Queiroga se esquiva de vazamento de dados de médicos: “não sou fiscal”

Depois que bolsonarista propagou dados, ministro da Saúde diz que pasta não tem responsabilidade sobre divulgação

Ministro de Estado da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Jornal GGN – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se esquivou de comentar o vazamento de informações de três médicos pró-vacinação infantil, que estavam nas mãos da pasta, pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL) para grupos contrários à imunização.

“Sou ministro da Saúde, não sou fiscal de dados do ministério”, disse Queiroga, segundo o jornal O Globo.

“Quem divulgou? A deputada Bia Kicis, você tem que questionar ela. Aliás, os conflitos de interesse de qualquer um que participa de discussões relativas a políticas públicas eles têm que ser declarados e eles têm que ser publicizados, que é para as pessoas saberem”, ressaltou o ministro.

Para Queiroga, o vazamento das informações não é responsabilidade do ministério, uma vez que a audiência pública sobre a vacinação de crianças contra covid-19 ocorreu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.

Os pediatras Isabella Ballalai e Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tiveram seus dados pessoais divulgados por grupos ligados ao movimento antivacina por defenderem a vacinação infantil contra a covid-19.

A deputada bolsonarista admitiu que os documentos em questão foram compartilhados pelo Ministério da Saúde “sem restrições” e, posteriormente, enviou para um grupo de WhatsApp – mas negou ser responsável pelo vazamento.

Redação

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