Uma pesquisa publicada na revista Journal of Critical Care apontou que 12% dos pacientes do Hospital das Clínicas, em São Paulo, entre outubro de 2017 e outubro de 2018 tiveram de ser internados na unidade de terapia intensiva (UTI) depois de enfrentarem erros hospitalares.
O estudo foi realizado por médicos intensivistas, que acompanharam 510 internações durante um ano, a fim de identificar se a ida para a UTI estava relacionada a algum evento adverso, como são conhecidos tecnicamente os erros médicos ou hospitalares.
Entre os eventos adversos estão: erros médicos, falta de insumos, perfurações acidentais, dosagens erradas, procedimentos mal sucedidos, exposição a líquidos contaminados, perfurações acidentais, objetos deixados dentro do corpo e demais processos inadequados.
Os pesquisadores constataram que, no período de um ano, 62 pacientes (o equivalente a 12,1%) tiveram de ser internados na UTI em decorrência de um evento adverso, sendo que 70,9% desses casos poderiam ser prevenidos ou evitados.
O principal erro hospitalar que prejudicou a saúde dos pacientes estava relacionado aos procedimentos (35,5%), a exemplo de complicações relacionadas a cirurgias, endoscopias ou passagem de cateteres. Em seguida, as infecções hospitalares levaram 33,9% dos pacientes para a UTI.
Reações alérgicas ou efeitos colaterais relacionados a medicamentos foram responsáveis pela piora de 22,6% dos pacientes. E problemas de infraestrutura dos hospitais, como atraso ou falta de métodos de diagnóstico ou de tratamento impactou a saúde de 8,1% dos pacientes que sofreram eventos adversos.
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