Coronavírus: Cidades italianas lutam sob bloqueio, relata The Gu

Jornal GGN – É surreal, diz manchete do jornal inglês The Guardian, sobre cidades italianas lutando sob bloqueio e estigma do coronavírus. Segundo a matéria, as cidades em quarentena estão se deteriorando e alguns dos infectados dizem que estão sendo estigmatizados no pior surto de vírus ocorrido na Europa.

Na noite de quinta-feira, 5, 3.858 casos haviam sido detectados em uma ação agressiva do governo para teste do vírus. Desse número, 148 pessoas morreram e 414 se recuperaram. Dos infectados, 1.790 estão no hospital – com 351 em terapia intensiva – e 1.115 estão se recuperando em casa.

Onze cidades estão bloqueadas – 10 na Lombardia e uma em Veneto – e as escolas foram fechadas em todo o país, enquanto o governo luta para conter um vírus em ambiente cheio de incógnitas.

As histórias vão dos relatos tranquilizadores até o sofrimento. Os mortos são enterrados rapidamente, sem cerimônia, para mitigar o risco de infecção. Os vivos estão cautelosos com aqueles que apresentam a menor tosse.

A situação é mais aguda nas áreas em quarentena. Em Castiglione d’Adda, uma cidade com 4.600 habitantes na Lombardia, 18 pessoas morreram nas últimas duas semanas e 121 habitantes estavam infectados. Com três dos cinco médicos da cidade em quarentena e dois hospitalizados com o vírus, não há ninguém para cuidar dos doentes em casa.

Com 1.777 casos confirmados até quinta-feira, a Lombardia é a região mais afetada, seguida por Emília-Romanha (658) e Vêneto (380). Até agora, o número de pessoas infectadas nas outras 17 regiões da Itália totaliza 481. Até agora, a Itália testou 32.262 pessoas.

O turismo também foi drasticamente afetado, mesmo fora das zonas de surto. Veneza está vazia, assim como Milão e Roma. Turistas cancelaram viagens e várias companhias aéreas suspenderam voos. O setor de turismo poderá amargar perdas de 7,4 bilhões de Euros. Todos os principais eventos esportivos serão a portas fechadas até o dia 3 de abril.

Com informações do The Guardian.