Coronavírus: mortes aumentam na China e países fazem de tudo para evacuar cidadãos

O número subiu para 170, acima dos 132 do dia anterior, com aumento de 29%. O número de casos confirmados na China agora é de 7.711, contra 5.974 no dia anterior.

Jornal GGN – Em um dia houve o maior salto nas mortes por coronavírus. O número subiu para 170, acima dos 132 do dia anterior, com aumento de 29%. O número de casos confirmados na China agora é de 7.711, contra 5.974 no dia anterior.

A província de Hubei apresentou 162 mortes, ou 95% de todos os casos, e é onde Wuhan está localizada. Das novas mortes, 37 ocorreram em Hubei, e uma na província de Sichuan, no sudoeste.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) que, num primeiro momento, minimizou a gravidade do vírus, alertou todos os governos a ‘estarem alertas’, e seu comitê de emergência deve se reunir ainda hoje para decidir se deve declarar uma emergência de saúde global.

Os EUA e Japão começaram a retirar cidadãos, e outros países estão prontos para enviar voos fretados para Wuhan, sendo que existem relatos de que algumas evacuações foram interrompidas por atrasos na obtenção de permissão das autoridades chinesas.

Desses relatos, o de um voo britânico com 200 cidadãos não pode decolar como planejado.  A Austrália ainda não obteve permissão do governo chinês para evacuar centenas de seus cidadãos, e a Nova Zelândia lançou uma missão de resgate separada, mas o cronograma não está claro.

França, Coréia do Sul e outros países também estão retirando seus cidadãos ou fazendo planos para isso. Cerca de 250 cidadãos franceses e outros 100 europeus devem sair de Wuhan a bordo de dois aviões franceses.

O surto já está impactando as companhias aéreas, que suspenderam os serviços na China. Outras empresas, como Toyota, Ikea, Foxconn, Starbucks, Tesla e McDonald’s congelaram temporariamente a produção ou fecharam um grande número de pontos de venda na China. A Associação Chinesa de Futebol adiou todos os jogos nacionais.

Quase 200 cidadãos dos EUA, evacuados em Wuhan nesta quarta-feira, passam por três dias de testes e monitoramento em uma base militar no sul da Califórnia para garantir que não estão contaminados.

No Japão, três dos 206 repatriados apresentaram resultado positivo para o coronavírus, elevando para 11 o número de casos confirmados no país. Um segundo grupo de 210 japoneses chegou a Tóquio nesta manhã.

O Japão está negociando um terceiro avião com o governo chinês para repatriar cerca de 300 pessoas, provavelmente no final desta quinta-feira.

As autoridades japonesas defenderam a decisão de não forçar uma quarentena aos seus repatriados que chegam de Wuhan, ao contrário de Austrália, Coréia do Sul, Cingapura e Nova Zelândia, que definiu um período de duas semanas aos evacuados, independentemente de apresentarem sintomas.

O Japão classificou o vírus como uma “doença infecciosa designada”, o que significa que será permitido colocar em quarentena à força aqueles que apresentam resultados positivos, mas a medida não pode ser legalmente implementada até 7 de fevereiro.

A emissora pública NHK disse que a medida também permitirá que funcionários de aeroportos e portos instruam as pessoas suspeitas de portar o vírus a serem testadas, com multas aplicadas a quem recusar.

Os acordos de quarentena provocaram raiva na Coréia do Sul, onde manifestantes usaram tratores para bloquear o acesso a instalações para 700 pessoas que retornavam de Wuhan às cidades de Asan e Jincheon, ao sul de Seul.

Nesta quinta-feira, estão planejados até quatro voos de evacuação da Coréia do Sul.

Os casos no Japão incluem duas pessoas que se acredita terem contraído o vírus por transmissão homem-a-homem – um motorista de ônibus na faixa dos 60 anos que levou turistas de Wuhan duas vezes este mês e uma guia feminina de 40 anos que trabalhou ao lado dele. Nenhum deles viajou para o exterior no mês passado, disse a NHK.

O primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, disse estar preocupado com a possibilidade de a exclusão de Taiwan da OMS prejudicar a capacidade da região de coordenar uma resposta.

Falando no parlamento nesta quinta-feira, Abe disse que Taiwan, cuja participação na OMS foi bloqueada pela China e seus aliados diplomáticos, deve ser admitida no órgão. “Será difícil manter a saúde de toda a região e impedir a infecção se [Taiwan] for excluído”, afirmou a agência de notícias Kyodo.

As autoridades de Taiwan, onde oito casos foram confirmados, proibiram os residentes da província de Hubei de entrar na ilha.

Com informações do The Guardian.

Redação

1 Comentário

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  1. A China colocou uma cidade de 11 milhoes de humanos em quarente e esta construindo hospitais em 48 horas
    No Brasil do desmonte patrocinado pelos ignorantes golpistas, as vitimas sao encaminhas ao postinho de saude da esquina

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