da Folha
Janio de Freitas
As duas semanas que ante-cedem as urnas não trazem, desta vez, as tensões eletri-zantes próprias do período
A eleição presidencial que está nos jornais não está na vida dos eleitores. Ninguém parece interessado em conversar sobre os candidatos, algum aspecto dos confrontos, possíveis perspectivas de governo, nada nesta linha. Nas ruas pelo país afora, até onde a TV as expõe, a eleição não mostra movimento espontâneo algum, o que há são apenas uns grupelhos em torno dos candidatos, apoios que se sabe como são arranjados.
Apatia como a atual não se viu em qualquer outra eleição.
Se as passeatas de junho do ano passado exprimiram a densidade do desejo de mudança, seria esperável que ao menos parte dos ex-manifestantes estivesse, agora, agitando pressões públicas para contestar a eleição ou para impor à disputa presidencial alguns temas da vontade coletiva. A descrença nos políticos e seus partidos, que foi dada como a alma das passeatas, não é imobilizante. Muito ao contrário. Dessa fonte nada jorrou, porém.
Os candidatos e a imprensa não ajudaram, é verdade. Nunca se imaginaria que a independência do Banco Central ocupasse tanto os candidatos e a imprensa quanto um caloroso tema de apelo popular mereceria. Mais desalentador ainda: parece mesmo que Aécio, Marina e muitos na imprensa acreditaram que o Banco Central fosse assunto capaz de desgastar Dilma, cujo patrimônio de votos decisivos é da classe média para baixo. Como o Datafolha comprova por variados modos.
A variação tem sido o assunto Petrobras. Um martelar sem fim, como tentativa de comprometer com a corrupção, mas a escassez de fatos levou a uma repetição enjoativa. Bem, no assunto colateral saiu agora uma nova manchete carioca: “Youssef enviou R$ 1 bilhão para o exterior”. Nas manchetes que inflaram o escândalo a quantia era de R$ 10 bilhões. Barateou. Liquidação de fim de inverno.
A pobreza temática da campanha, decorrente da medíocre concepção de que a tática eficaz é a “desconstrução” da/do adversária/o, reflete o estado intelectual em que o país está. O que faz lembrar uma explicação, por certo muito aceita, para a apatia externa do eleitorado: a participação agora é pela internet. O movimento aí é inegável. Mas, em princípio, a internet prolonga interesses que a antecedem. Além disso, não impede, até estimula, que esses assuntos retornem, acrescidos, ao convívio não informático. E, claro, o que corre na internet sobre eleição é, na maior parte, apenas agressividade.
As duas semanas que antecedem as urnas não trazem, desta vez, as tensões eletrizantes próprias do período. O que a Folha pôde tratar com destaque, na abertura da semana, foi isto: “Na reta final, PT dirá que Marina não tem preparo para dirigir o país”. Se é isso, não precisa. No mesmo jornal, sob o peso de um anúncio em página mais distante, lia-se: “Marina não se preparou para disputar’, diz Aécio”. Ou o PT imagina que Aécio deixaria passar uma possibilidade a mais de atacar Marina, como fará com Dilma até o final? Ataques que movem o circuito: dão a Marina a oportunidade de mais discursos de vítima, entre as agressões inigualáveis que emite, e dão a Dilma motivo para retribuir aos dois.
Não há campanha para a Presidência da República. O eleitorado não poderia estar interessado na troca de ataques mútuos e ridículos que umas poucas pessoas fazem por aí. E você, por favor, vá ler o que já sabe sobre o corrupto da Petrobras, Youssef e as refinarias.
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Não é porque sou eleitor da
Não é porque sou eleitor da Dilma, mas o Jânio de Freitas desta vez está sendo simplista, está colocando todas as campanhas no mesmo saco.
Por favor a campanha da Dilma está sendo objetiva e oportuna apresentando as diferenças,os avanços e as propostas para continuar mudando. Pelo menos é isto que tenho acompanhado nos programas eleitorais, debates, sabatinas e entrevistas, até porque é a única que tem o que apresentar.
Em menor intensidade a Dilma também está apresentando as absurdas contradições e o vazio da outra candidata bem como a hipocrisia e despreparo do outro candidato, isto é necessário e faz parte do jogo. Porém a Dilma faz isto de forma equilibrada, sem deixar perder o foco.
Portanto mais uma vez igualar os níveis das três campanhas chega a ser um absurdo.
sds
Genaro
Assino em baixo, Genaro! A
Assino em baixo, Genaro! A diferença da campanha da Dilma para os outros é estratosférica: objetiva, clara, respeitosa, positiva, didática e informativa.
Quanto às “manifestações de junho”, se comprova cabalmente que tudo não passou de “efeito manada”, modismo de juventude, já que não queriam se sentir “por fora” da balada… Tudo isso porque foi divulgado, incentivado, promovido à exaustão pelo PIG!
“Não há campanha para a
“Não há campanha para a Presidência da República.” De fato, mestre Jânio de Freitas e distintos leitores. Marina e Aécio tanto falam em “mudança” que parece estarem fazendo camapanha para a presidência de uma transportadora e não de uma República.
Hahahahahaha. Valeu!
Hahahahahaha. Valeu!
o janio captou bem, mas
o janio captou bem, mas sugeriu mal.
ao invés de ler efemeridades,
deveria sugerir a leitura deste blog,
que jád issecou profundamente
– espero que disseque ainda mais –
o programa nonliberlizantre da candidata marina silva.
ese é o porgrma retrógradoqu at9ingir´toda a população brasileir.a
o que é efemero se liquidifica no ar.
o programa retrógrado de marina silva
mexe nas estrutras economicas
do país destes últimos doze anos, que transformaram o brasil
para melhor.
só o fato de ela querer bneficiar
os financeirizadores da economia e com isso
criar desemprego
e diminuir o ritmoeconomico,
já é um contra-senso histórico
a ser denunciado fortemente
por quem ama verdadeiramnte este país.
Ponta de estoque
Não sei como anda a campanha eleitoral no tal do facebook (segundo li é meio que uma terra de autistas, todos falando para si e alguns seguidores), mas nos blogs os debates são intensos. Acho até, pelo que sondo, que é o lugar onde a campanha existe mais fortemente, com todos os odios e amores proprios à politica.
Quanto à Marina estar preparada para presidir um Pais, até o reino mineral sabe que não esta.