Janot reduz 60% dos acordos de delação da OAS antes de sua saída

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto-montagem: Blasting News
 
Jornal GGN – Considerado outro dos mega-acordos de delação premiada na Operação Lava Jato, a construtora OAS teve suas acusações de cerca de 50 empresários enxugadas para que Rodrigo Janot alcance comandar o caso na Procuradoria-Geral da República (PGR) antes do fim de seu mandato.
 
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, dos 50 envolvidos que diziam ter material para entregar aos investigadores, mantiveram a colaboração com apenas 20, incluindo funcionários da empreiteira e acionistas. Ou seja, houve uma redução de 60% dos acusadores da OAS que poderiam levar a diversas frentes de investigação e desdobramentos da Lava Jato.
 
As negociações entre o Ministério Público Federal (MPF) e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, tiveram início em março de 2016. Desde lá, os acordos de leniência e com os demais executivos do grupo sofreram interrupções e foram desfocados com o avanço dos acordos junto à Odebrecht, rival econômico da OAS, e, mais recentemente, com a JBS.
 
Segundo o jornal, o encolhimento do acordo ocorre porque a Procuradoria não teria o número suficiente de investigadores para tanto trabalho antes que Janot saia do comando do órgão, que poderia passar por alguma reestruturação ou mudança de procuradores em postos de confiança e de comando da Instituição. 
 
Teriam descartado histórias “que eles julgaram menos importantes” para “se concentrar nos casos de maior repercussão”, trouxe a reportagem, sem detalhar ou informar os critérios utilizados pelos procuradores da República para balizar o que seria “importante” ou “de repercussão”. E, ainda, a quantidade de acordos poderia reduzir ainda mais.
 
Os últimos depoimentos acusatórios para fechar os acordos foram feitos há mais de dois meses e os executivos da empreiteira levaram documentos que confirmam o teor das delações há quase um mês. A delação mais certa de ser mantida é do ex-presidente Léo Pinheiro, que deve trazer informações sobre o ex-presidente Lula e os senadores tucanos José Serra e Aécio Neves.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Indigencia metodologica…

    Metodologicamente nao ha coisa mais burra pra fazer nao?

    Entao os acordos eram oferecidos em massa porem individualmente?  Nao era acordo com a propria empresa?!?!

  2. A ORCRIM com as fraldas sujas expostas

    Prezados,

    Há mais de um ano digo e escrevo que Rodrigo Janot teria um fim vexatório, humilhante. O que observamos é que, mesmo antes de deixar o cargo de PGR, Janot está sendo chutado, varrido, defecado por grande parte dos bajuladores que incentivaram seus excessos, erros, miltância política, abusos, arbitrariedades e ilegalidades criminosoas que perpetrou ou deixou que sues pupilos – sobretudo do núcleo curitibano da Fraude a Jato – perpetrassem em suas barbas.

    As flechas de Janot estão sem ponta e veneno e o arco com que pretende lançá-las contra (de forma fingida, hipócrita) contra michel temer e a camarilha  – que ele, Janot, o MPF, a PF e grande parte dio judiciário ajudaram a empoderar, ao trabalhar pelo golpe de Estado que destituiu o governo legítimo e colocou no govgerno federal essas quadrilhas oligáquicas, plutocratas, escravocrtas, cleptocratas, prvatistas e entreguistas, de forma subordinada e obediente aos ditames do alto comando internacional, que fica nos EUA – frouxo. Qualquer semelhança com Joaquim Barbosa não é mera coincidência; após extraitr o suco de uma laranja, aira-se no lixo o bagaço; é o que está ocorrendo com Rodrigo Janot e em brev com toda a ORCRIM da Fraude Jajá cumpriu o papel na trama golpista e e no desmonte o Esatdo Brasileiro. 

    Mas a História já está sendo e será implacável com todos esses que cometerm e ainda estão cometendo crimes de lesa-pátria e  lesa-soberania.

  3. Vão reduzir para caber?

    Quer dizer que a suposta investigação tem que ser reduzida na medida para poder ser concluída, ou seja, caber na “gestão” do Landrace? Antes de passar o mandato para sua sucessora “de oposição”? Trata-se a PGR de uma instituição do Estado, ou é o feudo do Landrace, ou da dona Dodge? Inacreditável!!

  4. Não era para acabar com a corrupção…

    mas há uma pedra no meio do caminho, então engaveta tudo e pau naqueles que querem queimar. Corrupção ? Às favas a corrupção, os amigos nos DESGOVERNOS era e é o objetivo.

  5. JANOT CAGA NA SAÍDA E MOSTRA QUE TEM RABO PRESO.

    Logo vi, tavam escondendo muito a OAS-INVEPAR-LAMSA. Não sobra mais nada nesse país, o Léo Pinheiro tem delações muito mais explosivas que Marcelo Odebreth, pois ele é o cara que corrmpe o judiciario em todos os niveis… CAMBADA DE CANALHAS. 

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