Sobre o Conselho Sulamericano de Defesa

Atualizado às 12h40

Esse CONSELHO SUL AMERICANO DE DEFESA não encontra motivação logica em nenhum sistema de relações internacionais. Um organismo desse tipo se dá apos a decisão  politica de estabelecer uma ALIANÇA MILIATR contra um inimigo comum.

Se não for para organizar forças conjuntas para a defesa contra um inimigo comum, qual é a racionalidade implicita em um Conselho de Defesa? Defesa contra que ataque? Não faz nenhum sentido, a menos que seja um mero conselho consultivo, com objetivos turisticos-burocraticos.

NaohNão há a mais remota correlação de forças militares na America do Sul, não há objetivos comuns, temos uma Venezuela ensandecida criando milicias populares e uma Colombia em guerra civil, sendo um dos lados notoriamente apoiado pela Venezuela, temos o Chile e a Argentina com rivalidades militares historicas, Bolivia e Peru com contenciosos que vem do seculo XIX, não há qualquer logica em um organismo de coordenação de defesa entra nações tão dispares, que sequer tem integrações precedentes, como comercial, energetica e muito menos economica.

Esse Conselho é mais um orgão inutil, como a UNASUL, parte do arsenal iberico de criação de burocracias para empregar amigos, cunhados, amantes e cumpadres.

Por chicocvenancio

Nassif, cheguei muito atrasado na discussão sobre o conselho sulamericano de defesa. Trago para cá o comentário por achar que o assunto merece uma maior discussão.

Há motivo para o conselho se chamar conselho e não organização ou aliança. Trata-se de um forúm de segurança, feito para discutir problemas de segurança no continente sul-americano. É um órgão patrocinado pelo Brasil e que atende aos interesses brasileiros, especialmente de manutenção da ordem e da democracia no continente. A Unasul já agiu fortemente em alguns casos no continente sul-americano tendo diminuído tensões e garantido a ordem. Dentre outros podemos citar a crise das províncias da meia-lua na Bolívia, as revoltas policiais no Ecuador e a crise EcuadorXColômbia. É importante salientar aqui que de certa forma o Brasil poderia agir fora da Unasul e obter resultados, mas a estratégia brasileira é de fortalecer a Unasul para criar um regime de segurança autônomo no continente. Outra grande vantagem da estratégia brasileira é diminuir as resistências às suas atuações; o Brasil não age unilateral e imperialísticamente e sim consultando a todos os países do continente. Além de tudo isso o custo torna-se muito menor. Existem os custos em poder “soft” e em poder “hard”; influência, aceitação, admiração e liderança e forças militares e econômicas respectivamente. Ao Brasil não interessa ser forçado a usar seu poder “hard”, especialmente na América do Sul. O conselho garante que o Brasil tenha mais alternativas “softs” com um custo muito baixo, o fracasso cairía ao conselho e não ao Brasil. Se chegar ao caso de sanções econômicas ou intervenção miltar, é muito mais interessante ao Brasil que se trate de uma decisão do conselho e não unilateral. Tanto em termos de prestígios como em termos de custos militares efetivos. 

Para os outros países os interesses também são gigantescos na formação do conselho, tanto que somente a Colômbia se opôs a ele. Trata-se de um garantidor da ordem interna do continente muito mais importante e eficaz que o Brasil ou os Estados Unidos. Além de permitir que os outros países tenham poder de fato na tomada da decisão sobre questões de segurança. 

A ameaça externa é um cenário muito ilusório. Mas existe o Tratado Interamericano de Assitência Recíproca que o Adré pareceu ignorar.

Vejam então que o Conselho Sulamericano de Defesa não deve ser comparado a alianças militares como a OTAN ou o Pacto de Varsóvia. Trata-se de um versão regional do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Um fórum regional para resolver questões de segurança com participação multilateral. Compará-lo a Otan é como comparar um saco de laranjas com um caminhão de concreto.

Por Andre Araujo

Eu pareci ignorar o Tratado Interamericano de Assistencia Reciproca? Está brincando?

Pois a linha de minha argumentação é a ausencia de objetivos desse Conselho de Defesa, o TIAR faz parte das razões do meu lado, um tratado que já existe desde 1947 e do qual o Brasil é depositario original, tanto é que é conhecido como Tratado do Rio.

Em que a existencia do TIAR melhora a argumentação a favor do Conselho de Defesa?

Só piora a linha dos que patrocinam o Conselho de Defesa.

Todos os argumentos expostos pelo comentarista retardatario são ineficientes no ambito do Conselho porque INEXISTE UM TRATADO que permite a esse Conselho fazer o que o comentarista diz que ele é capaz de fazer. Como é possivel esse Conselho ter essa amplitude de raio de ação sendo apenas,e é o que é exclusivamente, um FORUM DE DEBATES ?O Conselho é uma empresa de seminarios, ele só é isso. Quem achar que não é me apresenta a INSTRUMENTAÇÃO JURIDICA para o Conselho intervir e agir em mediação de conflitos.

É impressionante a ligeireza dos argumentos. Enquanto o TIAR foi negociado por anos, ele é uma evolução das Conferencias de Havana e do Rio de Janeiro durante a Guerra e tem na OEA a sua Secretaria e seu suporte legal, o que tem o Conselho de Defesa por trás? Tem forças armadas comuns, tem corpo expedicionario, tem um solene tratado entre Estados para garantias ccruzadas? Não tem nada.

A UNASUL e seu agregado Conselho de Defesa são emanações de GOVERNOS e não de Estados, tem o perfume chavista inconfundivel de se contrapor ao sistema maior representado pela OEA. O TIAR é um mecanismo de Estados, tanto que está em vigor e atravessou 64 anos de Historia da Americana Latina, com muitas ditaduras, restauranções democraticas, regimes de todos os tipos e está de pé. A UNASUL é ideia de Hugo Chavez para irritar os EUA e o Conselho é ideia do Brasil para criar protagonismo. Falta nos dois o nivel mais alto, o do interesse dos Estados.

O proximo passo do Conselho Sul Americano de Defesa é criar a Medalha Simon Bolivar para homenagear dignatários, não percam por esperar.

E outra observação ao comentarista do ultimo vagão, eu jamais disse e jamais diria que o Conselho deveria ser comparado a OTAN, quem disse isso foram os comentaristas que me criticaram.

Luis Nassif

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