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NIC.br contesta escolha da Price para medir qualidade da banda larga
Entidade pediu à Anatel que revise o edital de seleção, pois este prevê medição na rede de acesso, o que facilitaria a manipulação do resultado.
O NIC.br não ficou satisfeito com a escolha da PriceWaterhouseCoopers como Entidade Aferidora da Qualidade da Internet (EAQ). Por isso, já pediu a revisão do resultado à Anatel, conforme anunciado na última quarta-feira (7/03).
O protesto do NIC.br – entidade sem fins lucrativos – abrange inclusive o edital de seleção. Ele prevê uma medição processada dentro do sistema autônomo das prestadoras e não no computador do usuário, o que, supostamente, facilitaria a intervenção externa sobre os dados coletados.
A suspeita aumenta por conta da equipe responsável pela decisão. O Grupo de Implantação de Processos de Aferição de Qualidade (Gipaq) é formado por representantes das próprias operadoras, cujo sindicato – o SindiTelebrasil – se opôs a um exame conduzido no computador do internauta. A alegação era de que este poderia ser influenciado por condições de hardware, como baixa capacidade de processamento, ou de software, como infecção por malware.
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Outro problema, segundo a entidade, está no software eleito para avaliar a conexão do consumidor. O Speedtest.com, desenvolvido pela americana Ookla, não atenderia aos requisitos definidos, por não medir elementos como jitter e perda de pacotes – quando pedaços de informações ficam pelo caminho. Dessa forma, um aplicativo adicional seria necessário.
O NIC.br solicitou à Anatel um esclarecimento sobre a escolha, por ela tê-la fiscalizado, além de detalhes sobre como a medição funcionará. Na última semana, o Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec) lamentou, em nota, a escolha da PriceWaterhouseCoopers, embora tenha comemorado a derrota da ABR Telecom, associação que tem as teles como filiadas.
“No entanto, também foi derrotado no processo o NIC.br (…) que tem experiência reconhecida na área, já tendo realizado medições desta natureza em parceria com o Inmetro e a Anatel”, concluiu a advogada do instituto, Veridiana Alimonti
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