Governo precisa elaborar uma política de inovação

Por marcelosoaressouza

Comentário ao post “As propostas do Plano Inova Empresa

O Governo tem que acelerar estes programas de Inovação e prestar mais atenção a área de TIC.

Nos anos 80, durante a Reserva de Mercado de TI, o Brasil conseguiu grandes avanços, como o desenvolvimento do 3o Sistema Operacional Unix-Like do mundo, e a criação de algumas ações interessantes no setor de Hardware. Temos potencial e engenheiros talentosos.

Investir é a Palavra, mais com atenção e cobrança daqueles que recebem o investimento. Conheço um pouco a realidade de alguns Institutos de Pesquisas de TI e muitos deles tem até bastante investimento mas atuam mais como “Fábrica de Software” do que como centros de inovações.

Disponibilizar recursos é importante, mas ir além e propor uma política de inovação de fato, com estratégia, plano de ação, se aproximando dos atores do processo.

Enquanto isto…

Do site Convergência Digital

BNDES busca sócio para salvar fábrica de semicondutores em Minas Gerais 

:: Ana Paula Lobo* 
:: Convergência Digital :: 05/09/2013

A crise financeira do grupo do empresário Eike Batista tem dado uma baita dor de cabeça para o BNDES e aflige tambem os planos para o mercado de semicondutores do governo federal. Lançada no começo de 2012 como um projeto audacioso – é estratégia do plano TI Maior – a SIX Semicondutores esta prestes a perder o seu principal acionista privado.

De acordo com reportagem do jornal o Estado de São Paulo, publicada nesta quinta-feira, 05/09, o banco de fomento busca parceiros para substituir Eike Batista à frente do negócio, mas não será tarefa simples. A maior parte das empresas do setor, entre eles a Intel, já deixou claro que o Brasil não é um país viável para a produção de semicondutores, por conta do custo de produção e da falta de infraestrutura.

Pelo cronograma anunciado em 2012, a SIX semicondutores  produzirá chips para aplicações industriais e médicas, com o diferencial de fabricar circuitos integrados sob demanda, a partir de 2015. Agora, com a crise financeira do grupo de Eike Batista essa meta pode ter de ser postergada. Até porque para seguir em frente, o projeto depende do BNDES, que já subsidia 50% do negócio com aporte previsto de R$ 267 milhões, via financiamento do BNDES, e R$ 245 milhões, pelo BNDESPAR, encontrar um sócio, ou decidir bancar sozinho a iniciativa.

Na prática, o controle acionário da SIX semicondutores está definido da seguinte forma: SIX Soluções Inteligentes e BNDESPAR cada um com 33% de participação , investindo o mesmo valor – R$ 245 milhões – no empreendimento. Dos R$ 267 milhões em financiamento do BNDES, serão R$ 202 milhões na modalidade direta e R$ 65 milhões repassados pelo BDMG, que terá 7,2% das ações, por meio da subsidiária BDMGTEC, criada especificamente para atuar na SIX Semicondutores. A Finep aportará R$ 202 milhões em financiamento, sendo parte proveniente de recursos do Funttel. A promessa inicial era a criação de 300 empregos diretos em Minas Gerais, que brigou com Rio de Janeiro e São Paulo e concedeu desonerações para abrigar o parque fabril.

A atração de uma indústria fabricante de semicondutores sempre foi um assunto delicado no governo. As multinacionais rejeitaram a ideia de montar uma planta no país argumentando que não há incentivos fiscais e infraestrutura necessária para suportar um projeto de grande porte. Para não desistir, o governo decidiu investir recursos próprios. Primeiro na CEITEC, instalada no Rio Grande do Sul, e depois na SIX Semicondutores, numa PPP com o grupo Eike Batista. 

No começo de 2013, o MCTI lançou o PADIS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores – e que reduziu a zero as alíquotas de contribuição para o PIS/PASEP e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda no mercado interno de circuitos integrados e wafers. O programa foi considerado estratégico, mas para especialistas, não resolveria todos os problemas da área, uma vez que seria necessária também a participação dos Estados e dos municípios, com isenções fiscais e programas de apoio.

Na balança comercial do setor eletroeletrônico, os semicondutores têm sido o grande vilão nos últimos anos. Não foi diferente neste semestre. Tanto que eles tiveram destaque negativo. Os principais produtos importados do setor de eletroeletrônicos os componentes para telecomunicações (+12%), semicondutores (+10%) e componentes para informática (nesse caso, com queda de 9%), que juntos somaram US$ 8,8 bilhões, segundo dados da Abinee.

*Com informações do jornal O Estado de São Paulo

Luis Nassif

4 Comentários

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  1. Isso já está esgotando a

    Isso já está esgotando a paciência, tem 10 anos que escuto falar sobre esses semicondutores.

    O BNDES despejou bilhões em empresários parasitas e a iniciativa privada quer vantagens para investir, por isso que o estado precisa estar presente nestes investimento para dar segurança.

  2. SBPC, ABC E ANDIFES criticam

    SBPC, ABC E ANDIFES criticam Inova Brasil da Finep. A argumentação da carta aberta, lamentavelmente, indica que não estão antenados com as transformações em curso…

    ____

     

         

    A Finep e o financiamento para ciência tecnologia e inovação no Brasil

     Os presidentes da SBPC, Helena Nader, da ABC, Jacob Palis, e da Andifes, Jesualdo Pereira Farias, assinam documento, no qual falam do papel da Finep no financiamento da ciência e tecnologia e conclamam as autoridades competentes para um debate mais aprofundado para o aperfeiçoamento do modelo de fomento para inovação. Leia a íntegra da carta no endereço:

    http://sbpcnet.org.br/site/arquivos/carta_a_finep.pdf

     

    http://www.sbpcnet.org.br/site/home/home.php?id=1909

     

  3. A reserva de mercado

    A reserva de mercado paralisou o Brasil enquanto o mundo (Cingapura, Tailândia, Coréia do sul) deslanchavam. O post já começa de premissa errada….

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