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Redação

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  1. E então, político é tudo igual ?

    Aliás cadê os trocentos incêndios cotidianos ?

       Como era São Paulo na administração Kassab:

    Aumento do valor venal, base do IPTU, é maior na periferia de São Paulo

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    EVANDRO SPINELLI
    da Folha de S.Paulo

    A revisão da planta genérica de valores, base para o cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), afeta mais a periferia que áreas nobres.

    Veja listagem de valores

    Áreas da favela de Paraisópolis e do Grajaú (zona sul), por exemplo, tiveram valorização maior, segundo os cálculos da prefeitura, que a área do shopping Bourbon, inaugurado em 2008 na Pompeia (zona oeste).

    Segundo a prefeitura, em geral a valorização é resultado de investimento público e aquecimento do mercado.

    O maior aumento que a Folha encontrou foi na rua Lagoa da Tocha, no Grajaú: o metro quadrado vai custar 690% a mais no ano que vem.

    Na quadra da rua Turiaçu onde ficam o shopping Bourbon e o clube Palmeiras, o metro quadrado aumentou, para a prefeitura, 34,68%.

    Em todos os cálculos, a Folha considera o valor cobrado no IPTU de 2009, e não o valor estabelecido na última revisão da planta genérica, em 2001.

    Nas ruas Paraisópolis e das Jangadas, que passam na favela de Paraisópolis, a prefeitura estima um aumento mínimo de 102% no valor de mercado dos terrenos. Na rua Luigi Alamanni, dentro da favela de Heliópolis, o governo aponta reajuste de pelo menos 83%.

    Já em áreas onde há boom imobiliário, como as ruas Henrique Sertório (Tatuapé, zona leste), Chamantá (Mooca, zona leste), Engenheiro Jorge Oliva e Praia do Castelo (Santo Amaro, zona sul), a alta nos cálculos da prefeitura não supera 37%.

    Na rua Angelina Maffei Vita, em Pinheiros (zona oeste), onde mora o prefeito Gilberto Kassab (DEM), o aumento não passa de 56%, segundo consta na planta genérica de valores.

    Segundo Amir Khair, economista e ex-secretário de Finanças da gestão Luiza Erundina (PSB, então no PT), é mais fácil haver valorização na periferia do que em áreas nobres.

    “É mais fácil um imóvel de R$ 20 mil passar a valer R$ 40 mil do que um de R$ 5 milhões passar para R$ 10 milhões. Com isso, muitas famílias podem sair da faixa de isenção.”

    Cálculo

    A proposta da Prefeitura de São Paulo para a revisão da planta genérica de valores permite ao contribuinte saber o valor do metro quadrado do terreno em todas as ruas da cidade. Porém, com isso não é possível calcular o valor do IPTU de 2010 nem saber qual foi o aumento proposto pela prefeitura.

    O valor do metro quadrado varia por face de quadra. Ou seja, na mesma rua é possível haver valores muito divergentes.

    Para localizar a sua quadra, pegue o número de contribuinte no seu carnê de IPTU. Ele tem o seguinte formato: 999.999.9999-9. Os três primeiros números representam o setor do seu imóvel. Os três números seguintes correspondem à quadra. Os demais são o número do seu cadastro na prefeitura.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u654870.shtml

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    SÃO PAULO 2013

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    SP: Haddad sanciona lei que isenta IPTU de moradias populares

    As moradias beneficiadas são unidades destinadas à faixa de renda de 0 a 6 salários mínimos Foto: Luiz Guadagnoli/ SECOM / Divulgação As moradias beneficiadas são unidades destinadas à faixa de renda de 0 a 6 salários mínimos Foto: Luiz Guadagnoli/ SECOM / Divulgação  

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou nesta quinta-feira lei que concede isenção do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) a terrenos destinados ao programa Minha Casa Minha Vida e ao Programa de Arrendamento Residencial (PAR). O projeto de lei 427/13 prevê também a redução no Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos (ITBI-IV) em habitações de interesse social. As moradias beneficiadas são unidades destinadas à faixa de renda de 0 a 6 salários mínimos.

     

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    A isenção de IPTU valerá para terrenos destinados ao Minha Casa Minha Vida e ao Programa de Arrendamento Residencial adquiridos pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e pelo Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). “Além desta isenção, com a nova política de progressividade do IPTU as unidades residenciais também estarão isentas, porque estarão com valor abaixo de R$ 160 mil”, afirmou o secretário municipal de Relações Governamentais, João Antonio.

     

    O ITBI-IV será isento para imóveis residenciais com valor de até R$ 120 mil, para pessoas físicas. Nas transmissões no Sistema Financeiro de Habitação, no Programa de Arrendamento Residencial e de habitações de interesse social, será cobrado 0,5% sobre o valor efetivamente financiado, com limite de R$ 42,8 mil, e alíquota de 2% sobre o valor restante.

     

    Cooperativas de táxi terão isenção no ISS
    O projeto de lei também isenta do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) a associações e cooperativas de radiotáxi, a partir de 1º de janeiro de 2014. Também terão isenção os prestadores de serviços relacionados à organização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

     

    Aumento do IPTU
    No dia 24 de outubro, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou em segunda votação o Projeto de Lei do Executivo que prevê o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano para a cidade de São Paulo no próximo ano. A aprovação permite o aumento de até 35% para os imóveis comerciais e 20% para os residenciais. O projeto ainda depende de sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

     

    Para imóveis com valorização superior a esses percentuais, haverá novos reajustes até 2017. Nos próximos três anos, o limite será de 15% para os imóveis comerciais e 10% para os residenciais. O valor final será condicionado pela atualização da Planta Genérica de Valores, ou seja, o valor venal do imóvel. Pela legislação, a planta é revisada a cada quatro anos.

     

    O projeto foi aprovado por 29 vereadores. Outros 26 votaram contra. Também ficou definido que os aposentados que ganhem até três salários mínimos e tenham apenas uma residência ficam isentos do pagamento do imposto. Haverá descontos progressivos para aqueles que estiverem nessa situação e que tenham vencimentos entre quatro e cinco salários mínimos.

     

    Para quem ganhe entre três e quatro salários, haverá um desconto de 50%. Para quem estiver entre aqueles com vencimentos entre quatro e cinco salários o desconto será de 30%.

     

    De acordo com a prefeitura, no próximo ano, o aumento médio do IPTU na capital ficará em 14,1%, sendo que a média do aumento do IPTU para imóveis residenciais pagantes ficará em torno de 10,7%. O número de contribuintes isentos permanecerá estável em cerca de um milhão. O total de contribuintes na cidade é de cerca de 3 milhões. 

     

    Terra

    http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-haddad-sanciona-lei-que-isenta-iptu-de-moradias-populares,13a06b0366332410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

  2. O ESTADO NOVO DE VARGAS –

    O ESTADO NOVO DE VARGAS – Amanhã 10 de Novembro será o 76º anivarsario do auto golpe de Estado de 10 de novembro de 1937 de fundamental importancia na criação do Brasil Moderno, o chamdo ESTADO NOVO de Vargas.

    O auto golpe teve como razão imediata o cancelamento das eleições presidenciais marcadas para janeiro de 1938, com dois fortes candidatos já em campanha, um do campo getulista, José Americo de Almeida, da Paraiba e outro, Armando de Sales Oliveira, governador de São Paulo e da melhor elite paulista. ligado por parentesco à familia Mesquita; criador da Universidade de São Paulo, politico de altissimo nivel e conexões internacionais.

    A causa remota do ESTADO NOVO foi a tentativa de golpe comunista em 1935 e a instabilidade dai resultante, assim percebida por Vargas, refletindo a tensão na Europa com a Guerra Civil Espanhola e o choque entre os movimentos comunista e fascista por todo o continente.

    Havia ainda o resquicio desestabilizador do TENENTISMO, que foi o motor da Revolução de 1930 mas que depois começou a pertubar o Governo Vargas com movimentos de indisciplina fora da hierarquia militar.

    O pretexto do golpe foi a transformação de um exercicio provocativo de contingencia estrategica preparado por um oficial  do Estado Maior do Exercito, o Coronel Olimpio Mourão Filho em um Plano verdadeiro, o chamado “Plano Cohen”, usado como pretexto para o golpe. O embuste foi inventado pelo poderoso General Goes Monteiro, um dos herois da Revolução de 30 e do circulo intimo de Vargas. Curiosamente o mesmo Olimpio Mourão Filho, como General, deflagrou o movimento militar de 1964.

    Vargas, como era de seu feitio, foi prudente e habil na preparação do golpe, que foi gestado dentro da cupula politico-miltar logo após o golpe comunista de 1935. Vargas enviou um sofisticado articulador politico, Francisco Negrão de Lima.para convencer cada Governador de Estado a aderir ao golpe. Negrão conseguiu convencer todos, menos o da Bahia, Juracy Magalhães e do Rio Grande do Sul, Flores da Cunha, que tinha uma relação complicada com Vargas e que um dia antes do golpe fugiu para o Uruguay para não ser preso.

    Fiadores do golpe eram Goes Monteiro, um dos lideres do Exercito e o Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra.

    Vargas anunciou o golpe pelo radio, não houve resistencia no Pais, Exercito e Marinha estavam perfeitamente alinhados com Vargas. Os Governadores se transformaram em INTERVENTORES, menos o de Minas Gerais, uma homenagem de Vargas a seu fiel aliado, Benedito Valadares.

    Foi logo em seguida elaborada uma Constituição, a chamada “Polaca”, pelo jurista Francisco Campos, o mesmo que elaborou os Atos Institucionais do Governo Militar de 1964. A Constituição era autoritaria e Vargas fechou o Congresso, através dos Governadores nomeou todos os Prefeitos do Pais, o que foi um sucesso, o criterio era escolher o melhor médico ou o melhor enegnheiro de cada cidade, nessa leva Vargas escolheu Francisco Prestes Maia, que lançou iniciativas e obras extraordinarias em São Paulo;

    O ESTADO NOVO durou até 29 de outurbro de 1945 quando o Exercito que apoiou Vargas no golpe o depôs.

    O ESTADO NOVO teve grandes realizações, o ambiente mundial era de escalada para a guerra, Vargas criou a Companhia Siderurgica Naciona, a Cia.Vale do Rio Doce, o IBGE, o DASP, que implantou uma administração moderna em um Pais de compadrios na politica, a Cia.Hidroeletrica do São Francisco, criou tambem uma grande maquina de propaganda, o DIP, que se serviu principalmente do radio para fazer divulgação do regime, a imprensa foi integralmente censurada.

    Mas a principal realização de Vargas foi a centralização e integração do Pais, sua visão do Brasil era INTEGRACIONISTA, via o Brasil como um mistura de tres raças, jamais pensaria em cotas ou reservas para negros e indios, era absolutamente contrario a carimbar minorias, via o Brasil como um todo uno e integro, um só povo.

    Embora Vargas fosse a força motora do regime, cujo nome copiou do ESTADO NOVO português de Salazar, o poder que o sustentava era o Exercito, tanto que quando o Exercito retirou a sustentação Vargas foi depoisto em uma hora sem qualquer resistencia.

    A politica externa do Estado Novo era de grande peso internacional, o Brasil tinha uma capacidade decisiva para a articulação da America Latina em torno do campo dos Aliados na Segunda Guerra, assim como foi o unico Pais latino americano fundador da Liga das Nações em 1919, foi tambem o unico Pais latino americano fundador da ONU, Vargas soube jogar diplomaticamente até 1938 alinhado com a Alemanha e depois mudou para o campo Aliado, um movimento complicado que a Argentina e o Chile não souberam fazer, o Brasil acabou a Guerra com grande prestigio, poderia inclusive ter sido potencia ocupante da Austria, recusando por razões economicas.

    O ESTADO NOVO está presente até hoje na estrutura do Estado brasileiro, grande parte de nossas leis fundamentais são daquele periodo, bem como linhas mestras de organização atual do Estado brasileiro.

  3. Black Blocs afirmam que são financiados por ONGs.

    Black Blocs afirmam que são financiados por ONGs nacionais e estrangeiras

       http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2013/11/bblack-blocs-afirmam-que-sao-financiadosb-por-ongs-nacionais-e-estrangeiras.html TREINAMENTO Leonardo Morelli, da ONG Defensoria Social, e três dos participantes do encontro. Ele influencia os Black Blocs com suas causas (Foto: Leonel Rocha/ÉPOCA) Em um sítio no interior de São Paulo, pouco mais de 30 pessoas se reuniram, no fim de semana do Dia dos Finados, para organizar uma nova onda de protestos contra tudo e contra todos. O local se tornou um centro de treinamento para uma minoria que adotou o quebra-quebra como forma de manifestação política e ficou conhecida comoBlack Bloc

  4. A Falácia dos Ministérios

    A FALÁCIA DOS MINISTÉRIOS – Insistentemente surgem notícias na ‘grande mídia’ verde-amarela, ridicularizando e condenando o número de ministérios existentes no país. Esta crítica (nunca desinteressada) procede?

    O Brasil tem hoje 39 ministérios. Mais especificamente, são 24 ministérios, 10 secretarias vinculadas diretamente à Presidência da República, com status de ministério, e 05 órgãos com status de ministério. Passemos então ao exame desses referidos ministérios, secretarias e órgãos.

    O Ministério das Relações Exteriores foi criado em julho de 1736, por D. João V. Tempos coloniais sobre os quais cumpre destacar os feitos do então Ministro de Relações Exteriores de Portugal, Alexandre Gusmão, que é considerado o avô da diplomacia brasileira. 

    Foi ele que negociou o Tratado de Madri, em 1750. Este tratado substituiu o mui antigo Tratado de Tordesilhas, de 1494, e duplicou o tamanho do território brasileiro, com base no princípio do ‘utti possidetis’. Ou seja, quem ocupa a terra de fato, deve ocupá-la de direito.

    O ministério da Fazenda foi criado em junho de 1808, por D. João VI, logo após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, evadindo-se da invasão das tropas francesas de Napoleão Bonaparte. Éramos ainda colônia de Portugal. 

    O ministério da Justiça foi criado em julho de 1822, pelo então Príncipe Regente D. Pedro de Bragança. Não éramos mais colônia, mas sim parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

    No reinado de D. Pedro II, já com a independência finalmente firmada, surgem os embriões dos Ministérios da Agricultura e dos Transportes, juntos na estão Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, criada em 1860. 

    Em novembro de 1930 surgem os Ministérios da Educação (Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública), e do Trabalho (Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio), criados pelo então Presidente Getúlio Vargas.

    Em julho de 1953 o Presidente Getúlio Vargas cria o Ministério da Saúde, desmembrando-o do Ministério da Educação, também criado por ele. Em julho de 1960, o Presidente Juscelino Kubitschek cria os Ministérios da Indústria e do Comércio (atual Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e das Minas e Energia. 

    O Ministério do Planejamento foi criado em janeiro de 1962, no governo de João Goulart. O Ministério das Comunicações foi criado em fevereiro de 1967, pelo Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. O Ministério da Previdência Social foi criado em maio de 1974, pelo Presidente Ernesto Geisel. 

    Os Ministérios da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e da Cultura foram criados em março de 1985, pelo Presidente José Sarney. 

    Em janeiro de 1995, o Presidente Fernando Henrique Cardoso cria o Ministério do Esporte. Em junho de 1999, FHC cria o Ministério da Defesa. Em julho de 1999 é criado o Ministério da Integração Nacional e em novembro do mesmo ano cria-se o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

    Em janeiro de 2003, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva cria os Ministérios do Turismo e das Cidades. Em janeiro de 2004 cria-se o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e em junho de 2009 Lula cria o Ministério da Pesca e Aquicultura. 

    Findos, portanto, os itens relativos aos ministérios, passemos agora aos órgãos com status de Ministério.

    A Casa Civil foi criada em dezembro de 1938, por Getúlio Vargas. O Banco Central foi criado por Humberto de Alencar Castelo Branco em dezembro de 1964. A Advocacia-Geral da União foi criada em fevereiro de 1993, pelo Presidente Itamar Franco.

    O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e a Controladoria-Geral da União foram criados por FHC, respectivamente, em setembro de 1999 e em abril de 2001. 

    Por fim, chegamos nas secretarias com status de ministério.

    A Secretaria de Comunicação Social foi criada em maio de 1979, no governo de João Batista Figueiredo. A Secretaria-Geral da Presidência da República foi criada em março de 1990, pelo Presidente Fernando Collor de Mello e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República foi criada em abril de 1997, por Fernando Henrique Cardoso.

    A Secretaria de Políticas para as Mulheres foi criada por Lula em janeiro de 2003. Lula também criou a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em março de 2003. Bem como a Secretaria de Relações Institucionais, em julho de 2005, a Secretaria Nacional dos Portos, em maio de 2007 e a Secretaria de Assuntos Estratégicos, em junho de 2007.

    A Presidenta Dilma Rousseff criou a Secretaria de Aviação Civil, em março de 2011 e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, em abril de 2013. Finda a breve análise dos Ministérios, Órgãos e Secretarias criadas ao longo da história.

    A criação, fusão, desmembramento ou incorporação de ministérios, órgãos e secretarias é uma constante na história do Brasil. Não há nada de errado nisto, pois estas práticas administrativas respondem aos desafios de cada período, distintos desafios que surgem e que demandam diferentes providências.

    É uma falácia grotesca acusar os governos de Lula e Dilma pelo “inchaço” da máquina pública. O “inchaço” por si só é um mentira, uma vazia construção retórica que os números desmentem em não mais do que cinco minutos.

    E importa ressaltar, a bem da verdade, que Lula criou somente 04 ministérios, mesmo número de ministérios criados por Fernando Henrique Cardoso. 

    As secretarias criadas foram desmembramentos de outras secretarias, já existentes, não provocando gastos abusivos e promovendo a construção de políticas públicas que há muito tempo eram demandadas pela sociedade, como as políticas para as mulheres e para as comunidades afro descendentes.

    Os chorosos atuais, que reclamam do “excesso” de ministérios, na verdade escondem a sua contrariedade com as políticas públicas inovadoras criadas a partir das novas secretarias, nada mais do que isto. 

    Como não podem dizê-lo abertamente, reclamam do fictício “inchaço” da máquina pública.

    1. A quantidade é o de menos…

      o problema está na qualidade, ou melhor, na falta dela.

      39 ministros que não valem por um. 

      Um bando de medíocres, pra dizer o mínimo.

  5. Como destruir um alienado em 1000 pedaços

    Há um filme de Woody Allen (não lembro o nome) em que em uma das cenas há uma fila na porta do cinema e um homem, querendo impressionar a sua companhia, “interpreta” a intenção do autor do filme.

    Woody Allen, ouvindo tudo, já irritado, sai da fila, vai atrás de um biombo na mesma calçada em que estavam (quem conhece o cineasta Woody Allen sabe como os seus filmes são inteligentes, instigantes e provocativos), traz pelo braço o diretor do filme e pede para ELE dizer do que se tratava o filme. Tudo que o conquistador dissera era uma asneira só.

    A cena termina com Woody Allen dizendo algo tipo: “que pena que a vida não é assim”, ou seja, que pena que bobagens e dissimulações, podem passar por verdades e até por coisas sábias sem que possamos fazer nada.

    Narrei essa cena em um texto que escrevi e postei em fevereiro de 2012.

    Realmente, a vida não é como gostaríamos que fosse. Já lamentei muitas vezes por isso. Acho que hoje estou mais inclinado a dizer que ainda bem que não é assim.

    Deixe como está. A vida é a imperfeição do perfeito.

    Quantas vezes fiquei chateado, até furioso, por não poder mostrar o óbvio e isso já seria suficiente para mostrar como a vida é imperfeita; o óbvio é óbvio, não deveríamos precisar mostra-lo. Mas não é assim. Muitas vezes mesmo o óbvio ululante de Nelson Rodrigues precisa ser mostrado.

    O grande problema é que não querem ver. Sim, acredite; não querem ver.

    Até bem pouco tempo atrás a minha inocência me fazia acreditar que as pessoas não sabiam. E a ignorância será quase sempre perdoada.

    Eça de Queiroz diria que “ou é má fé cínica ou obtusidade córnea”. Já me convenci de que em muitos casos não é obtusidade córnea.

    Eu, que hoje me inclino mais a pensar que ainda bem que a vida não é como eu gostaria que fosse, permito-me uma recaída. Gostaria que fosse sim, pelo menos em alguns momentos, para que o óbvio pudesse ser mostrado. Mas aí eu teria que ter o talento e o conhecimento de um Woody Allen. Ou de George Gallaway.

    Veja a oportunidade que a vida deu a Gallaway e o que ele fez com o aluno de Oxford. Esse aluno é de Oxford, mas eles estão espalhados por aí.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=–QjwodEcOk ]

  6. Esses vídeos do julgamenteo e
    Esses vídeos do julgamenteo e expulsão de aluno da facudade de medicina de Cuba, msotra como se faz julgamento, sem essa embromação burguesa de recursos infinitos e sem qualquer defeda. ALpem disso, mostra como é extremamene humana a formação que recebem dentro da faculdade de medicina.

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    http://liberdadeeconomica.com/home/2013/10/20/em-cuba-faculdade-de-medicina-expulsou-aluno-por-ser-contra-a-revolucao-veja-o-video/

  7. Dilma lança P-58 e visita “fábrica” de plataformas para o pré-sa

    Dilma lança P-58 e visita “fábrica” de plataformas para o pré-sal

    Agora de manhã, além de presidir a cerimônia de conclusão do navio-plataforma P-58 – feito, como a maioria do seu tipo, a partir de um antigo casco de superpetroleiro, o  Welsch Venture, Dilma Rousseff visitará uma das mais importantes iniciativas que o pré-sal está permitindo à indústria naval brasileira: uma fábrica de navios-plataforma de petróleo gigantes, conhecida como Projeto Replicantes.

    Os replicantes serão oito navios do tipo FPSO – que recebem, processam, armazenam e transferem para petroleiros a produção de diversos poços de petróleo interligados – construídos em série. Como são montados com peças idênticas, um ao lado do outro, num imenso dique seco na cidade gaúcha de Rio Grande, a velocidade de construção é maior e o custo cerca de 25% menor que uma obra naval equivalente feita pelos métodos convencionais.

    Além disso, por não se tratar de uma estrutura adaptada – única, portanto – a economia de projeto e execução – e, futuramente, de manutenção – atinge também as instalações dos equipamentos de convés. Na foto acima, você vê o primeiro dos replicantes, a P-66, já com suas formas bem definidas e, ao lado, o início da montagem da P-67.Esta, e apenas esta, terá algumas partes vindas da China, para acelerar o processo de fabricação. Ou outros seis replicantes, cada um deles medindo 288 metros de comprimento, serão inteiramente montados no Brasil, até 2018.

    As P-66 e 67 vão para o campo de Lula, produzindo a partir de 2016, cada uma, 150 mil barris de petróleo por dia.

    Já os 330 metros de comprimento do casco da P-58, a partir da semana que vem, começam a receber  as estruturas adicionais de processamento de óleo, fabricadas em Niterói (RJ) e transportadas para o Rio Grande do Sul por balsas. Quem passar pela ponte Rio-Niterói e observar, logo após a Ilha de Mocanguê, dia e noite, guindastes imensos movimentando torres de tanques e tubos cinza e amarelos, fique sabendo que daqui a alguns meses por ali vão estar passando por ali  petróleo e gás do pós e do pré-sal do campo de Parque das Baleias, na porção capixaba de Bacia de Campos.

    Portanto, quem não perceber que, daqui a pouco, o que vai acontecer não é uma simples solenidade de visita a obras não está entendendo o quanto isso significa de progresso e afirmação para a indústria, a engenharia, o emprego e a economia de um Brasil que, até pouco tempo, comprava no exterior todos os equipamentos de produção de petróleo.

    Sob os aplausos, aliás, dos que diziam que “lá fora é mais barato”, esquecendo que o mais barato é o que fica em casa, dando trabalho a seu povo e riqueza ao seu país.

    http://tijolaco.com.br/index.php/dilma-lanca-p-58-e-visita-fabrica-de-plataformas-para-o-pre-sal/

  8. Servidora que acusou

    Servidora que acusou secretário de Haddad teria tido “caso” com chefe da máfia dos fiscais

    Relutei em divulgar a informação que darei a seguir por conta de um conflito ético. Seria correto divulgar fato da esfera íntima de envolvidos no caso da máfia dos fiscais em São Paulo, mas que é amplamente comentado por servidores da Prefeitura e que é conhecido pela mídia, pelo Ministério Público e pela própria administração do prefeito Fernando Haddad?

    Devido a um dos envolvidos nesse fato estar fazendo acusação ao secretário de Governo da gestão Haddad, Antonio Donato, de que teria recebido doação eleitoral com recursos oriundos da roubalheira na gestão Gilberto Kassab, e devido à mídia ter dado crédito a essa acusação sem deixar claro que a pessoa que acusou não apresentou provas e tem interesse em envolver a gestão Haddad, torna-se justo divulgar a informação.

    Em depoimento ao Ministério Público, a servidora da prefeitura Paula Sayuri Nagamati disse ter ouvido de um auditor preso que teria havido uma “colaboração” à campanha de Donato à Câmara Municipal de SP, em 2008, com “dinheiro fruto da fiscalização”. O caso foi revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

    Mas quem é Paula? Por que uma sua afirmação sem provas contra a gestão que investigou e desbaratou a quadrilha – a gestão Haddad – foi comprada pela mídia como se contivesse a menor evidência de ser verdadeira? Afinal, Paula não apresentou provas, não deu o nome de quem acusou Donato, enfim, apenas acusou.

    E a acusação precária virou manchete de jornal. Como se não bastasse, foi tratada pelas tevês como se fosse fato. Matéria do Bom Dia Brasil (Globo) sobre a acusação de Paula tem o seguinte título: Suspeitos de fraude financiaram campanha de secretário de Haddad. Essa acusação peremptória se baseia em que Paula “ouviu falar”.

    Quem é Paula? Como se sabe, ela foi chefe de gabinete do ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo, ligado ao ex-prefeito José Serra (PSDB). Nesta semana, Haddad a exonerou do cargo que ocupava na supervisão técnica da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social.

    A demissão de Paula foi criticada pela imprensa paulista após o Ministério Público de SP – aquele do “eminente” procurador Rodrigo de Grandis – ter dito que ela não é investigada, que seria “apenas testemunha”. A Folha de São Paulo, por exemplo, deu manchete de primeira página para a demissão insinuando que ela foi afastada por Haddad porque denunciou seu secretário.

    Conforme tem sido divulgado pela imprensa, o chefe do esquema de corrupção na prefeitura durante a gestão Kassab era Ronilson Bezerra Rodrigues, subsecretário de Finanças, o segundo do secretário Mauro Ricardo (homem de Serra) na Secretaria de Finanças municipal.

    Então há uma trinca, aí, em um esquema que movimentou, ao que se sabe até agora, MEIO BILHÃO DE REAIS durante a gestão Gilberto Kassab. Essa trinca era composta pelo ex-secretário Mauro Ricardo, pelo ex-subsecretário Ronilson Bezerra Rodrigues e pela chefe de gabinete do ex-secretário, Paula Sayuri Nagamati. Os três trabalhavam juntinhos.

    Antes de prosseguir, uma informação: a quantidade de dinheiro movimentado pelo esquema de corrupção na prefeitura de São Paulo, até agora, já se aproxima do que a prefeitura de São Paulo deixará de arrecadar por ter voltado atrás no aumento de vinte centavos no preço das passagens de ônibus, após as manifestações de junho.

    Como é possível que a prefeitura de São Paulo não tivesse dado falta dos 500 milhões de reais que deixaram de entrar nos cofres públicos por conta do esquema de corrupção em tela?

    Mas a relação de Paula com os envolvidos nesse esquema não para por aí. Segundo o Blog apurou com servidores da prefeitura, “todos sabem” de suposta relação amorosa dela com Ronilson, apresentado pela imprensa como “chefe” do esquema criminoso. E, para complicar, ambos – Paula e Ronilson – são casados – mas, evidentemente, não um com o outro.

    Até se pode entender que a imprensa não divulgasse informação tão sensível por Paula, oficialmente, não estar sendo investigada. Porém, quando ela faz uma acusação gravíssima e sem provas contra uma das pessoas responsáveis pela investigação do grupo suspeito que ela integrou, sua relação com aquele que é tido como “chefe” da máfia dos fiscais se torna vital.

    Se Paula faz uma acusação gravíssima ao secretário Donato por ter “ouvido falar” e esse “ouvir falar” vira manchete de jornal, chegando a ser tratado pela imprensa como suspeita contra o auxiliar do prefeito Fernando Haddad, não seria justo que o “ouvir falar” da relação dela com Ronilson também seja conhecido?

    A gestão Haddad respondeu com meias palavras à acusação de Paula de que Donato teria tido sua eleição para vereador em 2008 financiada pelo esquema criminoso surgido na administração de seu adversário político (Kassab). Disse apenas que ela e Ronilson tinham uma relação “muito próxima”. Esse pseudo bom-mocismo, porém, não cabe na investigação de um crime.

    http://www.blogdacidadania.com.br/2013/11/servidora-que-acusou-secretario-de-haddad-teria-tido-caso-com-chefe-da-mafia-dos-fiscais/

  9.  
    Mujica critica feministas e

     

    Mujica critica feministas e “esquerda acomodada” do Uruguai

     

    “De uruguaias submersas, cheias de crianças, ninguém se lembra”, afirmou presidente

     

    O presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, fez fortes críticas nesta sexta-feira (09/11) a ativistas feministas de seu país que pedem por mais mulheres em postos de trabalho e não atuam a favor de mulheres pobres com filhos. Ele também condenou a “esquerda acomodada”.

    “Neste país existem pessoas que lutam por direitos, entre as quais correntes feministas pedindo que nessa sociedade de machistas se abram oportunidades para as mulheres ocuparem todas as posições por suas condições, mas dessas uruguaias submersas, cheias de criança, ninguém se lembra”, afirmou, segundo o jornal El País.

    Agência Efe

    José Mujica criticou nesta sexta-feira feministas e “esquerda acomodada” do Uruguai

    Mujica continuou, dizendo que não viu ninguém “fazer um ensopado para mulheres que estão levantando paredes, parece que não são mulheres e suportam a dupla discriminação de ser mulheres, estar abandonadas e ser pobres”.

    De acordo com o presidente, quanto mais rica a sociedade e quanto mais cresce a economia, mais se tende a esquecer aqueles que “ficam no caminho”. Em seu programa de rádio, Mujica falou também de intelectuais e “pequeno-burqueses” acomodados que falam em solidariedade mas “trabalham” com a economia capitalista. 

     

    “Começam tirando férias em Punta del Diablo, depois vão para Florianópolis e no final da trajetória, fazem uma viagem a Miami”, criticou. “Nem lhes passa pela cabeça comprar meio quilo de linguiça para dividir com os necessitados, não ligam para dar esmolas, no fundo, não ligam para nada”. Ele também alfinetou os militantes de esquerda, afirmando que dizem uma coisa, mas agem de outra forma.

    Mujica também se referiu aos militantes de direita, dizendo que “geralmente são advogados e notários, sempre vão ser lenientes com os ricos e dizer, com respeito às políticas sociais, que não se deve acostumar os pobres a pedir. Ou então que não se deve dar o peixe, mas ensinar a pescar”.

    Por último, Mujica se referiu aos programas do governo. “De que servem os programas de governo se não têm nenhum sentimento ou compromisso? De que servem os programas quando não se sustenta o coração? A política que tem a ver com a vida social é apenas um negócio se você esquecer o compromisso com a solidariedade e a igualdade. E este é um problema anterior aos programas”, concluiu.

     

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/32320/mujica+critica+feministas+e+esquerda+acomodada+do+uruguai.shtml

     

     

  10. Grupo Folha-UOL sob suspeita

    Grupo Folha-UOL sob suspeita no esquema de corrupção dos auditores de SP

    08/11/2013 | Publicado por igorcarvalho em Mídia | Política – (8 comentários)

    Há um constrangimento entre repórteres e editores no grupo Folha-Uol com relação à cobertura que está sendo realizada por essas redações no caso do esquema da quadrilha formada por auditores da Prefeitura de São Paulo que pode ter desviado mais de 500 milhões de reais dos cofres públicos.

    Desde ontem este blogue conversou com quatro jornalistas dessas redações e todos, com um ou outro detalhe diferente, confirmam a tese que me foi levantada por um deles. De que este é um “caso do Otávio Frias”. E de que ele teria dado a seguinte ordem: “não importa o que aconteceu antes, importa saber a corrupção nesta gestão”.

    Três deles confirmam que há gente trabalhando para que a cabeça de ao menos de um petista seja cortada do governo antes do final do ano. Um disse que acha que há equívocos na cobertura, mas que considera isso parte “da teoria da conspiração”.

    O fato é que hoje o jornal Folha de S. Paulo traz como manchete de hoje a seguinte frase: “Prefeito sabia de tudo, diz fiscal preso, em gravação”. Quem é o prefeito de São Paulo? Haddad, claro. Kassab é ex-prefeito. E Kassab tem nome. E o nome dele poderia muito bem substituir a palavra prefeito. Ou se a folha fosse ao menos um pouco correta, a de ex-prefeito.

    Quem apenas passou pelas bancas e viu a manchete, passará o dia com a certeza do envolvimento de Fernando Haddad no esquema de desvio do Imposto Sobre Serviços na Prefeitura de São Paulo.

    Na versão online da notícia, a Folha mantém o tom. E até o terceiro parágrafo do texto o leitor não é sequer informado sobre quem é o “prefeito”.

    Já o G1, das organizações Globo, deu o seguinte título: “Kassab sabia de tudo, diz acusado de chefiar fraude em telefonema gravado”.

    O trecho transcrito da gravação do telefonema de Ronilson Bezerra Rodrigues , que seria um dos chefes da quadrilha, é o seguinte:

    “É um absurdo. Paula, tinha que chamar o secretário e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito que eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo.”,

    A Paula citada é Paula Sayuri Nagamati, que teve seu depoimento do dia 31 de outubro à promotoria revelado. Ela teria dito neste dia que só sabia que Ronilson teria dado dinheiro ao secretário Donato. Ou seja, não se recordava deste telefonema de Ronilson, onde ele provavelmente se referia a Mauro Ricardo, de quem ela foi chefe de gabinete. E ao ex-prefeito Kassab.

    Paula, ao que tudo indica, também fazia parte do esquema. E foi à promotoria para tentar salvar Ronilson e seus parceiros. Por isso batucou o nome de Antonio Donato no depoimento. Na tática diversionista da quadrilha, era preciso achar alguém do PT para tirá-los do foco.

    A relação de Paula e Ronilson é bastante comentada na sede da prefeitura de SP. Este telefonema revelado ontem não seria o único grampeado de conversas entre eles. Existiram outros que revelariam um nível bem mais alto de intimidade.

    Mas quando Paula foi exonerada ontem, qual foi a cobertura do UOL? Tentou transformá-la em vítima e depois forçou uma manchete absurda para mostrar que o secretário de governo da Prefeitura perdera a confiança do prefeito.

    O UOL manchetou que Haddad afirmara que a situação de Donato era delicada. E anunciava que isso seria uma mudança de posição. Ou seja, o ex-presidente do PT estaria na marca do pênalti. O que corroboraria a tese de que tudo não passaria de mais uma lambança petista. E de que Serra, Kassab e Mauro Ricardo Dias, que agora trabalha com ACM Neto, em Salvador, e que diretamente ou indiretamente comandou a pasta da Finanças de São Paulo nos últimos 8 anos, eram inocentes.

    O grupo Folha-UOL decidiu que é preciso transformar o escandaloso caso de mais de 500 milhões de reais de desvio de ISS da prefeitura para o bolso de agentes públicos nos governos Serra-Kassab em um crime do PT. E isso coloca-o sob suspeita. Por que a família Frias decidiu operar neste sentido? Quem  quer preservar? O que pode surgir deste escândalo que os faz se comportar jornalisticamente de forma tão escandalosamente absurda? Por que o nome de Mauro Ricardo, o todo poderoso das Finanças de São Paulo nos últimos anos sequer é citado? Por que a Folha esconde Serra e Kassab? O prefeito Haddad pode processar e pedir retratação para a Folha por tentar incriminá-lo de forma leviana na manchete de hoje. Injúria e difamação não fazem parte dos direitos de qualquer jornal ou jornalista. E deve se preparar para o que vem pela frente, porque a manchete de hoje deixa claro quem é o verdadeiro alvo da operação pega PT.

     

    http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/11/08/folha-de-s-paulo-erra-para-induzir-leitor-a-acreditar-que-haddad-tem-envolvimento-em-esquema-de-corrupcao/

     

  11. O “japonesinho do Geisel” e o leilão de Libra

    Muito fã

    O japonesinho do Geisel e o leilão de Libra

    por Daniela Pinheiro

    Faltavam duas horas para o começo de sua palestra sobre exploração de gás natural quando Shigeaki Ueki – ministro de Minas e Energia e presidente da Petrobras durante dois governos militares, somando mais de uma década no centro do poder – apareceu sorridente no hall de um prédio comercial no Centro de São Paulo. Eram sete horas da manhã e ele usava terno cinza, gravata roxa e carregava uma pastinha preta, que remetia aos tempos em que era o mais poderoso tecnocrata do petróleo no Brasil.

    Um dos formuladores do Proálcool, negociador da compra de milhares de barris nas duas crises mundiais do petróleo, foi Ueki quem também, num dia de janeiro de 1975, apresentou ao mundo um vidrinho com óleo extraído das profundezas da Bacia de Campos – o que mudou em definitivo os rumos das políticas econômica e energética brasileiras.

    Naquele início de manhã, “o japonesinho do Geisel” – como ficou conhecido depois do personagem criado pelo humorista Chico Anysio em sua homenagem – estava exultante com o resultado do leilão do Campo de Libra, ocorrido quatro dias antes. A maior área de pré-sal do Brasil tem reservas estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris. O leilão foi criticado por ter regras draconianas para formação dos consórcios, ter afastado empresas reputadas e ter sido arrematado pelo lance mínimo. “Quem fala mal é porque quer polemizar ou não entende nada do assunto”, disse. “Nunca ouvi tanta besteira.”

    Aos 78 anos, baixo, ágil e um poço de discrição, Ueki é um requisitado consultor da área de energia. Segundo ele, desde que deixou o governo evita consultorias em solo nacional. Seus clientes são empresas estrangeiras com vistas a negócios além-mar. Gente do ramo aposta que Ueki ainda nada de braçada no mar do ouro negro brasileiro.

    Ele também é sócio de empresas de reflorestamento, de produção de fertilizantes, de suplementos vitamínicos para incrementar a produção de leite em vacas, de uma fábrica de resinas e até é dono de um restaurante japonês – o Shintori, em São Paulo –, administrado por seu filho. Quando lhe sobra tempo, Ueki percorre o país ministrando palestras, cuja remuneração – ele contou – é doada para a caridade. “Mas é coisa pequena. Se me pagassem igual ao Fernando Henrique e ao Lula, eu largava tudo.”

    Durante décadas, foi perseguido pelo boato – espalhado, segundo ele, pelo jornalista Helio Fernandes, da Tribuna da Imprensa – de que seria dono de poços de petróleo no Texas. Ele apertou os olhos – que se transformaram em dois risquinhos –, abriu um sorriso largo e falou sem alterar o tom de voz. “Meu amigo Rolim Amaro sempre me disse: ‘Não conteste. Quando o absurdo é muito grande, é melhor ficar calado.’” Ele atribui a fofoca ao fato de os dois filhos terem ido morar em Austin, onde cursaram faculdade. “Foi uma questão de segurança. Recebíamos ameaças de morte por telefone, era coisa muito pesada”, contou.

    Quando fala sobre Libra, não esconde o entusiasmo. “Eu achava que não ia aparecer ninguém, mas quando vi o consórcio formado, fiquei muito contente”, disse. O campo, na Bacia de Santos, será explorado em conjunto pela Petrobras, pela anglo-holandesa Shell, pela francesa Total e pelas chinesas CNOOC e CNPC.

    Segundo Ueki, o consórcio é perfeito para os interesses do Brasil. O risco de inadimplência, ele disse, é zero – já que as empresas juntas faturaram mais de
    1 trilhão de dólares no ano passado. No que diz respeito à tecnologia, idem. Ele citou que a Shell é pioneira em exploração em águas profundas desde a década de 70, e a Total foi a responsável pela invenção do tubo de aço flexível, essencial para a perfuração em águas profundas. “E as duas empresas chinesas querem ver o petróleo saindo o mais rápido possível porque têm forte dependência externa e não estão preocupadas com lucro.”

    Quando ouviu o potencial candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, dizer que o leilão havia sido um “fracasso”, ele contou ter ficado revoltado. “Olha, não conhece o assunto, é melhor ficar calado”, disse. Segundo ele, os brasileiros deveriam agradecer a ausência de empresas de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, como a Venezuela, a Arábia Saudita e o Catar. “Eles fazem cartel. Têm como estratégia deixar a produção baixa para manter os preços altos. Certamente, iriam querer ver o petróleo do pré-sal à distância”, comentou.

    O mesmo sobre as americanas, como a Chevron e a ExxonMobil. “A prioridade deles é produzir o gás de xisto, o que pode fazê-los deixar de ser importadores para virar exportadores mundiais. Petróleo do pré-sal é concorrência.” Ueki disse ter apenas uma dúvida: se o custo da produção de Libra vai compensar o preço pelo qual será vendido. “Mas isso não dá para saber”, comentou.

    O mérito do leilão, segundo ele, deve ser atribuído à presidente Dilma Rousseff. “Eu não sou petista, mas ela en-ten-de desse assunto”, disse enfatizando as sílabas. “Não sei se fizeram de propósito, mas espantar várias empresas grandes foi ótima estratégia”, disse. Espontaneamente, passou a elogiar o Mais Médicos (“Só posso aplaudir”) e o Bolsa Família (“Mudou o país”). Uma coisa ele não perdoa: “Acho o fim da picada manter o preço da gasolina para segurar a inflação.” Quando ouviu a pergunta se estava se tornando petista, ele arregalou os olhos. “Petista, não! Mas a presidente virou as costas para os radicais e fez a coisa certa.”

     

    m junho de 2010, Ueki recebeu o Prêmio Top Etanol, o principal reconhecimento de lideranças que contribuíram para o desenvolvimento do setor. Na plateia, estavam Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, na época os três principais candidatos à Presidência. No final da solenidade, Ueki foi abordado por Serra – que quis saber se havia discursado bem — e por Dilma. “Quando ela se aproximou, eu fiquei pensando: eu era governo quando ela estava presa”, disse. “Imagina o que ela devia pensar de mim? Só coisa horrível, né? Mas eu também pensei muito mal dela na época: terrorista, assassina, essas coisas.”

    Dilma quis saber se ele era Ueki, ao que ele consentiu com a cabeça num típico gesto nipônico. Em seguida, ela disse que gostaria de dar-lhe parabéns por tudo o que ele havia feito pela Petrobras. “Aí, eu fiquei fã dela, né?”, contou Ueki, sorrindo. “Todo mundo é meio egoísta, não tem jeito, mas fiquei fã. Fazer o quê?”]

    Revista Piauí 86, novembro 2013

    http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-86/esquina/muito-fa

     

  12. Fukushima

    Fukushima Dentro de Um Mês e meio, Poderá ser Palco do Momento mais Perigoso para a Humanidade

    Do site “Anonymous Brasil”:

    http://www.anonymousbrasil.com/mundo/fukushima-mes-meio-podera-palco-momento-perigoso-humanidade/

     

    Nós estamos agora, a cerca de um mês e meio do que pode ser o momento mais perigoso para a humanidade desde a crise dos mísseis em Cuba. Não há desculpas para não agir. Todos os recursos precisam estar focados no tanque de combustível do reator quatro de Fukushima.

    Fukushima Dentro de Um Mês e meio, Poderá ser Palco do Momento mais Perigoso para a Humanidade

    A empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric (Tepco), diz que daqui cerca de 45 dias eles começarão a tentar remover mais de 1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está bastante danificado a cerca de 50 metros do chão. Este tanque está em cima de um prédio muito danificado que está afundando, entortando e pode facilmente cair com o próximo terremoto ou até mesmo sozinho.

    As quase 400 toneladas de combustível naquela piscina podem derramar 15 mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima.

    A única coisa certa sobre essa crise é que a Tepco não tem os recursos financeiros ou científicos para lidar com a situação. Nem mesmo o governo japonês. A situação demanda de um esforço mundial coordenado dos melhores cientistas e engenheiros que nossa espécie pode prover.

    Curta Anonymous no Facebook: AnonymousBrasil

    Por que isso é tão sério?

    Nós já sabemos que milhares de toneladas de água muito contaminada estão vazando de Fukushima desde 2011 e indo direto para o oceano Pacífico. Já foram encontrados cardumes de sardinha com traços de contaminação na costa da Califórnia… E nós devemos esperar coisas muito piores.

    Fukushima Dentro de Um Mês e meio, Poderá ser Palco do Momento mais Perigoso para a HumanidadeO governo proibiu a pesca na região após encontrarem peixes com o nível de radioatividade 10 vezes acima do comum.

    A Tepco continua a jogar mais e mais água na região dos três núcleos dos reatores destruídos para de alguma forma mantê-los resfriados. O vapor que sai destes indica que a fissão nuclear pode ainda estar ocorrendo no subsolo. Mas ninguém sabe exatamente onde estes núcleos estão.

    Fukushima Dentro de Um Mês e meio, Poderá ser Palco do Momento mais Perigoso para a HumanidadeEsta água jogada torna-se radioativa ao entrar em contato com o núcleo. Como não pode ser descartada, sua maioria está agora armazenada em milhares de enormes porém frágeis tanques que foram montados com pressa em volta do local. Muitos já estão vazando. Eles podem simplesmente se desmontar no próximo terremoto, liberando milhares de toneladas de veneno permanente no Pacífico.

    Fukushima Dentro de Um Mês e meio, Poderá ser Palco do Momento mais Perigoso para a Humanidade

    A água que está sendo jogada no local está prejudicando as bases das estruturas que sobraram, inclusive a do prédio que suporta o tanque de combustível da unidade quatro.

    Mais de 6.000 varas de combustível estão em um tanque apenas a cinquenta metros da unidade quatro. Algumas destas contendo plutônio. O tanque não tem nenhuma contenção extra, está vulnerável à perda do isolamento estrutural, ao colapso de algum prédio próximo, outro terremoto, outra tsunami e mais.

    No geral, mais de 11.000 varas de combustível estão espalhadas ao redor da Fukushima. De acordo com o especialista do departamento de energia Robert Alvarez, há cerca de 85 vezes mais césio no local do que o que foi liberado em Chernobyl. Pontos de radioatividade continuam sendo encontrados em todo o Japão. Há indicações de áreas com grande incidência de problemas na tireoide de crianças.

    A missão principal é que estas varas de combustível devem sair de alguma forma com segurança deste tanque de combustível do reator quatro o mais rápido possível.

    Qual o risco que estas varas de combustível apresentam?

    O combustível gasto têm de ser mantido de alguma forma debaixo da água. É revestido em uma liga de zircônio que irá entrar em ignição espontaneamente se exposto ao ar. Usado por muito tempo em lâmpadas de flash de câmeras fotográficas, o zircônio queima com uma chama extremamente clara e quente.

    Cada bastão emite radiação o suficiente para matar alguém próximo a ela em questão de minutos. A ignição de uma poderia forçar toda a equipe a abandonar o local e deixaria equipamentos elétricos inutilizados.

    De acordo com Arnie Gunderson, uma engenheira nuclear com quarenta anos de experiência em uma indústria que fabrica estas varas de combustível, as que estão dentro do reator da unidade quatro estão tortas, danificadas e trincadas ao ponto de quebrarem. As câmeras mostraram quantidades preocupantes de destroços no tanque de combustível, que parece estar bem danificado.

    Os desafios de esvaziar este tanque são cientificamente enormes, diz Gundersen. Mas deverá ser feito com 100% de perfeição.

    Se a tentativa falhar, as varas podem ser expostas ao ar e pegar fogo, liberando quantidades horroríficas de radiação na atmosfera. O tanque pode cair no chão, derrubando as varas juntas em uma pilha que poderia ativar a fissão e explodir. O resultado seria uma nuvem radioativa que ameaçaria a segurança e saúde do mundo todo.

    Os primeiros vestígios de radiação que Chernobyl emitiu chegaram na Califórnia em dez dias. Os vestígios de Fukushima chegaram em menos de uma semana. Um novo incêndio no tanque de combustível do reator quatro pode derrubar uma corrente contínua de radiação venenosa por séculos.

    O embaixador aposentado Mitsuhei Murada diz que se esta operação der errado, “destruiria o ambiente mundial e nossa civilização. Não é ciência astronômica ou se conecta com debates sobre plantas nucleares. Esse é um assunto sobre a sobrevivência humana”.

    Nem a Tokyo Electric ou o governo do Japão pode fazer isso sozinho. Não há desculpas para não organizar um esforço em conjunto mundial dos melhores engenheiros e cientistas disponíveis.

    O relógio está contando e não podemos evitá-lo. O desfecho de um possível desastre nuclear mundial está quase batendo na porta. Para ajudar, a melhor coisa que você pode fazer é passar esta informação para outras pessoas afim de mobilizar e conscientizar o mundo do perigo que estamos enfrentando e assim pressionar as autoridades a se organizarem.

  13. Fukushima

    Harvey Wasserman:

    Retirada de Combustível do Reator 4 de Fukushima Ameaça criar Cenário Apocalíptico!

     

    Do Blog “Os bastidores do Planeta”

    https://osbastidoresdoplaneta.wordpress.com/tag/harvey-wasserman/

    Em novembro, a TEPCO começa a remover os bastões de combustível, que têm emissão de radiação equivalente a 14 mil bombas como as foram jogadas em Hiroshima.

    Uma operação com consequências potencialmente “apocalípticas” deve começar em cerca de duas semanas – “em torno de 8 de novembro” – no reator 4 de Fukushima, que está danificado e vazando. É aí que a operadora da usina, a TEPCO, vai tentar remover 1.300 bastões de combustível gastos de um depósito completamente estragado no andar superior da usina. Os bastões têm radiação equivalente a 14 mil bombas como as que foram jogadas em Hiroshima.

    Apesar de o prédio do reator 4 em si não ter sofrido um colapso, ele passou por uma explosão de hidrogênio, e está indo de mal a pior, e a chance de aguentar mais um abalo sísmico é zero.

    O Japan Times explicou:

    “Para remover os bastões, a TEPCO colocou um guindaste de 273 toneladas por cima do prédio, que será operado remotamente, de uma sala separada. […] os bastões gastos vão ser retirados das armações em que eles estão armazenados um a um e inseridos em uma pesada câmara de aço, com as peças ainda submersas debaixo da água. Quando essa câmara for retirada da água e depositada no chão, será transportada até outra piscina em um prédio intacto para armazenamento.

    Em circunstâncias normais, uma operação como essa demoraria três meses. Mas a TEPCO esperar completar essa antes do início do ano fiscal de 2014.”

    Um coro de vozes têm soado como um alarme contra o plano – nunca algo assim já foi feito – de remover manualmente 400 toneladas de combustível gasto da TEPCO, que tem sido responsabilizada por problema atrás de problema na danificada usina nuclear.

    Arnie Gunderson, engenheiro nuclear veterano dos EUA e diretor da Fairewinds Energy Education, alertou, nesse verão, que “eles terão dificuldade na remoção de um número significativo dos bastões”, e disse que “daí se pular direto para a conclusão de que vai dar tudo certo é um belo salto no escuro”. Paul Gunter, diretor do Reactor Oversight Project, também deu o alarme, afirmando ao Commom Dreams que “dadas as incertezas sobre as condições objetivas e a disposição de centenas de toneladas de partes, vai ser como um perigosíssimo jogo de pega varetas radioativo”. Gunter fez a seguinte analogia sobre o perigoso processo de remover os bastões de combustível gastos:

    “Se você pensar na armação nuclear como um maço de cigarros, se você puxar um cigarro direto, ele sai – mas essas armações sofreram danos. Agora, quando eles forem puxar o cigarro direto para cima, ele vai provavelmente quebrar e soltar Césio e outros gases, Xenônio e Criptônio, no ar. Suspeito que quando chegar novembro, dezembro, janeiro, vamos ouvir que o prédio foi evacuado, que eles quebraram um dos bastões, que os bastões estão liberando gases. […]

    Suspeito que vamos ter mais liberações no ar à medida que eles tiram o combustível. Se eles puxarem rápido demais, quebram o bastão. Acho que as armações foram retorcidas, o combustível superaqueceu – a piscina ferveu – e o efeito é que provavelmente, boa parte do combustível vai ficar lá por muito tempo.”

    O Japan Times acrescentou:

    “A remoção dos bastões costuma ser feita por computador, que sabe a localização de cada uma das peças com precisão milimétrica. O trabalho às cegas em um ambiente altamente radioativo faz com que haja um risco de o guindaste danificar um dos bastões – um acidente que deixaria ainda mais miserável a região de Tohoku.”

    Como explicou Harvey Wasserman, ativista contra atividade nuclear de longa data:
    “Os bastões gastos de combustível precisar ser mantidos resfriados o tempo todo. Se eles forem expostos ao ar, seu revestimento de liga de Zircônio vai pegar fogo, os bastões vão se queimar e grandes quantidades de radiação serão liberadas. Se os bastões encostarem um no outro, ou se eles se desfizerem numa pilha grande o suficiente, pode haver uma explosão.”

    RT ainda acrescenta que, na pior das hipóteses: “a piscina pode desabar no chão, derrubando os bastões uns sobre os outros, o que poderia provocar uma explosão muitas vezes pior do que a que aconteceu em março de 2011.”

    Wasserman diz que o plano é tão arriscado que merecia uma intervenção global, um pedido do qual Gunter compartilha, afirmando que “a perigosa tarefa não deveria ficar nas mãos da TEPCO, deveria envolver a supervisão e o gerenciamento de especialistas internacionais independentes”.

    Wasserman disse ao Commom Dreams que:

    “A retirada dos bastões de energia da unidade 4 de Fukushima pode bem ser a missão mais perigosa da engenharia até hoje. Tudo indica que a TEPCO é incapaz de fazer isso sozinha, ou de informar de maneira confiável à comunidade internacional o que está acontecendo. Não há razões para se acreditar que o governo japonês também faria isso. Esse é um trabalho para ser feito pelos melhores engenheiros e cientistas do mundo, com acesso a todos os recursos que poderiam ser necessários

    A potencial liberação de radiação em um caso desses pode ser descrita como apocalíptica. Só o Césio equivale a 14 mil bombas como as que foram jogadas sobre Hiroshima. Se algo der errado, a radiação poderia forçar que todos os seres humanos no local sejam evacuados, e poderia provocar a falha dos equipamentos eletrônicos. A humanidade seria forçada a assistir sem poder fazer nada enquanto bilhões de curies de radiação mortal são jogadas no ar e no mar.”

    Por mais ousado que possa parecer o alerta de Wasserman, ele encontra ressonância na pesquisadora de fallout de radiação Christina Consolo, que disse ao RT que na pior das hipóteses o cenário é de apocalipse. O alerta de Gunter também foi ousado.

    “O tempo é curto enquanto nos preocupamos que outro terremoto pode danificar ainda mais o complexo do reator e o depósito do resíduos nucleares”, continuou ele. “Isso poderia literalmente reinflamar o acidente nuclear a céu aberto e incendiar até alcançar proporções hemisféricas”, disse Gunter.

    Wasserman diz que, dada a gravidade da situação, os olhos do mundo deveriam estar voltados para Fukushima.

    “Essa é uma questão que transcende ser antinuclear. O destino da Terra está em jogo aqui, e o mundo todo deve acompanhar cada movimento daquele local a partir de agora. Com 11 mil bastões de energia espalhados pelo local, e com um fluxo constante de água contaminada envenenando o oceano, é a nossa sobrevivência que está em jogo.”

    Fonte: Carta Maior

  14. Fukushima: o perigo de um cenário apocalíptico

    Retirada de combustível do reator 4 de Fukushima ameaça criar cenário apocalíptico. Em novembro, a TEPCO começa a remover os bastões de combustível, que têm emissão de radiação equivalente a 14 mil bombas como as que foram jogadas em Hiroshima

    Do site “Pragmatismo Politico”

    http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/10/fukushima-perigo-cenario-apocaliptico.html

    Uma operação com consequências potencialmente “apocalípticas” deve começar em cerca de duas semanas – “em torno de 8 de novembro” – no reator 4 de Fukushima, que está danificado e vazando. É aí que a operadora da usina, a TEPCO, vai tentar remover 1.300 bastões de combustível gastos de um depósito completamente estragado no andar superior da usina. Os bastões têm radiação equivalente a 14 mil bombas como as que foram jogadas em Hiroshima.

    Apesar de o prédio do reator 4 em si não ter sofrido um colapso, ele passou por uma explosão de hidrogênio, e está indo de mal a pior, e a chance de aguentar mais um abalo sísmico é zero.

    O Japan Times explicou:

    “Para remover os bastões, a TEPCO colocou um guindaste de 273 toneladas por cima do prédio, que será operado remotamente, de uma sala separada. […] os bastões gastos vão ser retirados das armações em que eles estão armazenados um a um e inseridos em uma pesada câmara de aço, com as peças ainda submersas debaixo da água. Quando essa câmara for retirada da água e depositada no chão, será transportada até outra piscina em um prédio intacto para armazenamento.

    Em circunstâncias normais, uma operação como essa demoraria três meses. Mas a TEPCO esperar completar essa antes do início do ano fiscal de 2014.”

    Um coro de vozes têm soado como um alarme contra o plano – nunca algo assim já foi feito – de remover manualmente 400 toneladas de combustível gasto da TEPCO, que tem sido responsabilizada por problema atrás de problema na danificada usina nuclear.

    Arnie Gunderson, engenheiro nuclear veterano dos EUA e diretor da Fairewinds Energy Education, alertou, nesse verão, que “eles terão dificuldade na remoção de um número significativo dos bastões”, e disse que “daí se pular direto para a conclusão de que vai dar tudo certo é um belo salto no escuro”. Paul Gunter, diretor do Reactor Oversight Project, também deu o alarme, afirmando ao Commom Dreams que “dadas as incertezas sobre as condições objetivas e a disposição de centenas de toneladas de partes, vai ser como um perigosíssimo jogo de pega varetas radioativo”. Gunter fez a seguinte analogia sobre o perigoso processo de remover os bastões de combustível gastos:

    “Se você pensar na armação nuclear como um maço de cigarros, se você puxar um cigarro direto, ele sai – mas essas armações sofreram danos. Agora, quando eles forem puxar o cigarro direto para cima, ele vai provavelmente quebrar e soltar Césio e outros gases, Xenônio e Criptônio, no ar. Suspeito que quando chegar novembro, dezembro, janeiro, vamos ouvir que o prédio foi evacuado, que eles quebraram um dos bastões, que os bastões estão liberando gases. […]

    Suspeito que vamos ter mais liberações no ar à medida que eles tiram o combustível. Se eles puxarem rápido demais, quebram o bastão. Acho que as armações foram retorcidas, o combustível superaqueceu – a piscina ferveu – e o efeito é que provavelmente, boa parte do combustível vai ficar lá por muito tempo.”

    O Japan Times acrescentou:

    “A remoção dos bastões costuma ser feita por computador, que sabe a localização de cada uma das peças com precisão milimétrica. O trabalho às cegas em um ambiente altamente radioativo faz com que haja um risco de o guindaste danificar um dos bastões – um acidente que deixaria ainda mais miserável a região de Tohoku.”

    Como explicou Harvey Wasserman, ativista contra atividade nuclear de longa data:

    “Os bastões gastos de combustível precisar ser mantidos resfriados o tempo todo. Se eles forem expostos ao ar, seu revestimento de liga de Zircônio vai pegar fogo, os bastões vão se queimar e grandes quantidades de radiação serão liberadas. Se os bastões encostarem um no outro, ou se eles se desfizerem numa pilha grande o suficiente, pode haver uma explosão.”

    RT ainda acrescenta que, na pior das hipóteses: “a piscina pode desabar no chão, derrubando os bastões uns sobre os outros, o que poderia provocar uma explosão muitas vezes pior do que a que aconteceu em março de 2011.”

    Wasserman diz que o plano é tão arriscado que merecia uma intervenção global, um pedido do qual Gunter compartilha, afirmando que “a perigosa tarefa não deveria ficar nas mãos da TEPCO, deveria envolver a supervisão e o gerenciamento de especialistas internacionais independentes”.

    Wasserman disse ao Commom Dreams que:

    “A retirada dos bastões de energia da unidade 4 de Fukushima pode bem ser a missão mais perigosa da engenharia até hoje. Tudo indica que a TEPCO é incapaz de fazer isso sozinha, ou de informar de maneira confiável à comunidade internacional o que está acontecendo. Não há razões para se acreditar que o governo japonês também faria isso. Esse é um trabalho para ser feito pelos melhores engenheiros e cientistas do mundo, com acesso a todos os recursos que poderiam ser necessários

    A potencial liberação de radiação em um caso desses pode ser descrita como apocalíptica. Só o Césio equivale a 14 mil bombas como as que foram jogadas sobre Hiroshima. Se algo der errado, a radiação poderia forçar que todos os seres humanos no local sejam evacuados, e poderia provocar a falha dos equipamentos eletrônicos. A humanidade seria forçada a assistir sem poder fazer nada enquanto bilhões de curies de radiação mortal são jogadas no ar e no mar.”

    Por mais ousado que possa parecer o alerta de Wasserman, ele encontra ressonância na pesquisadora de fallout de radiação Christina Consolo, que disse ao RT que na pior das hipóteses o cenário é de apocalipse. O alerta de Gunter também foi ousado.

    “O tempo é curto enquanto nos preocupamos que outro terremoto pode danificar ainda mais o complexo do reator e o depósito do resíduos nucleares”, continuou ele. “Isso poderia literalmente reinflamar o acidente nuclear a céu aberto e incendiar até alcançar proporções hemisféricas”, disse Gunter.

    Wasserman diz que, dada a gravidade da situação, os olhos do mundo deveriam estar voltados para Fukushima.

    “Essa é uma questão que transcende ser antinuclear. O destino da Terra está em jogo aqui, e o mundo todo deve acompanhar cada movimento daquele local a partir de agora. Com 11 mil bastões de energia espalhados pelo local, e com um fluxo constante de água contaminada envenenando o oceano, é a nossa sobrevivência que está em jogo.”

  15. Como eliminar o ‘ver mais’

    Olá Nassif,

    Quando posso, leio os posts e os comento na hora.

    Quando não posso, “favorito-os”, deixo acumular comentários – pois gosto de acompanhar também as discussões, e, posteriormente, salvo-os no Evernote para ler quando puder.

    Para poder salvar os comentários completos no Evernote, tenho de abrir, um a um, os ‘ver mais’, o que é “um saco”.

    Será que é possível, nas configurações, incluir uma opção para que os comentários com ‘ver mais’ apareçam completos?

    Grato.

     

     

  16. A falência do império 1

    Escapando do Dólar: Mike Whitney entrevista Paul Craig Roberts

    Do “RedeCastorphoto”

    http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2013/11/escapando-do-dolar-mike-w

    5/11/2013, Mike Whitney, Counterpunch“Escape From The Dollar: An Interview with Paul Craig Roberts” Traduzido por João Aroldo  

    [*] Paul Craig Roberts acha que o Fed está em uma sinuca de bico. Uma alta nas taxas de juros poderia fortalecer o dólar, dar uma nova vida ao dólar como moeda de reserva internacional e parar o movimento para o ouro, mas uma alta nos juros poderia derrubar os mercados de ações e títulos além de reduzir o valor dos derivativos nos balanços dos bancos. Eu perguntei ao Dr. Roberts se o Fed sacrificaria o dólar para salvar os bancos e que efeito isso teria no poder de Washington em relação ao resto do mundo. Suas respostas a estas três questões sugerem que os dias de hegemonia financeira e liderança mundial de Washington estão contados.

     

    5/11/2013, Mike Whitney, Counterpunch“Escape From The Dollar: An Interview with Paul Craig Roberts” Traduzido por João Aroldo   [*] Paul Craig Roberts acha que o Fed está em uma sinuca de bico. Uma alta nas taxas de juros poderia fortalecer o dólar, dar uma nova vida ao dólar como moeda de reserva internacional e parar o movimento para o ouro, mas uma alta nos juros poderia derrubar os mercados de ações e títulos além de reduzir o valor dos derivativos nos balanços dos bancos. Eu perguntei ao Dr. Roberts se o Fed sacrificaria o dólar para salvar os bancos e que efeito isso teria no poder de Washington em relação ao resto do mundo. Suas respostas a estas três questões sugerem que os dias de hegemonia financeira e liderança mundial de Washington estão contados. A  entrevista: Mike Whitney: O dólar corre risco de perder sua posição como moeda de reserva? Como esta perda afetaria a liderança dos EUA e outros países?  Paul Craig Roberts: De certa maneira o dólar já perdeu seu status de moeda de reserva, mas este acontecimento ainda não foi oficialmente percebido; tampouco atingiu os mercados cambiais. Considere que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciaram sua intenção de abandonar o uso do dólar americano para o acerto de desequilíbrios comerciais entre eles e, em vez disso, acertarem suas contas em suas próprias moedas. (Há agora um website, o BRICSPOST, que informa sobre as relações em desenvolvimento entre os cinco grandes países).  Também há relatos de que Austrália e China e Japão e China vão acertar suas contas comerciais sem recorrer ao dólar.  Explicações diferentes são dadas. Os BRICS dão a entender que eles estão cansados da hegemonia financeira dos EUA e têm preocupações sobre a estabilidade do dólar em vista da excessiva emissão de nova dívida e novo dinheiro para financiá-la.   China, Austrália e Japão citaram a anulação das taxas de transação associadas à conversão de suas moedas, primeiro para o dólar e depois para outras moedas. Eles dizem que é um passo de redução de custos para reduzir os custos de transação. Isto pode ser um disfarce diplomático para descartar o dólar.  

    O shutdown parcial do governo norte-americano de outubro de 2013 e a ameaça (exagerada) de calote da dívida resultaram nos acordos de swap cambiais sem precedentes entre o banco central chinês e o banco central europeu e entre o banco central chinês e o Banco da Inglaterra. A razão dada para estes swaps foi precaução necessária contra perturbações do dólar. Em outras palavras, a instabilidade norte-americana foi vista como uma ameaça ao sistema de pagamento internacional.

     

     O papel de moeda de reserva do dólar não é compatível com a visão de que devem ser tomadas precauções contra o possível colapso ou queda do dólar.  O pedido chinês de um “mundo des-Americanizado” é um sinal claro da crescente impaciência com a irresponsabilidade de Washington.   Resumindo, houve uma mudança de atitude em relação ao dólar e à aceitação da hegemonia financeira norte-americana.  Como a crise do déficit e do teto da dívida de outubro não foi resolvida, simplesmente transferida para janeiro/fevereiro de 2014, uma repetição do impasse de outubro vai corroer ainda mais a confiança no dólar.  Independente disso, muitos países chegaram à conclusão de que não só os EUA abusaram do seu papel de moeda de reserva, mas também de que o poder de Washington impor sua vontade e de agir fora da lei provem de sua hegemonia financeira e de que é mais difícil de resistir a esse poder financeiro do que ao poderio militar de Washington.  Enquanto o mundo, incluindo aliados norte-americanos, deixava claro enfrentando Washington e bloqueando o ataque militar de Washington à Síria, os dias de hegemonia incontestável de Washington acabaram.  Na China, Rússia, Europa e América do Sul estão se erguendo vozes contra a ilegalidade e irresponsabilidade de Washington. Esta mudança de atitude em relação aos EUA vai quebrar o sistema de imperialismo do dólar.  Mike Whitney: Como o afrouxo monetário (orig.: Quantitative Easing) do Federal Reserve está impactando o dólar e os instrumentos financeiros?  Paul Craig Roberts: A política do Federal Reserve de criar grandes quantias de novo dinheiro para ajudar os balanços de bancos grandes demais para falir (orig.: banks too big to fail) e para financiar orçamentos continuamente deficitários é outro fator minando o papel de moeda de reserva do dólar. A liquidez que o Federal Reserve injetou no sistema financeiro criou bolhas enormes nos mercados de títulos e ações. Os preços de títulos do Tesouro Americano estão tão altos que são incompatíveis com o balanço do Federal Reserve e a criação em massa de novos dólares.  

    Além disso, os bancos centrais e alguns investidores perceberam que o Federal Reserve está preso na política de apoio aos preços dos títulos.

     

     Se o Federal Reserve parar apoiar os preços dos títulos, as taxas de juros vão subir, os preços de derivativos ligados a dívidas nos balanços dos bancos vão cair e os mercados de ações e de títulos entrariam em colapso. Portanto, uma redução gradual (orig.: tapering off) do afrouxo quantitativo (QE) arrisca um pânico financeiro.  Por outro lado, continuar a política de apoiar os preços de títulos corrói ainda mais a confiança no dólar.   Grandes quantias de dólares e instrumentos financeiros denominados em dólares são mantidos por todo o mundo. Os detentores de dólares estão vendo o Federal Reserve diluir seus haveres ao criar um trilhão de dólares novos por ano. O resultado natural dessa experiência é aliviar as reservas em dólar e procurar outras maneiras de manter reservas.  O Federal Reserve pode imprimir dinheiro para comprar os títulos, mas não pode imprimir moedas estrangeiras para comprar dólares. Como as preocupações quanto ao dólar aumentam, o valor cambial do dólar cai, já que mais dólares são vendidos nos mercados de câmbio. Como os EUA são dependentes de importações, isso se traduz em preços internos mais altos. A inflação em alta vai assustar mais ainda os detentores de dólares.  De acordo com relatos recentes, a China e o Japão reduziram suas reservas de Títulos do Tesouro Americano em 40 bilhões de dólares. Isto não é uma grande quantia comparada ao tamanho do mercado, mas é uma mudança do acúmulo constante.  No passado, Washington foi capaz de contar com a China e o Japão reciclando seus superávits comerciais com os EUA em títulos do Tesouro Americano. Se a disposição estrangeira para adquirir a dívida do Tesouro diminuir, mas o déficit do orçamento federal não, o Federal Reserve vai ter que aumentar o afrouxo monetário (QE), colocando, assim, mais pressão sobre o dólar.  Em outras palavras, para evitar uma crise imediata, o Federal Reserve tem que continuar com uma política que vai produzir uma crise em algum momento. Ou uma crise financeira agora ou uma crise do dólar mais tarde.  Eventualmente, o Federal Reserve vai forçar a mão. Como o valor cambial está caindo, também vai cair o valor de instrumentos financeiros denominados em dólar, independentemente de quantos títulos o Federal Reserve compre.  Mike Whitney: Como a China vai responder à mudança da posição econômica Americana?  Paul Craig Roberts: Quando me encontrei com legisladores chineses em 2006, eu os aconselhei de que havia um limite de tempo em que eles poderiam contar com o mercado consumidor dos EUA, já que o offshoring de empregos o estava destruindo. Eu apontei que a grande população da China proporcionava potencial para uma enorme economia aos legisladores. Eles responderam que a política de um filho, que foi necessária há alguns anos para evitar que a população ultrapassasse a infraestrutura social, estava impedindo o desenvolvimento de uma economia de consumo interna.  Como os camponeses não podiam mais contar com vários filhos para garantir o sustento na velhice, eles economizaram seus ganhos. Os legisladores chineses disseram que eles queriam desenvolver um sistema de previdência social que daria confiança à população para gastar mais seu rendimento. Eu não sei até onde a China foi nessa direção.   Desde 2006 o governo chinês deixou o Yuan se valorizar em 25% ou 33%, dependendo da escolha de base. O aumento no valor cambial da moeda não prejudicou as exportações ou a economia. Além disso, os EUA não produziram mais muitos dos itens dos quais depende da China; e outros países em desenvolvimento não têm a combinação de tecnologia que as empresas americanas têm para darem à China e seu grande excesso de mão de obra. Então, é improvável que a China enfrente qualquer ameaça a seu desenvolvimento, exceto por políticas norte-americanas com o intuito de impedir o acesso da China a recursos, como o novo foco das forças militares dos EUA no Pacífico anunciada pelo regime Obama.  As grandes reservas de dólares da China são consequência da proeza tecnológica que a China adquiriu do offshoring de empregos das corporações ocidentais. O que é importante para a China é a tecnologia e o know-how comercial, que eles adquiriram agora.  A riqueza de papel representada pelas reservas em dólar não é o fator importante.  A China poderia desestabilizar o dólar Americano convertendo suas reservas em dólar e despejando o dólar nos mercados de câmbio. O Federal Reserve não seria capaz de manter swaps cambiais com países grandes o suficiente para comprar os dólares despejados e o valor cambial do dólar cairia. Tal ação poderia ser uma resposta chinesa a um cerco militar de Washington.  Na falta de um confronto, o governo chinês deve provavelmente converter seus dólares em ouro, em outras moedas e ativos reais, como petróleo, minérios e alimento.  O afrouxo monetário está rapidamente aumentando o fornecimento de dólares, mas como outros países mudam para outros arranjos para acertar seus desequilíbrios comerciais, a demanda por dólares não está aumentando com a oferta. Portanto, o valor do dólar deve cair. Se essa queda é lenta ou abrupta, devido a um evento do Cisne Negro [1], resta saber. 
     Nota dos tradutores[1]Cisne Negro” é um evento ou ocorrência fora do comum que é extremamente difícil de prever. O termo foi popularizado por Nassim Nicholas Taleb, um economista e investidor de Wall Street. _________________  [*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.

  17. A falência do império 2

    O Sistema de Moeda Fiduciária inteiro está falido: A Queda do Dólar como Moeda de Reserva Mundial

    Traduzido do “Global Research”

    http://www.varekai.org/disclosure/2013/11/03/o-sistema-moeda-fiduciaria-

    Tradução do original em inglês disponível em http://www.globalresearch.ca/the-entire-fiat-money-system-is-bankrupt-demise-of-the-global-us-fiat-dollar-reserve-currency/5356491

    O Sistema Moeda Fiduciária inteiro está falido: A Queda do Dólar como Moeda de Reserva MundialPor Matthias ChangGlobal Research, 01 de novembro de 2013matthias-chang

    Já tem algum tempo desde a última vez que escrevi um artigo sobre a crise financeira atual. Eu não escrevo por escrever, como os outros, porque eles têm compromissos com seus clientes, que pagam caras taxas de assinatura exigem que seu dinheiro seja valorizado.

    A principais questões e tendências econômicas não mudam diariamente, nem mesmo mensalmente. Uma tendência econômica pode levar alguns anos para chegar a um resultado, isso se não houver algum fator importante que possa afetá-la, por isso não há qualquer necessidade de comentar mais sobre ela nem sobre os resultados.

     

    Os desdobramentos da decisão de Bernanke de não encerrar os QE são os mais significativos porque confirmam a nossa análise de que a crise bancária não tenha sido resolvida de forma significativa após cinco anos de impressão de dinheiro e de uma enorme inflação. O sistema monetário fiduciário tem apenas um destino – o colapso total. Isso também significa o fim do dólar dos EUA como moeda de reserva global.

    Não há soluções à mão.

    Bernanke está totalmente desacreditado e a continuação de seu mandato como Presidente do FED só iria acelerar a percepção de que o FED e os bancos centrais falharam. Daí, a necessidade de mudar a “liderança”, mas mantendo as mesmas políticas com algumas mudanças cosméticas para enganar as massas ignorantes. É análogo à transição da segunda presidência de Bush para a de Obama e todo o teatro da propaganda de “mudança”. Na verdade, Obama é Bush 2 com esteroides! Yellen será Bernanke em esteroides. Por que estamos tão certos desse resultado num futuro próximo?

    Os motivos são os seguintes:

    Antes da crise financeira global de 2008, eu escrevi vários artigos expondo os bancos “Too Big To Fail” (TBTF) globais como estupradores financeiros e predadores, e que iriam causar estragos incalculáveis ​​ao sistema financeiro.

    Após a crise, eu também avisei que esses bancos globais TBTF eram insolventes e os ativos tóxicos nos seus balanços excederiam US$ 20 trilhões no mínimo. Todo o sistema de moeda fiduciária está falido. A impressão de dinheiro de papel higiênico aos trilhões não faz o sistema solvente. É evidente uma admissão de que o sistema está completamente quebrado.

    O Humpty-Dumpty bancário caiu do muro e se quebrou em mil pedaços! A confirmação disso é o fato de que todos os bancos centrais liderados pelo FED têm um único objetivo – criar uma enorme inflação. Como pode um mercado de ações de uma nação falida estar em crescimento constante?

    O FED e os bancos centrais em todo o mundo não estão interessados ​​em resolver o problema do desemprego porque o desemprego recorde não provocaria o colapso do sistema de moeda fiduciária. Pode provocar uma enorme agitação social, mas que pode ser reprimida por uma força policial militarizada, apoiado por militares aguerridos como está acontecendo nos EUA.

    Nestas circunstâncias, é preciso fazer a pergunta de um trilhão de dólares – Por que todos os bancos centrais estão querendo criar inflação através da emissão de moeda sem lastro?

    A resposta: o sistema monetário fiduciário é a economia, estúpido!

    Ela costumava ser o Petrodólar quando este era o eixo da economia global. No entanto, quando o mercado de derivativos decolou e se tornou um casino global de US$ 800 trilhões, o dólar de papel higiênico se tornou a moeda na negociação financeira global e na especulação.

    Todos os bancos TBTF cresceram os olhos e as garantias foram seguradas e re-seguradas inúmeras vezes, e isso se transformou numa piada de pirâmide invertida.

    As garantias foram empacotadas em CDOs, etc., classificadas como AAA pelas agências de classificação de crédito corruptas e comercializadas. Não precisamos repetir essa velha história. O ponto ao qual queremos chegar é que não são apenas as garantias sucateadas, mas eles estão se apoiando em uma montanha de dívidas na casa dos trilhões. Portanto, quando as garantias estão prejudicadas, os bancos TBTF estão em um buraco do qual não podem sair. O Fed e outros bancos centrais não têm escolha, a não ser salvar os bancos TBTF para evitar uma falha sistêmica. Se todas as garantias de lixo tivessem de ser descarregadas de uma só vez em plena vista do escrutínio público, haveria uma corrida a todos os bancos. Então, foi necessário um esforço de resgate com discrição. Os bancos TBTF foram autorizados a descarregar as garantias de lixo pouco a pouco pelos vários esquemas do FED, culminando com os US$ 85 bilhões por mês e nas compras de títulos do Tesouro e hipotecas por parte do FED.

    Além disso, recentemente garantias “cunhadas” foram usadas para substituir as sucateadas de forma a limpar os balanços dos bancos TBTF. Afirmei anteriormente que a quantidade mínima de ativos tóxicos precisam ser varridos era de US$ 20 trilhões. Após cinco anos, o Fed apenas arranhou a superfície. É discutível quantos trilhões de dólares o FED realmente tem bombeado no sistema diretamente e indiretamente. Quanto e por quanto tempo mais pode o FED continuar a bombear dólares de papel higiênico no sistema sem criar de um enorme desconfiança no dólar? Quando o déficit no balanço do FED atingir US$ 7 trilhões, ou talvez US$ 10 trilhões? É uma incógnita.

    Com certeza, haverá um momento em que outros US$ 100 bilhões serão criados em cima do estoque de dólares de papel higiênico e aí a balança vai desequilibrar e colapsar todo o sistema. É um ardil-22 para o FED. Se ele pára de criar fiduciário dinheiro sem lastro, o sistema monetário entraria em colapso imediatamente. Se ele continua com mais criação de dinheiro, apenas adia o fim do jogo inevitável e o torna ainda mais devastador. Este é o preço que todos temos de pagar por permitir um sistema de moeda fiduciária para manter influência por tanto tempo.

    O mundo foi enganado ao aceitar o maior esquema de pirâmide da história do sistema bancário e financeiro – a pirâmide do dólar com moeda de reserva global.

    Este sistema foi criado como um castelo de areia de dívidas, especificamente Obrigações do Tesouro dos Estados Unidos. O mundo não precisa de uma moeda de reserva global. O comércio global pode ser feito em qualquer moeda, de acordo com as necessidades e os recursos de cada país.

    Por que deveria haver um privilégio especial dado a um único país de ter sua moeda como a única moeda de reserva, para fins de comércio? Não faz sentido, pois é o resultado de políticas imperialistas dos EUA, sob o pretexto da Guerra Fria. O golpe foi baseado na propaganda de que o dólar americano deveria ter a preferência e os Bônus do Tesouro dos EUA seriam os “ativos mais seguros” no caso de um de guerra entre o ocidente imperialista e o bloco soviético. Nos disseram que esse acordo era necessário para que pudéssemos desfrutar da proteção da poderosa superpotência, os EUA!

    No entanto, quando o bloco soviético desmoronou ninguém questionou a necessidade de perpetuar o sistema.

    Outra rodada foi propagada. Os EUA foram o pivô na nova era da globalização, porque o mercado dos EUA era o maior mercado consumidor/exportador. Todo mundo foi pego nessa teia de mentiras. O mercado dos EUA era um mercado construído sobre uma montanha de dívidas. Adicionando insulto à injúria, os consumidores norte-americanos pagaram pelas mercadorias produzidas por milhões de pessoas quebrando suas costas com dólares americanos de papel higiênico!

    Alguns dos chamados especialistas em moeda afirmaram que nenhuma outra moeda poderia substituir o papel higiênico dos EUA como moeda de reserva global, porque nenhum outro país tem um mercado de títulos como o mercado de títulos dos EUA, dominado pelos títulos do Tesouro dos EUA. Que afirmação idiota!

    Se um país não tem dívida, não há necessidade de de emissão de quaisquer títulos. Um título é um IOU. Um título é uma mera promessa de papel de pagamento de uma dívida.

    E quem diz e continua a perpetuar o mito de que a dívida dos EUA é a melhor e a mais seguro é ignorante e mal informado!

    Por que alguém iria querer trabalhar e produzir bens que são vendidos e pagos com dólares de papel higiênico e, em seguida, usar o excesso dos dólares de papel higiênico para dar ao governo dos EUA, que paga a dívida com a simples impressão de mais dólares de papel higiênico?

    Então, você ainda acha que o mundo precisa de papel higiênico como moeda de reserva?

  18. A falência do império 3

    Banca prepara uma expropriação em grande escala

    Do site “ESQUERDA.NET”

    http://www.esquerda.net/artigo/banca-prepara-uma-expropria%C3%A7%C3%A3o-

    Face ao aumento do crédito malparado e à debilidade dos seus balanços, a banca pretende substituir o lixo tóxico por bom dinheiro dos contribuintes, socializando mais uma vez o resgate do sistema financeiro. E tudo será completamente legal. Por Marco Antonio Moreno, El Blog Salmón.Artigo | 1 Novembro, 2013 – 18:02Crédito e crádito malparado na banca espanhola, agosto de 2013

    O volume do crédito malparado nos bancos europeus atingiu os 1,2 biliões de euros em finais de 2012, duplicando o nível existente em finais de 2008. Em quatro anos, o volume dos créditos duvidosos aumentou de 514.000 milhões de euros para 1,187 biliões de euros, de acordo com a última auditoria da PricewaterhouseCoopers (PwC). A deterioração deve-se, em boa medida, à delicada situação económica que vivem Irlanda, Espanha, Portugal e Itália. Nos próximos anos, o crédito malparado continuará a aumentar, devido ao instável clima económico que abala as economias europeias, e ao facto de ainda existirem mais de 2,4 biliões de euros em ativos tóxicos que as entidades financeiras vão liquidar diante da iminente rodada de novos testes de stress por parte do Banco Central Europeu.

    O relatório da PwC assinala que o país com maior volume de crédito malparado é a Alemanha, que em 2012 tinha 179.000 milhões de euros, cifra igual à do ano de 2011. Em Espanha, o crédito malparado aumentou bruscamente de 136.000 milhões em 2011 para 167.000 milhões de euros em 2012. Pelo contrário, na Grã-Bretanha diminuiu de 172.000 milhões para 164.000 milhões de euros. Na semana passada, o BCE anunciou que submeterá de novo a exame a saúde da banca europeia para avaliar de maneira mais real o tema do crédito malparado, dado que este não foi considerado com rigor nos testes anteriores.

    Estes testes terão como objetivo reforçar a transparência das entidades financeiras e suprir os défices de provisões e de capital que possam aparecer diante de uma nova supervisão bancária em novembro do 2014. Os exames prolongar-se-ão durante um ano e Mario Draghi adiantou que “só vão passar os teste as principais entidades financeiras da zona euro, dado que a transparência será o objetivo primário dos testes”. Espera-se que esta avaliação fortaleça a confiança do sector privado na solvência dos bancos da eurozona e na qualidade dos seus balanços. Tudo isto para cumprir os requisitos de Basileia III.

    Expropriação em grande escala

    Daí que a banca tenha planos de fazer uma expropriação em grande escala… e que será completamente legal. Nesta quinta-feira passou despercebida a notícia do novo aval à banca espanhola de 28.000 milhões de euros, que faz parte destas apropriações de dinheiro público. Isto dá uma pista da forma como a banca pretende substituir o lixo tóxico que está nos seus balanços pelo bom dinheiro dos contribuintes. Um vez mais o resgate do sistema financeiro será socializado na maior expropriação de dinheiro público. Não será já só o dinheiro dos clientes e depositantes mas haverá também novamente o recurso a fundos públicos.

    Isto demonstra aquilo em que se converteu o sistema financeiro com a globalização e a desregulamentação do dinheiro virtual. Evita-se a autodestruição do sistema financeiro por essa via tão criticada aos Kirchner ou aos Chávez da expropriação, essa palavra tão feia e impossível de imaginar na Europa de Angela Merkel. No entanto, desta vez a expropriação faz-se à vista de todos os europeus e ninguém diz nada. O mais incrível é que esta expropriação é de longo alcance e completamente legal.

    Fica assim a descoberto a armadilha do sistema financeiro, que cria dinheiro do nada na geração de empréstimos, e põe em movimento um volume de dinheiro 50 ou 100 vezes superior ao dinheiro verdadeiro, conseguindo benefícios sumarentos em cada transação, que além disso reproduzem pela via dos interesses. Este mecanismo, conhecido também como o esquema ponzi das finanças globais, é o gerador das grandes crises financeiras das quais a atual crise é um dos seus mais claros resultados.

    As baixas taxas de juros promovidas nos Estados Unidos no período de Alan Greenspan permitiram à banca mundial aceder ao dinheiro fácil que depois colocavam em empréstimos hipotecários em qualquer lugar do planeta (Ásia, Europa, América Latina). A crise asiática de 1997 foi a primeira advertência do caos que desencadeavam os fluxos financeiros na criação de bolhas imobiliárias, mas foi também o estímulo que a banca usou para ganhar dinheiro extorquindo os governos. Este facto não só deu resultado e enriqueceu bancos como o JP Morgan e o Goldman Sachs, como também foi multiplicado em grande escala com a geração de empréstimos imobiliários na Europa. Depois de cinco anos de crises, a banca europeia ainda mantém 2,4 biliões de euros em ativos tóxicos e desfazer-se deles é o verdadeiro cancro que pesa na recuperação e na saída da crise.

    Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net

  19. A falência do império 4

    EUA preparam Lei Marcial para colapso de Wall Street!

    Do site “CMI Brasil”

    http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2013/10/525376.shtml

    Por Ellen Brown, no site “Counterpunch” (em inglês) no link:  http://www.counterpunch.org/2013/10/07/is-homeland-security-preparing-for-the-next-wall-street-collapse/
    Tradução para o português por Heloísa Vilela.

    Relatos dão conta de que o Departamento de Segurança Interna (DHS) está empenhado na preparação de uma operação militar massiva e secreta.

    Um artigo da Associated Press em fevereiro confirmou a compra de U$ 1,6 bilhão em munição por parte do Departamento de Segurança Interna.

    De acordo com um artigo publicado na Forbes, essa quantidade é suficiente para sustentar uma guerra do tamanho da guerra do Iraque por um período de vinte anos.

    O DHS também comprou tanques fortemente armados que foram vistos circulando nas ruas. Evidentemente, alguém no governo está prevendo distúrbios civis sérios. A pergunta é: por que?

    Declarações do primeiro ministro britânico Gordon Brown no auge da crise bancária de 2008, reveladas recentemente, oferecem esclarecimentos sobre essa questão.

    Um artigo na BBC News, no dia 21 de setembro de 2013, baseado na autobiografia explosiva ?Power Trip?, de Damian McBride, o marqueteiro do Brown, diz que o primeiro ministro estava preocupado que a lei e a ordem poderiam desmoronar durante a crise financeira. McBride cita Brown:

    ? Se os bancos fecharem as portas e os caixas não estiverem funcionando, e as pessoas forem ao Tesco (uma cadeia de mercadinhos) e os cartões delas não forem aceitos, vai tudo explodir. Se não for possível comprar comida ou gasolina, ou remédio para os filhos, as pessoas vão começar a quebrar as janelas para se servir. E assim que as pessoas virem isso na TV será o fim porque todo mundo vai pensar que agora isso é o que todos devem fazer. Será a anarquia. É o que pode acontecer amanhã.

    Como lidar com essa ameaça? Brown disse: ?Nós teremos que pensar: recorremos ao toque de recolher, colocamos o exército nas ruas, como restauramos a ordem??.

    McBride escreveu no livro ?Power Trip?:

    ? Foi incrível ver Gordon totalmente tomado pelo perigo do que estava prestes a fazer, mas igualmente convencido de que era preciso tomar uma atitude decisiva imediatamente.

    Ele comparou a ameaça à crise dos mísseis em Cuba.

    O medo dessa ameaça foi ecoado em setembro de 2008 pelo secretário do Tesouro norte-americano Hank Paulson, que supostamente alertou que o governo norte-americano poderia ter de recorrer à lei marcial se Wall Street não recebesse socorro para o colapso do crédito.

    Nos dois países o uso da lei marcial foi evitado quando os políticos se dobraram à pressão e salvaram os bancos. Mas muitos arautos estão dizendo que um novo colapso é iminente; e dessa vez muitos governos podem não estar dispostos a oferecer socorro.

    Da próxima vez será diferente

    O que detonou a crise de 2008 foi uma corrida, não a tradicional ao sistema bancário, mas no chamado sistema financeiro ?das sombras?, uma coletânea de intermediários financeiros não-bancários que fornecem serviços semelhantes aos dos bancos comerciais tradicionais, mas não são regulamentados.

    Entre eles, fundos hedge, fundos money market, fundos de investimento em crédito, fundos de exchange-trade, fundos de private equity, corretores de securities, empresas de securitização e finanças. Bancos de investimento e bancos comerciais também podem conduzir boa parte de seus negócios neste sistema das sombras, não regulamentado.

    O casino financeiro das sombras só cresceu desde 2008, e no próximo colapso do estilo Lehman, os socorros financeiros do governo talvez não estejam disponíveis.

    De acordo com as declarações do presidente Obama na assinatura da Lei Dodd-Frank, no dia 15 de julho de 2010, ?por causa dessa reforma? não haverá outro socorro com dinheiro do contribuinte ? ponto?.

    Governos na Europa também estão se distanciando desses socorros financeiros. O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) na Suíça exigiu dos bancos mais expostos ao risco que criem ?testamentos em vida?, esclarecendo o que farão em caso de insolvência.

    O modelo estabelecido pelo FSB exige que eles socorram seus credores, e os depositantes, ao fim e ao cabo, formam o maior grupo de credores de um banco.

    Quando os depositantes não conseguirem ter acesso a suas contas bancárias para tirar dinheiro e comprar comida para seus filhos, podem muito bem começar a quebrar as janelas para se servir.

    Pior ainda, eles podem tramar a derrubada do governo controlado pelos financistas. Observem a Grécia, onde a desilusão crescente com a habilidade governamental de socorrer os cidadãos na maior depressão desde 1929 precipitou protestos e ameaças violentas de derrubada do governo.

    O medo de um resultado semelhante pode explicar a espionagem massiva dos cidadãos norte-americanos autorizada pelo governo, o uso domésticos de drones e a eliminação do direito ao processo e ao ?posse comitatus? (lei federal que proíbe as forças armadas de imporem a lei e a ordem em propriedades que não são do governo federal). As proteções constitucionais estão sendo jogadas pela janela em favor da proteção à elite no poder.

    A crise do teto da dívida se aproxima

    A crise do momento parece ser o prazo de 17 de outubro para um acordo sobre o orçamento federal ou o risco de calote nas dívidas do governo. Pode ser apenas coincidência, mas dois exercícios de larga escala foram marcados para este mesmo dia, o ?Exercício para o grande terremoto? e o ?Exercício para a aurora quântica do ataque cibernético aos bancos?.

    De acordo com uma coletânea de artigos da Bloomberg sobre o exercício bancário, os preparativos são para ataques de hackers, espionagem patrocinada por governos e crime organizado (fraude financeira).

    Uma entrevista começa: ?seu banco online pode ficar fora do ar? Você pode se dar conta que não consegue acessar o sistema?. Soa como um ensaio para o Grande Socorro Bancário Americano.

    Nefasto como é, isso tem um lado positivo. Socorro bancário e lei marcial podem ser vistos como os espamos finais de um dinossauro.

    O golpe financeiro e explorador, que deixou milhões de pessoas sem emprego e sem moradia, chegou ao fundo do poço.

    Crises na situação corrente significam oportunidades para soluções mais sustentáveis, que aguardam nos bastidores.

    Outros países que enfrentaram o colapso de suas dívidas baseadas em moedas emprestadas sobreviveram imprimindo a própria moeda.

    Quando a moeda equiparada ao dólar despencou na Argentina, em 2001, o governo voltou a imprimir seus próprios pesos; governos municipais pagaram compromissos com ?títulos de cancelamento de dívida? que circularam como moeda; e vizinhos fizeram trocas com moedas comunitárias.

    Depois do colapso da moeda alemã nos anos 20, o governo recuperou a economia nos anos 30 com o lançamento dos ?MEFO?, títulos que circulavam como moeda.

    Quando a Inglaterra ficou sem ouro, em 1914, o governo lançou os ?Bradbury pounds?, similares aos Greenbacks lançados por Abraham Lincoln durante a Guerra Civil norte-americana.

    Hoje nosso governo poderia evitar a crise do teto da dívida fazendo algo semelhante: poderia simplesmente imprimir uns trilhões de dólares e depositar em uma conta.

    Essa alternativa poderia ser perseguida pelo governo imediatamente, sem pedir autorização do Congresso ou mudar a lei, como discuti em artigo anterior. Não seria uma medida necessariamente inflacionária, já que o Congresso poderia autorizar o gasto apenas do que já estava previsto no orçamento.

    E se o Congresso expandisse o orçamento para investir em infraestrutura e na criação de empregos, isso seria na verdade bom para a economia, já que acumular dinheiro vivo e pagar dívidas reduz significativamente a oferta de dinheiro em circulação.

    Trocas diretas entre pessoas e bancos públicos

    Em nível local, precisamos estabelecer sistemas alternativos que ofereçam segurança aos correntistas, financiem pequenos e médios negócios e atendam às necessidades da comunidade.

    Já houve muito progresso nessa área das trocas diretas na economia.

    Em um artigo do dia 27 de setembro, intitulado ?A economia direta floresce enquanto os ativistas esvaziam o sistema?, Eric Blair contou que o movimento Occupy está engajado em uma revolução pacífica na qual as pessoas estão abandonando o sistema estabelecido em favor de uma ?economia compartilhada?.

    As trocas acontecem entre indivíduos, sem impostos, regras ou licenças, e em alguns casos, sem dinheiro impresso pelo governo.

    As trocas diretas acontecem em grande parte na internet, onde a vigilância dos clientes mantém a honestidade dos vendedores ? não os regulamentos.

    Isso começou com o eBay e o Craigslist e desde então cresceu exponencialmente.

    O Bitcoin é a moeda privada que vive longe dos olhos predadores das autoridades. Alguns programas de computador estão sendo desenvolvidos para escapar da espionagem da NSA.

    Os empréstimos bancários estão sendo evitados em favor do crowdfundig. Cooperativas locais de comida também são uma forma de ficar fora do sistema corporação-governo.

    Trocas diretas funcionam localmente, mas nós também precisamos proteger nossos dólares, tanto públicos quanto particulares.

    Precisamos de dólares para pagar ao menos parte de nossas contas, e as empresas precisam deles para adquirir matéria-prima. Também precisamos de uma forma de proteger a receita pública que atualmente está depositada e investida nos bancos de Wall Street, que têm uma forte exposição aos derivativos.

    Para atender a estas necessidades podemos criar bancos estatais seguindo o modelo do Banco de Dakota do Norte (BND), atualmente nosso único banco estatal.

    O BND é obrigado, por lei, a receber todos os depósitos do estado e servir aos interesses do público.

    Idealmente, todo estado deveria ter um desses ?mini-Feds?. Condados e cidades poderiam ter seus bancos também. Para maiores informações, veja  http://PublicBankingInstitute.org.

    Os preparativos para a lei marcial tem sido mencionados há décadas, mas ainda não aconteceram. Talvez possamos evitar esse perigo adotando um sistema mais são e sustentável, que torne desnecessária a ação militar contra os cidadãos norte-americanos.

    *Ellen Brown é advogada, presidente do Public Banking Institute, autora de 12 livros, entre eles os best-seller Web of Debt. Em The Public Bank Solution, seu último livro, ela explora modelos de bancos estatais bem sucedidos histórica e globalmente.

  20. Nassif e equipe, POR FAVOR, devolvam os números nas nossas pags

    Como está nao dá para rever comentários que a gente quer rever. 

    Aliás, nao sei por que mudaram, estava ótimo antes. Os links agora só levam ao comentário quando ele está na primeira página do tópico, senao só levam ao tópico. Nao dá mais para ver as estrelas do comentário sem ir ao tópico. 

    Isso fora a questao de nao dar mais para avaliar comentários que estejam com o Ver Mais; a avaliaçao nao funciona neles: se nao clicamos no Ver Mais, as estrelas nao aparecem; se clicamos, nao funcionam. 

  21. Igreja Mundial quer R$ 200 milhões de indenização da Band

    “Guerra Santa” entre denominações religiosas.

    Após perder horários para IURD, Valdemiro vai à Justiça alegando quebra de contrato

      http://noticias.gospelprime.com.br/igreja-mundial-indenizacao-band/ Igreja Mundial quer R$ 200 milhões de indenização da Band 

    Depois de meses de negociações e desmentidos, a Igreja Mundial do Poder de Deus perdeu   para a Universal os horários nas madrugas da Band e as 22 horas diárias na Rede 21. Segundo foi divulgado pela imprensa, Valdemiro teria saído devendo cerca de R$ 21 milhões para o Grupo Bandeirantes.

    Contudo, a chamada “guerra santa” que envolve IMPD e IURD ganhou mais um capítulo esta semana. A Universal do Reino de Deus começou a ocupar os horários nesta quinta. Usando isso como justificativa, Valdemiro está pedindo R$ 200 milhões de indenização do Grupo Bandeirantes.

     

  22. Brasil só perde para Rússia em sonegação

    No mundo, Brasil só perde para Rússia em sonegação fiscal, diz estudo

    http://www.valor.com.br/brasil/3333552/no-mundo-brasil-so-perde-para-russia-em-sonegacao-fiscal-diz-estudo Por Folhapress

    SÃO PAULO  –  Quando o assunto é evasão de tributos, o Brasil é “medalha de prata” no ranking mundial, só perde para a Rússia. Em terceiro lugar, está a Itália, segundo levantamento feito pelo grupo internacional Tax Justice Network, com base em dados de 2011 do Banco Mundial.

    A conta é simples: a partir do PIB e das alíquotas tributárias estabelecidas, estima-se quanto deveria ser arrecadado. A partir disso, é possível saber o tamanho da evasão fiscal em cada país. No Brasil, o valor encontrado corresponde a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

    É fato que em países em desenvolvimento há muita atividade informal. Mas como explicar que o Brasil tenha um desempenho tão pior do que México e Argentina (evasão de 2,4% e 6,5% do PIB, respectivamente)?

    Para compreender isso, é preciso vencer a imagem de que a evasão brasileira se refere somente ao camelô ou ao contrabandista que busca mercadoria no Paraguai. Muitas empresas grandes não pagam os impostos que deveriam.

    No ano passado, por exemplo, a Receita Federal anunciou um plano de cobrança de R$ 86 bilhões em tributos vencidos. Metade do total se referia a 317 grandes empresas, com dívida média de R$ 135 milhões. Os R$ 86 bilhões são pouco menos do que o orçamento anual do Ministério da Saúde e mais de quatro vezes o gasto com o Bolsa Família.

    Neste ano, o governo planeja dar condições especiais de pagamento de dívidas de multinacionais brasileiras que somam nada menos que R$ 680 bilhões — sete vez o orçamento da Saúde. Caso paguem seus débitos, terão perdão sobre multas e juros.

    Divergências sobre o plano fizeram o subsecretário de Fiscalização da Receita, Caio Marcos Cândido, deixar o cargo. Em 2009, a então secretária da Receita, Lina Vieira, foi demitida após autuações bilionárias contra Ford e Santander.

    Causas

    Já nos anos 1970, o economista Michael Allingham, de Oxford, mostrou a forte correlação negativa entre a evasão e dois fatores: a probabilidade de a empresa ser fiscalizada e a magnitude da pena se for pega. Quanto maior forem esses dois fatores, menor a evasão.

    No caso brasileiro, desde 2003, a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária passou a ser extinta caso o acusado, a qualquer momento, pague o seu débito.

    Embora a lei preveja até cinco anos de reclusão para tais crimes, o réu pode escapar. A pendência pode ainda ser parcelada no âmbito do Refis, programa para facilitar o pagamento de dívidas tributárias criado em 2000 e reeditado várias vezes — e aberto agora à adesão.

    No curto prazo, isso aumenta a arrecadação, mas pode há um risco que a levou a ser questionada, em vão, por membros do Ministério Público Federal em 2003.

    “Como explicar a quem pagou os tributos na data aprazada que se concedem benefícios fiscais a quem agiu com dolo?”, defenderam o procurador da República José Adércio Sampaio e três colegas. “É um incentivo à sonegação”.

    Culpa

    Entre outros fatores que incentivam a sonegação no país, está a complexidade que afeta até mesmo ao empresário bem intencionado.

    Os economistas Marcelo Siqueira e Francisco Ramos, das universidades federais do Ceará e de Pernambuco, respectivamente, citam ainda algo bem nacional: o sentimento generalizado de que o governo não aplica direito a arrecadação, reduzindo a culpa do sonegador.

     

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