O grampo do TSE

Não dá para dizer quem tem razão, na história do grampo do TSE. Entre o anúncio da suspeita de grampo pelo Ministro Marco Aurélio e a varredura da Polícia Federal transcorreram cinco dias, tempo mais do que suficiente para o grampo ser retirado.

Sofri um grampo em 1987 ou 1988, quando brigava com o Consultor Geral da República Saulo Ramos. Na época, o juiz corregedor da Polícia em São Paulo era Walter Maiarovitch. Seu pessoal investigou no dia seguinte ao da minha suspeita e descobriu vestígios no poste em frente.

Grampo externo deixa vestígios. Mas grampo em central telefônica ou em PABX é mais difícil.

O problema do Ministro Marco Aurélio é que se desgastou muito ao comparar o dossiê Vedoin com o caso Watergate, e seus argumentos se enfraqueceram.

Agora, essa história de grampo, como revelou a famosa fita dos BNDES, passou a ser uma atividade supra-partidária. Há quadrilhas especializadas em todo lugar grampeando e vendendo depois a interessados de todos os partidos. Essa quadrilha é que precisa ser desbaratada.

Dos leitores

São procedentes as observações de muitos leitores sobre o erro do Ministro Mello em procurar a televisão antes de procurar a Polícia Federal. E o fato da companhia que rastreou os supostos grampos ter uma passado condenável.

Luis Nassif

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