O boicote do Copom

Em pleno entusiasmo pelo lançamento do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) o Copom decide reduzir o ritmo de queda da taxa Selic para 0,25. Três dos oito membros votaram por uma queda maior. Estava claro que o lançamento do PAC poderia impor uma nova agenda à discussão pública, acabando com esse discurso monocórdico de sempre recriar fantasmas para justificar juros altos.

Havia duas leituras para a decisão. A primeira, é que teve o objetivo de confrontas as intenções do PAC. A segunda, é que teria sido uma decisão correta, no plano técnico, e errada no plano político. Se não havia consenso nem entre os membros do Copom, porque não manter o 0,5 porcento e, se fosse o caso, reduzir o ritmo nas próximas reuniões.

Agora está claríssimo que esse 0,25 foi um erro técnico, o que agrava a intenção política. Só a certeza da plena impunidade permite que em cima de visões desleixadas da economia, esses técnicos pudessem cometer erro tão clamoroso.

O mercado já diagnosticou o erro ao não perceber o aumento de demanda apontada pelo BC e começar a derrubar os juros longos por conta própria.

Como é que fica agora? O BC não errou a previsão (que pressupõe tengtar adivinhar o futuro); foi erro na leitura da realidade. Sua decisão começou a derrubar as taxas do dólar poucos dias depois.

Repito: como fica? Como ficam esses discursos apontando o BC como “último baluarte da racionalidade”? Como fica essa lógica capenga de considerar que toda ortodoxia é virtuosa, sem saber separar a boa ortodoxia da ortodoxia incompetente?

Luis Nassif

31 Comentários

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  1. Caro Nassif,
    Uma das melhores
    Caro Nassif,
    Uma das melhores coisas que tem acontecido no governo Lula é perda gradual da influência do setor econômico. Durante o governo FH os economistas (entenda-se ministro da fazenda e presidente e diretores do banco central) eram praticamente deuses dos quais dependia toda o sobrevivência do país. Aos poucos, pricipalmente após a saída do Pallocci (o médico que virou economista, ou melhor, uma versão atual de Dr. Jackill e Mr. Hyde), a população começou a perceber que o país é muito mais forte do que eles. Agora, felizmente, o último bastião de resistência destes economistas (o COPOM) parece estar ruindo.
    Acho que tempos melhores virão!

  2. Oi Nassif, não endendo de
    Oi Nassif, não endendo de economia, mas não precisa entender muito para ver que há uma contradição nisso tudo. O PAC não é para acelerar a economia? Juros altos não trava a economia? Então porque desacelerar a queda dos juros?
    E que história é essa do governo fazer caridade com a Bolivia na questão do gás. Vi ontem no Jornal da Globo o Lula explicando a caridade: como brasileiro, fiquei constrangido com aquela desculpa esfarrapada. 100 milhões de doláres de gastos a mais para a Petrobás em nome de uma caridade.
    Meu Deus, pra onde estamos indo???

  3. Nassif, só complementando meu
    Nassif, só complementando meu comentário anterior, a Fiesp enxerga isso (copiei notícia do Estado de hoje, que copio abaixo).
    Sò não entendo pq ninguém age com força.

    Desculpe a insistência e a ousadia.

    abc
    WM

    Fiesp diz que BC marcou território ao definir Selic
    Em documento ao qual o ‘Estado’ teve acesso, entidade compara o Copom aos lobos e diz que BC atrapalha o projeto de crescimento do País

    Marcelo Rehder

    A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) vê motivação política na decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) de reduzir o ritmo de queda dos juros básicos (Selic). Em documento obtido com exclusividade pelo Estado, a entidade afirma que a decisão foi uma tentativa do BC de preservar a sua hegemonia na definição da política econômica do País.

    ‘Como os animais marcam território, o BC utilizou a definição da Selic para defender a posição conquistada no primeiro mandato do presidente Lula’, diz a Fiesp. O texto faz comparações com o comportamento de cães e lobos. ‘Quando dois grupos disputam o mesmo território, ambos uivam para intimidar o grupo opositor’.

    Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o BC tem sido um obstáculo para o desenvolvimento prometido pelo presidente Lula. Segundo ele, os responsáveis pelo BC têm como missão o controle da inflação, mas não estariam tendo a visão maior de criar condições para o crescimento do País.

    ‘Cabe ao presidente da República adequar a linha do BC às intenções do governo como um todo’, afirma Skaf. ‘ Volto a dizer que o presidente Lula é maestro de uma orquestra onde não é possível ter um dos músicos desafinando na execução da sinfonia do crescimento.’

    Em 24 de janeiro, dois dias depois do lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Copom decidiu reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual (para 13% ao ano), interrompendo a seqüência de 11 cortes de 0,5 ou 0,75 ponto porcentual.

    Na apresentação do PAC, o presidente anunciou um novo período, que seria marcado pelo desenvolvimento e o retorno do otimismo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a fazer um apelo ao presidente do BC, Henrique Meirelles, para acelerar a redução dos juros.

    ‘O BC reafirmou a um e outro que não queria abrir mão do que conquistou’, afirma a Fiesp. ‘Nem otimismo nem queda de juros – o território conquistado tem que ser mantido’.

    Para a entidade, a primeira conseqüência é que fica, mais uma vez, retardada a retomada do crescimento. A Fiesp projeta crescimento de apenas 2,7% para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no País) em 2006 e de ‘meros’ 2,8% para a produção física da indústria brasileira. ‘Num momento em que o governo tenta coordenar um esforço no sentido de buscar mais crescimento, o BC opta por arrefecer esse processo.’

    O documento aponta que a trajetória mais lenta de queda da Selic também pode ter contribuído para a forte valorização do real nos dias que sucederam o anúncio da Selic. ‘A decisão foi contra as previsões da maior parcela do mercado financeiro, que pode ter reavaliado as posições e contribuído para valorizar o câmbio’.

    A argumentação da ata do Copom para justificar o corte tímido dos juros é fraca, segundo a entidade. A preocupação com a demanda doméstica, por exemplo, não se justificaria diante da evolução recente dos indicadores de emprego e crédito. ‘O crescimento da demanda pode ser qualificado, no máximo, como modesto e não robusto, como cita o Copom.’

    A Fiesp ainda rebate a fundamentação sobre as ‘incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária’. Nesse caso, o argumento do Copom é que uma parcela importante dos efeitos dos cortes de juros ainda não se refletiu no nível de atividade. Dessa forma, seria necessário ter cautela para que se possa analisar o impacto da redução já efetivada dos juros no nível de atividade dos próximos e meses.

    ‘Surpreende o fato de o Copom não considerar que tanto a inflação corrente quanto a expectativa de inflação do mercado para os próximos 12 meses situam-se em níveis muito inferiores à meta de inflação.’

    Sobre a preocupação do BC com a redução da distância entre os juros correntes e o de equilíbrio a médio prazo, a Fiesp diz que ela ainda é muito grande. A inflação ao consumidor é de 3,1% ao ano, enquanto os juros básicos situam-se em 13%, o que resulta em juros reais de cerca de 9,9%.

    A diferença entre o juro real brasileiro e o norte-americano é de 7,2 pontos porcentuais. Boa parte dessa diferença é explicada pelo risco Brasil, atualmente ao redor de 190 pontos base. ‘Uma vez descontado o risco país, ainda restam 5,3% de taxa real de juros que não pode ser explicada por nenhum outro fator senão o conservadorismo do Copom’.

  4. Notícia Uol
    Notícia Uol economia
    Presidente manterá Meirelles e autonomia do Banco Central

    preocupante, pra mim, extremamente preocupante. Sinto que o PAC antes de entrar no mar já esta vazando água!

  5. E o presidente, segundo os
    E o presidente, segundo os jornais de hoje, acaba de confirmar a manutenção do Dr. Meirelles a frente do BC. O que mostra que realmente não compreendeu o momento. Infelizmente para todos nós.

  6. Notícia do Valor:
    “O
    Notícia do Valor:
    “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai confirmar Henrique Meirelles na presidência do Banco Central (BC) e reafirmar a autonomia operacional da instituição na condução da política monetária.”
    Pelo jeito, o freio de mão continuará puxado. E o presidente Lula tenta se livrar da responsabilidade pela política monetária, o que não conseguirá.

  7. Me parece que hoje em dia ser
    Me parece que hoje em dia ser Presidente ou Diretor do BC tem mais importancia que ser Ministro da Fazenda. Um ministro da Fazenda que erra gravemente merece o olho da rua. O mesmo não vale para presidente e diretor do BC?

  8. Bom dia, Nassif,
    Estou eu
    Bom dia, Nassif,
    Estou eu aqui, mais uma vez metendo pau, nesta ortodoxia míope da Diretoria do BC.
    Os diretores do BC, estão alinhados com com grandes especuladores, que auferem enormes ganhos com a arbitragem cambial, como este dinheiro que entra no país, vem dos fundos Off-Shore, básicamente formados por empresários nacionais sonegadores, através das famosas contas CC5, criadas pelo BC, isentas de IR e CPMF, que nós pobres brasileiros não podemos usufruir, então, para atender os especuladores, eles não querem perder o próximo emprego, estão fazendo tudo para agradar seus futuros novos patrões.
    Um abraço.
    Antonio Ferreira

  9. Wagner, é esse desespero que
    Wagner, é esse desespero que você expressa, que eu expresso e outros demais, que vai formando a onda, até cair a ficha do Lula.

  10. Creio que a melhor leitura do
    Creio que a melhor leitura do mais recente leilão de títulos pré-fixados do Tesouro Nacional é de que pelo menos os compradores destes títulos estão apostando que a taxa média da Selic deve ficar bem abaixo dos 12% nominais,ou seja estão apostando que o COPOM irá conseguir aumentar os cortes do juros da Selic ao longo de 2007 sem afetar as metas de inflação e o patamar de 2,20 reais do cambio.

  11. Concordo com esta insistência
    Concordo com esta insistência que é sua e de muitos outros. Minha única dúvida é sobre o que passa na cabeça do Lula, por quais razões ele não se manifesta…….

  12. Meirelles não conta, porque é
    Meirelles não conta, porque é apenas o porta-voz das conclusões do grupo. O que vai determinar o ritmo é a definição dos novos diretores.

  13. Assim como o copom poderia
    Assim como o copom poderia cortar o ritmo nas próximas reuniões caso fosse necessário,o contrário também é possível.Não serão 45 dias que impedirão o desenvolvimento do Brasil.É preciso parar de umavez por todas com esta choradeira dos empresáriosincompetentes que querem o capitalismo sem risco.Que apliquem na caderneta de poupança.

  14. José, são dados da própria
    José, são dados da própria composição do PIB, calculado pelo IBGE. O dado é agregado, levando em conta exportações e importações. Mas é público.

  15. Creio que ao reduzir o corte
    Creio que ao reduzir o corte na taxa de juros da Selic o COPOM apontou para uma taxa media nominal de 12% em 2007 e os agentes se posicionaram no mercado de cambio.

    Na medida que o COPOM acelerar os cortes do juros da Selic acompanhando os indicadores de inflação e produção o cambio deve retomar o patamar de 2,20 reais.

  16. Rui, tem cabimento o
    Rui, tem cabimento o Bevilacque vir com a história de que a taxa de hoje está mirando 2008, sem apresentar um dado substantivo como está vendo 2008? Nem astrólogo.

  17. Creio que só se pode definir
    Creio que só se pode definir como “boicote” atitude do COPOM se a mesma conduta continuar ao longo de 2007.

    Vejo na decisão do COPOM como um sinal de as metas de inflação estas mantidas apesar dos estímulos de outras áreas Governo do Presidente Lula.

    E ao sinalizar para garantia das metas de inflação permitiu ao mercado derrubar as taxas de juros de longo prazo assim que os indicadores de inflação apontaram para uma queda dos indices em relação a dezembro de 2006 e janeiro de 2007, e é este cenário inclusive que permitirá o COPOM a retomar os cortes de 0,5%
    nos juros da Selic sem afetar as expectativas de inflação.

  18. Temos que quantificar para
    Temos que quantificar para melhor qualificar. O BC tinha uma meta: 4,5% de inflação. Se acertasse no coração da meta, a margem de erro seria Zero e o Acerto igual a 100%. Como o IPCA foi 3,14% em 2006, o BC errou em -30,2%. Penso que podemos qualificar como muito ruim um serviço com mais de 30% de erro. Principalmente pelo custo dos “serviços da dívida”. Já imaginaram uma peça de avião fabricada com uma margem de tolerância igual a 30% ?

  19. Nassif, tenho vista
    Nassif, tenho vista entrevistas com esses “baluartes da racionalidade” na imprensa com perguntinhas as mais variadas mas nunca fazem aquela pergunta básica e fundamental: Por que a taxa de juros real brasileira deve ser sempre a maior do planeta? O que nos distingue tanto dos outros países nesse aspecto? Se, de vez em quando, perdemos o campeonato mundial de futebol e nada de mais grave acontece, salvo um mau humor passageiro e algumas besteiras ditas na imprensa, não poderíamos absorver também, para alegria de tantos e a tristeza de uns poucos, a derrota na copa mundial dos juros elevados? Poderia haver um cataclisma se retornássemos apenas com o título de vice-campeão mundial nessa copa?

  20. “Em meio ao entusiasmo pelo
    “Em meio ao entusiasmo pelo lançameto do PAC”

    Entusiasmo de quem ? Menos Nassif, menos. O plano nunca foi tudo isso e não dá para vir com aquela idéia de que “mudou o foco das discussões”. O foco mudou há muitos meses devido aos anos de crescimento pífio e foi mudado pela própria sociedade. E a resposta do governo com este plano foi medíocre.

  21. Dai a importância de quebrar
    Dai a importância de quebrar o coro grego de apoio à ortodoxia na mídia conservadora. Esse coro é a infantaria do BC, é através desses comentaristas e economistas que o COPOM sustenta o modelito como se fosse a unica partitura disponível no mercado.

  22. Nassif,
    Infelizmente isso não
    Nassif,
    Infelizmente isso não vai mudar muito fácil, afinal de contas a taxa Selic é a “Bolsa Família” dos banqueiros. Eles não vão largar esse osso.
    Pimenta

  23. Qual o real efeito da Selic
    Qual o real efeito da Selic na ponta, no consumo …????
    Sinceramente, para “travar” o consumo, não consigo entender, mas imagino que não sirva para nada. A diferença entre o que vale a selic e o crédito às empresas não tem relação aparente.
    Acredito sim que a selic “trave” o investimento público, isso sim, já que falta dinheiro para tudo (policiamento, escolas, redução da carga tributária e uma lista enorme de coisas).
    abc
    WM

  24. Lembra aquele personagem do
    Lembra aquele personagem do Jaguar, o Kid Vomitador Acho que vocë madruga, visita os locais que lhe dáo nojo, para poder vomitar melhor. Paulo, vocë é o nosso Miss Abulimia 2007. Limpe o chão antes de sair.

  25. Caro Luis Nassif,
    gosto de
    Caro Luis Nassif,
    gosto de seus textos, muitas vezes sinto-me esclarecido pois o que conheço do assunto me permite que o entenda, acho.
    Mas agora estou confuso.
    As decisões do Copom são técnicas ou políticas? Sendo políticas, beneficiam a quem, já que parecem não interessar a ninguem que eu conheça? (infelizmente não estou no círculo dos banqueiros e especuladores-investidores)
    Fariam parte de um acordo de forças que estabilizam o governo do Presidente Lula? Que país estaria sendo construido por essas decisões contraditórias?
    Sendo técnicas, porque provocam essas catástrofes como o desabamento do dolar?
    Não entendi tambem esse negócio de boa ortodoxia e ortodoxia incompetente. Tem relação com o bom liberalismo e o liberalismo incompetente? Esse negócio de ortodoxia virtuosa está na leitura de Santo Agostinho ou Santo Tomás de Aquino?
    Outra coisa é o depósito compulsório. Porque nunca vi uma passeata de banqueiros pela Av.Paulista gritando “Quero o dinheiro do meu banco!”, já que o compulsório aqui é 45% e o da China é 9%?
    Porque não fazem como o vice José Alencar e transferem suas operações pra China?
    Esclarecer essas questões não tornará mais felizes aqueles que vão atrás do trio elétrico nem vai derrubar a cotação do dólar (sou do tempo que isso era bom). Talvez me façam sentir menos ignorante.
    Como já dei a entender, sou do tempo em que era importante compreender as contradições para o entendimento do desenvolvimento da sociedade.
    Valeu Nassif, obrigado por seus textos.
    edesc

  26. O Banco Central errou e
    O Banco Central errou e continua errando.
    A inflação do ano passado ficou bem abaixo da meta e se houve algum aumento em janeiro é só sazonalidade (aumento do Álcool e material escolar).

  27. Nassif, atrasado estou no
    Nassif, atrasado estou no assunto, mas este é sempre o assunto do blog. Olha aí o outro lado esperneando….e olha que alemão entende das coisas…estão defendendo o deles, é claro…reportagem abaixo:

    Brasil precisa de cautela para baixar taxa Selic, diz banco alemão Commerzbank

    Por: Gustavo José Endler Kahil
    20/02/07 – 18p9
    InfoMoney

    SÃO PAULO – O Banco Central do Brasil precisa ser cauteloso no processo de flexibilização da política monetária, avalia o banco alemão Commerzbank em relatório semanal dos mercados emergentes latino-americanos, divulgado na última segunda-feira.

    A instituição ressalta que a cautela se deve a não ocorrência de melhorias nas áreas fiscal e da Previdência Social que permitissem ao Governo reduzir o endividamento brasileiro.

    Inflação
    Para o banco, a despeito de existirem pressões políticas sobre o ritmo do processo de afrouxamento monetário, somente uma redução da inflação permitirá uma queda mais elevada das taxas de juro no País.

    A análise também afirma que o desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro estará condicionado à dois fatores: a crença dos investidores no processo de redução dos juros nos EUA e, por outro lado, a desaceleração da produção industrial brasileira no final de 2006.

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