Atividade parlamentar não tem que se confundir com atividades criminosas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Teixeira: ‘O que estamos decidindo é que a atividade pública não pode se confundir com as de natureza criminosa’

Jornal GGN – Paulo Teixeira, na sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), fez pronunciamento contundente. O deputado do PT, eleito por São Paulo, afirmou que Eduardo Cunha, do PMDB do Rio, mesmo partido do presidente transitório e interino Michel Temer, inaugurou na casa “um submundo de interesses, de negócios e de arrogância”. E disse que esta agenda não diz respeito ao Brasil. Teixeira afirmou que, mesmo sério, não é isso que se está decidindo na CCJ e sim que atividade pública, atividade parlamentar, não pode se confundir com atividades de natureza criminosa, e que “a juridicidade e a constitucionalidade estão sendo levadas em conta”. Leia a seguir.

Da Rede Brasil Atual

Paulo Teixeira diz que Cunha inaugurou ‘submundo de interesses’ na Câmara

“Estão fartas essas razões jurídicas para esta decisão que não acata o voto do relator, não acata o recurso e prossegue a votação para o plenário”, disse o deputado

por Redação RBA

São Paulo – Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara que rejeitou os recursos do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra seu processo de cassação, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que o parlamentar inaugurou na casa “um submundo de interesses, de negócios e de arrogância. Uma agenda que não diz respeito ao Brasil”. “Mas não é isso que está sendo decidido”, acrescentou. “O que estamos decidindo é que a atividade pública, a atividade parlamentar, não pode se confundir com atividades de natureza criminosa. E a juridicidade e a constitucionalidade estão sendo levadas em conta.”

“Nossa votação resolve uma jurisprudência positiva em relação ao procedimento ético dos parlamentares. Por isso, o debate político que quer fazer conosco, nós o faremos, mas considero que o tema trazido da abertura do impeachment como razão para aprovar sua cassação não procede”, destacou ainda o parlamentar.

“Na realidade, essa é uma grande ilegalidade. Mas isso é um tema político. O que estamos decidindo em função dos crimes cometidos. O impeachment servirá para perceber o erro político que cometeu. O recurso foi julgado por razões jurídicas. Estão fartas essas razões jurídicas para esta decisão que não acata o voto do relator, não acata o recurso e prossegue a votação para o plenário”, disse Teixeira.

A CCJ, depois de mais de 13 horas de discussões em duas reuniões, rejeitou os recursos do deputado afastado contra seu processo de cassação. Com isso, o processo seguirá para o plenário. Foram 48 votos contra e 12 a favor do relatório do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), que levaria o processo de volta para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

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  1. Está correto o Paulo Teixeira

    Está correto o Paulo Teixeira em repudiar a contaminação dos debates na Câmara pela ação de integrantes e chefes de quadeilhas como Cunha e seus comandados. A atividade parlamentar não pode se confundir com a atividade criminosa. Assim como o judiciário também deveria se esforçar para evitar que a atividade judicante seja envolvida diretamente com a ação de quadrilhas, como essas formadas por empresas privadas controladoras de concessões públicas de rádio e televisão, como Globo/Mossack-Fonseca e sua rede de repetidoras instaladas em forma de CARTEL em todo o território nacional. Onde vão parar os princípios da impessoalidade, da imparcialidade e transparência quando juizes tem relações promíscuas com empresários quadrilheiros?

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/174167/Moro-e-o-pr%C3%AAmio-da-Globo.htm

    http://www.cartacapital.com.br/politica/joaquim-barbosa-faz-diferenca

    “O Instituto Innovare (da Globo/Mossack-Fonseca) realizou nesta quinta-feira, dia 05 de março, no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, a cerimônia de lançamento do XII Prêmio Innovare, considerada a mais importante premiação da Justiça brasileira. A partir de hoje até o dia 14 de maio as inscrições desta edição poderão ser feitas através do site: http://www.premioinnovare.com.br.

    Presidiram a cerimônia os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, do STJ, Francisco Falcão, e Carlos Ayres Britto, presidente do Conselho Superior do Instituto Innovare.”

    https://www.ayresbritto.com.br/xii-premio-innovare-revela-nova-categoria-e-amplia-a-participacao-popular/

    Carlos Ayres Britto, depois de presidir a farsesca peça teatral montada sobre a fraudulenta AP 470, em 2012, foi agraciado com a Presidência do Conselho do instituto da GLOBO/Mossack-Fonseca, focado em infulenciar, cooptar e chantagear agentes do inacreditável judiciário brasileiro.

    Isso lembra a notável observação do irreverente saudoso Tim Maia, quando dizia que o Brasil é o único lugar do mundo onde o “…prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”

    Poderíamos acrescentar a essas estranhezas exclusivas do Brasil, o fato de ser o país onde juizes tem medo e se submetem a pressões e chantagens de chefes de quadrilhas, controladoras de empresas de comunicação. 

     

     

     

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