Segundo Queiroga, a determinação da Anvisa deverá ser publicada até quarta-feira (20) e terá um prazo de 30 dias para entrar em vigor.

Redação

2 Comentários

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  1. Espero que o Estado de São Paulo entre na justiça contra esse absurdo.
    Há pessoas que não podem tomar nenhuma outra vacina que não seja a Coronavac.

  2. Essa vá.cina é mais confiável q aquela q PFIZERAM de tecnologia
    rna experimental com nanotubos e etc…OBS.: NECESSÁRIO É DENUNCIAR OS LABORATÓRIOS QUÍMICOS DA UCR ANTES DA PRÓXIMA “PANDEMIA”O OCIDENTE FICARÁ MUITO MUITO PUTIN DA VIDA !!!!

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