As duas luas da Terra

Do Opera Mundi

03/08/2011 – 17:20 | João Novaes | Redação

Terra pode ter tido duas luas, dizem cientistas

Um grupo de cientistas estuda a possibilidade de o planeta Terra ter sido orbitado por duas luas diferentes durante dezenas de milhões de anos. O satélite atual pode ter coexistido com outro de aproximadamente um terço de seu tamanho. Os astrônomos acreditam que os dois corpos se chocaram, levando à destruição do segundo, o que explicaria a razão de nossa lua atual possuir hemisférios tão dispares geologicamente. As informações são de um estudo teórico publicado na revista científica Nature.

Segundo o estudo, os pedaços da lua menor, que teria cerca de 1.200 quilômetros de diâmetro, foram espalhados em diversas regiões da irmã maior. O choque teria ocorrido porque, na medida em que as órbitas das duas foram se distanciando da Terra, o balanço das forças dos dois astros se tornou instável e eles acabaram colidindo.

OsupO suposto impacto, caso tenha ocorrido em alta velocidade, teria criado uma grande cratera na Lua atual, enquanto boa parte dos resíduos do satélite destruído teria vagado pelo espaço. Outra possibilidade é que, caso o impacto tenha ocorrido a menos de três quilômetros por segundo, o astro menor teria se desmanchado em diversos pedaços e ficado, em grande parte, em nosso atual e único satélite.

O estudo foi realizado por Martin Jutzi, da Universidade de Berna, na Suíça, e Erik Aspaugh, da Universidade da Califórnia-Santa Cruz, após realizarem uma série de simulações por computador sobre o impacto.

As duas faces da lua

Os cientistas acreditam ter achado uma provável explicação para o mistério de os dois lados da Lua serem muito diferentes. Um deles está sempre voltado para a Terra, e é relativamente plano, com baixa altitude. O outro, alto e montanhoso, tem uma crosta de dezenas de quilômetros e é mais espesso. O impacto teria atingido a crosta externa da lua (o que não aparece para a Terra), criando as terras altas.

A lua mostra apenas uma face para a Terra porque o eixo de rotação está localizado um pouco fora do centro geométrico. Não existe, entretanto, um “lado escuro da lua”, embora boa parte de sua superfície fique 14 dias seguidos exposto à luz e outros 14 dias na escuridão.

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Luis Nassif

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